
Justiça
Tancos. Tudo o que Carlos Alexandre já sabe, com ajuda do cabecilha do assalto
Esta segunda-feira quando arrancar o debate instrutório do processo de Tancos, o juiz Carlos Alexandre tem dois trunfos oferecidos pelo ex-fuzileiro João Paulino: nenhum dos assaltantes foi inocentado e toda a trama ilegal da recuperação das armas foi reconfirmada
Quantos dos 23 arguidos do caso Tancos - nove pelo assalto e 14 por terem encenado ilegalmente a recuperação do material de guerra furtado - vão chegar a julgamento? Suspeitos traficantes de droga e armas, um ex-ministro, coronéis, sargentos e guardas da GNR e da Polícia Judiciária Militar (PJM), estão acusados de crimes que vão desde apoio ao terrorismo, associação criminosa, denegação de justiça e prevaricação até falsificação de documentos, tráfico de influência e abuso de poder
A resposta está nas mãos do juiz de instrução Carlos Alexandre, que vai ouvir esta segunda-feira os últimos argumentos dos advogados de defesa, no designado debate instrutório - equivalente às alegações finais de um julgamento. O magistrado não escondeu a sua perplexidade com tantas contradições nas versões dos arguidos.