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Afonso Camões

O lixo que fala por nós

Dizer que as redes sociais sabem tudo sobre nós é um exagero: só sabem o que lhes contamos ou damos a entender. Mais verdadeiro será o balde do lixo onde vertemos o desperdício que sobra das nossas vidas. Dele pode obter-se informação pormenorizada sobre a dieta, as rotinas, a vida social, os hábitos de consumo e até a nossa visão do mundo. Em resumo, a história contada pelo balde do lixo é tão verdadeira quanto humana, eis a tese partilhada por dois académicos - William Rathje, antropólogo americano, e o catalão Albert Vinyals, especialista em psicologia do consumo.

Afonso Camões

João Melo

BRICS para que vos quero?

Na semana passada, realizou-se na cidade sul-africana do Cabo uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, os conhecidos Brics (sigla em inglês), formados em 2006 (a África do Sul juntou-se ao grupo quatro ano mais tarde, acrescentando a letra "s", de South Africa, à sigla inicial), com a pretensão geopolítica de constituir uma alternativa ao mundo unipolar nascido do fim da guerra fria e dominado pelos Estados Unidos da América. O objetivo da reunião foi o de preparar a próxima cimeira da organização, marcada para os dias 22 a 24 de agosto próximo.

João Melo

Guilherme de Oliveira Martins

Vida para viver!

Agostinho da Silva, saudoso amigo, considerou até ao fim que a paixão pela vida era necessária e suficiente para nos mantermos vivos, e assim com ele aconteceu. Lembro as amenas conversas na Travessa do Abarracamento de Peniche e o seu permanente e entusiástico interesse pelos temas mais diversos, da História à atualidade, da ciência à tecnologia. E repetia: "Quando se diz que alguma coisa está velha seja gente, seja um pano, seja uma mesa, o que se refere é o tempo de serviço que ela durou. Temos a mania, que felizmente está acabando, que a vida se fez para trabalhar, que a vida se fez para prestar serviço e não que a vida se fez para viver". E recordava que as pessoas são sobretudo educadas para o trabalho, e quando sentem que já não estão na idade de trabalho, começam a nada ter que fazer e o tempo livre inexoravelmente esmaga-nos. O meu amigo Eduardo Paz Ferreira acaba de publicar um pequeno livro bem elucidativo sobre este tema que merece leitura atenta. Intitulou-o Devo Fechar a Porta? discorrendo sobre os "tempos de idadismo e outros ismos" e sobre "o momento da reforma na sociedade da eterna juventude". E a resposta é claríssima: "Continuar sempre. Não dizer adeus".

Guilherme d'Oliveira Martins

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Jorge Fonseca de Almeida

Nova crise bancária nos Estados Unidos?

Quando em 2008 a bolha dos empréstimos imobiliários de alto risco (subprime) rebentou nos Estados Unidos, levando consigo os grandes bancos de investimento americanos, que faliram ou tiveram de ser absorvidos pelos bancos comerciais, as consequências foram terríveis para a economia mundial e para muitos países, incluindo Portugal, que tiveram de recorrer a programas do Fundo Monetário Internacional (FMI) ou, no nosso caso, do FMI, do Banco Central Europeu (BCE) e da Comissão Europeia a famosa Troika.

Jorge Fonseca de Almeida

Fórum da Sustentabilidade e Sociedade

Festival Moods terminou este domingo

MOODS: Uma festa "fascinante" que alcançou os objetivos

Se tivesse de descrever o MOODS, Cristina Pinto não teria dúvidas: é uma festa "fascinante". Pelos espetáculos e pela mensagem de sustentabilidade que lhe está associada. Na companhia do filho, Cristina Pinto foi apenas uma entre as centenas de pessoas que, nos últimos três dias, participaram no festival. O evento decorreu no Jardim Basílio Teles, em Matosinhos. Para Domingos de Andrade, diretor-geral editorial do Global Media Group, o festival foi um "momento único" e "inédito". Também Fernando Rocha, vereador da Câmara de Matosinhos, fez um balanço "muito positivo".

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