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Jorge Costa Oliveira

Autonomia energética e elites iluminadas

A guerra na Ucrânia veio relembrar aos europeus que não basta promover a transição energética, é necessário também garantir no presente o acesso a energia. Num contexto de dissociação económica com a Rússia, principal fornecedor de energia à Europa. No caso de Portugal a questão é sobremaneira importante, uma vez que importamos a larga maioria da energia consumida. Uma vez que >70% da energia consumida em Portugal provém de recursos fósseis, o país tem vindo a fazer uma forte aposta na energia eólica e na solar. As centrais solares e eólicas demoram tempo a criar e não vão resolver todos os problemas energéticos do país; basta pensar que c. 40% da energia total consumida são combustíveis (não-bio) para veículos. No caminho para uma maior autonomia, mister é discutir uma política energética com fontes de energia mais diversificadas, a idêntico do que sucede com muitos outros países.

Jorge Costa Oliveira

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Guilherme de Oliveira Martins

Justo equilíbrio europeu...

Mario Telo (1950-2023) foi um incansável estudioso da Europa, natural de Cremona (Itália), doutorado por Florença, foi uma referência consagrada, em especial da Universidade Livre de Bruxelas e do Instituto de Estudos Europeus aí sedeado. Foi um grande amigo e uma presença assídua em Portugal, em especial nos anos noventa, nos Encontros Internacionais de Sintra da SEDES, ao lado de José Vidal-Beneyto, Adam Michnik, Jacek Wosniakowski, Paolo Flores d"Arcais, Michael Walzer, Timothy Garton Ash, Olivier Mongin, Marc Olivier Padis e Jean Claude Eslin. Era uma pessoa sempre disponível e não perdia ocasião para um bom debate e para procurar pistas novas de pensamento e ação.... Seguia com cuidado e inteligência as questões mundiais, designadamente as chinesas e considerava a Europa social como preocupação prioritária. Tinha uma cultura vastíssima, debatia a pintura, a filosofia, a literatura, o cinema, de Gramsci a Pier Paolo Pasolini. Cultivava, segundo o senso comum, o pessimismo da inteligência e o otimismo da vontade. O diálogo só valeria a pena se da troca de ideias resultasse algo de novo.

Guilherme d'Oliveira Martins

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