José Luís Carneiro declarou que reuniões com Montenegro tiveram propostas bem recebidas.
José Luís Carneiro declarou que reuniões com Montenegro tiveram propostas bem recebidas.Reinaldo Rodrigues

José Luís Carneiro admite que Governo “correspondeu às exigências do PS” e viabilização fica à vista

Chega e IL criticam “elevada carga fiscal” e não garantem o sim. Livre não declara sentido de voto, tal como PAN, JPP e Bloco. Mortágua é tão crítica como o PCP, o único que já assume “combate” ao OE.
Publicado a
Atualizado a

José Luís Carneiro não deixou taxativa a viabilização do Orçamento de Estado, mas reconheceu que Luís Montenegro cumpriu os pedidos do Partido Socialista e que tal merece ser admitido e pensado para a votação. “O Governo correspondeu às exigências do Partido Socialista, nomeadamente nas questões laborais que eram, para nós, uma matéria vital à nossa opção política. Também correspondeu em relação aos serviços de saúde e à Lei de Bases da Saúde, em relação à Segurança Social e ainda ao tratamento, fora do Orçamento, de questões de natureza fiscal”, pronunciou-se na Maia, admitindo mesmo que dará estabilidade governativa: “Por isso mesmo, respeitarei e honrarei a palavra que dei aos portugueses de contribuir para a estabilidade política.” Desviou-se depois da resposta explícita quanto à viabilização do Orçamento: “Tenho a intenção de, na próxima semana, ouvir a direção da bancada parlamentar e a Comissão Política Nacional.”Deixou o alerta de que “a previsão da redução de receita em IRC de 2% e aumento da receita em IRS em 5,5%”, significa que “são rendimentos das famílias que estão a suportar as opções de política fiscal do Governo.”

O Chega, segunda força política no Parlamento, foi mais crítico, apesar de ter visto satisfeito o aumento do valor para a Defesa. Tal como a Iniciativa Liberal, não garante viabilidade ao Orçamento de Estado. “Parece muito negativo. Se o Governo está a contar manter a carga fiscal elevada e aumentar os combustíveis, não há grande caminho para fazer”, disse André Ventura, no Porto, criticando a diminuição dos descontos sobre a taxa de carbono, relativizando, quanto à votação: “É um aviso só daquilo que é para nós o importante. Este foi um documento entregue agora, espero que agora haja condições de ser alterado.”

Em Ponte de Lima, Mariana Leitão disse que o documento “não é ambicioso”, antes, sim, “ganancioso para o Estado”, não dando “resposta ao aumento do custo de vida” e apresentando “uma elevada carga fiscal.” “Desde logo, a habitação. Quando é que vão constar as medidas?”, questiona a presidente da IL, sem dizer o sentido de voto.

O Livre referiu a importância dos descontos dos imigrantes para as contas do Governo. “Apesar da Administração Central apresentar um défice, a Segurança Social apresenta um superávit estimado para 2025 de 5,4 milhões de euros, ou seja, um aumento de cerca de 14%. Acabam por ser os trabalhadores que conseguem, de alguma forma, até compensar o défice da Administração Central no Orçamento. Inclusive, trabalhadores imigrantes que descontam”, disse a deputada Patrícia Gonçalves.

O PAN considera “absurdo” receber o Orçamento de Estado em plena campanha para as Autárquicas, considerando “não ser digno para o debate”, realçando que “fica aquém no alívio no custo de vida dos portugueses e para as empresas que procuram uma economia verde”, disse Inês de Sousa Real. O Juntos Pelo Povo, tal como PAN e Livre, não expressa sentido de voto. Filipe Sousa, apesar dos 14,5 milhões de euros de aumento para as regiões autónomas, aponta a “falta de visão”, embora aplauda a “descida moderada do IRS.”

Paula Santos, do PCP, garante “denúncia e combate” de um documento que se está a “marimbar para os problemas dos portugueses”, realça a passagem de “1500 milhões de euros de recursos públicos para parcerias público-privadas” e a “manutenção da especulação imobiliária.”

Mariana Mortágua fala no favorecimento à banca. “Vai ser beneficiada por duas vias. Desce o IRC, o imposto que a banca paga sobre os lucros, e deixa de pagar o adicional de solidariedade”, mencionando a “desigualdade social”. Em Barcelos, a coordenadora do BE apontou que “o caso Spinumviva não é favorável” e que os deputados estariam “demasiado ocupados em campanha para analisar o documento.” Prometeu “ler com cuidado”, mas o voto contra parece garantido.

José Luís Carneiro declarou que reuniões com Montenegro tiveram propostas bem recebidas.
OE2026: PCP acusa o Governo de estar a "marimbar-se" para os problemas das pessoas
José Luís Carneiro declarou que reuniões com Montenegro tiveram propostas bem recebidas.
OE2026: Mariana Mortágua diz que este "é o orçamento da desigualdade fiscal"
José Luís Carneiro declarou que reuniões com Montenegro tiveram propostas bem recebidas.
OE2026: Ventura deixa "aviso" sobre impostos e é "estruturalmente contra" manuntenção dos apoios sociais
José Luís Carneiro declarou que reuniões com Montenegro tiveram propostas bem recebidas.
OE2026. IL fala em documento "ganancioso para o Estado" e não vai "no sentido correto"
José Luís Carneiro declarou que reuniões com Montenegro tiveram propostas bem recebidas.
OE2026. Livre usa Orçamento para dizer que imigrantes compensam contas da Administração Central
José Luís Carneiro declarou que reuniões com Montenegro tiveram propostas bem recebidas.
OE 2026: José Luís Carneiro garante que vai "cumprir promessa" de contribuir para a "estabilidade política"

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt