Nuno Melo, líder do CDS-PP, convocou Conselho Nacional para terça-feira.
Nuno Melo, líder do CDS-PP, convocou Conselho Nacional para terça-feira.ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

CDS faz reunião extraordinária do Conselho Nacional. Ir ou não a jogo nas presidenciais será o tema quente

Atualidade política e desempenho eleitoral nas autárquicas de 2025 serão os outros temas em discussão na sede dos centritas.
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O CDS-PP vai realizar na terça-feira, dia 28 de outubro, uma reunião extraordinária do Conselho Nacional, que terá lugar na sede do partido, no Largo Adelino Amaro da Costa, em Lisboa, e começa pelas 20h30.

Um dos temas a discutir, além da atualidade política, é o resultado nas autárquicas de 2025, em que os centristas conseguiram manter as seis autarquias que já lideravam desde 2017 (Albergaria-a-Velha, Oliveira do Bairro, Vale de Cambra, Ponte de Lima, Santana e Velas), juntando ainda a liderança de um município, Mêda, neste caso com apoio do PSD. Além disso, o CDS manteve-se no executivo da câmara de Lisboa, reconquistada por Carlos Moedas e pela coligação PSD/CDS/IL e entrou na do Porto, ganha por Pedro Duarte, também com uma coligação idêntica.

Na noite eleitoral de 12 de outubro, Nuno Melo, presidente do CDS e ministro da Defesa, fez um balanço "muito positivo" e disse que se abriu um novo ciclo no partido: "Hoje acabou um ciclo muito importante, que foi um ciclo de resistência, e começa um ciclo de crescimento”.

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Mas o tema mais quente na reunião do Conselho Nacional será mesmo a decisão sobre o posicionamento do partido nas eleições presidenciais de 2026. Como o DN adiantou, o nome praticamente consensual no partido é o do seu ex-presidente Paulo Portas, visto até com potencial para conseguir passar a uma segunda volta na eleição. No entanto, Portas não tem dado sinais de ser essa a sua vontade e, no CDS, já se vê como remota essa hipótese.

No acordo de coligação com o PSD para a formação de Governo, ficou de fora qualquer compromisso em relação às presidenciais, pelo que o CDS tem toda a liberdade para apoiar quem quiser. No campo político da direita há, de resto, muita concorrência, já com Marques Mendes (apoiado pelo PSD), André Ventura (Chega) e Cotrim de Figueiredo (Iniciativa Liberal) há muito no terreno, sendo que Gouveia e Melo também entra bem neste território e o próprio António José Seguro, agora apoiado formalmente pelo PS, tem vindo a piscar o olho ao eleitorado do centro. O espaço para um bom desempenho do CDS, com ou sem portas, vai ficando mais curto.

Há ainda no CDS, como o DN já sublinhou, quem entenda que a escolha de Rui Moreira para ser o mandatário nacional de Marques Mendes pode facilitar uma aproximação do partido a este candidato.

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Presidenciais: Livre longe de Seguro, Rui Moreira aproxima CDS de Marques Mendes

O autarca cessante do Porto, que deixa o cargo por limitação de mandatos, concorreu sempre como independente à autarquia, mas contou com o apoio político dos centristas desde a primeira hora. Em julho, nas jornadas parlamentares do CDS, Lobo Xavier, Conselheiro de Estado e ex-dirigente do partido, também afirmou que Marques Mendes era o candidato a apoiar.

No entanto, algumas das decisões tomadas pelo Governo de Luís Montenegro, como o timing escolhido para o reconhecimento do Estado da Palestina, não foram bem acolhidas em alguns setores do CDS, aguçando os que defendem que o partido deve ter candidato próprio nas presidenciais. Terça-feira, já se irá perceber melhor qual o caminho a seguir pelo partido: se ficar de fora, se apoiar um dos candidatos já apresentados ou se ir a jogo, testando a força política que Nuno Melo disse ter reencontrado na eleições autárquicas de 2025

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