Bom dia,
Acompanhe aqui mais um dia de campanha eleitoral na derradeira semana antes das legislativas de domingo (18 de maio).
A AD vai começar o dia com uma visita de Luís Montenegro a um arrozal, em Benavente, seguindo-se um encontro com agricultores da região. À tarde, o presidente do PSD vai visitar a Escola Prática de Polícia, em Torres Novas, terminando o dia nas Caldas da Rainha, com um jantar/comício no Pavilhão Expoeste, marcado para as 21:00.
O PS vai concentrar as ações de campanha na região de Lisboa, começando na Ajuda e terminando num comício na Aula Magna, na Cidade Universitária, às 21:00.
Antes, o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, vai ainda estar em Sintra para um almoço e contacto com a população no quartel dos Bombeiros de Queluz. À tarde, está previsto um lanche convívio na Amadora no Pavilhão Desportivo Municipal José Caeiro.
A comitiva do Chega vai estar esta terça-feira no Algarve. O presidente do partido, André Ventura, começa o dia com uma arruada em Tavira, onde está marcado um jantar, pelas 20:00, no Parque de Festas e Exposições de Tavira.
Rui Rocha, presidente da IL, vai visitar esta manhã os Estaleiros Navais da Lisnave e a meio da tarde irá estar numa ação de campanha junto ao Jardim do Arco do Cego, em Lisboa.
Já Mariana Mortágua, coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) visita, às 10:00, uma universidade sénior na Amora, Seixal, seguindo-se depois um encontro com jovens na Faculdade Ciências Sociais e Humanas, em Lisboa.
O dia do BE vai terminar com um comício em Braga, no Theatro Circo, que terá a participação de Francisco Louçã, cabeça de lista pelo círculo eleitoral de Braga, e a coordenadora do BE, Mariana Mortágua, cabeça de lista pelo círculo eleitoral de Lisboa.
A caravana da CDU começa em Lisboa, às 10:30, com contacto com a população em Benfica.
À tarde, o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, vai estar em Sintra para um novo contacto da população, cujo início está marcado para junto ao Pingo Doce.
O dia da CDU termina com um comício no Pátio da Inquisição, em Coimbra, pelas 21:30.
O porta-voz do Livre, Rui Tavares, arranca com mais um dia de campanha na praia fluvial de Constância.
Às 15:00, tem uma reunião com a administração do Hospital de Aveiro e uma hora depois está prevista uma ação de rua na Universidade de Aveiro.
Na agenda da porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, está marcado um encontro com jornalistas, às 09:30, em frente à praça de touros do Campo Pequeno, em Lisboa.
Gonçalo da Câmara Pereira, presidente do PPM, vai visitar esta manhã a Unidade Local de Saúde Amato Lusitano de Castelo Branco, para apresentação do programa do partido na área da saúde e contacto com os profissionais da Unidade Local.
Na agenda do Volt está marcado, para as 10:00, um debate com Ricardo Loureiro, candidato pelo círculo eleitoral do Porto, na escola Secundária de Rio Tinto.
A comitiva vai passar pelo Porto com um encontro, em Campanhã, com Duarte Costa, co-cabeça de lista pelo círculo eleitoral de Lisboa. Segue-se um almoço na Asprela e uma visita às universidades.
À tarde, está agendada uma distribuição de panfletos na Boavista - Casa da Música e ação de campanha na Avenida dos Aliados.
Nos Açores, o cabeça de lista do Chega pelo círculo dos Açores, Francisco Lima vai estar, durante esta manhã, em campanha de rua em Água de Pau. Já o cabeça de lista pela IL, Hugo Almeida, vai ter uma reunião com o Centro de Saúde da Madalena, Unidade de Saúde da ilha do Pico.
No Funchal, na Madeira, o PTP tem na agenda uma ação de campanha no Mercado dos Lavradores, às 15:30.
Em Lisboa, o RIR vai estar, às 11:00, no Mercado de Alvalade Norte.
Esta ainda marcado para esta terça-feira, em Vila Real, um debate jovem
organizado pela Youth Academy do Núcleo de Estudantes de Psicologia da Universidade Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), com a participação de representantes dos partidos políticos com assento parlamentar com lista apresentada pelo círculo eleitoral de Vila Real.
O debate vai realizar-se no Auditório da Associação Académica da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, às 18:00.
O secretário-geral socialista disse hoje que, até domingo, só vai estar concentrado em “dar esperança” às pessoas de que é possível viver melhor em Portugal, salientando que a habitação é uma preocupação para o PS.
“É só nisso que eu vou estar concentrado nos próximos dias, dizer às pessoas que é mesmo possível viver melhor em Portugal e que podem confiar em nós, não só neste contexto de incerteza, mas para continuarmos a transformar o país, para aumentarmos salários, para aumentarmos pensões, para reduzirmos o custo de vida, para garantirmos casas e defendermos o Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, defendeu Pedro Nuno Santos que falava no início de uma arruada na Ajuda, em Lisboa.
O líder socialista respondia a uma pergunta sobre se, depois do dia das eleições, deve continuar a haver escrutínio sobre a empresa familiar criada pelo primeiro-ministro e que, entretanto, passou para os seus filhos.
“Até domingo nós temos que conseguir mobilizar o nosso povo, dar-lhe esperança, mostrar-lhe que é possível termos uma mudança segura e positiva em Portugal liderada pelo PS”, referiu ainda Pedro Nuno Santos.
Lusa
A porta-voz do PAN acusou o secretário de Estado da Agricultura, João Moura, de fazer a “apologia da cultura de violência contra os touros e os cavalos” por ter assistido e divulgado imagens de um espetáculo tauromáquico.
"A maioria dos portugueses (...) não quer corridas de touros, não quer ver os animais a serem maltratados na arena. Infelizmente, ainda esta semana, tivemos o secretário de Estado que tem a tutela do bem-estar animal não só a assistir a uma tourada como a fazer a apologia da cultura da violência contra os touros e os cavalos que sofrem na arena”, disse Inês de Sousa Real aos jornalistas no âmbito de uma ação de campanha contra a tauromaquia, à porta da Praça de Touros do Campo Pequeno, em Lisboa.
Inês de Sousa Real referia-se a uma imagem publicada pelo secretário de Estado João Moura nas suas redes sociais - partilhada esta segunda-feira pela líder do PAN na rede social 'X' - que mostra a sua presença num espetáculo tauromáquico.
A porta-voz do PAN considerou “absolutamente lamentável” que quem tem “competências fiscalizadoras sobre o bem-estar dos animais que são torturados numa arena” faça depois uma “ode a este tipo de violência”.
O PAN, garantiu a líder, vai insistir na proposta de um referendo nacional sobre o fim dos espetáculos tauromáquicos no país e quer que o dinheiro público que financia atualmente estas atividades seja canalizado para a criação do SNS Animal.
Lusa
O porta-voz do Livre criticou hoje o líder do PS, Pedro Nuno Santos, por ter mais tática do que estratégia ao querer manter todas as opções em aberto e não dizer claramente o que quer fazer.
“Não entendo exatamente com o que o PS, neste momento, se importa. Parece que quer manter todas as opções em aberto e, muitas vezes, quem quer manter todas as opções em aberto acaba por não ter nenhuma opção porque não mobiliza as pessoas, isto porque, quando não se tem clareza não se mobiliza as pessoas”, afirmou Rui Tavares numa visita à praia fluvial de Constância, no distrito de Santarém, onde alertou para os problemas hídricos.
Naquele que é o décimo dia de campanha eleitoral, e de visita a um distrito onde ainda nunca elegeu deputados, o dirigente do Livre assumiu ainda não ter percebido exatamente qual é que é a estratégia do PS.
E atirou: “Parece que há mais tática do que estratégia e há uma gestão do dia-a-dia de uma campanha política”.
Em sua opinião, estratégia é dizer a médio e longo prazo o que se quer fazer na política portuguesa e dizer claramente às pessoas porque é que se é solução.
E o Livre desde o início que tem dito que quer uma solução governativa à esquerda para combater o “canibalismo e radicalismo” da direita, reforçou.
Contudo, Rui Tavares confessou que como eleitor de esquerda sente uma grande frustração de ver que outros partidos à esquerda deixam acontecer e continuam a jogar um jogo que é um jogo do passado.
Lusa
O presidente do Chega, André Ventura, elevou a fasquia para as legislativas de 18 de maio no que toca ao círculo de Faro, único em que o seu partido foi o mais votado no ano passado. “Ficou aqui bem claro porque é que o Chega venceu o Algarve nas últimas eleições, e porque vamos vencer nas próximas. A questão é se vamos vencer o Algarve com maioria absoluta”, disse o líder partidário, no discurso com que encerrou a arruada que fez pelas ruas de Tavira nesta terça-feira.
Leia aqui a reportagem do jornalista Leonardo Ralha:
O secretário-geral do PCP reafirmou hoje que a CDU nunca falhou “às soluções concretas para a vida das pessoas”, desvalorizando Livre e PS, que acusa de andarem a “fazer apelos uns aos outros”.
“A nossa história fala por nós. Nós alguma vez falhámos às soluções concretas para a vida das pessoas? Eu até diria assim: Se todos fizessem como o PCP e a CDU fizeram sempre, a vida de cada um estaria muito melhor”, disse Paulo Raimundo, que falava aos jornalistas durante uma arruada em Benfica, no concelho de Lisboa.
Questionado sobre os apelos diretos de acordo do Livre ao PS e a possibilidade de a CDU ficar para trás, o secretário-geral do PCP afirmou que os comunistas estão sempre “à frente”.
“O Livre faz apelos ao PS. O PS responde aos apelos do Livre. O que nós apelamos é ao nosso povo, aos trabalhadores, àqueles que trabalharam a vida inteira, à juventude, que provoquem um sobressalto. Provoquem um sobressalto não para as negociatas, mas para resolver a problema da vida de cada um”, disse.
Em declarações aos jornalistas, Paulo Raimundo voltou a abordar o aumento da mortalidade infantil, acusando o PS de ser o “grande responsável” pela atual situação e a AD de ser “um acelerador do desmantelamento” do Serviço Nacional de Saúde.
No final da arruada onde também esteve presente o candidato da CDU à Câmara de Lisboa, João Ferreira, o deputado António Filipe discursou, procurando desmontar, dessa feita, o apelo ao voto útil por parte de socialistas e sociais-democratas.
“Como é que um voto que quer deixar tudo rigorosamente na mesma e quer garantir esta alternância entre PS e PSD pode ser considerado um voto útil? Ele pode ser útil para quem o recebe, mas nunca é útil para quem o dá”, afirmou.
Lusa
A coordenadora nacional do BE, Mariana Mortágua, afirmou hoje que não basta à esquerda dizer que quer ir para o Governo, é preciso ter um programa concreto, e rejeitou que a sobrevivência do partido esteja em causa nestas eleições.
“O programa da esquerda não pode ser ir para o Governo, porque depois perguntam-nos, ‘ok, e chegando ao Governo vão fazer o quê?’ Não basta chegar ao Governo, é preciso dizer às pessoas o que é que vamos fazer. E é por isso que estamos aqui a falar sobre habitação”, afirmou Mariana Mortágua, à margem de uma iniciativa de campanha para as legislativas na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH), da Universidade Nova de Lisboa.
A antiga deputada e dirigente do BE Ana Drago apareceu nesta iniciativa, à semelhança do apoio que deu aos bloquistas em atos eleitorais mais recentes, depois de, em 2014, ter abandonado o partido em divergência com a política de alianças e convergências. Em 2015, contudo, o BE daria apoio parlamentar ao Governo do PS.
A líder bloquista foi questionada sobre se o BE poderá ficar para trás no meio dos apelos feitos ao PS pelo porta-voz do Livre Rui Tavares, que tem repetido várias vezes que o seu partido tem a ambição e capacidade de assumir cargos executivos.
Mortágua salientou que a esquerda “já mostrou no passado que se sabe unir” mas salientou que tal aconteceu “em torno de propostas e programas concretos”.
Votar no BE, continuou, é “garantir que a habitação vai estar no parlamento e que a habitação estará no centro, seja qual for o entendimento ou acordo”, uma vez que os partidos “estão condenados a entenderem-se”.
Contudo, Mariana Mortágua alertou que “fazer da campanha uma discussão de cenários em vez de uma discussão de propostas é errado, desmobiliza”.
“E é por isso que nós queremos falar sobre as propostas”, frisou.
Interrogada sobre se nestas eleições legislativas de dia 18 está em causa a sobrevivência do partido, Mariana Mortágua rejeitou.
“Acho que não está em causa nem a sobrevivência nem o futuro do Bloco. O Bloco chegou para transformar a política em Portugal e mostra que é capaz de o fazer em todas as campanhas e perante todos os desafios”, respondeu.
Mortágua salientou que o BE “é uma força que mobiliza a esquerda, que quer mobilizar o voto e que nasceu para transformar a política e dizer as coisas importantes, doa a quem doer, mesmo fazendo inimigos poderosos como sabemos que fazemos”.
O presidente do PSD defendeu hoje um equilíbrio entre agricultura e ambiente, considerando os agricultores “os maiores defensores” dos animais, e prometeu uma voz ativa na Europa na defesa deste setor e contra a burocracia.
Luís Montenegro falava num almoço com agricultores, em Benavente (Santarém), que teve o arroz como prato principal.
Na sua intervenção, o também primeiro-ministro defendeu que o Governo deve estar “na linha da frente da defesa do ambiente”, mas tal não é incompatível com a prioridade à agricultura.
“Não tenho nada contra o ambiente, pelo contrário (…) Não devemos menosprezar, pelo contrário, devemos estar na linha da frente da proteção dos nossos recursos naturais, dos nossos valores ambientais. O que nós não podemos é fazer com que isso elimine tudo o resto, que não haja equilíbrio”.
Montenegro recordou o que, nas legislativas de há um ano afirmou, voltando a repetir: “Os maiores defensores do ambiente que temos no nosso território, da biodiversidade e dos animais, são mesmo”.
“Não conheço ninguém que goste mais dos animais do que os agricultores”, afirmou.
A porta-voz do PAN acusou hoje o secretário de Estado da Agricultura, João Moura – que também discursou - de fazer a “apologia da cultura de violência contra os touros e os cavalos” por ter assistido e divulgado imagens de um espetáculo tauromáquico.
Montenegro prometeu, se for eleito, continuar o combate à burocracia neste setor e uma palavra mais ativa para União Europeia.
“Não estamos aqui apenas para cumprir o que a Europa nos diz para fazer, nós somos uma parte da decisão da Europa”, afirmou, numa passagem muito aplaudida da sua intervenção.
Pedro Nuno Santos, secretário-geral socialista, sublinhou hoje que os partidos à esquerda “trabalharam bem” conjuntamente no passado, mas que agora o PS precisa de ganhar as eleições e construir uma solução governativa estável com o parlamento que sair das legislativas.
“O que é importante é que nós já tivemos a oportunidade de trabalhar no passado e trabalhámos bem, mas neste momento o Partido Socialista precisa de ganhar as eleições”, respondeu Pedro Nuno Santos quando questionado sobre as críticas e os apelos que vieram dos partidos à esquerda do PS.
Segundo o líder do PS, para haver “uma mudança política em Portugal”, os socialistas precisam de vencer as eleições e é nisso que disse estar focado.
“Depois, a partir do parlamento que sair do dia 18 de maio, nós encontraremos as soluções de estabilidade. Se alguma coisa nós mostrámos ao longo dos nossos governos - eu próprio - foi que temos capacidade para dialogar e para construir soluções duradouras”, enfatizou.
Perante a insistência dos jornalistas sobre as soluções de governabilidade, Pedro Nuno Santos respondeu que é preciso “esperar pelo dia 18 de maio para perceber as condições” com que se pode encontrar essa solução.
“Uma coisa é certa, o Partido Socialista tem de ganhar estas eleições, de outra forma nós não vamos ter estabilidade”, apelou, recusando que haja qualquer tabu sobre o tema e que neste momento o seu partido, tal como todos os outros, “está a lutar pela vitória”.
O porta-voz do Livre criticou hoje o líder do PS, Pedro Nuno Santos, por ter mais tática do que estratégia ao querer manter todas as opções em aberto e não dizer claramente o que quer fazer.
O secretário-geral do PCP reafirmou hoje que a CDU nunca falhou “às soluções concretas para a vida das pessoas”, desvalorizando Livre e PS, que acusa de andarem a “fazer apelos uns aos outros”.
Já a coordenadora nacional do BE, Mariana Mortágua, afirmou que não basta à esquerda dizer que quer ir para o Governo, é preciso ter um programa concreto, e rejeitou que a sobrevivência do partido esteja em causa nestas eleições.
Lusa
A cabeça de lista do ADN por Lisboa exigiu hoje uma auditoria ao aumento da mortalidade infantil em Portugal, considerando que os números recentes "têm de deixar o país em estado de sítio".
“É preciso uma auditoria […] 20% de aumento da mortalidade infantil tem que deixar todo um país em estado de sítio”, considerou hoje a cabeça de lista do ADN por Lisboa, Joana Amaral Dias, em declarações à Lusa, no final de uma ação de campanha em Lisboa, junto à Maternidade Alfredo da Costa.
Para Joana Amaral Dias, que estava acompanhada pelo presidente do ADN, Bruno Fialho, e por alguns apoiantes, “o fecho das urgências, a diminuição dos centros de saúde e o aumento das grávidas estrangeiras, são três causas que estão provavelmente na origem” do aumento da mortalidade infantil.
“A mortalidade tem vindo a aumentar, a natalidade tem vindo a baixar, isto é o caminho da extinção dos portugueses”, acrescentou.
A candidata afirmou ainda que os políticos estão no "sentido errado", criticando o primeiro-ministro, e líder do PSD, Luís Montenegro, por colocar a atual ministra da Saúde como candidata a deputada.
O ADN contempla no seu programa às legislativas de 18 de maio um alargamento do subsistema de saúde dos funcionários públicos, ADSE, a todos os portugueses, justificando que a medida “fará com que fique disponível em todo o país uma rede gigante, capilar, de serviços de saúde”.
“É alargar de uma forma voluntária a todas as pessoas, ou seja, não podemos continuar a permitir que existam cidadãos de primeira e cidadãos de segunda, ou seja, cidadãos que, como os funcionários públicos, têm acesso à ADSE e cidadãos de segunda, que são todos os outros, que não têm”, disse Joana Amaral Dias.
Luís Montenegro, presidente do PSD, prometeu hoje que, se vencer as eleições de domingo, o seu Governo vai investir na segurança para que o país tenha um policiamento de maior proximidade, mais visível, com mais meios e autoridade.
Montenegro falava após ter visitado durante hora e meia a Escola Prática de Polícia em Torres Novas, deslocação em que foi acompanhado pelo presidente do CDS, Nuno Melo, e pelo cabeça de lista da AD – coligação PSD/CDS, Fernando Alexandre, mas não pelos jornalistas.
“Temos uma estratégia que é integrada, coordenada com vista a termos maior proximidade no policiamento e mais visibilidade. De forma mais eficiente e eficaz, queremos diminuir a criminalidade, sobretudo a violenta e, em particular, a criminalidade contra as mulheres vítimas de violência doméstica”, declarou o primeiro-ministro.
Luís Montenegro defendeu neste contexto que a sua estratégia “passa também pelo reforço das condições de formação e das condições de acolhimento das vítimas nas instalações das forças de segurança”.
“Do ponto de vista do reforço da autoridade, tivemos uma iniciativa legislativa com vista a ter uma penalização maior dos crimes que são cometidos contra os agentes da autoridade, precisamente dando um sinal do reforço daquela que é a capacidade que estes agentes têm de possuir para todos poderem cumprir as regras e para poderem garantir a ordem e tranquilidade pública”, completou.
O presidente do PSD afirmou hoje ter números melhores do que os estudos de opinião indicam para a AD, defendendo ser mesmo possível o seu reforço eleitoral, e salientou que só há “duas escolhas para primeiro-ministro”.
No final da visita à Escola Prática de Polícia, em Torres Novas, Luís Montenegro foi questionado sobre uma alegada descida da AD - Coligação PSD/CDS-PP e o crescimento do Chega nos estudos de opinião diários que têm sido publicados pela comunicação social.
“Não há dúvida nenhuma, se for ver as sondagens, que a força política que mais cresce somos nós. Não há dúvida nenhuma. Eu não estou a usar os meus números. Também os tenho e até são melhores do que os vossos. Mas isso eu não vou usar”, afirmou.
O líder social-democrata defendeu que, comparando com a situação política de há um ano, os números das sondagens e barómetros “são inequívocos no reforço da condição de apoio ao Governo”.
Questionado se, numa análise diária, a “maioria maior” que tem pedido para a AD não está mais difícil, respondeu negativamente.
“Não está, acredite que não está”, afirmou, dizendo ter a perceção de que “o povo português quer que este governo continue o trabalho e acha que deve haver estabilidade”.
O presidente do PSD admitiu que “há ideias aproveitáveis em todas as forças políticas, mas salientou que só há duas escolhas para primeiro-ministro.
“Qual é a orientação de política principal que o país deve seguir? Qual é o primeiro-ministro que o país quer? Qual é o candidato da primeiro-ministro dos dois possíveis que os portugueses entendem têm mais condições para governar? E têm que responder essa pergunta”, afirmou.
“O dia para resolver a questão da estabilidade e da governabilidade é no domingo”, afirmou.
Montenegro voltou a não responder diretamente sobre eventuais entendimentos pós-eleitorais com a Iniciativa Liberal.
“Eu não vou teorizar sobre isso porque nós, ao longo da nossa história, temos sido capazes de fazer vários entendimentos com forças políticas à nossa direita e à nossa esquerda, mas neste momento nós estamos concentrados numa outra circunstância, que é a de conquistar uma maioria maior para governarmos com estabilidade o país”, disse.
Montenegro foi ainda questionado se a presença do seu filho mais velho no comício de campanha de Vila Real não reaviva na campanha o tema da empresa Spinumviva - na origem da crise política e das eleições antecipadas -, já que a mesma foi criada por Luís Montenegro e recentemente transmitida aos filhos.
“Não, eu creio que é uma situação completamente normal, um filho ir apoiar um pai, e aquilo que eu posso dizer como pai é que lhe agradeço muito e sinto-me muito motivado por ter a minha família aqui”, afirmou.
Lusa
Rui Tavares, porta-voz do Livre, garantiu numa visita ao Hospital de Aveiro que, se integrar uma solução governativa, impedirá a privatização do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
"Os privados, nomeadamente em grandes áreas metropolitanas como a de Lisboa, têm vantagens competitivas numa concorrência desleal que movem ao SNS, situação que seria possível de combater sem gastar um euro, mas mudando apenas a lei e dando as mesmas obrigações aos privados e SNS", disse, acrescentando que "até agora ainda não encontramos nenhum ministro da Saúde que tem a coragem política de fazer valer para os privados as mesmas regras que valem para o público".
Rui Tavares acusou Luís Montenegro de fazer promessas na saúde que sabia que eram impossíveis de cumprir e de ter apanhado, no início do seu mandato, a "fruta madura" deixada pelo executivo de António Costa.
O porta-voz do Livre, Rui Tavares, alertou hoje que um governo minoritário, sem apoio parlamentar, poderá “muito rapidamente” ficar em gestão.
“Um governo minoritário na próxima legislatura, se não estiver assente num diálogo parlamentar que seja construtivo, pode muito rapidamente ser um governo em funções de gestão”, disse, não revelando se viabilizaria um governo minoritário do PS.
“O que é preciso é ter uma maioria ou, pelo menos, uma base de apoio parlamentar a um governo que seja coerente e coeso”, acrescentou.