André Ventura recorre a saúde e portagens para pedir maioria absoluta para o Chega no Algarve
O presidente do Chega, André Ventura, elevou a fasquia para as legislativas de 18 de maio no que toca ao círculo de Faro, único em que o seu partido foi o mais votado no ano passado. “Ficou aqui bem claro porque é que o Chega venceu o Algarve nas últimas eleições, e porque vamos vencer nas próximas. A questão é se vamos vencer o Algarve com maioria absoluta”, disse o líder partidário, no discurso com que encerrou a arruada que fez pelas ruas de Tavira nesta terça-feira.
Esse objetivo implicaria que o Chega elegesse mais dois deputados pelo círculo de Faro, pois em 2024 os nove eleitos foram divididos entre esse partido, o PS e a Aliança Democrática. E, apesar de estar longe de ser fácil, foi admitido por Ventura como a consequência do estado “desolador” em que se encontra a região algarvia”. “O poder político lembra-se do Algarve no verão, quando há férias”, disse, após mencionar “o país de que o poder político se esquece”.
Pelo contrário, Ventura contrapôs que “é preciso não esquecer quem vos tirou as portagens”. Referindo-se à convergência entre Chega e PS que resultou no fim das portagens na A22 (Via do Infante), recordou que o Governo de Luís Montenegro o acusou de traição à direita, mas defendeu que o seu partido está “com os homens e as mulheres comuns de Portugal” e que “vai acabar com o resto das portagens”.
As críticas também abrangeram o estado da saúde no Algarve, com o líder do Chega a considerar que o “caos de macas deixafas nos corredores” do Hospital de Faro é “um símbolo do estado em que PS e PSD deixaram a saúde”.
Dirigindo-se a Montenegro, Ventura disse que o primeiro-ministro “nunca foi ao Hospital de Faro para ver o que lá se passa às duas ou três da manhã”. E, referindo-se a “centenas de nomeações de pessoas com o cartão do PSD” no último ano, prometeu que “quando o Chega tomar posse como Governo dois terços desta malta que entrou com cartão partidário vai ser corrida no dia seguinte”.