Bom dia
Acompanhe aqui mais um dia de campanha eleitoral na derradeira semana antes das legislativas de domingo (18 de maio).
Começamos este liveblogue com as prncipais ações de campanha previstas para hoje.
Luís Montenegro (AD – Coligação PSD/CDS) vai passar o dia no Minho, começando a jornada às 11h00 numa iniciativa de contacto com a população em Arcos de Valdevez. Segue depois para Vilaverde, onde terá um almoço, e depois para Braga, onde terá, ao fim da tarde, contacto com a população e um comício.
Pedro Nuno Santos (PS) passará o dia em Setúbal, com uma visita ao mercado do Livramento (10h00) e um comício (19h00). Pelo meio, almoça em Almada.
André Ventura (Chega), ainda hospitalizado por esta hora, tem prevista uma arruada em Milfontes às 17h00.
Rui Rocha (Iniciativa Liberal) começa o dia com uma visita ao mercado da vila, em Cascais, às 10h30. Segue depois para Pombal onde faz uma visita à empresa GOSIMAC às 15h00. Às 20h00, participa num jantar/comício no Restaurante Xarlie – Fábrica de Cerveja, em Leiria.
Mariana Mortágua (Bloco de Esquerda) tem marcado para esta quarta-feira um enconyro com trabalhadores por turnos às 17h00 em Santa Maria da Feira, seguindo depois, às 21h30, para um comício no Auditório do IPDJ em Aveiro.
Paulo Raimundo (PCP) começa o dia às 10h00 com contactos com a população em Moscavide, Loures. Depois, almoça com estudantes na cantina da Unversidade de Lisboa, seguindo de seguida para um desfile em Setúbal, com início previsto para as 17h30.
Rui Tavares (Livre) participa em Lisboa numa ação de rua com início às 10h30, no Saldanha, com destino à Alameda. Daí, às 12h30, enra numa pedalada até ao Terreiro do Paço. Às 18h00, estará numa ação de comemoração dos 77 anos da Nakba, na Casa do Alentejo.
Inês de Sousa Real (PAN) começa o dia no Algarve, com uma visita à Associação Coração 100 Dono, em Faro. Vai depois para o mercado municipal desta cidade e inicia a distribuição de panfletos nas ruas. Segue-se um almoço no restaurante Vida Leve e, às 14h00, novo contacto com a população no percurso até ao jardim Manuel Bívar. Às 16h30, já em Almada, tem reunião com o conselho de administração do Hospital Garcia de Orta.
A JPP iniciou o dia às 7h30 no Terminal Rodo-Ferro-Fluvial do Barreiro. A partir das 9h00, tem um passeio pelo Barreiro Velho até à esquadra da PSP, seguindo-se, às 11h00, uma visita ao Quimiparque. O almoço é na Associação de Fuzileiros.
O Volt visita e almoça na Cova da Moura, seguindo depois para Algragide, onde fará uma visita à Aproximar (empresa que apoia integração de ex-reclusos) e à WindCredible. Às19h00, na Ameixoeira, tem marcada uma conversa com representantes da comunidade cigana e minorias, após a qual segue para uma entrevista na ZugaTV.
André Ventura passou a noite no Hospital de Faro depois da indisposião de ontem à noite durante um comício em Tavira. Nas redes sociais, o líder do Chega já veio duzer que está bem e que espera ter alta nas próximas horas.
Bom dia pessoal. Estou a ser muito bem tratado no Hospital de Faro e espero ter alta nas próximas horas. Quero agradecer-vos a todos o apoio, a amizade e as orações. Obrigado ❤️ pic.twitter.com/mmqQDhEc4l
— André Ventura (@AndreCVentura) May 14, 2025
O Chega fez saber que André Ventura "passou bem a noite" e que se aguarda o resultado de algumas análises para que se possa avaliar a situação.
O partido acrescenta que as ações de campanha irão decorrer com normalidade. Para hoje, está prevista uma arruada em Vila Nova de Milfontes às 17h00, mas, para já, desconhece-se se André Ventura poderá marcar presença.
André Ventura estava a discursar quando, cerca das 21h10, parou de falar e agarrou-se à zona do peito, sendo logo amparado por elementos da comitiva e retirado do local, para o exterior do Parque de Feiras e Exposições de Tavira.
Entretanto, chegaram ao local elementos dos Bombeiros Municipais de Tavira que fizeram a primeira assistência ao presidente do Chega no local, assim como uma ambulância do INEM de suporte de imediato de vida e uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER). A conselho dos médicos, foi fazer umas avaliações ao hospital.
O médico da VMER que assistiu Ventura disse que o líder do Chega estava bem. "Foi rápido e está tudo otimamente bem", acrescentou.
Tiago Botelho, presidente do Conselho de Administração do Hospital de Faro, revelou há pouco que o presidente do Chega deverá ter alta na próxima hora.
Segund este responsável, André Ventura apresentava um “sintoma de alteração da tensão arterial”. “Não há patologia de base e não se detetou nenhuma situação que motive preocupação”, assegurou, segundo o Observador.
Fonte do Hospital de Faro adiantou à SIC que André Ventura terá sofrido "refluxo gastro esofágico com pico hipertensivo associado".
André Ventura acaba de ter alta do hospital de Faro, onde passou a noite depois da indisposição de ontem num comício em Tavira. O presidente do Chega não quis falar aos jornalistas.
Pedro Pinto, líder parlamentar do Chega, afirmou à SIC Notícias que a arruada prevista para esta tarde em Vila Nova de Milfontes vai realizar-se, mas ainda não se sabe se André Ventura irá marcar presença.
"Esperamos que André Ventura recupere rapidamente e que já esteja connosco esta tarde. Se não estiver, nos estaremos lá, porque o partido não vai parar, a campanha não vai parar", disse Pedro Pinto, "Estamos em momentos decisivos desta campanha eleitoral e os portugueses ainda precisam de ser esclarecidos", acrescentou.
O líder parlamentar do Chega confirmou o diagnóstico de "refluxo gastro esofágico com pico hipertensivo associado", avançado por uma fonte hospitalar à SIC.
O secretário-geral do PCP garantiu, esta manhã, em Moscavide, que os comunistas estão "confiantes nesta batalha". Paulo Raimundo considerou que "todos os votos no PCP contam". "Não vale a pena ser hipócrita dizendo que é possível eleger em todo o lado, sabemos que isso é muito difícil", admitiu, garantindo que irá aproveitar os últimos três dias de campanha. "A cada dia que passa nós crescemos", garantiu.
O secretário-geral do PCP afirmou hoje que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) cumpriu “mais uma vez” o seu papel, ao dar resposta ao líder do Chega, André Ventura, que se sentiu mal na noite de terça-feira.
“As coisas estão resolvidas e ainda bem. Apenas dizer que o Serviço Nacional de Saúde, mais uma vez, cumpriu, como deve ser, independentemente das opiniões que cada um tenha do Serviço Nacional de Saúde”, disse Paulo Raimundo, durante uma arruada em Moscavide, concelho de Loures.
Para o secretário-geral do PCP, o episódio em que André Ventura se sentiu mal num jantar-comício em Tavira, tendo dado entrada no Hospital de Faro, mostrou que “o Serviço Nacional de Saúde deu uma resposta como dá sempre”.
“Independentemente do dinheiro, da cor, de ter ou não ter seguro, da doença, independentemente da opinião que cada um tenha sobre o Serviço Nacional de Saúde, [este] respondeu e ainda bem que o fez”, acrescentou.
Lusa
Em Cascais, o presidente da IL, Rui Rocha, voltou a mostrar-se disponível para um "entendimento para a mudança" com a AD. "Não é um entendimento a qualquer preço, não é um entendimento para ficar tudo na mesma, não é um entendimento para empurrar os problemas do país com a barriga, não é um entendimento para trazer instabilidade, porque a AD trouxe instabilidade", afirmou.
Para Rui Rocha, "é preciso mudar o comportamento da AD". "É preciso puxar a AD para esse espirito reformista", disse, apontando mudanças necessárias em várias áreas, dando como exemplo a saúde, mas não só.
"Na habitação, temos mesmo de trazer mais casas para o mercado, mexendo no mercado de arrendamento, onde a AD não fez nada", disse Rui Rocha.
"Saúde, habitação, descida de impostos, competitividade para as nossas empresas são os pontos nucleares do nosso projeto", destacou o presidente da IL.
O Chega anunciou que André Ventura não estará esta tarde na arrauda em Vila Nova de Milfontes.
"O presidente não se encontra ainda em condições de voltar a uma atividade física imediata, estando ainda em processo de recuperação e repouso por indicação médica", justifica o partido.
A liderança parlamentar e os vários candidatos irão prosseguir com a campanha pelo país inteiro, diz o Chega.
O líder do PS mostrou-se hoje convicto que vai derrotar as sondagens, nas quais o partido “é largamente subestimado”, apelando ao voto de quem escolheu a AD e está envergonhado com “um primeiro-ministro que mistura política com negócios”.
“Essa desvantagem não existe. Todos os anos o PS é largamente subestimado nas sondagens, que depois não se verifica. Já as derrotámos várias vezes e vamos derrotá-las outra vez e nós sentimos isso como? Nós sentimos isso na rua, no contacto com as pessoas”, respondeu Pedro Nuno Santos aos jornalistas durante uma visita ao Mercado do Livramento, em Setúbal, quando questionado sobre as sondagens que têm dado o PS atrás da AD.
Sobre o perfil do eleitorado que o PS vai procurar nesta reta final de campanha, o líder socialista defendeu que o seu partido é “de todos os portugueses”, das famílias, dos trabalhadores, dos reformados, dos jovens, das mulheres, e por isso considerou que deve “falar para todos”.
“Mesmo muita gente votou na AD e que hoje está envergonhada. Porque obviamente que um cidadão português não gosta de ter um primeiro-ministro que mistura política com negócios”, apelou, pretendendo “que esse eleitorado sinta que pode confiar no PS”.
Pedro Nuno Santos dirigiu-se ainda “ao eleitorado que tem confiado no partido populista de extrema-direita em Portugal, o Chega”.
“E porquê? Porque há pessoas que estão zangadas, sentem que as suas vidas estão a marcar passo, não atam nem desatam e estão zangadas. Só que o Chega não tem a solução para os seus problemas”.
O líder do PS não esqueceu “o eleitorado mais à esquerda do PS” e apelou: “pode olhar para o PS como uma força progressista, de avanço, de defesa do Estado social”.
Lusa
O presidente do PSD dirigiu-se hoje aos eleitores que estão cansados com a frequência de eleições legislativas para associar a AD à estabilidade política e as oposições ao modo de vida da instabilidade.
No final de uma ação de rua em Arcos de Valdevez, considerado um “bastião laranja” no Alto Minho, em que teve ao seu lado o cabeça de lista da AD – coligação PSD/CDS por Viana do Castelo, José Pedro Aguiar-Branco, Luís Montenegro voltou a procurar dramatizar o cenário eleitoral de domingo, colocando de um lado a AD e do outro lado todas as forças da oposição e dirigindo-se especialmente aos eleitores que estão cansados de eleições.
“Sabemos que estão cansados de eleições e preocupados com a estabilidade política, que tem de poder juntar-se à estabilidade social, económica e financeira do país. Se estão preocupados com a estabilidade política, temos de ser capazes de mostrar às pessoas que o único voto útil para a estabilidade é o voto na AD”, sustentou.
A seguir, traçou um dualismo sobre o atual quadro político nacional.
“Quanto mais votos a AD tiver, maior estabilidade há em Portugal. Quanto mais votos forem dispersos pelos partidos de oposição, maior instabilidade haverá em Portugal. A estabilidade é a nossa forma de estar e a instabilidade é o modo de vida das oposições”, defendeu.
DN/Lusa
O secretário-geral do Partido Socialista, Pedro Nuno Santos, foi hoje confrontado por Joana Amaral Dias, do ADN, na ação de campanha no mercado de Setúbal. A cabeça de lista por Lisboa do ADN questinou-o sobre o caso das ajudas de custo recebidas pelo secretário-geral do PS enquanto deputado por Aveiro tendo casa em Lisboa.
"Devolveu os 203 mil euros?", questionou. "Seja séria. Não minta", respondeu Pedro Nuno Santos, enquanto Joana Amaral Dias continuava a exigir explicações e os apoantes do PS gritavam em apoio ao partido.
Em causa estão notícias do ano passado, segundo as quais o secretário-geral do PS teria recebido subsídio de deslocação do parlamento, entre 2005 e 2015, apesar de morar em Lisboa durante grande parte dos trabalhos parlamentares.
Já na altura, Pedro Nuno Santos disse que "cumpriu todas as regras" da Assembleia da Republica e esclareceu que a sua vida estava concentrada em São João da Madeira, em Aveiro, distrito pelo qual foi eleito deputado e que, Lisboa, passou a ser a cidade da sua residência habitual, depois de integrar o primeiro Governo de António Costa.
Pedro Nuno Santos mostrou-se hoje irritado ao ser interpelado por Joana Amaral Dias com este assunto.
O presidente do Chega partilhou há pouco um vídeo nas redes sociais quem que agradece o apoio de todos e a dedicação da equipa médica que o assistiu em Faro, depois do episódio "muito, muito assustador" de ontem à noite em Tavira.
André Ventura explica que regressou ao hotel de campanha e justificou a ausência da arruada em Vila Nova de Milfontes. "Não me sinto ainda capaz", disse, acrescentando que também foi essa a indicação médica.
Hoje, por indicação médica, não me juntarei à arruada em Vila Nova de Milfontes, mas em breve estarei de volta! Seguimos juntos até à vitória no dia 18 de maio 💪🏻 pic.twitter.com/cgj2m8dOkC
— André Ventura (@AndreCVentura) May 14, 2025
Apesar de ter anunciado, a 5 de março, a mudança da sua sede para o Porto, a empresa Spinumviva, fundada por Luís Montenegro em 2021, ainda mantém como morada oficial a residência do primeiro-ministro, em Espinho, segundo noticiou o Correio da Manhã esta quarta-feira.
Em março, na sequência da polémica que levaria à queda do Governo AD e à convocação de eleições legislativas antecipadas, a Spinumviva divulgou em comunicado que tinha formalizado a doação das suas quotas e ativos – incluindo reservas, suprimentos e créditos – aos sócios Hugo e Diogo Montenegro, filhos do primeiro-minsitro. Na mesma ocasião, foi deliberada a transferência da sede da empresa para o Porto.
Contudo, passados três meses, a alteração ainda não se refletiu na morada oficial da empresa, que permanece associada à casa da família Montenegro.
O dirigente socialista Álvaro Beleza considerou hoje que os eleitores vão escolher o “porto de abrigo que é o PS”, que “não se vende por votos”, e não arriscar num projeto da AD que “pode não correr nada bem”.
“Querem arriscar em algo que não sabem o que é, mas pelo que se vê, pode não correr nada bem? Querem apostar num porto de abrigo que é o PS, que tem muitos defeitos, tem, mas já nos conhecem, sabem como somos, e nunca falhamos, nunca desistimos, e não nos vendemos por votos”, questionou Álvaro Beleza, que se juntou a um almoço comício na Costa da Caparica, Almada, Setúbal.
Segundo o também presidente da SEDES, esta é a opção que os portugueses têm e mostrou-se “convencido que até domingo muita gente vai refletir”.
“Há muitos indecisos. E acho que o português é sensato, ponderado, e o Partido Socialista pode e vai ganhar as eleições domingo”, antecipou.
Para Beleza, o PS “é verdadeiramente, dos partidos políticos portugueses, o grande porto de abrigo em Portugal”.
Paulo Raimundo andou esta quarta-feira de manhã por Moscavide, onde admitiu “mais traquejo” na campanha, para depois o pôr à prova na Universidade de Lisboa, em que, entre selfies, foi à procura de captar o eleitorado jovem.
A campanha da CDU arrancou hoje de manhã em Moscavide, no concelho de Loures, numa arruada onde o secretário-geral do PCP distribuiu o “documentozinho” (como chama aos panfletos e material de propaganda) e admitiu mais experiência nestas lides, distribuindo beijinhos e apertos de mão e recebendo de volta vários votos de confiança.
Entre o trajeto, houve tempo para pegar no telemóvel de uma mulher, para deixar um abraço ao seu marido, Luís, do outro lado da linha, e garantir, como o tem feito ao longo da campanha, que “força não falta”.
Aos jornalistas, diria depois que, além de um ano mais velho e de “talvez menos cabelo”, está com “mais traquejo e mais à vontade” do que nas legislativas de 2024.
“Acho que é normal que assim seja”, disse, acreditando que as pessoas estão mais recetivas à mensagem dos comunistas e da sua insistência nos salários, saúde, habitação e reformas.
Ainda em Moscavide, reafirmou a confiança de que a CDU irá crescer nas eleições de 18 de maio, referindo que não vira a cara “a nenhum debate” e que pode andar “de rosto erguido na rua”, algo que duvida que “todos possam fazer”.
Por Moscavide, recebeu ainda o voto de Mariana, de 40 anos, que dizia aos jornalistas que o secretário-geral tinha “a aparência de quem governa bem”.
“Vou votar em si e os ciganos vão votar todos em si”, vincou, para logo a seguir ouvir Paulo Raimundo pedir para não fazer promessas “que não pode cumprir”.
Depois de um contacto sobretudo com reformados em Moscavide, o secretário-geral do PCP rumou à Cantina Velha da Universidade de Lisboa, onde surgiram vários pedidos de ‘selfies’.
“Meu deus. O meu pai é fã”, admitia uma jovem depois de uma fotografia.
Já de tabuleiro na mão, Raimundo teve ainda tempo de tirar uma fotografia com Ana Cristina Teixeira, auxiliar naquela cantina, que até pediu um ‘pin’ da CDU à comitiva, para estar “bonita”.
“Se tivesse ido lá acima à [cantina da] macrobiótica, dava-lhe um arroz doce que está daqui! E dava-lhe uns crepezinhos chineses dos nossos que são muito bons”, disse a mulher de 56 anos, que admitia gostar muito de ouvir o secretário-geral do PCP falar.
Por fim, Raimundo lá se dirigiu à mesa para comer, recebendo antes uma salva de palmas de parte dos estudantes que se encontravam na cantina.
Já almoçado, recebeu das mãos da Juventude CDU um apoio de mais de dois mil jovens na coligação, quando lhes tinha pedido o dobro das 800 assinaturas que tinha recebido a 03 de maio, na Voz do Operário.
Aos jornalistas, afirmou que tinha a “certeza absoluta” que a recetividade dos jovens que tem encontrado na campanha terá “expressão do ponto de vista eleitoral”.
“As reações [dos jovens] têm sido a que os senhores têm acompanhado. Foi assim na Escola António Arroio e foi assim hoje. Este ambiente até me deixa um bocadinho embrulhado”, disse.
Recusando dificuldade em captar o eleitorado jovem, Paulo Raimundo afirmou que “estas coisas não se programam, não se organizam, não se montam”.
“Ou há recetividade e bom espírito ou não há. E nós temos tido essa recetividade e esse bom espírito”, disse, acreditando que a intervenção da CDU está a dar frutos, ainda que possam não ser imediatos, que “a verdade leva mais tempo a impor-se”.
Na Cantina Velha, Paulo Raimundo reafirmou o compromisso da CDU com o fim das propinas, mais investimento no ensino superior e na ação social e uma aposta na investigação, para aproveitar “o conhecimento e a criatividade” dos alunos.
O presidente do PSD afirmou esta quarta-feira que a AD é interclassista, popular, moderada politicamente, sem arrogâncias intelectuais, e voltou a bipolarizar dizendo que a escolha fundamental é entre ele ou o socialista Pedro Nuno Santos.
Luís Montenegro falava num almoço comício da AD - coligação PSD/CDS em Vila Verde, tendo ao seu lado o cabeça de lista pelo círculo de Braga e secretário-geral do PSD, Hugo Soares.
“Esta é verdadeiramente a candidatura mais popular, mais abrangente, mais interclassista e é mesmo a candidatura do povo português”, sustentou, antes de classificar o projeto político da AD como “moderado”.
A seguir, neste contexto, criticou a oposição sem especificar partidos, dizendo que “há gente que usa os sentimentos e o pensamento do povo, fala com arrogância intelectual daquilo que pretensamente o povo pensa”.
“Mas depois vemos e a adesão em relação a tudo aquilo que vão dizendo, seja nas televisões ou nos comícios, a tradução daquilo que dizem com a realidade é uma coisa muito distante”, contrapôs.
De acordo com o primeiro-ministro, ao contrário das oposições, na AD ninguém se arroga no sentido de pretender substituir-se “ao exercício que compete a cada um fazer”.
“Quem vai decidir estas eleições é o povo”, acentuou, antes de visar o secretário-geral do PS.
“Ao contrário de muitos que falam como se fossem proprietários dos votos, nós temos a consciência que partimos para estas eleições com zero votos. Do ponto de vista formal nós estamos a zeros”, advertiu, apesar de acrescentar logo a seguir ter confiança numa vitória da AD.
Horas antes, em Setúbal, o secretário-geral do PS manifestara-se convicto de que vai derrotar as sondagens, nas quais disse que os socialistas “são largamente subestimados”.
No seu discurso, tal como fizera esta manhã em Arcos de Valdevez, o presidente do PSD voltou a procurar bipolarizar a questão política de domingo, partindo das ideias de que os portugueses “estão fartos de eleições” e que “o país não quer eleições todos os anos, nem deve ter eleições todos os anos”.
“Não podemos andar sempre a pedir ao povo que resolva aquilo que a política não resolve”, declarou Luís Montenegro, para quem, no entanto, “os dados estão lançados” em relação às eleições de domingo.
“As pessoas sabem quem são os candidatos a primeiro-ministro, há dois [ele e Pedro Nuno Santos] e sabem quem são os dois grandes projetos. Há a nossa e há a outra candidatura. Depois, há outros partidos, legitimamente, democraticamente, que se apresentam, mas não vão liderar governos. Não vão ser os fatores da estabilidade do governo”, sustentou.
A poucos dias das legislativas de domingo ainda existem muitos portugueses no estrangeiro que não receberam o boletim para votar por via postal, disse hoje à Lusa o vice-presidente do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP).
Segundo Paulo Marques, existem várias situações que podem dificultar a votação dos portugueses que vivem no estrangeiro, nomeadamente a falta do boletim para voto postal e também a falta de inscrições nas listas eleitorais.
“Há quem esteja a aguardar os boletins e quem não esteja inscrito nas listas eleitorais, ou porque mudaram de morada, ou porque renovaram o seu Cartão do Cidadão em Portugal e não atualizaram o endereço”, disse Paulo Marques, que vive em França.
Este português recomenda que, para saberem que estão inscritos e para acompanhar o seu boletim de voto, os eleitores consultem o portal das comunidades.
Se na Europa existem estes casos, a situação é mais grave fora da Europa, conforme informação partilhada pelos conselheiros dos vários continentes.
O conselheiro das comunidades portuguesas em Timor-Leste, Filipe Silva, disse que na semana passada os boletins de voto enviados de Portugal para cidadãos portugueses residentes naquele país e que votam por via postal ainda não tinham chegado aos correios de Díli.
Filipe Silva referiu que, com estes atrasos, dificilmente os votos chegariam em tempo útil a Portugal.
Em Angola, os envelopes com os boletins de voto não chegavam aos destinatários, mas porque se acumulavam nas prateleiras dos postos dos correios à espera dos eleitores, constatou a Lusa numa ronda em Luanda.
O voto postal e o voto presencial são as duas modalidades possíveis para os cidadãos portugueses recenseados no estrangeiro exercerem o seu direito de voto, mas para votar presencialmente essa opção teria de ser feita junto da respetiva comissão recenseadora, até à data da marcação da eleição.
Para Paulo Marques, qualquer método de voto para cidadãos nacionais no estrangeiro dificilmente será perfeito, mas uma boa resposta poderá passar por várias alternativas, incluindo o voto eletrónico.
No voto postal, o Ministério da Administração Interna português envia o boletim de voto para a morada indicada no caderno de recenseamento. O eleitor recebe o boletim de voto e dois envelopes: um de cor verde e outro branco, que serão devolvidos ao Ministério da Administração Interna.
O eleitor tem de assinalar com uma cruz a opção de voto, depois dobrar o boletim de voto em quatro e colocá-lo dentro do envelope de cor verde, fechando-o. Introduz este envelope verde no envelope de cor branca, juntamente com uma cópia do cartão de cidadão ou do bilhete de identidade, e, depois de fechado, deve enviá-lo pelo correio antes do dia da eleição.
Para os círculos pela emigração portuguesa (Europa e Fora da Europa), estão recenseados 1.584.499 eleitores, mais 37.752 do que nas últimas legislativas.
Nas últimas eleições para a Assembleia da República, que se realizaram no ano passado, o PS e o Chega obtiveram um deputado cada pelo círculo da Europa, enquanto a Aliança Democrática (AD) e o Chega obtiveram um deputado cada pelo círculo Fora da Europa.
Para o sufrágio de 18 de maio existem 36 candidaturas – 18 para a Europa e 18 para Fora da Europa.
O líder da IL criticou hoje Henrique Gouveia e Melo por querer ser o foco das atenções a três dias das eleições legislativas, considerando que é um mau começo para quem quer ser Presidente da República.
Em declarações durante uma visita a uma empresa metalomecânica em Pombal, distrito de Leiria, Rui Rocha disse não querer “fazer grandes comentários” sobre o assunto, porque se está neste momento a “decidir o futuro parlamento do país”.
“Creio que houve uma referência do candidato Gouveia e Melo ao facto de não querer ser protagonista, mas parece-me um mau princípio que alguém que se candidata a uma outra eleição espere por três dias antes das eleições legislativas para se apresentar, parecendo que é um candidato que quer, de facto, fazer uma abordagem em que é o foco”, criticou.
Numa alusão a Marcelo Rebelo de Sousa, Rui Rocha disse que, se alguma crítica o atual Presidente da República merece, é “essa de tornar-se em muitos momentos o foco” e considerou ser desejável que o próximo chefe de Estado seja “mais equilibrado do ponto de vista da sua presença mediática”.
Questionado se lhe parece assim que Gouveia e Melo começou mal a sua candidatura, Rui Rocha respondeu: “Não me parece que tenha começado muito bem”.
Em declarações à Rádio Renascença, Gouveia e Melo disse ter tomado a decisão de avançar com uma candidatura à Presidência da República.
“Ela será anunciada formalmente no dia 29 de maio”, adiantou o almirante.
Segundo referiu, a sua decisão foi tomada também tendo em conta “alguma instabilidade interna que se tem prolongado” no país, devido a governos de curta duração e à falta de uma governação estável.
“Esta instabilidade interna está aos olhos de todos nós, portugueses”, salientou Gouveia Melo, para quem o “mundo mudou bastante” desde 2023.
O secretário-geral do PCP afirmou hoje em Setúbal que a confirmação de Gouveia e Melo de que será candidato a Presidente da República é “uma não notícia” e que não surpreendeu ninguém.
“Eu acho que isso é uma não notícia, porque a notícia seria que Gouveia e Melo não é candidato. Era uma notícia que estava definida há muitos meses, há muito tempo, e que foi agora anunciada”, disse Paulo Raimundo, que falava aos jornalistas durante uma arruada da CDU em Setúbal.
Paulo Raimundo escusou comentar o momento escolhido pelo ex-chefe do Estado Maior da Armada para anunciar a sua candidatura, considerando que “’o timing’ foi escolhido pelo próprio”.
“Nós já sabíamos que ia ser candidato. Alguém estranhou esta notícia? Acho que não”, acrescentou.
O secretário-geral do PCP disse que a CDU não está focada “em torno de anúncios nem pré-anúncios”.
A CDU está focada “em torno daquilo que importa”, dos salários, das pensões, da habitação e do Serviço Nacional de Saúde, vincou.
Lusa
O presidente do PSD reiterou hoje que a AD só será Governo se vencer as eleições do próximo domingo, defendendo que só faz sentido governar na base da “legitimação da vontade do povo”.
Luís Montenegro falava num comício da AD em Braga, que foi mudado do interior do Teatro Circo com a justificação de não existirem lugares suficientes para os apoiantes e para “não deixar ninguém de fora”, segundo o secretário-geral do PSD, Hugo Soares.
O líder da AD – Coligação PSD/CDS-PP salientou que já tinha deixado esta garantia no passado, mas quis repeti-la hoje, a quatro dias das eleições, numa mensagem que não tem estado presente nos seus discursos de campanha.
“Nós não estamos aqui para o jogo da trica política. Não estamos. Nós estamos aqui mesmo para governar. Nós achamos que só faz sentido governar se tivermos a legitimação da vontade do povo”, disse.
Por isso, reafirmou que a AD só formará Governo se vencer as eleições do próximo domingo.
“Se tivermos na raiz da nossa legitimidade a vossa vontade, a vontade das pessoas. E com a humildade e a autoridade de quem disse isso lá atrás, hoje é o dia para dizer”, considerou.
Montenegro voltou também a defender que “o único voto verdadeiramente útil para quem quer estabilidade política é na AD”, mas acrescentou que a opção na alternativa a esta coligação “é de quem não acredita em Portugal”.
“Porque o voto na alternativa à AD é o voto da instabilidade política. É o voto de quem não acredita em Portugal. É o voto de quem, quando está no Governo, não resolve, adia, não se preocupa em criar mais riqueza, preocupa-se apenas em distribuir a riqueza que nós somos capazes de criar”, acusou.
O porta-voz do Livre criticou Henrique Gouveia e Melo por anunciar a candidatura à Presidência da República enquanto decorre a campanha eleitoral para as legislativas.
"Nós vivemos em democracia e, evidentemente, que o tempo é criticável", afirmou Rui Tavares à entrada para uma iniciativa que assinala os 77 anos da Nakba (êxodo palestino durante e após a guerra de 1948) na Casa do Alentejo, em Lisboa.
Tavares diz que Gouveia e Melo tem todo o direito de se candidatar e de anunciar a sua candidatura quando quiser, mas frisa que quem quer ter altas responsabilidades de Estado tem que se habituar a respeitar os tempos das várias instituições. "E é bom sinal quando estes tempos são respeitados", acrescentou.
"Geriu os tempos para anunciar a sua candidatura e, agora, nós gerimos os tempos para comentar o seu anúncio de candidatura", concluiu, escusando-se a fazer mais comentários.
Pedro Nuno Santos recusou-se a comentar o anúncio de candidatura de Henrique Gouveia e Melo, mas outra figura do PS, Augusto Santos Silva, que até já foi apontado como possível candidato a Belém, criticou o timing da candidatura.
O antigo ministro e presidente da Assembleia da República diz que o almirante é "uma pessoa que muda de opinião muito facilmente" e que "parece não perceber a diferença entre eleições legislativas e eleições presidenciais".
A porta-voz do PAN afirmou esta quarta-feira que a candidatura de Gouveia e Melo à Presidência da República "faz parte da democracia", mas salientou que as eleições legislativas "são demasiado importantes" para se desviar agora o foco do debate político para as presidenciais.
"O dia 18 de Maio é demasiado importante para a vida dos portugueses para que seja de alguma forma menosprezado e para que não se coloque o foco naquilo que temos, a este tempo, que estar a discutir", comentou Inês Sousa Real, que diz que o foco do seu partido é dar "respostas aos portugueses para aquilo que, neste momento, vai condicionar a sua vida nos próximos quatro anos".
Tal como Pedro Nuno Santos, Mariana Mortágua recusou-se a comentar o anúncio da candidatura de Henrique Gouveia e Melo à Presidência da República.
"Teremos tempo para falar das presidenciais", começou por dizer, referindo que o foco é agora "as pessoas que trabalham por turnos, com horas extra, que têm uma vida difícil, baixos salários".
"Quero falar sobre legislativas, o trabalho por turno, o país que tem dos mais longos horários e dos salários mais curtos. É disso que as pessoas querem saber", vincou.
O líder socialista defendeu hoje que o PS foi capaz de garantir estabilidade política mesmo sem maioria absoluta, porque percebe que o parlamento sai do voto, destacando a capacidade do partido de dialogar e procurar consensos.
“Somos também o único partido em Portugal que mostrou, em alguns momentos da história, que somos capazes de garantir estabilidade politica em Portugal, mesmo quando não temos uma maioria absoluta”, afirmou Pedro Nuno Santos, que falava num comício em Setúbal, onde terminou o 11.º dia de campanha.
E continuou: - “Só o PS se pode gabar disso e isso deve-se à capacidade que o Partido Socialista tem de dialogar, de procurar consensos, ao compromisso que este partido tem com a democracia, a capacidade de percebermos que temos um parlamento que sai do voto e é, a partir dele, que nós temos que encontrar as condições de governabilidade”.
Pedro Nuno Santos realçou ainda que o PS mostrou ao longo do último ano que foi “a principal fonte de estabilidade política em Portugal”.
O líder da IL desafiou hoje o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, a esclarecer se vai ser uma “oposição de bloqueio” ou se vai colaborar com um Governo que integre os liberais.
Num jantar comício em Leiria, Rui Rocha disse que, com o aproximar do dia das eleições, já não “vale a pena perguntar a Pedro Nuno Santos” o que vai fazer caso ganhe as eleições legislativas, porque “já se sabe que Pedro Nuno Santos não vai estar no poder”.
“Mas há uma pergunta que vale a pena fazer a Pedro Nuno Santos: como é que vai ser o PS na oposição? É isso que o PS tem de esclarecer aos portugueses. Na oposição, o PS vai construir, vai permitir que a IL acelere o país, ou vai ser uma oposição de bloqueio?”, questionou.
Rui Rocha perguntou a Pedro Nuno Santos se “vai colaborar ou bloquear” quando a IL quiser “trazer mais casas para o mercado”, “acelerar no acesso à saúde”, “mudar o sistema eleitoral” ou “baixar os impostos para as famílias e para as empresas”.
“Da mesma maneira que nós somos transparentes com os portugueses e assumimos que somos um partido de governação para mudar o país, Pedro Nuno Santos deve ser transparente com os portugueses e dizer-lhes se vai ser uma minoria de bloqueio”, desafiou.
Lusa