Presidente dos EUA, Donald Trump
Presidente dos EUA, Donald TrumpFOTO: Samuel Corum / EPA

Trump promete "declaração importante" sobre a Rússia. Lavrov delineou posição de Putin sobre fim do conflito

"Desiludido com a Rússia", Donald Trump disse que deverá fazer uma "declaração importante" na próxima segunda-feira, 14 de julho, e anunciou um acordo com a NATO para o envio de mais armas para Kiev.
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O presidente dos EUA anunciou que deverá fazer na próxima segunda-feira, 14 de julho, uma "declaração importante" sobre a Rússia, sem revelar pormenores, tendo manifestado, mais uma vez, que não está satisfeito com Moscovo. Isto numa altura em que a Ucrânia tem sido, nos últimos dias, alvo de ataques intensos com recurso a centenas de drones.

A declaração de Donald Trump foi proferida esta quinta-feira, 10 de julho, em entrevista à NBC News, na qual disse estar “desiludido com a Rússia”.

Afirmou também que foi fechado um acordo com a NATO sobre o envio de mais armas, através da Aliança Atlântica, para a Ucrânia. "Estamos a enviar armas para a NATO, e a NATO está a pagar por essas armas, a 100 por cento", disse o presidente norte-americano na mesma entrevista, que foi feita por telefone. "Vamos enviar os Patriots para a NATO, e depois a NATO vai distribuí-los", disse, segundo a NBC News.

Paralelamente, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou esta sexta-feira, 11 de julho, que delineou a posição de Vladimir Putin sobre a resolução do conflito na Ucrânia, durante uma reunião na quinta-feira com seu homólogo americano, Marco Rubio.

“Discutimos a Ucrânia”, disse também o ministro das Relações Exteriores da Rússia que falava à imprensa russa à margem de uma reunião da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) em Kuala Lumpur, na Malásia.

O secretário de Estado norte-americano afirmou que teve com Lavrov "uma conversa franca e importante", durante um encontro de 50 minutos, segundo a Reuters.

Rubio contou que manifestou a Lavrov o que o presidente dos EUA, Donald Trump, disse publicamente, "que não houve mais flexibilidade do lado russo para acabar com este conflito".

Sergei Lavrov, por seu lado, disse que na conversa confirmou a posição que o presidente russo, particularmente durante a conversa de Putin com o presidente americano Trump a 3 de julho.

Os presidentes russo, Vladimir Putin, e norte-americano, Donald Trump, falaram ao telefone a 3 de julho, mas foi noticiado que a chamada não surtiu em qualquer avanço na questão da guerra da Rússia contra a Ucrânia.

Nessa ocasião, Trump disse que estava infeliz por não terem sido feitos progressos nas conversações de paz na Ucrânia durante a conversa telefónica com Putin.

“Tivemos uma conversa telefónica. Foi bastante longa e falámos sobre muitas questões, incluindo o Irão. Também falámos sobre a guerra com a Ucrânia e não estou satisfeito com isso, não estou satisfeito com isso”, disse Trump, que acrescentou: “Não, não fizemos qualquer progresso.”

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O Kremlin anunciou nessa data que Trump tinha pedido a Putin o fim das hostilidades na Ucrânia, mas o líder russo respondeu que não se desviaria dos seus objetivos.

A conversa telefónica, que terá durado quase uma hora, ocorreu pouco depois de Washington ter decidido suspender algumas remessas de armas para a Ucrânia, na sequência de uma revisão das despesas militares dos Estados Unidos.

O anterior telefonema entre os dois líderes, que já tiveram pelo menos seis este ano, ocorreu em 14 de junho, coincidindo com o 79.º aniversário do Presidente dos Estados Unidos.

A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022, dando início a uma guerra sem fim à vista e que já causou dezenas de milhares de vítimas civis e militares de ambos os lados, segundo várias fontes.

Ao lançar a invasão, Putin disse que visava "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho.

Nas conversações já realizadas, a Rússia exige que a Ucrânia não adira à NATO e que reconheça a soberania russa nas regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson, anexadas em 2022, e na Crimeia, que conquistou em 2014.

*com Lusa

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