Rússia diz ter abatido 155 drones em ofensiva da Ucrânia que causou um morto
EPA/SERGEY DOLZHENKO (Arquivo)

Rússia diz ter abatido 155 drones em ofensiva da Ucrânia que causou um morto

Um dos drones lançados por Kiev atingiu o distrito russo de Khlevensky, a 400 quilómetros a sul de Moscovo, provocando um incêndio. "Uma pessoa morreu e outra ficou ferida", segundo autoridades locais
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As autoridades da Rússia anunciaram esta sexta-feira, 11 de julho, que abateram 155 aeronaves não tripuladas (conhecidas como 'drones') ucranianas durante a noite e que um dos ataques matou uma pessoa na região de Lipetsk (oeste).

"Os sistemas de defesa aérea em serviço intercetaram e destruíram 155 'drones' ucranianos", informou o Ministério da Defesa russo, na plataforma de mensagens Telegram, acrescentando que 53 'drones' foram abatidos só na região de Kursk, na fronteira com a Ucrânia.

Na região de Lipetsk, também no oeste da Rússia, um ataque com 'drones' matou uma pessoa, anunciou o governador local.

"Na noite passada, um 'drone' caiu no terreno de uma das empresas agrícolas do distrito de Khlevensky", localizado a cerca de 400 quilómetros a sul de Moscovo, provocando um incêndio, referiu Igor Artamonov.

"Uma pessoa morreu e outra ficou ferida", acrescentou o dirigente, também no Telegram.

A Ucrânia realiza ataques aéreos quase diários contra a Rússia, enquanto as forças russas também continuam a bombardear cidades ucranianas, no âmbito da ofensiva russa contra a Ucrânia, lançada em fevereiro de 2022.

Esta vaga ucraniana de ataques com 'drones' surge um dia depois do início, em Roma, da IV Conferência sobre a Recuperação da Ucrânia, copresidida pela primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

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Também na quinta-feira, teve lugar, no Reino Unido, uma reunião da coligação de aliados de Kiev, que prometeram continuar a manter a capacidade de combate da Ucrânia, assim como participar numa futura força de manutenção de paz, após um cessar-fogo.

A reunião de Londres foi copresidida pelo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e pelo Presidente francês, Emmanuel Macron.

Nesta reunião participaram, por videoconferência, o enviado dos Estados Unidos para a Ucrânia, Keith Kellogg, e os senadores Lindsay Graham e Richard Blumenthal, que defenderam maiores sanções contra a Rússia.

O republicano Graham e o democrata Blumenthal apresentaram aos aliados europeus e à Ucrânia um novo pacote bipartidário de sanções norte-americanas à Rússia, que descreveram como revolucionário.

O projeto de lei contempla uma tarifa de 500% sobre os produtos importados de países que continuam a comprar à Rússia petróleo, gás, urânio e outros produtos — visando nações como a China e a Índia, que representam cerca de 70% do comércio de energia russo e financiam grande parte do seu esforço de guerra.

Graham e Blumenthal disseram à agência de notícias Associated Press, em Roma, que esperam levar a legislação a votação no Senado, a câmara alta do parlamento dos Estados Unidos, antes da suspensão dos trabalhos em agosto. 

Os dois senadores afirmaram que isso daria ao presidente norte-americano, Donald Trump, as ferramentas e a flexibilidade de que necessita para forçar o homólogo russo, Vladimir Putin, a negociar o fim da guerra.

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