O presidente norte-americano, Donald Trump, esclareceu esta quarta-feira, 29 de outubro, que não se vai reunir com o homólogo norte-coreano, Kim Jong-un, durante a atual visita à península coreana, justificando-o com incompatibilidades de agenda.“Conheço muito bem Kim Jong-un. Damo-nos muito bem. Realmente, não vai dar para um encontro desta vez. O presidente [chinês] Xi [Jinping] chega amanhã [quinta-feira] e isso é muito importante para o Mundo, para todos nós”, disse Trump durante um almoço com o homólogo sul-coreano, Lee Jae-myung, na cidade de Gyeongjiyu.O chefe de Estado norte-americano acrescentou que deseja estar com o líder da Coreia do Norte e tinha esse objetivo neste périplo, mas “há outros compromissos”, embora a sua vontade seja “trabalhar duro com Kim Jong-un e todo o Mundo para resolver as coisas”.Trump vai regressar a Washington, após o encontro com o presidente chinês, coincidente com a cimeira de líderes do Fórum de Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC, na sigla inglesa)..Primeira-ministra japonesa oferece taco de golfe a Trump e vai propô-lo para Nobel da Paz 2026. O atual chefe de Estado sul-coreano, no cargo desde junho, tem-se mostrado mais favorável ao diálogo com o vizinho do norte do que o seu antecessor e enalteceu os esforços diplomáticos de Donald Trump.No primeiro mandato, o presidente dos Estados Unidos da América reuniu-se três vezes com o representante máximo de Pyongyang, entre 2018 e 2019, e protagonizaram ambos um simbólico aperto de mãos na zona desmilitarizada da península coreana, embora sem qualquer resultado prático..Trump declara em Tóquio que EUA são aliados do Japão "ao mais alto nível" .Pequim confirma reunião entre Xi Jinping e TrumpA diplomacia chinesa confirmou esta quarta-feira que o Presidente Xi Jinping vai reunir-se na quinta-feira com o homólogo norte-americano, Donald Trump, na Coreia do Sul, num encontro destinado a aliviar a tensão comercial entre os dois países.Embora Washington já tivesse confirmado a reunião – com Trump já presente na Coreia do Sul esta quarta-feira – Pequim manteve o silêncio até agora, naquela que será a primeira reunião entre os dois líderes desde o regresso do republicano à Casa Branca, em janeiro passado.O encontro decorrerá à margem da cimeira do Fórum de Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC) e deverá abordar temas como a guerra comercial, a aplicação TikTok, a questão de Taiwan e o combate ao tráfico de fentanil..Antes de choque com Xi Jinping, Trump reforçou laços com Tóquio. Nos últimos dias, ambos os lados sinalizaram uma vontade de compromisso. Trump manifestou esta quarta-feira otimismo quanto à possibilidade de alcançar um novo acordo comercial, afirmando que “é melhor chegar a um entendimento do que estar em conflito”.“Espero que consigamos chegar a um acordo. Acredito que vai ser um bom acordo para ambos. Isso seria realmente um excelente resultado”, afirmou Trump, durante um discurso perante empresários no Fórum de Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), na cidade sul-coreana de Gyeongju..Trump e Xi reunidos à margem da APEC para evitar nova escalada na guerra comercial . “É melhor isso do que estarmos em confronto e passarmos por todo o tipo de problemas sem necessidade. O mundo inteiro está a observar”, acrescentou o líder norte-americano, na véspera do encontro com Xi, o primeiro desde que regressou à Casa Branca, em janeiro passado.Também se mostrou evasivo quanto à possibilidade de discutir Taiwan com Xi, afirmando: “Taiwan é Taiwan”.A reunião segue-se a negociações técnicas realizadas em Kuala Lumpur, nas quais Washington e Pequim alcançaram um “acordo preliminar” para aliviar disputas comerciais, incluindo os controlos chineses às exportações de terras raras e as tarifas norte-americanas sobre produtos chineses..Líderes asiáticos elogiam Trump, o “pacificador”, a meio de tensão nos EUA. Na terça-feira, o Comité Central do Partido Comunista Chinês publicou novas diretrizes estratégicas que apelam a uma mobilização nacional para alcançar “avanços decisivos” em tecnologias-chave como semicondutores, ferramentas de precisão, software básico, inteligência artificial e energia de fusão, no âmbito do plano quinquenal 2026-2030.No plano diplomático, a tensão em torno de Taiwan ganhou novo fôlego antes da cimeira. Pequim reiterou que “nunca renunciará ao uso da força” para alcançar a reunificação, enquanto o Presidente taiwanês, William Lai, afirmou que “só a paz através da força” pode garantir a estabilidade regional e apelou a uma oposição mais firme à “anexação” chinesa.Nos últimos dias, a China intensificou também a atividade militar em torno da ilha, com dezenas de aviões de combate a cruzarem a linha média do Estreito de Taiwan.Taipé considerou estas ações como tentativas de intimidação e manipulação cognitiva.