Mark Rutte, secretário-geral da NATO, anunciou esta segunda-feira que militares norte-coreanos estão a caminho de região russa de Kursk, ocupada pela Ucrânia, e exigiu à Rússia que "pare imediatamente" com o que classificou de uma "expansão perigosa" da guerra.."Hoje posso confirmar que as tropas norte-coreanos enviadas para a Rússia estão a caminho da região de Kursk", disse Mark Rutte, numa declaração sem direito a perguntas no quartel-general da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Bruxelas..O secretário-geral da NATO considerou que o "envolvimento de tropas norte-coreanas é uma escalada significativa na guerra ilegal da Rússia" e é "mais uma quebra de todas as resoluções do Conselho de Segurança" das Nações Unidas.."É uma expansão perigosa da guerra da Rússia. A NATO exige que pare imediatamente com estas ações", completou Mark Rutte..Von der Leyen alerta para "escalada significativa".A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, alertou entretanto para uma "escalada significativa da guerra" da Ucrânia pelo envio de tropas norte-coreanas e fornecimento de armas letais à Rússia, falando numa "ameaça à paz mundial"..A posição foi transmitida numa chamada telefónica hoje entre Ursula von der Leyen e o Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, na qual a responsável europeia observou que, "pela primeira vez, soldados da Coreia do Norte são destacados para apoiar a guerra de agressão da Rússia", segundo um comunicado divulgado em Bruxelas.."A Coreia do Norte está também a prestar cada vez mais assistência letal à Rússia. Este facto representa uma escalada significativa da guerra contra a Ucrânia e ameaça a paz mundial", acrescentou a líder do executivo comunitário, de acordo com a mesma nota, publicada após o contacto.."A presidente von der Leyen manifestou igualmente a preocupação da UE relativamente ao aprofundamento da cooperação militar entre a Rússia e a Coreia do Norte, que poderá encorajar Pyongyang a aumentar ainda mais as tensões na península coreana", é ainda referido..A chamada telefónica surge quando a Parceria de Segurança e Defesa entre a UE e a Coreia do Sul está prestes a ser lançada, após ter sido acordada em Seul em maio de 2023..E ocorre no dia em que o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) anunciou que militares norte-coreanos estão a caminho de região russa de Kursk, ocupada pela Ucrânia, e exigiu à Rússia que "pare imediatamente" com o que classificou de uma "expansão perigosa" da guerra.."Hoje posso confirmar que as tropas norte-coreanos enviadas para a Rússia estão a caminho da região de Kursk", disse Mark Rutte, numa declaração sem direito a perguntas no quartel-general da NATO, em Bruxelas..O secretário-geral da NATO considerou que o "envolvimento de tropas norte-coreanas é uma escalada significativa na guerra ilegal da Rússia" e é "mais uma quebra de todas as resoluções do Conselho de Segurança" das Nações Unidas.."É uma expansão perigosa da guerra da Rússia. A NATO exige que pare imediatamente com estas ações", completou Mark Rutte.Nas últimas duas semanas começaram a surgir notícias de que a Coreia do Norte ia enviar militares para ajudar a Rússia na invasão à Ucrânia. O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, foi o primeiro a fazer o alerta, durante uma visita a Bruxelas para participar na reunião do Conselho Europeu e, mais tarde, numa reunião ministerial no quartel-general da Aliança Atlântica..Seul confirmou depois que Pyongyang estava a preparar-se para transportar militares, incluindo elementos das forças especiais, para a Rússia..Os Estados Unidos da América e, posteriormente, a NATO confirmaram as intenções de Pyongyang e o elo mais forte com Moscovo..A Ucrânia iniciou em 06 de agosto deste ano uma incursão no território russo e ocupou a região de Kursk. Foi a primeira vez que a integridade territorial da Rússia foi colocada em causa desde a Segunda Guerra Mundial..A Ucrânia ocupou aquela região para tentar pressionar as tropas russas a recuar das regiões que ocuparam: Donetsk e Lugansk, e também a Crimeia, que está ocupada desde 2014..O Presidente ucraniano chegou a anunciar que o país controlava mais de 1.000 quilómetros quadrados daquela região russa e até hoje a Rússia pouco avançou em Kursk para repelir os militares ucranianos.