Costa convida Zelensky para cimeira extraordinária de líderes europeus

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, convidou o chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky, para participar na cimeira extraordinária de líderes europeus, agendada para a próxima semana, no dia 6 de março (quinta-feira).

Na reunião, vai ser debatido o futuro do apoio da União Europeia (UE) à Ucrânia. "Convidei o presidente [Volodymyr] Zelensky a estar presente em Bruxelas por ocasião do Conselho Europeu para discutir os últimos desenvolvimentos [na guerra]", escreveu o ex-primeiro-ministro português na carta de convite dirigida aos dirigentes da UE,

“A UE e os seus Estados-Membros estão dispostos a assumir uma maior responsabilidade pela segurança da Europa”, afirmou Costa na missiva, citada, esta quinta-feira, pela Reuters.

“Devemos, por isso, estar preparados para uma possível contribuição europeia para as garantias de segurança que serão necessárias para assegurar uma paz duradoura na Ucrânia”, disse ainda o presidente do Conselho Europeu.

António Costa fez ainda saber que quer ver uma UE "mais bem equipada para lidar com desafios imediatos e futuros à sua segurança".

A cimeira extraordinária de líderes da UE vai começar pelas 12:30 locais (11:30 em Lisboa) e haverá uma "discussão com o presidente Zelensky durante o almoço".

"Depois vamos concentrar-nos na defesa europeia, e na discussão sobre a Ucrânia", acrescentou o presidente do Conselho Europeu.

No que diz respeito à Ucrânia, "há um novo ímpeto, que tem de levar a uma paz compreensiva, justa e duradoura", considerou Costa.

Já na quarta-feira os líderes da UE reuniram-se de manhã por videoconferência para conhecer os detalhes do encontro entre o presidente de França e o homólogo dos EUA, que aconteceu na segunda-feira.

Antes da cimeira extraordinária que vai reunir líderes europeus, Zelensky irá viajar, já esta sexta-feira, para Washington para se reunir com Donald Trump, presidente dos EUA. Os dois líderes deverão assinar um acordo de exploração dos minerais.

Entretanto, as delegações dos EUA e da Rússia voltam esta quinta-feira a reunir-se. Em cima da mesa, em Istambul, vão estar questões relacionadas com as embaixadas dos dois países.

Rússia e EUA, recorde-se, estiveram recentemente em Riade, na Arábia Saudita, para debater o fim da guerra na Ucrânia, mas sem a participação de Kiev e da UE. Conversações que aconteceram após a conversa telefónica entre o presidente norte-americano, Donald Trump, e o seu homólogo russo, Vladimir Putin, a 12 de fevereiro.

Com Lusa