De assintomático a zaragatoa, a pandemia de A a Z
Assintomático
Quantos de nós tinham ouvido a palavra antes deste 2020? Arriscamos dizer que muito poucos, com exceção da classe médica e da comunidade científica. De repente, esta terá sido a primeira entre muitas que se tornaram parte de um novo léxico mundial. Ser assintomático é uma espécie de presente envenenado da covid-19: não há sintomas, logo quem está infetado não se sente doente. Mas por isso mesmo pode ir contagiando um sem-número de pessoas à sua volta, inadvertidamente. Por isso era tão importante "testar, testar, testar", como defendeu a OMS logo quando declarou a pandemia, a 11 de março. Quando o novo coronavírus era responsável por 118 mil infetados em 114 países e 4291 mortes.
O primeiro-ministro britânico foi o primeiro dos líderes internacionais apanhado pela covid-19 - depois de perceber que teria de recuar na ideia da "imunidade de grupo", inicialmente defendida por ele, a 27 de março a BBC anunciava que Johnson estava infetado. "Desenvolvi alguns sintomas leves de coronavírus, como febre e uma tosse persistente", indicou o primeiro-ministro britânico, através de um vídeo no Twitter. Feito o teste, o resultado foi positivo. No início de abril, acabaria por ser internado numa unidade de cuidados intensivos. Depois de receber alta, agradeceu aos profissionais de saúde, incluindo um enfermeiro português da zona de Aveiro, por salvarem a sua vida. Entretanto, em novembro, voltou a estar em isolamento por ter contactado com um infetado.
Confinamento
Tal como quarentena e isolamento, não gostaríamos de usar a palavra. Em março e abril tornou-se a arma mais eficaz para "achatar" a curva de novos casos de infeção, aliviando assim a pressão nos hospitais. No outono, tornou-se o último recurso na tentativa de travar o galopante aumento de casos. E então passámos do estado "Portugal não aguenta" um novo confinamento para a inevitabilidade gerida à luz da economia. Durante a semana trabalha-se, quase normalmente, ao fim de semana a partir das 13h00 é tempo de recolher. O critério começou por ser de 240 novos casos de covid-19 por cem mil habitantes nos últimos 14 dias. Mais tarde, já em dezembro, o governo acabaria por dividir o território em quatro níveis: moderado, elevado, muito elevado e extremamente elevado.
Direção-Geral da Saúde
Graça Freitas aparecia poucas vezes na televisão. A diretora-geral da Saúde era esporadicamente exposta a perguntas, a propósito de um ou outro caso de saúde pública. Mas desde março passou a ser presença assídua, com a mesma cadência das conferências de imprensa, ao lado da ministra da Saúde, Marta Temido, do secretário de Estado, António Lacerda Sales, ou de outros quadros da Saúde. Em alinhamento com as dúvidas que o coronavírus SARS-CoV-2 (que provoca a doença conhecida como covid-19) sempre levantou, desde há um ano, foi dizendo e desdizendo o que os portugueses deveriam fazer para se protegerem. Ficou célebre a descrição da máscara como "um bocado de pano que só iria criar uma falsa sensação de segurança", quando pouco tempo depois passou a ser de uso recomendado, e depois obrigatório. Não se cansou de apelar ao distanciamento, como forma de complementar a prevenção. Até que ela própria se infetou.
Estirpe
Quando o mundo já contabilizava um milhão e meio de mortos e mais de 78 milhões de casos de infeção, dezembro trouxe mais uma má notícia: uma nova estirpe do SARS-CoV-2 no Reino Unido, que será 70% mais contagiosa do que o normal. Os alarmes soaram primeiro entre os britânicos, obrigados a cancelar os planos que estavam previstos para o Natal, e depois por toda a Europa, levando vários países a suspender as ligações aéreas com a Grã-Bretanha e outros a estudar fazer o mesmo. Em Portugal, as autoridades de Saúde dizem-se "muito atentas" aos casos que surjam por estes dias.
Fake news
Há quem considere a desinformação muito mais perigosa do que o vírus, propagada à velocidade da luz. Desde o início da pandemia que esse é um combate que os media travam todos os dias, como bem sabem os leitores do DN. Desde os vídeos manipulados aos áudios que circulam pelas diversas plataformas, com vozes de alegados enfermeiros e médicos a descreverem cenários dantescos, às mensagens simplistas de recomendações com remédios caseiros, a internet tudo leva e tudo traz.
Gripezinha
"No meu caso particular, pelo meu histórico de atleta, caso fosse contaminado pelo vírus, não precisaria de me preocupar, nada sentiria ou seria, quando muito, acometido de uma gripezinha ou resfriadinho." As palavras do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, ecoaram por toda a imprensa internacional muito antes de a pandemia ter atingido o país de forma avassaladora. Disse-as em março. Agora, em novembro, Bolsonaro desdisse tudo: "A grande media falando que eu chamei de gripezinha a questão do covid. Não existe um vídeo ou um áudio meu falando dessa forma." Só que existia. Para memória futura. Chegados ao Natal, o Brasil contabiliza perto de 190 mil mortos por covid-19, sendo um dos países onde a taxa de letalidade é mais elevada.
Higienizar
Lembram-se de quando a palavra de ordem era essa? Lavar as mãos. Muito bem, muitas vezes. Não tocar com elas na cara, muito menos na boca, nos olhos, no nariz, porque o vírus fazia-se (faz-se) transportar assim. Não só mas também. De repente, esgotavam os desinfetantes nas farmácias e nas lojas. O mercado não tinha álcool-gel (também não tinha máscaras nem outro tipo de EPI - equipamento de proteção individual - mas isso foi mais tarde), que foi preciso produzir em massa. As cidades e vilas iam sendo desinfetadas à medida do que víamos lá fora, na China, por exemplo, em que homens pulverizavam tudo o que era estático. Também fizemos o mesmo, por cá.
Kit
Os últimos meses trouxeram para o mercado os kits de testes rápidos, que em 15 minutos permitem saber se está ou não infetado pelo vírus, denominados testes de antigénio. Se a amostra recolhida demonstrar a existência da proteína do vírus, o teste revela que a pessoa testada é portadora do SARS-CoV-2. O resultado aparece numa espécie de termómetro - uma pequena placa idêntica às dos testes de gravidez - onde surgem dois riscos para os casos positivos. Os testes rápidos devem ser realizados nos primeiros cinco dias (inclusive) da doença, para que assim diminua a probabilidade de falsos negativos. Qualquer pessoa pode fazê-lo, aplicando-se sobretudo a quem tenha sintomas. Preferencialmente só deve ser feito se não for possível realizar o teste de laboratório, mas são cada vez mais os que recorrem a este tipo de teste, sobretudo os que - sabendo terem estado em contacto com alguém infetado - têm dificuldade em lidar com a ansiedade da espera. Entre a prescrição médica de um teste convencional e o resultado, ainda demora alguns dias. A DGS "não recomenda a utilização generalizada, mas sim a utilização adequada".
Intensivistas
Poucos sabiam deles, porque chegar aos cuidados intensivos de um hospital era - e ainda é - o que ninguém desejava. Mas a covid-19 trouxe também para a ribalta os médicos especialistas nesta fase de intervenção. Já em plena pandemia ficámos a saber que Portugal tem cerca de 250 médicos intensivistas, embora existam outros profissionais aptos para manusear ventiladores, nomeadamente anestesiologistas, pneumologistas e internistas. O dicionário define-os como "especialista no tratamento de pacientes que estão em estado crítico e que precisam de vigilância permanente; profissional especializado em medicina intensiva". Os que salvam a vida, afinal.
A primeira-ministra da Nova Zelândia tornou-se um dos rostos da pandemia, mas pelas melhores razões. É já considerada uma referência no combate ao novo coronavírus. Por diversas vezes o país já conseguiu ficar a zero casos de infeção. Na véspera de Natal contabilizava apenas sete casos ativos. Desde o início da pandemia contraíram a doença pouco mais de 2100 pessoas, e morreram 25. Entretanto, o governo assinou acordos com a Universidade de Oxford e a AstraZeneca, com a Novavax para trazer um pacote adicional de 18,3 milhões de doses. Ambas as vacinas requerem duas doses, o que significa que mais de nove milhões de pessoas poderão ser vacinadas. Mas antes desses acordos a Nova Zelândia já havia assegurado 750 mil doses da vacina da Pfizer/BioNTech e quatro milhões de doses da vacina da Janssen. Uma vez que o país tem apenas cinco milhões de pessoas, espera ter quase o triplo de vacinas necessárias. E por isso, nesta semana, Jacinda Ardern afirmou que as vacinas excedentes irão para países vizinhos. "Nós agora temos acordos com quatro fabricantes, cobrindo três diferentes tecnologias para as vacinas, e temos como assegurar doses mais do que o suficiente para cobrir a nossa população inteira. As doses extra serão distribuídas para Tokelau, ilhas Cook, Niue, Samoa, Tonga e Tuvalu."
Letalidade
A taxa de letalidade é obtida "através da divisão do número de mortes pelo total de casos diagnosticados, relativamente a uma determinada doença. Dá uma ideia da gravidade da doença, uma vez que nos indica a percentagem de mortes causadas especificamente por essa doença (mortalidade específica)", refere a Escola Nacional de Saúde Pública, que diariamente atualiza os dados, por região. Por outro lado, a taxa de mortalidade é obtida através da divisão do número de mortes pelo total da população de interesse, indicando assim qual o número de mortes por determinada doença, habitualmente por cem mil habitantes. Os especialistas em saúde pública lembram que é importante ter em consideração vários fatores quando analisamos este indicador, nomeadamente o número de testes. Se uma região estiver a testar todos os casos poderá ter uma taxa de letalidade inferior ao valor real, uma vez que têm mais casos confirmados. Em Portugal, a taxa de letalidade na primeira vaga, entre março e final de maio, rondou os 4,34%. Apesar de assistirmos a muito mais mortes nesta segunda vaga, a taxa de letalidade é agora menor, fixada em 1,07 %.
Médicos
Tornaram-se o imenso exército desta "guerra" pandémica, ao lado de enfermeiros, auxiliares e outros técnicos. Para lá dos infecciologistas, pneumologistas e intensivistas, há os que "seguram as pontas" de todo o Serviço Nacional de Saúde, a começar pelos cuidados de saúde primários, nos centros de saúde. Os que acompanham os doentes covid e os outros, tantas vezes num registo inaugurado na pandemia: a videochamada.
Máscaras
Em poucos meses tornaram-se parte de nós. Começaram por ser desvalorizadas, depois recomendadas, e acabariam por se tornar de uso obrigatório. Nós, por cá, vamos usá-las na rua (também) pelo menos até março, de acordo com um projeto de lei apresentado nesta semana pelo PSD e aprovado com os votos do PS e do CDS. Quando começou a pandemia, existiam poucas no mercado, o que se refletia no preço. Quando se percebeu a importância de as usar, e mais tarde a obrigatoriedade, nasceram por toda a parte, de todos os materiais e feitios. Sejam elas cirúrgicas ou sociais, importa que tapem a boca e o nariz, porta de entrada e saída do vírus.
Negacionistas
Alimentam-se das notícias falsas, desmentem todas as teses sustentadas em investigação, e vivem numa espécie de mundo paralelo, como se a pandemia não existisse e fosse uma invenção, ou mesmo uma teoria da conspiração. Em Portugal o movimento ainda não tem grande expressão, mas por toda a Europa assistimos já a manifestações (que normalmente terminam em violência), cujo expoente máximo é a destruição das máscaras, que se tornaram essenciais no controlo do contágio. Crescem páginas na internet da autoria de grupos como "médicos pela verdade", cujas ligações a partidos de extrema-direita têm vindo a ser paulatinamente comprovadas.
O etíope Tedros Adhanom Ghebreyesus será o rosto mais conhecido da Organização Mundial da Saúde (OMS) que para sempre ficará ligado ao momento do anúncio da pandemia ao mundo. Graduado em Biologia, pesquisador de malária reconhecido internacionalmente e doutorado em Saúde Comunitária, é o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde desde 2017. Era só um menino de 7 anos quando presenciou a morte do irmão mais novo, "por uma doença que poderia ter sido curada num país com um sistema de saúde eficiente". Mas a família vivia na Etiópia. Desde criança que Ghebreyesus recusou aceitar que alguém tivesse de morrer "só por ser pobre", como era a sua família na época. É assim que o diretor-geral da OMS costuma explicar o seu empenho por melhores serviços de saúde, sublinhando sempre como, até hoje, a morte do irmão o instigou a ir mais além na medicina e no bem comum.
Pandemia
A 11 de março, a Organização Mundial da Saúde declarou que o surto do novo coronavírus atingiu o nível de pandemia. Foi numa conferência de imprensa, em direto de Genebra, na Suíça, em que o diretor-geral já vaticinava que "nos próximos tempos o número de infetados e de mortos pelo novo coronavírus continue a aumentar". Também os responsáveis máximos da saúde no mundo foram tropeçando no discurso, nas medidas de prevenção e nos comportamentos a adotar. Recentemente, a OMS emitiu nova orientação sobre o uso de máscaras: aconselha uma utilização (ainda) mais ampla de máscaras para todos e em todo o lado, mas com especial atenção para as unidades de saúde. Os especialistas destacam que em "áreas de transmissão comunitária de covid-19 confirmada ou suspeita" todas as pessoas devem usar máscara, em ambientes interiores ou exteriores, sempre que não seja possível manter um afastamento de pelo menos um metro.
Quarentena
Até há um ano, era outra das palavras que pouco usávamos. Fazia parte dos livros científicos, do léxico da medicina, e para o cidadão comum de um tempo em que as doenças não eram controláveis. Como (quase) todas as que conhecíamos em 2019. Ao início foi unânime a definição de 14 dias de isolamento para casos suspeitos, mais tarde os países começaram a implementar variações. Em novembro, a Organização Mundial da Saúde advertiu para os riscos que correm alguns países por terem reduzido a quarentena dos viajantes para menos de 14 dias. Maria Van Kerkhove, responsável técnica para a covid-19 da OMS, lembrava que "as duas semanas de confinamento a quem chega a um país contribuem para a diminuição potencial de novos casos de infeção, classificando como equilibrada esta abordagem".
R0
Chama-se R0 (zero) um dos muitos indicadores usados pelos especialistas, e que mede o número médio de contágios causados por cada pessoa infetada. No início da primeira vaga da pandemia, o R0 em Portugal situava-se acima de dois, o que significa que cada pessoa infetada contagiava em média cerca de duas pessoas. Ao longo dos meses esse indicador foi descendo e subindo. Mas os últimos dados sobre o número médio de contágios a que um infetado dá origem diminuiu a nível nacional, e estará agora abaixo de 1 desde 20 de novembro. Porém, há regiões onde o número de casos ainda está a aumentar ou a abrandar, como no Centro, Alentejo, Lisboa e Vale do Tejo e nas regiões autónomas.
A estratégia leve da covid da Suécia - sem bloqueio formal, sem recomendações para o uso de máscaras faciais e regras de quarentena mais fracas do que em qualquer outro lugar na Europa - foi desde o início alvo de intensos debates no panorama internacional. Inicialmente a estratégia mereceu um amplo apoio nacional, mas o elevado número de mortos levou a que começasse a ser mais questionada, recentemente. "Acho que falhámos. Temos um grande número de mortos e isso é terrível. É algo com que todos sofremos", disse o rei Carlos Gustavo, no tradicional discurso de Natal. Entre a família real sueca, o príncipe Carlos Filipe, que é o quinto na linha de sucessão, e sua esposa, a princesa Sofia, foram infetados com covid-19, tendo observado apenas "sintomas moderados" da doença. Os comentários do rei Carlos Gustavo, que é o chefe de Estado mas não possui quaisquer poderes políticos, surgiram na sequência das conclusões apresentadas por uma comissão independente que examinou a forma como a Suécia está a lidar com a pandemia. O relatório aponta grandes deficiências estruturais nos cuidados em lares de idosos e refere que as autoridades se mostraram mal preparadas e equipadas para enfrentar a pandemia.
Teletrabalho
Era uma prática já conhecida lá fora, mas em Portugal poucos a adotavam. Com exceção de profissões específicas e normalmente em regime freelancer (jornalistas, designers, tradutores), a maioria dos portugueses não concebia trabalhar em casa sem ir ao escritório. Até que 2020 foi a odisseia no espaço do trabalho. De repente, ficou ténue a linha entre a vida pessoal e profissional, foi preciso criar novas rotinas, uma total mudança de paradigma. O dia passou a fazer-se não só de reuniões e relatórios mas também de videochamadas, plataformas várias em que o Zoom se tornou o centro das atenções. O mundo mudou. Hoje já sabemos que, por cá, não vai ficar tudo bem, porque perderam-se quase tantos empregos só em março e abril como em 2008 e 2009.
A presidente da Comissão Europeia tornou-se quase uma arauta de boas notícias, no que respeita à resposta global da Europa à crise económica e social que a pandemia tem vindo a escavar. O fundo europeu que o primeiro-ministro classificou como "bazuca", e que ajudará os países a recuperar da crise económica, será implementado sob a presidência portuguesa. Em julho, os líderes dos 27 países chegaram a um compromisso que aponta para 750 mil milhões de euros para relançar a economia europeia - que conhecerá em 2021 uma recessão sem precedentes.
Vacina
Não foi há muito tempo, mas a rapidez com que fluem as notícias sobre as novas vacinas e os planos de vacinação assemelham-se a uma overdose, como se a descoberta milagrosa tivesse acontecido lá atrás. Foi no final de outubro que começaram a surgir as primeiras certezas sobre esse fenómeno: em menos de um ano a comunidade científica conseguiu a tão esperada vacina. Já nesta semana a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) emitiu parecer científico favorável à vacina desenvolvida pela Pfizer e a BioNTech. Seguiu-se a aprovação, por parte de Bruxelas. As primeiras doses deverão chegar a Portugal nos próximos dias.
A província (des)conhecida da China passou a estar debaixo dos holofotes do mundo há um ano, embora o primeiro caso conhecido de covid-19 remonte a 17 de novembro. De acordo com uma investigação do jornal de Hong Kong South China Morning Post, aconteceu na província chinesa de Hubei. Segundo o jornal, uma pessoa de 55 anos foi o primeiro caso identificado - informação que desafia a versão oficial que aponta o aparecimento da doença em finais de dezembro, com vários casos de contaminação ligados a um mercado de marisco, situado nos subúrbios de Wuhan, a capital de Hubei.
Xenofobia
A pandemia teve o condão de vincar assimetrias e acicatar os ânimos, apontando o dedo às diferenças. Em Portugal, o deputado do Chega André Ventura chegou a defender um confinamento obrigatório para a comunidade cigana.
YouTube
Na era dos vídeos, passou a ser um canal de comunicação privilegiado, transversal ao mundo.
Zaragatoa
Era um elemento que muitos só conheciam das séries policiais, que a comunidade científica e médica usava com parcimónia. Essa espécie de cotonete comprida tornou-se preciosa. É assim que é possível testar, testar, testar. Em abril, quando o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, visitou uma fábrica em Famalicão, estava longe de imaginar que, seis meses depois viria a utilizar uma dessas 50 mil unidades produzidas por dia em Portugal, tendo testado positivo à covid-19.