"A vida não espera". Como se faz um parto dentro de uma ambulância? Os Bombeiros Voluntários da Moita explicam

Já são 15 bebés nascidos nas viaturas desta equipa em 2025. "É sempre um risco", avalia o comandante. 'O DN Sai à Rua' para visitar a corporação e saber mais sobre a formação dos operacionais.

A bebé Nariel veio ao mundo na madrugada da última segunda-feira, dia 6 de outubro, dentro da uma ambulância dos Bombeiros Voluntários do Concelho da Moita. Foi a 15ª vida acolhida pelas mãos dos operacionais desta corporação em 2025, num universo de mais de 30 bebés nascidos dentro de viaturas de socorro, segundo dados do INEM.

A situação é "sempre um risco" ressalta o comandante, Pedro Ferreira, ao explicar que as dificuldades enfrentadas pelas urgências obstétricas tem sido um desafio. A mãe de Nariel, por exemplo, estava a ser transportada para a maternidade do Hospital Garcia de Orta, em Almada, por causa do encerramento da unidade do Hospital do Barreiro, que atende a área de residência da família.

Quando chega a hora, os bombeiros estão prontos para agir. Durante a formação inicial, de um ano, passam por um módulo geral sobre partos e alguns elementos seguem para o avançado, fazendo com que sempre haja um operacional com esta formação na dupla que está na ambulância.

Todas as viaturas estão equipadas com kits de parto, com ítens para utilização pelo bombeiro a assistir o nascimento e para os primeiros procedimento no bebé. "Há sempre dois, para o caso de serem gémeos", explica Pedro Ferreira.

Neste episódio, 'O DN Sai à Rua' para visitar esta corporação, que já tem como um lema: "a vida não espera".

'O DN Sai à Rua' é uma série do Diário de Notícias, em parceria com o Canal O Cubo, que traz os temas que marcam a atualidade em Portugal em reportagens de proximidade, mostrando que o DN está onde estão as boas histórias: nas ruas, ao lado das pessoas que constroem, todos os dias, o nosso país.
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