Deverá ser realizada uma leitura pública na sede do TC.
Deverá ser realizada uma leitura pública na sede do TC.Foto: Paulo Spranger

Tribunal Constitucional deixa para última hora a decisão sobre a Lei da Nacionalidade

Prazo de 25 dias corridos acabou no domingo, sendo obrigatório que decisão seja divulgada esta segunda-feira, dia 15 de dezembro.
Publicado a
Atualizado a

Ficou para a última da hora: será conhecido esta segunda-feira os vereditos do Tribunal Constitucional (TC) sobre a Lei da Nacionalidade. O prazo de 25 dias corridos encerrou no domingo, ficando a decisão para esta segunda-feira, 15 de dezembro. Assim como ocorreu na Lei dos Estrangeiros, em agosto, deverá ser convocada uma leitura público dos acórdãos, em horário ainda não confirmado.

São dois requerimentos sobre a lei, enviados pelo Partido Socialista (PS), após não conseguir chegar a um acordo com o PSD no Parlamento. A legislação, que prevê, entre outras coisas, a perda da nacionalidade em caso de crimes graves, foi aprovada com os votos da bancada do Chega.

O requerimento relativo à perda da nacionalidade ficou a cargo do vice-presidente do TC, João Carlos Loureiro. Já o diploma que concentra as alterações mais profundas será analisado pela juíza Dora Neto.

Entre as normas que serão analisadas, estão as novas regras sobre a naturalização de apátridas, a cláusula que permite a oposição à nacionalidade com base em comportamentos que revelem rejeição da comunidade nacional, a inexistência de um regime transitório, entre outros. Leia aqui todas as normas. Num facto incomum, o PSD enviou um parecer aos juízes, como uma espécie de defesa da Lei da Nacionalidade.

Governo X Tribunal Constitucional

Esta é a segunda vez que os juízes do Palácio Ratton são chamados a analisar leis relacionadas com a imigração. Em agosto, em pleno período de férias, o coletivo teve apenas 15 dias para decidir sobre a Lei dos Estrangeiros, cuja relatoria esteve a cargo da juíza Joana Maria Rebelo Fernandes Costa. O pedido foi realizado pelo Presidente Marcelo Rebelo de Souza e teve como resultado o chumbo da lei como estava escrita.

Mas o Governo não se deu por vencido. Reajustou os pontos sinalizados pelos juízes e conseguiu, novamente, a aprovação da legislação. O partido de André Ventura foi quem garantiu os votos necessários para a vitória da AD e a lei já está em vigor desde 23 de outubro.

Se o cenário for o mesmo, com o chumbo da legislação, o executivo de Luís Montenegro deverá fazer o mesmo. Para tal, conta com os votos do Chega. No entanto, o tema deverá ficar para 2026, já que esta é a última semana de votações na Assembleia da República antes do recesso de fim de ano. As sessões voltam a 07 de janeiro.

amanda.lima@dn.pt

Deverá ser realizada uma leitura pública na sede do TC.
Catarina Martins espera que lei da nacionalidade não seja promulgada independentemente do TC
Deverá ser realizada uma leitura pública na sede do TC.
Após petição, comissão do Parlamento discutirá incluir o tempo de espera na contagem da Lei da Nacionalidade

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt