A Aldeia de Santa Comba da Vilariça, concelho de Vila Flor, está cercada pelas chamas e sem qualquer operacional no combate ao incêndio, garantiu o presidente da Junta de Freguesia, hoje, à agência Lusa. O fogo está a lavrar desde Mirandela, consumindo mato e ameaçando algumas habitações. A aldeia de Santa Comba da Vilariça tem agora chamas a “norte, ponte e nascente”, adiantou Fernando Brás. O incêndio começou 17:00 e, até às 21:30, o “combate está a ser feito por populares”, disse o autarca. “Mobilizámos toda a gente e todos são poucos para esta tarefa”, lamentou o presidente da junta de freguesia, que se queixa de não ver qualquer operacional a salvar a aldeia. O vento tem sido um inimigo, visto que está a “soprar em direção às casas” e será mais um problema a juntar-se aos “muitos prejuízos agrícolas”, que, para já, o autarca não consegue quantificar. “Queremos é salvar as pessoas”, afirmou Fernando Brás.Nuno Bento é um dos moradores que está em prantos. “O fogo já está a chegar aos armazéns”, contou à Lusa. Durante a tarde disse apenas ter visto a GNR a fazer o corte da estrada e um meio aéreo que fez “quatro descargas”. Quanto a bombeiros, “nada, zero”, vincou o habitante de Santa Comba da Vilariça, reiterando que o combate às chamas está a ser feito pelos moradores através de “tratores com cisternas, rega e lavragem”.O incêndio dirige-se agora para Vale Frechoso, outra aldeia de Vila Flor, próxima de Santa Comba da Vilariça.Já em Vilares da Vilariça, Alfândega da Fé, a situação está agora mais calma. Os habitantes chegaram a estar confinados na igreja, por precaução, uma vez que também esta localidade está rodeada de chamas. Ainda assim, houve quem se recusasse a abandonar a própria casa. Este incêndio está a lavrar desde domingo, pelas 14:00, e começou nas localidades de Frechas e Valverde da Gestosa. Entretanto, chegou ao concelho de Vila Flor, depois de passar o IP2, obrigando ao corte desta estrada. .O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, acaba de chegar ao velório do bombeiro da Covilhã que morreu ontem em serviço no combate aos fogos.O chefe de Estado, visivelmente consternado, distribuiu condolências aos muitos companheiros, familiares e amigos que se encontravam à porta do quartel, onde o corpo do operacional se encontra, e entrou para prestar homenagem..Um incêndio que deflagrou no concelho de Leiria está a mobilizar mais de 120 operacionais às 15:30 e obrigou ao corte da estrada nacional (EN) 113, informaram fontes da Proteção Civil e da GNR.Fonte do Comando Sub-regional de Emergência e Proteção Civil de Leiria adiantou à agência Lusa que o fogo tem uma frente ativa e está a consumir uma zona de mato de difícil acesso."Estão a ser posicionados meios apeados", acrescentou, ao referir ainda que "algumas rajadas de vento também estão a dificultar o combate no terreno".De acordo com fonte do Comando Territorial da Guarda Nacional Republicana de Leiria, o incêndio obrigou ao corte da EN113, em ambos os sentidos, entre a zona dos Olivais e a Quinta da Sardinha.O alerta para o fogo em Vale Sumo, na União de Freguesias de Santa Catarina da Serra e Chainça, no concelho de Leiria, foi dado pelas 13:03.Pelas 15:44, estavam no terreno 129 operacionais, apoiados por 37 viaturas e cinco meios aéreos..O incêndio que lavra no Fundão tem três frentes ativas que preocupam, uma proveniente do fogo da Covilhã em Silvares, uma frente que circundou Lavacolhos e outra, com progressão “mais devastadora”, em direção à Enxabarda, informou o vice-presidente.Em declarações à agência Lusa, pelas 14:50, o vice-presidente do município do Fundão, Miguel Gavinhos, explicou que as condições meteorológicas que se fazem sentir na região “são muito adversas ao combate às chamas, mesmo pelos meios apeados”.“Há uma enorme cortina de fumo que não permite aos meios aéreos operarem. Temos consciência de que se trata de um incêndio com um perímetro muito grande [mais de 40 quilómetros] e não é possível ter meios em todas as frentes”, disse.O autarca salientou que a frente de fogo mais devastadora dirige-se para a Enxabarda e, caso não seja contida, irá certamente para o Açor.“A frente de Lavacolhos circundou a localidade”, frisou.Miguel Gavinhos deixou ainda um apelo à população para que libertem os acessos às frentes de fogo, de modo a facilitar a vida aos bombeiros e às restantes autoridades envolvidas.O vice-presidente sublinhou também que estão no terreno a operar três máquinas de rasto e está à espera de mais duas, uma disponibilizada pelo Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e outra pelas Forças Armadas.O incêndio que deflagrou na quarta-feira em Arganil evoluiu em várias direções, como Seia (Guarda), e chegou na noite de domingo ao município da Covilhã e hoje passou para o concelho do Fundão.Lusa.O bombeiro da corporação da Covilhã que no domingo ficou ferido com gravidade num acidente de viação quando ia a caminho de um incêndio rural encontra-se estabilizado, informou fonte da Unidade de Saúde Local (ULS) de Coimbra.“O doente em questão foi operado no domingo [nos Hospitais da Universidade de Coimbra] e está estabilizado”, revelou a fonte.Um bombeiro morreu e outro ficou ferido com gravidade, na sequência de um acidente de viação, com uma viatura operacional, na qual seguiam para um incêndio rural.O acidente ocorreu na aldeia de São Francisco de Assis, no concelho da Covilhã, no distrito de Castelo Branco.Lusa.O funeral de Carlos Dâmaso, ex-autarca da Junta de Freguesia de Vila Franca do Deão, no concelho da Guarda, que morreu na sexta-feira, ao combater um incêndio, está marcado para as 17:30 de terça-feira, naquela localidade.Carlos Dâmaso, de 43 anos, é a primeira vítima mortal dos incêndios deste ano, e morreu enquanto combatia o fogo que deflagrou na aldeia vizinha de Pêra do Moço e avançava em direção a Vila Franca do Deão.O corpo carbonizado do empresário agrícola foi encontrado ao final da manhã de sexta-feira, numa das suas propriedades, junto à sua terra natal.Carlos Dâmaso presidiu à Junta de Freguesia de Vila Franca do Deão, no município da Guarda, durante 12 anos, tendo sido eleito pelo PS, e era novamente candidato à freguesia local nas autárquicas de 12 de outubro, mas desta vez pela coligação PG-PELA Guarda – NC/PPM, do atual presidente da Câmara, Sérgio Costa.Era casado e deixa uma filha de 11 anos.O corpo vai estar em câmara ardente a partir das 14:00 de terça-feira na igreja de Vila Franca do Deão.O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, apresentou já “sentidas condolências” pela morte de Carlos Dâmaso ao presidente da Câmara Guarda, Sérgio Costa, solicitando que as transmitisse à família.Também o Governo, através do secretário de Estado da Proteção Civil, Rui Rocha, lamentou a morte do ex-autarca de Vila Franca do Deão e enviou condolências à família.Do incêndio resultou ainda um ferido grave, que foi transportado para a Unidade de Queimados da Unidade Local de Saúde (ULS) Universitária de Coimbra, onde ainda se encontra com “prognóstico reservado”, disse à agência Lusa fonte da unidade de saúde.Diogo Cecílio é enfermeiro no Hospital Sousa Martins, na Guarda, e sofreu queimaduras graves quando auxiliava os populares no combate às chamas em Vila Franca do Deão.Numa nota publicada no site da Ordem dos Enfermeiros, o bastonário Luís Filipe Barreira manifestou solidariedade para com Diogo Cecílio.“Sabemos que o colega está estável e internado na Unidade de Queimados da ULS de Coimbra, onde está a ser devidamente acompanhado. A nossa primeira palavra é para ele e para a sua família: estamos convosco”, lê-se na nota de solidariedadeO incêndio começou pelas 10:44 de sexta-feira e alastrou aos concelhos de Trancoso e Pinhel.A ocorrência entrou, hoje, em fase de resolução, segundo o site da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).Lusa.O JPP pediu esta segunda-feira, 18 de agosto, ao presidente da Assembleia da República o agendamento de uma reunião da comissão permanente do parlamento para ouvir o primeiro-ministro e a ministra da Administração Interna sobre a gestão dos incêndios.No requerimento enviado pelo deputado Filipe Sousa a José Pedro Aguiar-Branco, a que a Lusa teve acesso, o partido pede a convocação extraordinária da comissão permanente para pôr à votação a “audição imediata do primeiro-ministro e da ministra da Administração Interna” ou, em alternativa, a realização de um debate com os dois membros do Governo numa nova reunião da comissão permanente.O JPP quer também ver discutidas as “falhas na prevenção e combate aos incêndios, bem como as decisões governamentais relativas à libertação de incendiários” e ainda “medidas urgentes de apoio imediato às populações afetadas” pelos incêndios como alojamento, indemnizações e reposição de serviços essenciais”.“A gravidade da situação exige respostas céleres, eficazes e transparentes. A Assembleia da República deve, por isso, assumir plenamente o seu papel de escrutínio e de construção de soluções, dando voz às populações que, de norte a sul do país, clamam por ação”, defende o partido.O JPP defendeu também que a “dimensão da tragédia” pode justificar “num futuro muito próximo, a apresentação de uma iniciativa visando a constituição de uma comissão parlamentar de inquérito destinada a apurar, de forma rigorosa e independente, as causas estruturais desta calamidade e as responsabilidades políticas e institucionais que lhe estão associadas”.O deputado Filipe Sousa criticou o “silêncio e ausência de ação política” enquanto o “país arde”, considerando que “mais grave do que o fogo que consome o país é a indiferença gélida de quem governa”.A comissão permanente é um órgão da Assembleia da República que funciona fora dos períodos normais de funcionamento como aquando de uma dissolução ou durante as férias parlamentares e tem como uma das funções vigiar o cumprimento da constituição e acompanhar a atividade do Governo.Lusa.O incêndio que deflagrou na quarta-feira em Arganil estava, ao final da manhã de hoje, sob controlo e vigilância dos operacionais e prevenção de reacendimentos naquele território concelhio do distrito de Coimbra, informou a Câmara Municipal.Numa publicação na rede social Facebook, pelas 12:17, o município de Arganil observou, no entanto, que se mantém “ativa, mas controlada”, uma frente de fogo junto às localidades de Teixeira e de Relvas, “permanecendo como preocupação apenas eventuais reacendimentos”.“Os bombeiros e restantes operacionais mantêm-se no terreno, em ações de vigilância e consolidação, assegurando o controlo definitivo do incêndio”, vincou a Câmara Municipal.No comunicado, o município de Arganil manifestou “um agradecimento muito sentido” aos operacionais no terreno, bem como às populações ameaçadas pelas chamas, “que demonstraram responsabilidade, colaboração, resiliência e determinação, perante um desafio que voltou a colocar à prova” o concelho. . O fogo que deflagrou pelas 05:00 de quarta-feira na freguesia de Piódão, estendeu-se, depois, aos municípios de Oliveira do Hospital e Pampilhosa da Serra, também no distrito de Coimbra.As chamas evoluíram, também, para nordeste, em direção a Seia (Guarda), tendo, a partir da zona de Pedras Lavradas, chegado ao município da Covilhã.À Covilhã chegou uma outra frente de fogo, através da Pampilhosa da Serra (igualmente com origem primária em Arganil), na zona de São Jorge da Beira.Pelas 13:30 de hoje e de acordo com a página de internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, no incêndio com origem em Arganil estavam 1.199 operacionais, apoiados por 403 viaturas e 11 meios aéreos.Lusa.Ainda no que se refere às criticas sobre a falta de meios, o primeiro-ministro afirmou: "Compreendemos as palavras de indignação, mas também queremos que as populações possam confiar que há meios, há um país, um dispositivo que está a fazer um esforço que é absolutamente notável". Questionado sobre se não deveria ter sido ativado mais cedo o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, o primeiro-ministro disse que essa avaliação será feita no final.Luís Montenegro disse que a ativação deste mecanismo acompanhou critérios técnicos e operacionais. "Verificaremos, no final, se teve o enquadramento devido. A minha expectativa é que sim, mas seremos escrutinados como é normal numa democracia", declarou. "Responderei perante o país, perante a Assembleia da República, e fá-lo-ei com frontalidade, com honestidade e com sentido de responsabilidade. Estamos em guerra e temos de vencer esta guerra", argumentou..Montenegro afirmou que este é o tempo do combate aos incêndios, mas adiantou que o Governo está "preparar todo o processo para que haja uma reposição da situação de normalidade na vida de todos aqueles que foram afetados". O primeiro-ministro reiterou uma palavra de confiança aos que estão no terreno no combate às chamas. Questionado sobre as criticas dos autarcas em relação à falta de meios, Luís Montenegro disse que Portugal "tem o maior disposto de sempre disponível", mas referiu que os "meios não são ilimitados".Falou na necessidade de solidariedade e "de unidade nacional para ultrapassar os fogos mais problemáticos".. "Nós temos mesmo de confiar nos nossos bombeiros, nas forças de segurança, em todas as autoridades", realçou Luís Montenegro."Não estou a dizer que é tudo perfeito, em momentos de crise, de tragédia, há sempre alguma irritação, muitas vezes pode haver até alguma descoordenação momentânea, mas acreditem: está a ser dado o máximo por muita gente e estão a ser evitadas tragédias, apesar das muitas consequências que têm havido, a começar pelo acidente que vitimou um bombeiro", disse o primeiro-ministro, após reunião com a Proteção Civil. ."O nosso dispositivo está a 100% disponível no terreno, não obstante estes 24 dias seguidos de severidade meteorológica, como não há registo no nosso país", afirmou esta segunda-feira, 18 de agosto, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, na sede da Proteção Civil, em Carnaxide."Estamos todos muito esgotados, são dias e dias de sofrimento, terror em muitos casos. E é preciso manter o discernimento de respeitar aqueles que estão a tratar da nossa segurança. As populações têm sido heroicas na defesa do seu património, na solidariedade (...). Mas é necessário que todos continuem a ter noção que há uma cadeia de comando e forças que estão a ser chamadas para vários locais aos mesmo tempo", prosseguiu.O primeiro-ministro destacou que "mais de 90% das ocorrências têm sucesso no combate inicial". "Há muita gente sobre pressão, que está mobilizada para os teatros de operações mais complexos, mas há outra componente do dispositivo que tem evitado muitos outros incêndios", disse. .O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, marcou, para a próxima semana, uma nova reunião com a Liga dos Bombeiros. A informação foi dada pelo presidente deste organismo, após audiência com o chefe de Estado.A reunião irá servir para "ouvir com mais tranquilidade" e "detalhe" as sugestões da Liga dos Bombeiros, disse António Nunes, mas também será abordado "o futuro dos bombeiros em Portugal". "Este um momento difícil para os bombeiros, para o país", disse o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses. .O Presidente da República transmitiu ao presidente da Liga dos Bombeiros e, através desta, a todos os bombeiros de Portugal "um voto de grande confiança pelo trabalho" que estão a desenvolver, referindo que "são imprescindíveis para conseguir resolver situações graves que o país está viver". Após audiência com Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Liga dos Bombeiros, António Nunes, disse que o chefe de Estado fez "uma apresentação de condolências", na sequência da morte do bombeiro da Covilhã, no acidente que ocorreu no domingo, quando se dirigia para o combate a um fogo florestal."Os bombeiros estão há muitos dias a fazer um combate desigual. Tivemos a oportunidade que falar que as alterações climáticas vieram para ficar e que naturalmente precisamos de olhar para o sistema de forma diferente", disse. ."O dispositivo tem a sua própria capacidade de revitalização", afirmou o comandante nacional da Proteção Civil, quando questionado sobre o cansaço dos operacionais. Mário Silvestre manifestou um "profundo reconhecimento aos bombeiros e seus comandantes" na renovação e rendição das equipas. "É um combate duro, extremamente exigente e, portanto, é normal que haja algum cansaço, até porque são muitos dias. Estamos há mais de 20 dias a combater incêndios", adiantou.No incêndio de Piódão, prosseguiu, a "Cruz Vermelha montou um dispositivo de descanso com aproximadamente 500 camas". "Não há falhas no SIRESP", disse ainda o comandante nacional sobre a rede de comunicações exclusiva do Estado português para o comando, controlo e coordenação de comunicações em situações de emergência e segurança. Referiu, no entanto, que foram registadas dificuldades em alguns momentos, que "foram prontamente" resolvidas. "Há problemas pontuais", mas rapidamente são avaliados e é retomada a capacidade de comunicações, disse..O comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, Mário Silvestre, apelou à necessidade das populações manterem-se em segurança, dando ênfase ao incêndio de Arganil/Piódão. "Não se aproximem das frentes de fogo que estão em curso", uma vez que a velocidade do incêndio pode colocar as pessoas em risco, sublinhou no ponto de situação dos incêndios em Portugal.O responsável reiterou que o "dispositivo está a 100% empenhado a fazer tudo o que pode para salvaguardar todas as situações". "No entanto, temos de compreender que são inúmeros os pedidos", disse, referindo que há populações que se recusam a sair dos locais em risco.Os dois aviões Fire Boss da Suécia, no âmbito do Mecanismo de Proteção Civil da UE, vão chegar na tarde desta segunda-feira (18 de agosto) a Portugal, referiu Mário Silvestre. .No ponto de situação dos incêndios, acompanhado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, Mário Silvestre, anunciou que o estado de prontidão e a situação de alerta foram prolongados até quarta-feira."Vamos prolongar o estado de prontidão especial, no seu nível 4, até a próxima quarta-feira, quando será novamente reavaliado", disse, referindo que a situação de alerta vai manter-se também até quarta-feira.Entre os planos municipais de emergência que se encontram ativos estão os de Viseu, Coimbra, Trancoso, Oliveira do Hospitais, Arganil, Sátão, Sernancelhe, Pampilhosa da Serra, entre outros. "O dispositivo tudo está a fazer para salvaguardar da melhor forma" a segurança das populações e os seus bens, disse Mário Silvestre. .Mário Silvestre, comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, faz um ponto da situação dos fogos que continuam a lavrar em Portugal.O incêndio de Arganil/Piódão é o que preocupa mais as autoridades. "É o que nos levanta mais problemas, disse o responsável. "Já se espalhou e está neste momento a desenvolver-se nos municípios do Fundão e da Covilhã". Trata-se de um "combate extremamente difícil", devido ao vento, à orografia e aos acessos. "Do ponto de vista operacional, dar nota para os cuidados a ter, uma vez que estamos na presença de um incêndio com uma taxa de expansão extremamente elevada, ou seja, está com um desenvolvimento e uma velocidade de propagação muito elevada, portanto todo o cuidado às populações que residem nessa zona", disse o responsável. Mário Silvestre referiu que foram registadas esta segunda-feira, 18 de agosto, 17 ocorrências, nomeadamente norte de Portugal continental. A subregião do Tâmega e Sousa e a subregião do Alto Minho registaram, cada uma, três ocorrências. .Leia a entrevista a Paulo Fernandes, professor e investigador na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro que se dedica ao estudo dos incêndios rurais..A Urze – Associação Florestal da Encosta da Serra da Estrela vai limpar cerca de quatro mil hectares de terrenos nos concelhos de Seia e Gouveia (Guarda) para tornar o território mais resiliente aos incêndios.Segundo João Castilho, técnico da Urze, a intervenção, numa área na ordem dos quatro mil hectares, diz respeito às operações integradas de gestão da paisagem e vai decorrer no Socorro e no Malhão (Seia), que integram o Parque Natural da Serra da Estrela, e Aljão (Gouveia).Os concursos públicos para a aquisição dos serviços para aquelas operações foram esta segunda-feira, 18 de agosto, publicados em Diário da República. Têm um valor global na ordem dos três milhões de euros e são financiados na totalidade pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). O prazo de execução varia entre os 240 e os 270 dias.“Isto tem a ver com uma candidatura ao PRR para a alteração da paisagem dentro de um programa que envolve uma série de entidades”, afirmou à agência Lusa João Castilho, referindo que o objetivo é alterar a paisagem, para ter uma gestão do território mais resiliente aos incêndios.O técnico da associação esclareceu que a principal ação prende-se com a limpeza da floresta e algumas áreas agrícolas que estão ao abandono, sendo que os trabalhos incluem também a abertura de caminhos e plantações em algumas áreas, nomeadamente no Socorro e no Malhão.“Dentro das áreas que temos planeadas para plantação, poderão atingir umas sete mil árvores. Agora vai depender da capacidade que exista depois para fazer essa plantação”, declarou.Quanto às espécies, serão plantados carvalhos, castanheiros, medronheiros e sobreiros.De acordo com o seu sítio na Internet, a Urze, com sede em Gouveia e núcleo em Seia, é uma associação sem fins lucrativos criada em agosto de 1999. Tem como objetivo promover e apoiar o desenvolvimento das atividades ligadas à produção, exploração e conservação da floresta, de forma a defender os interesses dos seus associados.A Direção-geral do Território explica, por seu lado, que as operações integradas de gestão da paisagem “definem no espaço e no tempo as intervenções de transformação da paisagem, de reconversão de culturas e de valorização e revitalização territorial, bem como o modelo operativo, os recursos financeiros, o modelo de gestão e o programa de monitorização a implementar nas áreas integradas de Gestão da Paisagem” (AIGP).Já as AIGP visam “uma abordagem territorial integrada para dar resposta à necessidade de ordenamento e gestão da paisagem e de aumento de área florestal gerida a uma escala que promova a resiliência aos incêndios, a valorização do capital natural e a promoção da economia rural”, segundo aquela direção-geral.Lusa.Um bombeiro morreu em Espanha num acidente com um camião no combate a um incêndio em Castela e Leão, elevando para quatro o número de mortos nos fogos deste ano no país, disseram esta segunda-feira, 18 de agosto, as autoridades..Incêndios fazem quarta vítima mortal em Espanha. Já arderam 343 mil hectares .O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recebe esta segunda-feira (18), em audiência, pelas 12h30, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, António Nunes.Já o primeiro-ministro, Luís Montenegro, vai estar no briefing da Proteção Civil, que vai ter lugar em Carnaxide, marcado para as 12h00, segundo avança a SIC Notícias. .Presidente da Câmara Municipal da Pampilhosa da Serra, Jorge Custódio, afirmou na manhã desta segunda-feira, 18 de agosto, que existem "algumas aldeias na linha do fogo", que suscitam "muita preocupação"."O fogo está descontrolado", disse o autarca em declarações à RTP, referindo que a prioridade é "retirar as pessoas que têm mais fragilidade e que têm mais dificuldade de mobilidade".Jorge Custódio deu conta que há, pelo menos, "quatro frentes que estão a preocupar mais em diversos locais do concelho".O vento tem sido a maior dificuldade no combate ao incêndio, adiantou o autarca. "Já há uma semana que andamos a fazer este combate", declarou."Há muita área ardida, não consigo precisar agora, porque a todos os dias, a toda a hora, a área, infelizmente, vai aumentando, mas estamos a falar de uma área significava. Estamos a falar, seguramente, de muitos prejuízos", disse o presidente da autarquia da Pampilhosa da Serra.O autarca adiantou que a câmara vai "colocar já no terreno equipas para começar a fazer o levantamento destes prejuízos, que são significativos". .Cinco incêndios nos distritos de Bragança, Guarda, Castelo Branco e Viseu mantinham-se ativos às 09:00 desta segunda-feira, 18 de agosto, sendo o fogo na Covilhã, que começou no Piódão, o que mobilizava mais meios, disse o comandante Miguel Oliveira, da ANEPC.“Neste momento mantêm-se ativos cinco incêndios que suscitam necessariamente mais o reforço de meios. Temos o incêndio de Piódão [que está a atingir a Covilhã] com 369 veículos e 1.104 operacionais e o de Poiares de Freixo de Espada à Cinta [Bragança] que mobiliza atualmente 115 veículos e 342 operacionais”, disse à Lusa o comandante Miguel Oliveira, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).De manhã continuava também ativo o incêndio na aldeia da Serra, no Sabugal, no distrito da Guarda, que estava a ser combatido por 222 operacionais, com o auxilio de 69 veículos.No concelho de Tarouca, distrito de Viseu, mantinha-se ativo o fogo na localidade de Vilarinho que mobilizava 207 operacionais, com o apoio de 67 veículos e o de Valverde da Gestosa, no concelho de Mirandela (Bragança) com 119 operacionais, e 40 meios terrestres.Questionado sobre se há aldeias em risco devido aos incêndios, Miguel Oliveira disse não conseguir confirmar essa situação.“A situação dos incêndios é muito volátil e essas informações mais finas serão mais fáceis de obter nos postos de comando”, disse.Quanto ao estado de saúde do bombeiro da Corporação da Covilhã ferido com gravidade no acidente de viação ocorrido naquele concelho com uma viatura operacional, e que causou um morto, Miguel Oliveira disse não ter novos dados.“Um dos operacionais estava a ser intervencionado cirurgicamente [no domingo à noite], mas não tenho novos dados sobre essa situação”, disse.Lusa.Numa nota de pesar enviada esta segunda-feira (18) às redações pelo gabinete da ministra da Administração Interna, é referido que "foi com profundo pesar e consternação" que Maria Lúcia Amaral, assim como "o Secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna, Paulo Simões Ribeiro, o Secretário de Estado da Administração Interna, Telmo Correia, e o Secretário de Estado da Proteção Civil, Rui Rocha, tomaram conhecimento do falecimento de um bombeiro do Corpo de Bombeiros da Covilhã, Daniel Bernardo Agrelo, de 44 anos, vítima de um acidente de viação, quando cumpria o seu dever, numa deslocação para o incêndio na localidade de Quinta do Campo, Fundão". "Em nome do Governo, o Ministério da Administração Interna dirige, neste momento trágico, uma palavra de solidariedade e sentidas condolências à família, aos amigos, à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Covilhã e a todos os bombeiros", lê-se na nota.O Ministério da Administração Interna expressa "votos de rápida e plena recuperação aos quatro bombeiros que ficaram feridos neste trágico acidente de viação, que envolveu uma viatura dos Bombeiros Voluntários da Covilhã, este domingo, dia 17 de agosto de 2025"..O incêndio que deflagrou na sexta-feira em Freixo de Espada à Cinta tem na manhã desta segunda-feira (18 de agosto) 90% do perímetro consolidado, com uma pequena frente de fogo ativa, junto a Mós, em Torre de Moncorvo.“O incêndio ao início da noite já tinha começado a ceder aos meios, apenas havia uma preocupação nas aldeias de Mós e Carviçais, no concelho de Torre de Moncorvo. A esta hora 90% do perímetro do incêndio está consolidado e a frente de Mós vai ter intervenção dos meios aéreos”, disse à Lusa o comandante sub-regional das Terras de Trás-os-Montes, João Noel Afonso, pelas 08:00.Segundo o comandante, as próximas horas vão requerer muita atenção para evitar reacendimentos e os meios de combate ao fogo vão permanecer no local.O fogo deflagrou ao início da tarde de sexta-feira, nas localidades de Poiares, no concelho de Freixo de Espada à Cinta, em pleno Parque Natural do Douro Internacional (PNDI), e depressa se alastrou aos concelhos vizinhos de Mogadouro e Torre de Moncorvo, também no distrito de Bragança.Este incêndio chegou a preocupar várias populações, porque tinha três grandes frentes em três concelhos e os meios aéreos não puderam atuar devido às condições climatéricas adversas, ao fumo e poeiras que se fizeram sentir, ao longo destes dias.De acordo com o comandante sub-regional das Terras de Trás-os-Montes, o fogo já consumiu mais de 10 mil hectares de terreno.De acordo com a página oficial na Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), às 08:30 estavam no terrenos 342 operacionais, apoiados por 115 veículos.A este dispositivo juntam-se oito máquinas de rasto, meios do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e da GNR.Lusa.A Câmara da Covilhã lançou esta segunda-feira, 18 de agosto, um novo alerta às freguesias afetadas pelo incêndio que começou no Piódão, aconselhando a população a ficar em local seguro face à gravidade das frentes de fogo, que já entrou no concelho do Fundão.“Face à extensão e gravidade da situação que se vive no concelho, a Câmara Municipal da Covilhã vem informar que o incêndio está fora de controlo, estando desenvolver-se numa área muito extensa e a partir de duas frentes (Erada e São Jorge da Beira), pelo que se apela a toda a população para que se proteja”, alerta a autarquia na rede social Facebook.Na nota, o município alerta que perante a “violência e rapidez das chamas, os meios são manifestamente insuficientes para acorrer a todas as necessidades e o dispositivo no terreno terá de ter como prioridade defender pessoas e habitações”.O incêndio que começou na madrugada de quarta-feira, em Piódão (Arganil), estendeu-se, depois, aos concelhos de Oliveira do Hospital e Pampilhosa da Serra, também do distrito de Coimbra, bem como a Seia (Guarda) e Covilhã (Castelo Branco).Lusa.Acompanhe aqui a atualização sobre os incêndios que continuam a lavrar em Portugal, num dia em que mais de 80 de concelhos do interior Norte e Centro e Algarve continuam em perigo máximo de incêndio rural, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).De acordo com o IPMA, estão em perigo máximo de incêndio mais de 80 concelhos dos distritos de Braga, Vila Real, Bragança, Guarda, Coimbra, Santarém, Castelo Branco, Portalegre e Faro.O IPMA colocou também vários concelhos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Leiria, Portalegre, Castelo Branco, Santarém. Évora, Beja e Faro em perigo muito elevado.O risco de incêndio determinado pelo IPMA tem cinco níveis, que vão de reduzido a máximo, sendo este último emitido quando as condições meteorológicas, como calor extremo e baixa humidade, aumentam significativamente o perigo de ignição e propagação de incêndios.Por causa do tempo quente, o IPMA colocou o distrito de Faro sob aviso amarelo, o menos grave de uma escala de três, até às 18:00 de hoje.Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro, num contexto de temperaturas elevadas que motivou a declaração da situação de alerta desde 2 de agosto.No domingo, a ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, anunciou que a situação de alerta devido ao risco agravado de incêndio foi prorrogada até às 24:00 de terça-feira.A situação de alerta, que teve início no dia 2 de agosto, tinha já sido renovada até às 24:00 de domingo, vigorando agora por mais 48 horas. .Alerta prolongado no dia em que um bombeiro morreu e Carneiro pediu uma Comissão Nacional de Proteção Civil.Incêndios fizeram dois mortos e vários feridos . Os fogos provocaram dois mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, na maioria sem gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, ao abrigo do qual deverão chegar, na segunda-feira, dois aviões Fire Boss para reforço do combate aos incêndios.Segundo dados oficiais provisórios, até 18 de agosto arderam 185.753 hectares no país, mais do que a área ardida em todo o ano de 2024.DN/Lusa.Incêndios de Arganil e Lousã. Um retrato do dia em que “parece que o Diabo andou por ali”.Área ardida duplica em 15 dias e este é o segundo pior ano desde Pedrógão