Um bombeiro morreu em Espanha num acidente com um camião no combate a um incêndio em Castela e Leão, elevando para quatro o número de mortos nos fogos deste ano no país, disseram esta segunda-feira, 18 de agosto, as autoridades.O acidente ocorreu num caminho florestal, quando o camião-cisterna que conduzia o bombeiro que morreu se virou num terreno inclinado, disse o governo regional de Castela e Leão, no noroeste de Espanha e uma das regiões do país mais afetadas pelos fogos das últimas semanas na Península Ibérica.Esta é a quarta morte nos incêndios deste verão em Espanha e a terceira na região de Castela e Leão.Segundo informações oficiais, 19 grandes incêndios estão ativos esta segunda-feira em Castela e Leão, que tem fronteira com Portugal.Outros incêndios de grandes dimensões em Espanha afetam ainda as regiões da Galiza (noroeste) e Extremadura (oeste), ambas com fronteira com Portugal.As chamas estão também a afetar zonas protegidas, como o Parque Nacional Picos da Europa, e as autoridades apelaram às pessoas que estão a fazer os populares Caminhos de Santiago para suspenderem os percursos, em especial os trajetos que passam pela região de Castela e Leão.Milhares de pessoas permaneciam de manhã temporariamente desalojadas, por terem sido retiradas de casa, em municípios como Leão, Palencia, Zamora ou Salamanca.Por outro lado, 15 estradas, todas secundárias, estavam cortadas devido aos incêndios no noroeste e oeste do país.O comboio de alta velocidade entre Madrid e Galiza continua parado pelo sexto dia consecutivo.Espanha espera uma descida de temperaturas a partir desta segunda nas zonas mais afetadas pelos incêndios, depois de 16 dias consecutivos de onda de calor.Em declarações à rádio Cadena SER, a ministra da Defesa, Margarita Robles, admitiu que só uma descida de temperaturas poderá levar ao controlo dos fogos.Os incêndios em Espanha este ano queimaram já 343 mil hectares, superando o recorde de 306 mil hectares registado em 2022 no país, indicam dados desta segunda-feira do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS).O recorde de área ardida registado pelo EFFIS num ano num país europeu são os 563 mil hectares calcinados em 2017 em Portugal, quando os fogos mataram 119 pessoas.O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, prometeu no domingo fornecer todos os recursos necessários às comunidades autónomas para extinguir os incêndios que assolam o país e propôs um “amplo pacto de Estado para mitigar a emergência climática”.Espanha ativou no dia 11 de agosto o mecanismo europeu de proteção civil e já recebeu ajuda ou conta receber ajuda ao longo desta segunda-feira e de terça-feira, com envio de meios aéreos e equipas de bombeiros de França, Itália, Alemanha, Países Baixos, Finlândia, Eslováquia e República Checa, disse a diretora da Proteção Civil nacional, Virgina Barcones, numa conferência de imprensa em Madrid..Santa Comba da Vilariça cercada pelo fogo e sem bombeiros. "As populações têm sido heróicas", diz Montenegro