Alerta prolongado no dia em que um bombeiro morreu e Carneiro pediu uma Comissão Nacional de Proteção Civil
FOTO: LEONARDO NEGRÃO

Alerta prolongado no dia em que um bombeiro morreu e Carneiro pediu uma Comissão Nacional de Proteção Civil

O Governo prolongou a situação de alerta até ao final do dia de terça-feira. O líder do PS lançou desafio ao primeiro-ministro Luís Montenegro.
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Bombeiro ferido com gravidade na Covilhã foi para o bloco operatório

Um bombeiro do Corpo de Bombeiros da Covilhã ferido hoje com gravidade no acidente de viação ocorrido naquele concelho com uma viatura operacional, a caminho de um incêndio rural, está a ser operado, segundo a Liga dos Bombeiros. 

Neste acidente morreu um bombeiro da corporação, conforme anunciou a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

Fonte oficial da Liga, responsável pela comunicação, referiu depois à Lusa ter recebido a confirmação de que um segundo bombeiro tinha também morrido, mas cerca das 22:20 corrigiu a informação, explicando ter recebido da Proteção Civil a indicação de que o operacional estava, a essa hora, no bloco operatório.

Este dado foi também indicado à Lusa pela ANEPC pela mesma hora.

Lusa

Complexo do fogo Sátão/Trancoso entra em resolução

 O incêndio que teve início nos fogos de Sátão e Trancoso entrou hoje em resolução, pelas 22:00, mas 90% do dispositivo continuará no terreno, disse à Lusa o comandante Sub-regional do Médio Tejo, David Lobato.

“Neste momento, às 22:00, o complexo de incêndios de Sátão/Trancoso, que afeta um total de 11 municípios, foi dado em resolução”, referiu David Lobato.

David Lobato falava à agência Lusa no final do ‘briefing’ em que ficou decidida a resolução do incêndio que tem “todas as frentes em rescaldo, em consolidação de rescaldo e com vigilância”.

“Não vamos retrair qualquer tipo de meios. Os que são necessários noutras frentes, uma vez que estamos com outros grandes incêndios aqui à volta, vão sair, mas vamos manter praticamente 90% dos efetivos que estão”, adiantou.

Lusa

Presidente da Liga dos Bombeiros diz que, afinal, só um bombeiro morreu no acidente na Covilhã

António Antunes, presidente da Liga dos Bombeiros, corrigiu esta noite a informação que um segundo bombeiro teria morrido, ao contrário da informação adiantada pela Lusa, citando fonte da própria Liga dos Bombeiros.

"Há uma série de informações que por vezes não se confirmam, pelo que a única confirmação que temos é a morte de um bombeiro confirmada. Há um outro está a ser operado do Hospital de Coimbra", disse à SIC Notícias.

Assim sendo, mantém-se a morte de um bombeiro e mais quatro feridos na sequência do despiste da viatura em que seguia para um incêndio rural na localidade de Quinta do Campo, no concelho do Fundão.

Presidente da República lamenta "trágica morte" de bombeiro da Covilhã

O Presidente da República lamentou hoje “a trágica morte” num acidente de viação de um bombeiro da corporação da Covilhã, “em pleno serviço à comunidade” em contexto do combate aos incêndios rurais, e que provocou também ferimentos noutros operacionais.

"O Presidente da República acaba de saber da trágica morte de um bombeiro da corporação da Covilhã, em acidente de viação, ocorrido em pleno serviço à comunidade no quadro do combate aos incêndios, onde ficaram também seriamente feridos dois outros camaradas seus”, lê-se numa nota divulgada na página da Internet da Presidência da República.

Na nota, o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, salienta que o acidente ocorreu depois de “10 dias de ininterrupta doação sem limites de tempo e de espaço” de todos os operacionais.

“O Presidente da República já transmitiu o seu profundo pesar solidário ao comandante da corporação e ao presidente da Câmara Municipal da Covilhã, pedindo-lhes que o fizessem chegar à família enlutada e às famílias que vivem a angústia do estado de saúde dos bombeiros feridos”, é ainda referido na mensagem.

Lusa

José Luís Carneiro pede a Montenegro que “convoque rapidamente” Comissão Nacional de Proteção Civil

O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, apelou hoje ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, para que “convoque rapidamente” a Comissão Nacional de Proteção Civil, para garantir “o comando político” do combate ao flagelo dos incêndios florestais.

“O meu apelo é um apelo com gravidade, para que o senhor primeiro-ministro convoque rapidamente a Comissão Nacional de Proteção Civil, tendo em vista garantir a coordenação política e a assunção política, o comando político, do combate a este flagelo que está a confrontar muitas das nossas comunidades locais”, disse José Luís Carneiro à agência Lusa, por telefone, a partir do município açoriano de Lajes do Pico, onde se encontra.

Segundo o secretário-geral do PS, nessa Comissão Nacional de Proteção Civil “devem estar todos quantos podem contribuir para retomar uma coordenação eficaz, mas, simultaneamente, para mobilizar os vários ministérios, para dar uma expectativa de segurança às populações, particularmente àquelas que ficaram sem condições de vida”.

Lusa

Fogos já consumiram mais de 172 mil hectares este ano, 32 mil entre sábado e domingo

Os incêndios rurais consumiram este ano, até hoje, mais de 172 mil hectares, 32 mil entre sábado e domingo, ultrapassando a área ardida de todo o ano de 2024, segundo dados provisórios do ICNF.

De acordo com a informação disponibilizada pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), entre 01 de janeiro e 17 de agosto, arderam 172.054 hectares, valor que ultrapassa a área ardida em todo o ano de 2024, que foi de 136.424 hectares.

Entre sábado e domingo, foram consumidos 32.963 hectares.

A área ardida neste período é a segunda maior desde 2017, quando ocorreram os grandes incêndios de Pedrógão, que foi de 201.876 hectares até 15 de agosto.

O ICNF especifica que desde o início do ano, até hoje, deflagraram 6.378 incêndios, a grande maioria em povoamentos florestais (45%) e matos (42%), e a restante em terrenos agrícolas (13%).

Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro, num contexto de temperaturas elevadas que motivou a declaração do estado de alerta, em vigor desde 02 de agosto.

Os fogos provocaram dois mortos e vários feridos, na maioria sem gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.

Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, ao abrigo do qual deverão chegar, na segunda-feira, dois aviões Fire Boss para reforço do combate aos incêndios.

Lusa

Um morto e quatro feridos graves em despiste de viatura dos bombeiros na Covilhã

Um despiste de uma viatura dos bombeiros provocou esta tarde um morto, quatro feridos graves na aldeia de São Francisco de Assis, no concelho da Covilhã.

A notícia foi avançada pela CNN e pela RTP e já foi confirmada pela Proteção Civil, anunciando que o alerta foi dado às 19h10.

Trata-se de um veículo dos Bombeiros Voluntários da Covilhã que caiu numa ribanceira quando se deslocava para um incêndio rural na localidade de Quinta do Campo, no concelho do Fundão.

Moradores recusam sair de aldeia de Meãs para ajudar os bombeiros

Vários moradores de Meãs, na freguesia de Unhais-o-Velho, Pampilhosa da Serra, recusaram-se a abandonar a aldeia para ajudarem os bombeiros no combate às chamas que ali chegaram com bastante violência, conforme relatou um dos locais.

“O fogo chegou aqui com muita força. Temos muitos bombeiros e estamos a fazer o possível por ajudar”, disse.

Aviões que vêm da Suécia estrão prontos na terça-feira

Mário Silvestre, comandante da Proteção Civil, revelou entretanto que os dois aviões enviados pela Suécia para o combate aos incêndios "chegarão amanhã à tarde", pelo que, "em princípio, estarão prontos para começar a operar na terça-feira”.

No briefing da tarde deste domingo, Mário Silvestre anunciou terem sido registadas 38 ocorrências até às 17h00, destacando que o fogo no Piódão é aquele que representa maior preocupação. Além disso, deu conta de cinco ocorrências seguidas no Algarve que, no entanto, já em resolução.

Em relação a possíveis falhas no Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP), o comandante indicou que desde que foram reportadas as falhas não se registaram mais constrangimentos.

Governo prolonga situação de alerta por mais 48 horas

Maria Lúcia Amaral, ministra da Administração Interna, acaba de anunciar que o Governo decidiu prolongar a situação de alerta em todo o país devido aos incêndios, tendo em conta a situação complicada que ainda se vive.

Na prática, o alerta vai vigorar até às 23h59 de terça-feira, 19 de agosto.

A ministra justifica a decisão, tomada de acordo com os especilistas, com o facto de ainda persistirem "dificuldades e condições muito desfavoráveis”, tais como “o agravamento dos ventos, que impedem a atuação eficaz dos meios aéreos”.

Maria Lúcia Amaral aproveitou para agradecer às forças de segurança que diz estarem em "condições de exaustão", mas também "a Marrocos, que acaba de permitir manter até quarta-feira os dois aviões Canadair" que enviou para Portugal.

Fogo em Seia vai na direção do concelho da Covilhã

A frente de fogo na localidade de Teixeira, no concelho de Seia, passou as Pedras Lavradas, no Parque Natural da Serra da Estrela, e está a dirigir-se “com grande violência” na direção da freguesia da Erada, n Covilhã, de acordo com um comunicado publicado no Facebook pela autarquia covilhanense.

Nesse sentido, a autarquia está a proceder "ao confinamento" da localidade de Trigais e ao corte da estrada nacional 230.

O município informa ainda que a frente de fogo de Meãs (concelho da Pampilhosa da Serra) “está a progredir em direção a São Jorge da Beira”, acrescentando que estão a registar-se "reativações na encosta do Sobral de São Miguel".

Fogo descontrolado ameaça as povoações de Meãs e Aradas na Pampilhosa da Serra

As povoações de Meãs e Aradas, nordeste do concelho da Pampilhosa da Serra, distrito de Coimbra, estão ameaçadas por uma frente de fogo descontrolada com origem no incêndio de Arganil, disse à Lusa o presidente da Câmara, às 17h40.

A frente de fogo, que se mantinha ativa na manhã de hoje acima da aldeia das Meãs, mas relativamente controlada, intensificou-se e descontrolou-se já depois das 17h00, e está a pôr em perigo aquelas duas povoações, com poucos meios de combate no local, disse Jorge Custódio.

“Agravou-se muitíssimo. O vento mudou, ventos com grande velocidade, e neste momento tenho um fogo completamente descontrolado, a entrar para a povoação das Meãs e para a povoação de Aradas. Esta era uma povoação que não estava na linha de fogo e agora já está”, salientou o presidente do município.

O incêndio evolui na freguesia de Unhais-o-Velho e a sede daquela autarquia, localizada a cerca de três quilómetros da frente de chamas, também está na linha de fogo.

Jorge Custódio frisou ainda que os meios de combate no local são muito poucos: “Há poucos meios aéreos e viaturas e homens muito poucos. Para a dimensão do fogo que está, não temos praticamente ninguém”.

“Neste momento a dimensão está de tal maneira, e ele está de tal maneira descontrolado que já não há carros suficientes até para proteger as povoações”, avisou o autarca.

Quatro aviões Canadair foram "grande ajuda" no concelho de Sabugal 

Vítor Proença, presidente da Câmara Municipal de Sabugal, disse à agência Lusa que o apoio de quatro aviões Canadair foram hoje "uma grande ajuda" para "debelar a frente de fogo que estava a aproximar-se da Rapoula do Côa”, um aldeia que esteve cercada pelas chamas.

“Temos que dividir os meios disponíveis, porque está a arder de uma ponta à outra do nosso concelho, o que impede uma ação musculada dos operacionais”, sublinhou o autarca. É que a frente de fogo chegou a atingir um raio de 10 quilómetros, o que dificulta o trabalho dos bombeiros.

Às 16h30, as chamas estavam a aproximar-se das aldeias de Penalobo e Seixo do Côa, bem como das termas do Cró.

Um posto de combustível da Cerdeira do Côa foi também ameaçado, mas os bombeiros e os habitantes daquela localidade conseguiram resolver o problema.

“A situação continua também complicada na Bendada”, sublinhou ainda Vítor Proença.

Ministra da Administração Interna faz declaração ao país às 19h00

Maria Lúcia Amaral, ministra da Administração Interna, vai fazer uma declaração ao país às 19h00 durante o habitual briefing da Proteção Civil para fazer o ponto da situação sobre os incêndios.

Em cima da mesa poderá estar a extensão do estado de alerta no país.

Empresário de Sernancelhe perde oficina e 'stand' com prejuízo de mais de 1 milhão de euros

Mais de um milhão de euros de prejuízo com a perda de um ‘stand’ automóvel e a oficina de reparação, com carros de clientes dentro, é a estimativa de um empresário de Sernancelhe cujo negócio ficou destruído pelas chamas na passada quinta-feira.

José Augusto contou à Lusa que instalou o seu negócio na Estrada Nacional 229, em Sarzedas, Sernancelhe, distrito de Viseu, há 15 anos, e, desde então foi “crescendo em tamanho e em número de clientes” e, “são tantos”, que, acaba mesmo por ter de recusar serviço.

“E tenho recusado, porque não gosto de cá ter os carros dos clientes. Mal eu sabia que isto ia acontecer e que me ia arder tudo! Parecia o fim do mundo com as labaredas a virem dos pinheiros a uns 30 metros de distância”, recordou.

Com um pavilhão com 630 metros quadrados e um espaço envolvente ao ‘stand’ na ordem dos 1.800 metros quadrados, José Augusto relatou que “ardeu tudo” e “não ficou nada”, nem os carros para venda, nem os dos clientes que estavam para arranjar.

“Aliás, alguns estavam prontinhos a entregar ao cliente. Só de clientes eram mais de 20. E uns meus, aliás, o da minha esposa. Ao todo foram 101 carros, com três motas incluídas e mais um trator que já estava arranjado para entregar”, contabilizou.

Lusa

Sánchez anuncia "grande pacto de estado face à emergência climática"

Em meio aos incêndios que assolam a Espanha, o chefe do Governo espanhol, Pedro Sánchez, propôs "um grande pacto de estado face à emergência climática". O anúncio foi realizado em visita à Galiza, uma das regiões com mais áreas ardidas nos últimos dias.

Leia mais aqui.

Autarca de Góis diz que fogo está praticamente controlado no concelho

O incêndio que lavra no concelho de Góis está praticamente controlado, havendo ainda um foco junto a Aigra Nova que progride, mas sem inspirar preocupação, disse à Lusa, pelas 15:10 de hoje, o presidente do município. “O incêndio está já controlado. Temos colocadas equipas para fazer a vigilância. Durante a noite, desenvolvemos uma ação que permitiu abrandar o fogo”, referiu Rui Sampaio.

O autarca espera, caso não aconteça nada de extraordinário, que a situação se resolva por completo, mas as equipas não baixam a guarda e mantêm-se vigilantes. A única situação em que o fogo “vai progredindo” é junto a Aigra Nova, mas “não inspira preocupação”.

*Lusa

Alerta prolongado no dia em que um bombeiro morreu e Carneiro pediu uma Comissão Nacional de Proteção Civil
Incêndios. Marques Mendes diz que não é tempo de "acusações" e pede "união"

Situação de alerta ainda está em vigor

A GNR lembra que o todo o território continental está sob situação de alerta e estão proibidas as queimas e queimadas, assim como trabalhos rurais com recurso a máquinas.

Mais de 4300 operacionais no terreno em 66 ocorrências pelo país

A escaldante tarde deste domingo tem 4309 operacionais no terreno, que combatem 66 ocorrências de incêndio pelo país, de acordo com a Autoridade Nacional da Proteção Civil. Meios terrestres totalizam 1400 e meios aéreos são 28.

O incêndio que mobiliza mais meios continua a ser o de Piódão, em Arganil, distrito de Coimbra. As chamas são combatidas por por mais de 860 operacionais, 299 meios terrestres e três meios aéreos.

Fogo no Douro Internacional não dá tréguas em três concelhos

O incêndio rural que deflagrou na tarde de sexta-feira no concelho de Freixo de Espada à Cinta, no Douro Internacional, continua hoje a não dar tréguas aos bombeiros devidos a três pontos onde as chamas são de difícil combate.

Estes três pontos “preocupantes” estão junto à aldeia de Mós, no concelho de Torre de Moncorvo, em Lagoaça, nas arribas do Parque Natural do Douro Internacional (PNDI); no concelho de Freixo de Espada à Cinta; e na área das encostas do rio Sabor, em Mogadouro, no distrito de Bragança.

Em declarações à agência Lusa, o comandante sub-regional das Terras de Trás-os-Montes da Proteção Civil, João Noel Afonso, disse que durante a madrugada foi possível neutralizar as três frentes do incêndio, mas ficaram estes pontos ativos.

*Lusa

Linha de fogo com dez quilómetros e nova frente preocupam no Sabugal

Populares e operacionais estão a travar uma “luta inglória” contra o incêndio que lavra desde sexta-feira no concelho do Sabugal, no distrito da Guarda, e tem uma frente com cerca de dez quilómetros.

*Lusa

Seis estradas cortadas

Segundo a atualização da GNR há instantes, estão cortadas neste momento seis estradas:

  • Distrito de Coimbra – EN 236 (nos dois sentidos), corte entre as localidades de Castanheira de Pêra e Alfocheira;

  • Distrito de Coimbra – EN 342 (nos dois sentidos), corte entre as localidades de Portela e Ponte Sátão;

  • Distrito de Guarda – EN 221 (nos dois sentidos), corte entre as localidades de Freixedas e Gouveias;

  • Distrito de Guarda – EN 233 (nos dois sentidos), corte nas proximidades das localidades de São Bartolomeu Vale Mourisco e Quintas;

  • Distrito de Guarda – EN 324 (nos dois sentidos), corte nas proximidades das localidades de Quinta das Vinhas, Cerdeira, Rapoula do Coa e as Termas do Cró;

  • Distrito de Guarda – EN 340 (nos dois sentidos), corte nas proximidades das localidades de Freixedas, Pêra do Moço e Pinhel.

Falta de visibilidade impede aviões de agir na frente de Foz Côa

A falta de visibilidade está a impedir os aviões de atuarem na única frente ativa do incêndio com origem em Sátão e Trancoso, virada para Vila Nova de Foz Côa, disse à agência Lusa o responsável pelo combate.

“Estamos com uma dificuldade, porque temos aqui os meios aéreos disponíveis, os de asa fixa [aviões], mas não conseguimos, ou seja, não temos visibilidade e não há condições de segurança para eles entrarem”, admitiu cerca das 12:00 à agência Lusa o comandante no terreno, David Lobato.

*Lusa

Maioria das pessoas retiradas de aldeias da Lousã já regressaram a casa

A maioria das três dezenas de pessoas retiradas na quinta-feira de oito aldeias da Lousã, devido à proximidade do fogo, já regressaram às suas habitações, mantendo-se apenas um pequeno número no centro de acolhimento.

Em declarações à agência Lusa, a presidente da junta de freguesia de Lousã e Vilarinho, Helena Correia, disse que a maioria das pessoas retiradas preventivamente das aldeias “já regressaram às suas casas”.

“Apenas um pequeno número de pessoas com necessidade de alimentação se mantém no centro de acolhimento, que funciona na Escola EB2 da Lousã. A maior parte das pessoas do lar de Vilarinho também já regressaram”, disse.

O presidente da Câmara da Lousã, Luís Antunes, afirmou que, hoje, “a situação no concelho está muito mais tranquila”. “Estamos em fase de vigilância e de consolidação. Os meios estão no terreno posicionados e vigilantes”, salientou. Segundo o autarca, grosso modo, a área ardida no concelho da Lousã está acima dos 3.500 hectares.

*Lusa

Homem de 74 anos detido em flagrante delito

A Polícia Judiciária (PJ) através do Departamento de Investigação Criminal da Guarda, deteve um homem de 74 anos, em flagrante delito, "por fortes suspeitas da prática do crime de incêndio florestal". O incêndio aconteceu em Mêda, cidade do distrito da Guarda. Segundo a PJ, esta investigação teve início após a comunicação, sob anonimato, de um cidadão afetado.

"Foi possível apurar que o suspeito terá ateado o incêndio com recurso a chama direta, num espaço de floresta, nas proximidades de uma exploração agropecuária, sem motivo evidente, pondo em risco bombeiros e populares que a poucos metros de distância combatiam um incêndio preexistente, num dia fortemente marcado por incêndios florestais no mesmo distrito", explica a Judiciária.

Frente ativa em Arganil

O incêndio que lavra há cinco dias em Arganil mantém uma frente ativa na zona entre as localidades de Porto Castanheiro e Relvas, decorrendo trabalhos para a conter, disse o presidente do município.

*Lusa

Interior Norte e Centro e Algarve permanecem em risco máximo de incêndio

Mais de uma centena de concelhos do interior Norte e Centro do país e sete municípios do Algarve continuam hoje em risco máximo de incêndio, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). De acordo com o IPMA, estão sob risco máximo de incêndio todos os concelhos dos distritos de Bragança e Guarda e a maioria dos de Viseu, Vila Real, Castelo Branco e Faro.

Também em risco máximo estão vários municípios dos distritos Viana do Castelo, Braga, Porto, Coimbra, Santarém e Portalegre. Em risco muito elevado encontram-se mais de meia centena de municípios distribuídos pelos distritos de Faro, Beja, Portalegre, Castelo Branco, Santarém, Leiria, Coimbra, Aveiro e Porto.

Sob risco elevado encontram-se perto de cem municípios, abrangendo a maioria do Alentejo, e concelhos dos distritos de Faro, Lisboa, Leiria, Coimbra, Aveiro, Porto, Braga, Viana do Castelo Segundo o IPMA, estão ainda em risco moderado à volta de 30 municípios, dos distritos de Lisboa, Setúbal, Santarém, Leiria, Coimbra Aveiro e Braga.

*Lusa

Fogo na Lousã está em consolidação e sem frentes ativas

O incêndio da Lousã, no distrito de Coimbra, já não tem qualquer frente ativa e entrou em fase de consolidação e vigilância aos reacendimentos, informou hoje a câmara municipal. Numa informação divulgada hoje pelas 09:30, na sua página de Facebook, o município da Lousã refere: “já não temos frentes ativas”.

Contudo, diz que se mantêm no terreno “os trabalhos de consolidação e de vigilância de reacendimentos”. “Está reaberta a circulação na EN342. Mantém-se a interdição na EN236 e a Estrada de Cacilhas / Hortas (acesso às aldeias)”, lê-se ainda na nota.

A autarquia apela ainda a toda a população para evitar comportamentos de risco e deslocações às zonas afetadas, permitindo que as equipas de emergência desenvolvam o seu trabalho de forma eficaz e segura. Este incêndio deflagrou ao início da tarde de quinta-feira junto à povoação do Candal, no concelho da Lousã.

*Lusa

Ordem dos Advogados cria bolsa de advogados voluntários

A Ordem dos Advogados (OA) anunciou este domingo, 17 de agosto, a criação de uma Bolsa de Advogados Voluntários, dedicada à prestação de aconselhamento e apoio jurídico gratuito aos cidadãos e empresas afetados pelos incêndios rurais.

Leia mais na notícia abaixo:

Alerta prolongado no dia em que um bombeiro morreu e Carneiro pediu uma Comissão Nacional de Proteção Civil
Advogados vão prestar apoio jurídico gratuito às vítimas dos incêndios rurais

Relembre como foi o sábado

O sábado foi intenso no combate às chamas, sobretudo na Lousã, Sátão, Trancoso e no distrito da Guarda.

Alerta prolongado no dia em que um bombeiro morreu e Carneiro pediu uma Comissão Nacional de Proteção Civil
Aviões cedidos pela Suécia só chegam na segunda-feira, um dia depois de terminar o estado de alerta

Na Lousã, a esperança dos bombeiros é que a "noite seja boa conselheira"

O DN está no terreno a acompanhar a situação dos incêndios, com o jornalista Vitor Cordeiro e o fotojornalista Leonardo Negrão.

Leia a reportagem:

Alerta prolongado no dia em que um bombeiro morreu e Carneiro pediu uma Comissão Nacional de Proteção Civil
Incêndios. Na Lousã, a esperança dos bombeiros é que a "noite seja boa conselheira"

Lousã e Arganil são os mais críticos

 Mais de 3.100 operacionais combatem os nove principais incêndios no continente, com os de Arganil (distrito de Coimbra) e Sátão (Viseu) a concentrarem o maior número de meios, segundo a Proteção Civil.

O incêndio em Arganil, no distrito de Coimbra, que deflagrou na quarta-feira, mobilizava 827 operacionais e 289 meios terrestres, enquanto na Lousã, no mesmo distrito, estavam destacados 481 operacionais com 151 veículos.

O incêndio que deflagrou em Sátão na quarta-feira uniu-se ao incêndio que começou em Trancoso há mais de uma semana (dia 09), alastrando-se a 11 municípios do distrito de Viseu e da Guarda. Os 11 municípios são: Sátão, Sernancelhe, Moimenta da Beira, Penedono e São João da Pesqueira (distrito de Viseu); Aguiar da Beira, Trancoso, Fornos de Algodres, Mêda, Celorico da Beira e Vila Nova de Foz Côa (distrito da Guarda).

*Lusa

Mais de 3.100 operacionais no terreno

Bom dia. Bem-vindos ao live blog deste domingo sobre os incêndios em Portugal continental.

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