Bombeiros trabalham dia e noite para apagar os incêndios.
Bombeiros trabalham dia e noite para apagar os incêndios.Foto: Miguel Pereira da Silva / Lusa

Aviões cedidos pela Suécia só chegam na segunda-feira, um dia depois de terminar o estado de alerta

Este sábado voltou a ser intenso no combate às chamas, sobretudo na Lousã, Sátão, Trancoso e no distrito da Guarda.
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Incêndio de Sátão e Trancoso com uma frente a preocupar em Vila Nova de Foz Côa

Uma frente em Vila Nova de Foz Côa é a maior preocupação do incêndio que deflagrou em Sátão e Trancoso e que hoje à noite está quase estabilizado, disse à Lusa o segundo comandante regional do Centro, Jody Rato.

“Neste momento, o incêndio está de alguma forma estabilizado, ou seja, temos duas frentes que não estão a evoluir muito, mas claro temos muitos pontos quentes e algumas reativações”, disse à agência Lusa, pelas 21h15, o segundo comandante regional do Centro.

Jody Rato acrescentou que “há ainda uma frente ativa que causa maior preocupação, na zona de Cedovim, Muxagata [concelho de Vila Nova de Foz Côa] e Mêda”, distrito da Guarda.

“Há uma outra frente na zona de Ferreirim [concelho de Sernancelhe, distrito de Viseu], na zona da albufeira de Vilar, também ativa, com alguma preocupação, mas a maior é a de Cedovim, que tem cerca de três a quatro quilómetros”, indicou.

O comandante referiu ainda que “foi precisamente nessa frente que se concentrou o grande trabalho do dia”, que “tem sido profícuo e tem dado resultado a estratégia”.

Ou seja, continuou, “era mantê-lo estável até ao final do dia para, durante a noite, ir fechando ao máximo estas frentes, de modo a que se consiga iniciar o dia de amanhã [domingo] já numa situação de ter como única preocupação as reativações”.

“Vamos ver se o conseguimos fazer. Vamos ver como corre a noite”, salientou.

Ao longo do dia de hoje, contabilizou Jody Rato, foram “registados sete feridos ligeiros, todos bombeiros, uns com queimaduras e outros num pequeno acidente em que o veículo tombou”, mas “felizmente nada muito significativo”.

“Em termos globais, este incêndio provocou até ao momento 39 feridos ligeiros, 18 assistidos. Destes 39, 21 são operacionais e os restantes 18 são civis”, referiu.

Lusa

Militares da Marinha reforçam vigilância e pós-rescaldo

A Marinha Portuguesa tem “desempenhado um papel ativo” na proteção civil, através do empenhamento de 192 militares e 18 viaturas, que já percorreram 51.428 quilómetros para “salvaguardar a integridade das pessoas e das florestas nacionais”.

Em comunicado divulgado hoje, a Marinha indicou que este dispositivo está a funcionar desde 28 de maio.

Atualmente, a Marinha Portuguesa integra, através do Estado-Maior-General das Forças Armadas, o plano HEFESTO II de apoio à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), cuja missão é “garantir uma vigilância ativa e dar apoio pós-rescaldo à Proteção Civil no combate a incêndios rurais”, segundo o comunicado.

A Marinha “reforçou, também, o dispositivo da ANEPC” com um pelotão misto da Força de Marinha, constituído por militares fuzileiros e de outros setores da Marinha, garantindo ações de patrulhamento 24 horas por dia, com seis viaturas atribuídas, nas áreas de Entre-os-Rios, Sabrosa, Penamacor, Celorico de Basto e Moimenta da Beira.

Incêndio no Douro Internacional com três frentes ativas devido a reacendimentos

O incêndio que deflagrou na tarde de sexta-feira no concelho de Freixo de Espada à Cinta, na área protegida do Douro Internacional, volta a ter hoje três frentes ativas devido às condições meteorológicas adversas, avançou a Proteção Civil.

Estas três frentes de fogo ativas estão nos concelhos de Freixo de Espada à Cinta, de Mogadouro e Torre de Moncorvo, no distrito de Bragança.

Uma das três frentes ativas do incêndio lavra nas arribas do Parque Natural do Douro Internacional (PNDI), no concelho de Freixo de Espada à Cinta.

Em declarações à agência Lusa, o comandante sub-regional das Terras de Trás-os-Montes, João Noel Afonso, disse que os pontos quentes que existiam ao início da tarde, se transformaram em frentes ativas, devido às projeções e reacendimentos provocados pelos ventos fortes.

“Foi uma tarde muito complicada, como já prevíamos, devido às condições climatéricas adversas, com o vento a soprar forte o que criou projeções e reacendimentos e criou condições negativas para o desenvolvimento do combate ao fogo”, vincou o operacional.

A dificultar o combate durante a tarde esteve também o fumo que se abateu neste território, o que não permitiu a atuação de meios aéreos.

Lusa

Fogo de Sátão e Trancoso quase estabilizado com uma frente em Foz Côa

Uma frente em Vila Nova de Foz Côa é a maior preocupação do incêndio que deflagrou em Sátão e Trancoso e que hoje à noite está quase estabilizado, disse à Lusa o segundo comandante regional do Centro, Jody Rato.

“Neste momento, o incêndio está de alguma forma estabilizado, ou seja, temos duas frentes que não estão a evoluir muito, mas claro temos muitos pontos quentes e algumas reativações”, disse à agência Lusa, pelas 21:15, o segundo comandante regional do Centro.

Jody Rato acrescentou que “há ainda uma frente ativa que causa maior preocupação, na zona de Cedovim, Muxagata [concelho de Vila Nova de Foz Côa] e Mêda”, distrito da Guarda.

“Há uma outra frente na zona de Ferreirim [concelho de Sernancelhe, distrito de Viseu], na zona da albufeira de Vilar, também ativa, com alguma preocupação, mas a maior é a de Cedovim, que tem cerca de três a quatro quilómetros”, indicou.

O comandante referiu ainda que “foi precisamente nessa frente que se concentrou o grande trabalho do dia", que "tem sido profícuo e tem dado resultado a estratégia".

Ou seja, continuou, “era mantê-lo estável até ao final do dia para, durante a noite, ir fechando ao máximo estas frentes, de modo a que se consiga iniciar o dia de amanhã [domingo] já numa situação de ter como única preocupação as reativações”.

“Vamos ver se o conseguimos fazer. Vamos ver como corre a noite”, salientou.

Ao longo do dia de hoje, contabilizou Jody Rato, foram “registados sete feridos ligeiros, todos bombeiros, uns com queimaduras e outros num pequeno acidente em que o veículo tombou”, mas “felizmente nada muito significativo”.

“Em termos globais, este incêndio provocou até ao momento 39 feridos ligeiros, 18 assistidos. Destes 39, 21 são operacionais e os restantes 18 são civis”, referiu.

Lusa

Às 19h00 registavam-se 10 fogos ativos e estavam mobilizados perto de 4000 bombeiros

O comandante nacional da Proteção Civil, Mário Silvestre, anunciou que em todo o país verificavam-se às 19h00 10 ocorrências ocorrências ativas, que implicavam um total de 3982 operacionais, 1300 veículos e 36 meios aéreos.

"As 10 ocorrências que apresentam uma maior preocupação são as ocorrências de Trancoso, Sátão, Piódão, Arganil, Candal, na Lousã, Pêra do Moço, na Guarda, Poiares, em Freixo de Espada à Cinta, Santo António, no Sabugal, e Nisa, embora Nisa seja uma ocorrência que está a correr muito bem do ponto de vista do combate, Lousada e Arnoia, Celorico de Basto", revelou.

Pelo menos nove bombeiros feridos

Pelo menos nove bombeiros sofreram hoje ferimentos ligeiros e foram enviados para unidades hospitalares, de acordo com a Proteção Civil, que apelou à população para ter "algum cuidado no estacionamento dos veículos", pois foram registados diversos constrangimentos na circulação dos meios de socorro.

Volta a estar dominado o fogo no concelho de Nisa

O incêndio no concelho de Nisa, no distrito de Portalegre, voltou hoje a ser dado como dominado às 19h18, após ter sofrido uma reativação às 12h55, disse à agência Lusa fonte da Proteção Civil.

Três bombeiros feridos no combate a fogo em Mêda

Três bombeiros sofreram queimaduras e uma entorse e foram encaminhados para o Centro de Saúde da Mêda no combate ao incêndio naquela localidade, de acordo com a SIC.

Ficam em prisão preventiva os dois suspeitos detidos sexta-feira por atear fogos na Guarda

As duas pessoas detidas na sexta-feira pela Polícia Judiciária por suspeitas de atear fogos florestais nos concelhos de Seia e Pinhel, distrito da Guarda, ficaram em prisão preventiva, disse à agência Lusa uma fonte da PJ.

Em Seia, foi detido um homem de 19 anos suspeito de atear um incêndio naquele concelho “com recurso a chama direta, sem motivo evidente, pondo em risco floresta e habitações em plena serra da Estrela”. O jovem já tinha sido investigado pelo mesmo tipo de crimes.

No incêndio de Pinhel, foi detida uma mulher de 32 anos. “A suspeita vive em conflitualidade com os vizinhos e terá ateado o incêndio com recurso a chama direta, utilizando um isqueiro, para os assustar, colocando em risco a própria povoação onde reside”, indicou a PJ.

Aviões Fire Boss cedidos pela Suécia só chegam na segunda-feira

Os dois aviões Fire Boss cedidos pela Suécia para ajudar no combate aos incêndios rurais só devem chegar a Portugal na segunda-feira, um dia depois de terminar o estado de alerta. Este atraso fica a dever-se a constrangimentos na entrega, que estava programada para domingo, informou hoje a Proteção Civil.

Num ponto de situação dos incêndios em Portugal continental, o comandante nacional da Proteção Civil, Mário Silvestre, informou que os dois meios aéreos provenientes do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, e que estavam previstos chegar no domingo, “só chegarão na segunda-feira”.

“Por constrangimentos na sua operação, a informação por parte do Mecanismo é que eles só chegarão na segunda-feira”, disse Mário Silvestre, na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, (ANEPC), em Carnaxide (Oeiras).

A chegada dos aviões foi anunciada na sexta-feira pelo secretário de Estado da Proteção Civil, que na altura adiantou que os aviões deviam começar a operar na segunda-feira.

Lusa

Fumo impediu utilização de aviões na Guarda e em Sátão

Mário Silvestre, comandante da Proteção Civil, revelou hoje que o dia foi "extremamente complexo", uma vez que houve uma “grande dificuldade em colocar os meios aéreos” em alguns dos maiores incêndios do país, nomeadamente na Guarda e em Sátão, por causa do o fumo negro, o que afetou a eficácia no combate aos fogos.

O comandante diz mesmo que algumas das aeronaves nem conseguiram levantar voo devido ao fumo.

Veículo dos bombeiros do Dafundo capota em Penedono e provoca quatro feridos ligeiros

Quatro bombeiros ficaram hoje com ferimentos ligeiros na sequência do capotamento de um veículo da corporação dos Voluntários do Dafundo, disse à agência Lusa fonte da Guarda Nacional Republicana (GNR).

“A indicação que tenho é de que um veículo dos Bombeiros Voluntários de Dafundo [concelho de Oeiras, distrito de Lisboa] sofreu um capotamento, do qual resultaram quatro feridos ligeiros que foram transportados para o hospital da Guarda”, disse a mesma fonte.

Segundo a GNR, o acidente aconteceu pelas 17h40 e o alerta foi para a localidade de Granja, concelho de Penedono, distrito de Viseu.

No distrito de Viseu e da Guarda estão centenas de bombeiros de todo o país, no combate ao incêndio que teve origem em dois fogos – Sátão (distrito de Viseu) e Trancoso (distrito da Guarda) – e que na sexta-feira tornou-se um só e alastrou-se a 11 municípios dos dois distritos.

Os 11 municípios são: Sátão, Sernancelhe, Moimenta da Beira, Penedono e São João da Pesqueira (distrito de Viseu); Aguiar da Beira, Trancoso, Fornos de Algodres, Mêda, Celorico da Beira e Vila Nova de Foz Coa (distrito da Guarda).

Lusa

Fogo de Sátão com mais de 900 dos mais de 5000 operacionais mobilizados

Mais de cinco mil operacionais combatiam, às 17:00, 78 incêndios rurais ativos em Portugal continental, oito dos quais a mobilizar o maior número de meios, segundo a Proteção Civil.

De acordo com a página na Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), estavam no terreno 5.148 operacionais, auxiliados por 1.600 meios terrestres e 42 meios aéreos.

Os fogos mais significativos são os de Sátão (distrito de Viseu), com 906 elementos das forças de socorro e segurança, 296 viaturas e três meios aéreos empenhados, e de Piódão, no concelho de Arganil (distrito de Coimbra), com 892 operacionais a combater as chamas, apoiados por 305 meios terrestres e seis meios aéreos.

Ambos os fogos, que tiveram início na quarta-feira, já se estenderam a vários concelhos vizinhos. O de Sátão acabou por se tornar num único fogo ao juntar-se, no território, ao que teve origem no domingo em Trancoso, distrito da Guarda.

Lusa

Autarca de Penedono diz que 90% do território verde está negro

O incêndio rural que atingiu Penedono queimou 90% da mancha verde daquele território e deixou os cerca de 3.000 habitantes, que vivem da agricultura e pecuária, sem sustento, disse à agência Lusa a presidente da do município.

“Tenho 90% ou mais do território queimado, mas pronto, não chegou a nenhuma casa pelo menos, registamos isso”, adiantou à agência Lusa, às 17:25, a presidente da Câmara Municipal de Penedono, Cristina Ferreira.

A autarca do norte do distrito de Viseu acrescentou que “aquilo que era um território verde está negro, num concelho que vive da terra, da agricultura, das árvores, dos animais que ficaram sem alimento nenhum”.

Duas casas destruídas pelas chamas em Oliveira do Hospital

O incêndio que na sexta-feira atingiu o município de Oliveira do Hospital, no distrito de Coimbra, destruiu duas casas de primeira habitação em Vila Pouca da Beira, disse hoje o presidente da União de Freguesias.

Segundo o presidente da União de Freguesias de Santa Ovaia e Vila Pouca da Beira, Bruno Amado, as chamas destruíram duas casas habitadas na localidade de Vila Pouca da Beira cujos moradores foram realojados por familiares.

Na sexta-feira a freguesia foi surpreendida por uma frente de fogo proveniente de Avô e de Aldeia das Dez (município de Oliveira do Hospital), que entrou por Santa Ovaia, e uma segunda, proveniente de Digueifel, oriunda de Anceriz (município de Arganil), que atingiu Vila Pouca da Beira.

Bruno Amado referiu hoje à agência Lusa que uma das habitações “está inabitável” e “terá que ter uma intervenção profunda para que possa ter condições para voltar a ser habitada”.

A União de Freguesias disponibilizou um espaço para acolher os moradores, mas foram realojados em casa de familiares: “A situação, para já, está resolvida, carecendo depois, quando possível, darmos cabimentação àquilo que vai ser a requalificação da casa, dentro das nossas disponibilidades.”

A outra casa atingida pelas chamas, onde residia um homem, também em Vila Pouca da Beira, “perdeu-se por inteiro”.

O morador “está com os pais” e “estão todos bem”, disse, indicando que também foram salvos alguns animais (cães e ovelhas).

Está em curso uma campanha solidária para reerguer a habitação destruída, mas a autarquia também ficará atenta à situação.

“E, para já, são estas as situações, evidentemente com a destruição ainda longe de ser quantificada e de perceber o que é que foi realmente [destruído pelas chamas], como casas de segunda habitação, como empresas […], quer dizer, ainda não se fez esse levantamento também em virtude daquilo que se está a passar”, declarou.

Na área da União de Freguesias de Santa Ovaia e Vila Pouca da Beira o fogo queimou zonas de cultivo, árvores de fruto e espécies florestais.

“Temos aqui e acolá pequenas manchas verdes que resistiram, mas são muito poucas, em função daquilo que é a área total”, descreveu o autarca.

Bruno Amado disse que os danos, que serão quantificados nos próximos dias, “são expressivos” e a Junta de Freguesia estará ao lado dos habitantes, como aconteceu em 2017.

Os bombeiros que estão no terreno “são de louvar” e as corporações do concelho “foram incansáveis” no combate às chamas, sublinhando, destacando que “não há fatalidades” a lamentar.

O incêndio florestal que atinge o município de Oliveira do Hospital – e que teve início no vizinho concelho de Arganil, no mesmo distrito - está “completamente dominado” e estão a decorrer trabalhos de rescaldo, disse hoje uma fonte da autarquia.

Lusa

Fogo em Nisa reativa-se e mobiliza mais de 100 operacionais

O incêndio que deflagrou na sexta-feira à tarde na zona de São Gens, no concelho de Nisa, distrito de Portalegre, dado como dominado na madrugada de hoje, reativou-se às 12h55, disse fonte da Proteção Civil.

Cerca das 15h30, o incêndio em povoamento florestal tinha uma frente ativa e estava a ceder aos meios, estando envolvidos no combate às chamas 107 operacionais, apoiados por 33 veículos e dois meios aéreos.

Fogo deixou rasto de destruição “muito grande” em Aguiar da Beira

A Câmara de Aguiar da Beira registou várias casas ardidas, das quais “duas ou três” eram de primeira habitação, no incêndio que assola o concelho desde quarta-feira e que deixou já um rasto de destruição “muito grande”.

“Arderam várias casas, duas ou três habitadas, e as restantes eram segunda habitação. Não consigo quantificar ao certo o total de habitações afetadas, esse é um levantamento que vamos iniciar na próxima semana, se o fogo deixar”, afirmou hoje o presidente do município, Virgílio Cunha, à agência Lusa.

O autarca aguiarense afirmou que o fogo atingiu sobretudo barracões e armazéns agrícolas, alfaias, terrenos cultivados, pastos, fenos e soutos e pinhais.

Hoje sábado a situação é “muito mais calma” do que na sexta-feira em Aguiar da Beira, no distrito da Guarda, onde os operacionais e a população estão atentos aos reacendimentos.

“Estamos a consolidar as frentes que havia por causa de alguns reacendimentos entre Sequeiros e Fonte Arcadinha, em Ponte do Abade, Gradiz e Barranha”, referiu o autarca.

No local estão bombeiros, populares e funcionários do município, apoiados por dezenas de viaturas e um helicóptero.

“A situação ainda nos preocupa, mas nada de comparável com o que se viveu na sexta-feira”, sublinhou.

Virgílio Cunha adiantou que agora o vento acalmou, o que é uma “grande ajuda”.

“Não é nada parecido com o que tivemos ontem [sexta-feira]. Hoje, sopra com menos intensidade e sempre no mesmo quadrante”, disse.

Fornecimento de energia quase normalizado mas ainda centenas de clientes sem luz

O fornecimento de energia elétrica nas zonas afetadas pelos incêndios rurais está hoje à tarde quase normalizado, embora com algumas centenas de clientes sem energia em cinco distritos, informou a E-Redes.

Num ponto de situação efetuado cerca das 16:00, a E-Redes clarificou que “os clientes afetados no fornecimento de energia elétrica devido à ocorrência dos incêndios têm vindo a diminuir, estando a situação neste momento praticamente normalizada”.

De acordo com a distribuidora, mantinham-se, a essa hora, “algumas centenas de clientes sem energia elétrica”, dispersos pelas zonas mais afetadas pelos incêndios, nos distritos de Viseu, Guarda, Coimbra, Vila Real e Bragança.

Os clientes afetados “encontram-se em aldeias onde o acesso está condicionado pelos incêndios ou pelos trabalhos de rescaldo”, esclareceu a empresa.

Na nota enviada à agência Lusa, a E-Redes informou ainda que os seus técnicos e parceiros vão permanecer no terreno para avaliar os danos, nas zonas ardidas, e “repor a rede quando for possível fazê-lo em condições de segurança”.

Na sexta-feira cerca de oito mil clientes estavam, pelas 22:00, sem eletricidade em diversos concelhos das regiões Norte e Centro atingidos pelos incêndios rurais.

Durante o dia, segundo a E-Redes, o número de clientes afetados pelas avarias chegou a atingir os 20 mil e a empresa colocou no terreno cerca de 150 trabalhadores a repor o fornecimento de do serviço.

Lusa

Fogo de Arganil volta a entrar na Pampilhosa da Serra junto a Casal Novo

O incêndio que lavra em Arganil está hoje à tarde a entrar no município de Pampilhosa da Serra, junto à aldeia de xisto de Casal Novo, situada na serra do Açor, disse o presidente da câmara.

Em declarações à agência Lusa, o autarca de Pampilhosa da Serra, no distrito de Coimbra, Jorge Custódio, informou estar a caminho do local e indicou também que há uma frente ativa a descer em direção a Meãs.

“Há reativações em linhas que já estavam dadas como extintas”, explicou.

O incêndio florestal que lavra em Pampilhosa da Serra veio do concelho vizinho de Arganil, onde deflagrou na freguesia do Piódão, pelas 05:00 de quarta-feira, alegadamente provocado por uma descarga elétrica da trovoada seca que se fez sentir naquela zona. Desde então afetou já vários concelhos.

Ao início da manhã de hoje a Proteção Civil Municipal de Pampilhosa da Serra informava que “não existem pessoas ou bens em risco”, e que de madrugada o incêndio que lavrava no alto do concelho não tinha registado “desenvolvimentos significativos”.

O estado de prontidão especial do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) mantém-se desde 11 de agosto no nível máximo de quatro, e encontram-se ativados os planos distritais de Emergência e Proteção Civil de Viseu e Coimbra, e os planos municipais de Trancoso, Oliveira do Hospital, Arganil, Aguiar da Beira, Sátão, Sernancelhe, Seia, Pampilhosa da Serra, Tábua, Góis e Covilhã.

A ANEPC, perante a declaração de situação de alerta em vigor, salientou para a proibição do acesso e circulação nos espaços florestais, de realização de queimadas e queimas e a suspensão das autorizações que tenham sido emitidas, de trabalhos nos espaços florestais com recurso a qualquer tipo de maquinaria, e de trabalhos nos demais espaços rurais, bem como da utilização de fogo de artifício ou outros artefactos pirotécnicos.

Lusa

Situação "muito complicada" no Sabugal

O concelho do Sabugal está a viver hoje uma “situação muito complicada” devido ao incêndio que lavra desde sexta-feira na área das freguesias que fazem limite com o município da Guarda. “A situação está muito complicada, o fogo está neste momento na localidade de Abitureira e já atingiu o Baraçal e Vila do Touro. As chamas progridem em direção ao concelho da Guarda”, adiantou o presidente da Câmara do Sabugal, Vítor Proença, à agência Lusa.

O autarca disse faltarem meios para combater o incêndio, que tem “três ou quatro frentes complicadas” e está a consumir mato e alguns terrenos agrícolas, na zona oeste do concelho raiano do distrito da Guarda.

Segundo Vítor Proença, no terreno estão cerca de 200 operacionais das forças de segurança e socorro, apoiados por três meios aéreos e dezenas de veículos, mas isso não chega. “Chegou há pouco um reforço de Setúbal, mas os operacionais continuam a ser poucos para a dimensão do incêndio, e também devia haver mais meios aéreos, que não vêm”, lamentou.

Segundo o presidente da Câmara do Sabugal, “a população está a ajudar no combate, em tudo”. “Há uma grande disponibilidade das pessoas, o que eu saúdo e agradeço”, acrescentou.

*Lusa

Espanha e Portugal em chamas

As fotos e vídeos dos combates aos incêndios em Portugal e Espanha mostram o tamanho da tragédia. Confira algumas das imagens que ilustram a onda de incêndios.

Bombeiros trabalham dia e noite para apagar os incêndios.
Fotogaleria: Espanha e Portugal em chamas

40 bombeiros de Malta vão ajudar a combater fogos

A CNN Portugal avança que 40 bombeiros vindos de Malta vão reforçar os meios humanos no combate aos fogos em Portugal. De acordo com o canal de televisão, os profissionais estarão prontidão na zona de Almeirim. A previsão é que fiquem no país até 15 de setembro, dividos em dois turnos.

Dois aviões chegam este domingo, indica a Comissão Europeia

A Comissão Europeia indicou hoje que os dois aviões de combate a incêndios pedidos por Portugal, após a ativação na sexta-feira do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, chegam no domingo. Segundo a porta-voz da Comissão, dois aviões foram já mobilizados e estão a caminho de Portugal, integrando a frota rescEU.

As aeronaves foram inicialmente destacadas para a Bulgária e agora foram reposicionadas a partir da Suécia, estando a sua chegada prevista para domingo. A mesma responsável acrescenta que a Comissão Europeia está “a explorar opções adicionais de ajuda” e mantém “contacto constante com as autoridades portuguesas”.

No mesmo comunicado, Bruxelas transmitiu “profundo pesar pela morte do antigo autarca que estava a combater os fogos”.

*Lusa

Condições climatéricas adversas preocupam bombeiros no Douro Internacional

O incêndio que deflagrou na tarde de sexta-feira no concelho de Freixo de Espada à Cinta, na área protegida do Douro Internacional, continua hoje a preocupar os bombeiros devido às condições meteorológicas adversas, disse à Lusa fonte da Proteção Civil.

“Vamos ter muito trabalho durante a tarde, apesar de não haver frentes propriamente ativas. Há muitos pontos quentes dispersos pela área do incêndio e com condições climatéricas muito adversas. A tarde vai trazer ventos fortes que podem trazer reacendimentos”, explicou o comandante sub-regional das Terras de Trás-os-Montes da Proteção Civil, João Noel Afonso.

Este fogo, que começou em Poiares, concelho de Freixo de Espada à Cinta, distrito de Bragança, chegou a ter três frentes ativas que se estenderam aos concelhos vizinhos de Mogadouro e Torre de Moncorvo, no mesmo distrito, tendo causado preocupação, principalmente no lugar de Martim Tirado, em Freixo de Espada à Cinta, e nas Quinta das Quebradas, em Mogadouro.

Segundo o comandante, apesar de todo o trabalho feito durante a madrugada e manhã, “não é possível dar o incêndio como consolidado”. Neste início de tarde não há povoações ou bens em perigo, indicou.

*Lusa

Atualização dos fogos

De acordo com o site da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC), estão ativos 44 incêndios, combatidos por  4330 operacionais, apoiados por 25 aeronaves e de 1.400 veículos. As chamadas em Arganil, Piódão, continuam as mais graves e com mais meios mobilizados, num total de 1.014 operacionais, 10 aviões e 336 meios terrestres.

Marcelo acompanha estado de saúde de ferido grave em fogo na Guarda

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, inteirou-se hoje do estado de saúde do ferido grave no incêndio da Guarda, cuja recuperação está a acompanhar, divulgou a página da presidência.

O Presidente da República “falou telefonicamente com a esposa do ferido grave no incêndio da Guarda, no qual faleceu um antigo autarca, para se inteirar do estado de saúde do marido”, pode ler-se numa nota oficial na página da presidência.

Marcelo Rebelo de Sousa desejou ao homem, que se encontra internado Marcelo Rebelo de Sousa desejou ao homem, que se encontra internado na Unidade Local de Saúde Universitária de Coimbra, devido às queimaduras sofridas, “ que possa recuperar o mais rapidamente possível dos graves ferimentos”.

O homem ficou gravemente ferido no fogo que começou na manhã de sexta-feira, em Pêra do Moço, no concelho da Guarda, e avançou para os concelhos de Trancoso e Pinhel.

Do mesmo incêndio resultou uma vítima mortal, o antigo presidente da Junta de Vila Franca do Deão, naquele concelho, Carlos Dâmaso, com cerca de 40 anos, que faleceu no combate às chamas.

*Lusa

São João da Pesqueira com “um único” foco de incêndio controlado

O incêndio no concelho de São João da Pesqueira tem um único foco ativo, na aldeia de Vale de Penela, em Riodades, disse à agência Lusa o presidente da câmara municipal.

“Neste momento, temos tudo controlado e apagado, à exceção de um único foco de incêndio em Vale de Penela, [freguesia de] Riodades, que é um sítio um bocado inacessível, mas já lá estão duas máquinas ‘bulldozer’ e estão lá os bombeiros. Estão a fazer um perímetro para não avançar”, disse à agência Lusa pelas 12:15, Manuel Cordeiro.

O autarca de São João da Pesqueira, no norte do distrito de Viseu, assumiu que, hoje, “a situação está muito melhor” e disse querer acreditar “que já não haverá muitos problemas, porque mesmo que haja reacendimentos já não há combustível para arder, já queimou tudo”.

“Não podemos dizer que terminou, mas a perspetiva é positiva, com exceção para Riodades”, reforçou.

*Lusa

46% da área ardida em 2025 queimou só nos últimos dois dias

De acordo com a informação disponibilizada pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), entre 01 de janeiro e 14 de agosto, tinham ardido 74.931 hectares, um número que subiu para 139.091 à data de hoje. Estes dados revelam que apenas nos últimos dois dias, arderam 64.160 hectares, 46% do total ardido desde o início do ano.

*Lusa

Leia abaixo o texto completo:

Bombeiros trabalham dia e noite para apagar os incêndios.
Incêndios. 46% da área ardida em 2025 queimou só nos últimos dois dias

Em Moimenta da Beira as chamas dão tréguas apesar de se manter ameaça

As chamas em Moimenta da Beira deram hoje “algumas tréguas”, apesar de continuar a ameaça na fronteira com Sernancelhe, disse à Lusa o presidente da câmara, segundo o qual as comunicações foram repostas esta manhã.

“Temos tido alguns reacendimentos, mas estamos a sofrer ameaças do incêndio de Sernancelhe, que foi de onde nos chegou, da zona da Lapa e foi para todo o nosso território. Depois de dois dias muito complicados, hoje há algumas tréguas”, disse à agência Lusa o presidente da Câmara Municipal de Moimenta da Beira.

Paulo Figueiredo disse que, atualmente, “há uma frente na zona de Escurquela, Sernancelhe, e que pode passar para Moimenta da Beira, na zona de Cabaços e Vilar”.

*Lusa

Fogo em Oliveira do Hospital dominado e sem frentes ativas

O incêndio florestal que atinge o município de Oliveira do Hospital, no distrito de Coimbra, está “completamente dominado” e estão a decorrer trabalhos de rescaldo, disse hoje uma fonte da autarquia.

Em informação prestada à agência Lusa pelas 11:05, fonte oficial do município de Oliveira do Hospital indicou que o incêndio se encontrava “completamente dominado”.

“As frentes ativas que mereciam mais preocupação e que estiveram [a preocupa] durante a noite, na zona de São Sebastião da Feira, freguesia de Penalva de Alva, e Vilela, na Freguesia de Nogueira do Cravo, já foram extintas”, disse.

*Lusa

Seis vias interditas

A Guarda Nacional Republicana (GNR) acaba de atualizar quais as vias que estão interditas, face aos incêndios rurais.

  • Distrito de Coimbra – EN 230 (nos dois sentidos), corte entre Quinta da Tapada e Parede;

  • Distrito de Coimbra – EN 236 (nos dois sentidos), corte entre a vila da Lousã e a localidade de Pêra;

  • Distrito de Coimbra – EN 342 (nos dois sentidos), corte entre as localidades de Reta do Sol e Mata do Sobral;

  • Distrito de Guarda – EN 102 (nos dois sentidos), corte entre as localidades de Marialva e Longroiva;

  • Distrito de Guarda – EN 221 (nos dois sentidos), corte entre as localidades de Gouveias e Pinhel;

  • Distrito de Guarda – EN 226 (nos dois sentidos), corte nas proximidades das localidades de Ponte Abade, Rio de Mel e Peroferreiro.

Dia "mais animador"

“Hoje, o dia é mais animador, sem nos esquecermos que vamos ter um dia muito quente, com humidades relativas muito baixas, com algum vento e com os dias seguidos de combate extenuante. É preciso continuar com o mesmo instinto e a mesma eficácia”, reagiu o comandante regional do Centro, Francisco Peraboa.

Sobre os danos causados pelas chamas, “há vários” em todos os municípios em que este incêndio chegou e, até ao momento “há a registar 30 feridos, todos ligeiros, sem necessidades de maior”. “Neste momento não há aldeias em risco”, afirmou às 09:00 o comandante Francisco Peraboa.

Incêndio de Sátão e Trancoso com uma frente mais intensa

Das três frentes ativas do incêndio de Sátão e Trancoso, duas estão mais estabilizadas e uma continua intensa, a que está virada a norte, disse à agência Lusa o comandante das operações.

“Neste momento, das três frentes ativas temos a frente mais a sul [Aguiar da Beira e Sátão] bastante estabilizada, sem reativações; a frente mais a norte [Moimenta da Beira, Sernancelhe e São João da Pesqueira] com alguns pontos quentes e depois temos a frente virada aos Municípios da Meda, Penedono, Vila Nova de Foz Coa que nos dá mais preocupação”, disse à agência Lusa pelas 09:00 o comandante regional do Centro, Francisco Peraboa.

*Lusa

Três incêndios em resolução

Em resolução, estavam três incêndios, em Sirarelhos, Vila Real, que teve início em 03 de agosto, que ainda mobilizava 146 operacionais e 46 meios terrestres, em Tábua e Pereiro, Tabuaço, no distrito de Viseu, que deflagrou no dia 11, com 99 operacionais e 31 meios, e ainda na Tapada do Loureiro, Portalegre, com início na quinta-feira, com 117 operacionais e 41 meios.

*Lusa

Relembre aqui como foi o feriado com os incêndios

Foi um dia em que o Mecanismo Europeu da Proteção Civil foi ativado, que um corpo carbonizado foi encontrado e que o primeiro-ministro interrompeu as férias para dar mais atenção aos incêndios.

Bombeiros trabalham dia e noite para apagar os incêndios.
No dia em que o fogo provoca a morte a ex-autarca na Guarda, Governo pede ajuda e Montenegro cancela as férias

Ponto de situação esta manhã

O incêndio do Piódão, em Arganil, no distrito de Coimbra, que deflagrou na quarta-feira, em consequência de uma descarga elétrica de uma trovoada seca, mobilizava 989 operacionais e 335 meios terrestres, seguido do de Vila Boa, Sátão, na região de Viseu, Dão e Lafões, que teve início também na quarta-feira, e que empenhava 959 operacionais e 316 veículos.

As chamas em Frexes, Trancoso, na região das Beiras e Serra da Estrela, que eclodiram em 09 de agosto, eram combatidas por 445 operacionais e 147 meios terrestres, enquanto o incêndio que lavrava em povoamento florestal em Candal, na Lousã, no distrito de Coimbra, desde quinta-feira, mobilizava 330 operacionais e 108 meios terrestres.

O incêndio em Poiares, Freixo de Espada à Cinta, na região do Douro, com início na sexta-feira, empenhava 287 operacionais e 94 meios terrestres, ao passo que o fogo em Pêra do Moço, na Guarda, iniciado no mesmo dia, envolvia 235 operacionais e 85 veículos.

Já as chamas que consumiam mato em Aldeia de Sabugal, no Sabugal, distrito da Guarda, iniciadas na tarde de sexta-feira eram combatidas por 129 operacionais e 38 meios terrestres.

* Lusa

Mecanismo ativado

O país está à espera da chegada dos aviões Canadair que serão enviados pela Comissão Europeia. O pedido foi realizado ontem e as aeronaves devem estar este domingo.

3.300 operacionais

Mais de 3.300 operacionais combatem esta manhã os sete principais incêndios no continente. Arganil (Coimbra) e Satão (Viseu) concentram o maior número de meios, segundo a Proteção Civil.

De acordo com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), estão no terreno 3.374 operacionais e 1.123 meios terrestres mobilizados só para os sete maiores incêndios em curso.

Incêndios continuam

Bom dia. Bem-vindos ao nosso live blog deste sábado, 16 de agosto, sobre a situação dos incêndios no país.

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