Rui Tavares recebido por Marcelo Rebelo de Sousa
Rui Tavares recebido por Marcelo Rebelo de SousaFOTO: FILIPE AMORIM/LUSA

Livre quer "relação construtiva" com a esquerda. Rui Rocha anuncia proposta de revisão constitucional

Marcelo Rebelo de Sousa prossegue as audiências aos partidos na sequência dos resultados das eleições legislativas. Siga aqui tudo sobre a atualidade política nacional.
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Rui Tavares defende "relação construtiva" com os partidos da esquerda, com "pragmatismo", a começar pelas autárquicas

O Porta-voz do Livre Rui Tavares defendeu esta terrça-feira, depois da audiência com o Presidente da República no Palácio de Belém, que o partido não pode "aceitar de boa mente ou sem nada fazer aceitar que num belo dia de setembro ou outubro Portugal acorde com um mapa político como o do Algarve, o do Alentejo e em boa parte do Ribatejo", referindo-se aos círculos eleitorais onde o Chega ganhou e antecipando possíveis cenários para as eleições autárquicas, previstas para setembro.

Rui Tavares, alertando para um cenário "que seja completamente diferente do mapa que tivemos em 50 anos de democracia", que a esquerda parta "ao encontro das populações nos concelhos conde a extre-ma-direita ganhou as eleições", propondo uma reflexão emntre os partidos da esquerda, que não pode demorar muito.

Questionado sobre como pretende fazer essa reflexão e se propõe um entendimento entre os partidos da esquerda, o líder do Livre recusou apresentar "fórmulas finais", ainda que seja urgente que esse entendimento "chegue a bom porto".

Rui Tavares admitiu que o Livre não vive "nessa obsessão antiga da esquerda de dizer como é que o outro partido deve ser", num período em que o PS está a definir a sua liderança, mas apelou a "uma relação construtiva" entre os partidos da esquerda, alertando que "não há todo o tempo do mundo para fazer um debate académico".

Lembrando que "Livre foi o único partido que alertou para a direita ter uma maioria constitucional" nas eleições, Rui Tavares aludiu à garantia dada esta quarta-feira pela IL de que apresentaria uma revisão da Lei Fundamental e recordou que lhe foi dito para não estar "com papões".

"Sabíamos que a IL gosta de motosserras", lembrou Rui Tavares, acrescentando que o partido liderado por Rui Rocha "gosta de mandar gasolina para o fogo", com a proposta dos liberais de o Parlamento avançar com uma revisão constitucional.

"A IL acha que este é o momento correto para apresentar uma revisão constitucional", disse em tom de alerta o líder do Livre, lembrando que a IL, numa proposta anterior previa que "o serviço público de Rádio e televisão deixaria de estar garantido", tal como aconteceria com "a negociação coletiva de trabalhadores".

Rui Rocha processa ativistas que lhe atiraram pó verde

Rui Rocha, presidente da Iniciativa Liberal, anunciou hoje, numa publicação na rede social X, que assinou hoje mesmo uma "queixa contra os autores do acto de vandalismo" que lhe foi "dirigido durante a campanha eleitoral por supostos ativistas do clima”.

Em causa o episódio do dia 11 de maio, quando dois ativistas o abordaram no palco e lhe atiraram com pó verde quando se preparava para discursar. Rocha refere na mesma publicação que estes atos são “ataques à liberdade política", razão pela qual "não podem ficar impunes”.

Livre já está no Palácio de Belém para a reunião com o Presidente da República

A comitiva do Livre que vai ser recebida pelo Presidente da República já está na residência oficial do chefe de Estado.

Encabeçado por Rui Tavares, o grupo tem ainda a líder parlamentar Isabel Mendes Lopes (que também é co-porta-voz do Livre) e os deputados Jorge Pinto e Patrícia Gonçalves (eleita pela primeira vez a 18 de maio).

FILIPE AMORIM/LUSA

Aguiar-Branco disponível para se recandidatar a presidente da Assembleia da República

José Pedro Aguiar-Branco manifestou-se disponível para se recandidatar ao cargo de presidente da Assembleia da República e afirmou esperar que a próxima legislatura, que poderá iniciar-se entre 2 e 5 de junho, se caracterize pela estabilidade.

Estas posições foram transmitidas por José Pedro Aguiar-Branco, antigo ministro social-democrata que encabeçou a lista da AD – coligação PSD/CDS pelo círculo de Viana do Castelo, após ter recebido no Parlamento o músico e compositor Rui Veloso.

Questionado se admite recandidatar-se ao cargo de presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco respondeu: “A minha posição é simples, é uma posição de disponibilidade para poder também voltar a ser o presidente da Assembleia da República”.

José Pedro Aguiar-Branco referiu que a eleição do presidente da Assembleia da República vai acontecer na primeira sessão do Parlamento Oda nova legislatura.

Nessa primeira reunião plenária do Parlamento - e uma vez empossados os 230 deputados - será então o momento em que serão apresentadas as candidaturas ao lugar de presidente da Assembleia da República.

“Os grupos parlamentares terão a oportunidade de manifestarem o apoio a quem possa vir a apresentar-se”, apontou José Pedro Aguiar-Branco, aqui numa alusão à circunstância de o presidente da Assembleia da República, para ser eleito, ter de obter pelo menos 116 votos favoráveis entre os 230 deputados.

“A verdade é que a formalização [das candidaturas] só poderá acontecer em função das circunstâncias desses momento, que não sei antecipar quais são. Neste momento só posso dizer que há a minha disponibilidade. Se as circunstâncias vão ou não permitir que essa disponibilidade se concretize no dia em que tivermos a [primeira] sessão, logo veremos”, completou.

Lusa

Rui Rocha afasta-se de entendimentos parlamentares com a AD e anuncia proposta de revisão constitucional

Depois de estar reunido cerca de uma hora com o Presidente da República, Rui Rocha, líder da IL, procurou distanciar-se de um eventual acordo de apoio parlamentar com o PSD e o CDS.

Falando na Sala das Bicas, no Palácio de Belém, o presidente da IL disse que o partido vai "assumir as responsabilidades" confiadas pelos eleitores, e que na legislatura que se segue os liberais procurarão "defender a iniciativa privada e a economia de mercado", entre outras bandeiras. "É esse o propósito da IL", reforçou sem se alongar sobre o que foi discutido na reunião com Marcelo Rebelo de Sousa.

Em relação à moção de rejeição ao programa de Governo que o PCP vai apresentar, Rui Rocha classificou-a como "extemporânea e um disparate".

Além disso, o presidente dos liberais anunciou que o partido vai entregar na Assembleia da República um projeto de revisão constitucional. Para aprovar mexidas na Lei Fundamental são necessários dois terços de aprovações no Parlamento. Por isso, com quem conta Rui Rocha para viabilizar as alterações? "Contamos com os votos de todos aqueles que se revirem na nossa proposta."

MANUEL DE ALMEIDA/LUSA

MP abre inquérito por causa de vídeos de Ventura sobre ciganos

Dez associações apresentaram queixa pela forma como o presidente do Chega se referiu à comunidade cigana em vídeos partilhados nas redes sociais.

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BE abre processo de debate interno e pede “novas convergências alargadas”

O BE convocou uma reunião da Mesa Nacional para sábado no rescaldo das eleições legislativas e vai abrir um processo de debate interno sobre “erros e acertos”, salientando a necessidade de “novas convergências alargadas”.

“Nas próximas semanas, com franqueza e abertura, debateremos as razões deste resultado, os nossos erros e acertos, bem como as experiências de organização e comunicação que queremos levar para o futuro. No sábado, reúne-se a direção nacional do Bloco na Mesa Nacional e serão marcados plenários concelhios e distritais”, lê-se numa comunicação enviada pela Comissão Política do BE aos militantes, à qual a Lusa teve acesso.

Nesta comunicação, o partido liderado por Mariana Mortágua adianta que quer “ouvir todos os militantes, mas também companheiros e companheiras da esquerda" com quem quer "partilhar o percurso do futuro”, salientando que a ascensão da direita exige “novas convergências alargadas” em defesa da Constituição de 1976.

“Pela primeira vez, a direita ultrapassa o limiar dos dois terços que lhe permite alterar a Lei Fundamental. Este facto deve determinar novas convergências alargadas no campo democrático em defesa da Constituição de Abril”, é sublinhado.

No início da missiva, os membros da Comissão Política reconhecem que o BE “teve o seu pior resultado de sempre em legislativas” enquadrando-o num contexto de “uma avassaladora viragem à direita”.

Salientam ainda que “o Chega cresceu e o somatório das votações do PS e dos partidos à sua esquerda é o mais baixo de sempre”.

“O Bloco não se fecha: iremos à luta pela liberdade e pelo futuro da esquerda em todo o país, um espaço aberto de resistência, sem sectarismos. Remar contra a maré de direita exigirá de nós mais organização e militância. Agora com menos recursos, contamos contigo para relançar o Bloco e criar novas formas de organização e participação militante. Vamos fazê-lo juntos”, remata a missiva.

Os bloquistas obtiveram o seu pior resultado de sempre em eleições legislativas, com menos 154.818 votos face a 2024 e passando de cinco parlamentares para uma deputada única: a líder, Mariana Mortágua, cabeça-de-lista por Lisboa.

Lusa

Rui Rocha já está reunido com Marcelo

Rui Rocha, presidente da Iniciativa Liberal, já está a ser recebido pelo Presidente da República para analisar o resultado eleitora.

Marques Mendes aponta Gouveia e Melo como "um risco"

O candidato presidencial Luís Marques Mendes considera que uma eventual eleição do ex-chefe da Armada, e agora rival na corrida a Belém, almirante Henrique Gouveia e Melo “pode ser um risco enorme” e “um perigo para a democracia”.

Rui Tavares recebido por Marcelo Rebelo de Sousa
Marques Mendes considera eleição de Gouveia e Melo “perigo para a democracia”

A estratégia pós-eleitoral da oposição

Marcelo Rebelo de Sousa recebeu ontem os líderes dos três partidos mais votados. Pedro Nuno Santos infletiu discurso do “não cabe” ao PS ser “suporte”. André Ventura quer deixar-lhes a viabilização do Governo.

Rui Tavares recebido por Marcelo Rebelo de Sousa
Líder cessante e líder provável da oposição falam de estabilidade sem compromissos com Montenegro

PS prepara mudanças após a demissão de Pedro Nuno Santos, que deve inclusive deixar o Parlamento

Os “prazos” e a eleição “rápida” de um novo líder dividem socialistas. Medina “não” será candidato. Mariana ainda “não” tem “resposta”. Dirigentes dizem que saída de Pedro Nuno da AR é “expectável”.

Rui Tavares recebido por Marcelo Rebelo de Sousa
No PS: Mariana mantém tabu, Medina “não” avança e Pedro Nuno “deve” sair do Parlamento

Presidente da República prossegue audição aos partidos com IL e Livre

Marcelo Rebelo de Sousa continua hoje a audição aos partidos para analisar os resultados eleitorais das legislativas de domingo.

Depois de ontem ter ouvido a AD, PS e Chega, o Presidente da República vai agora receber no Palácio de Belém a Iniciativa Liberal às 11h30 e o Livre às 17h00, respetivamente as quarta e quintas forças políticas mais votadas.

Rui Tavares recebido por Marcelo Rebelo de Sousa
Patrões pedem entendimento entre AD e PS para garantir estabilidade política

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