Mariana Mortágua, líder do Bloco Esquerda.
Mariana Mortágua, líder do Bloco Esquerda.MANUEL DE ALMEIDA/LUSA

Bloco de Esquerda mantém intenção de futuras coligações com o Livre

Na Comissão Política de quinta-feira à noite, Mariana Mortágua dissecou Autárquicas e garantiu que parceria com o Livre não prejudicou. Catarina Martins pode relançar partido nas Presidenciais.
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A Comissão Política do Bloco de Esquerda reuniu-se quinta-feira, dia 16 de outubro, para discutir os principais resultados eleitorais. Sabe o DN que o encontro, via videoconferência, demorou cerca de duas horas e que foi a coordenadora, Mariana Mortágua, a assumir os principais pontos em discussão.

Os resultados eleitorais, com uma vereadora eleita em Lisboa, ficaram aquém. Depois de ter mencionado que o desempenho tinha sido “modesto”, Mortágua assumiu mais perentoriamente a desilusão e “os maus resultados”. Em 2021, o Bloco tinha conseguido 159 representações em freguesias, agora ficou-se por 31. Passou de quatro vereadores para uma, em Lisboa, e também sofreu uma queda abrupta nos deputados municipais, de 94 para 17, incluindo neste número coligações com o Livre. Seis deputados municipais em listas próprias foram eleitos em Coimbra, Moita, Porto, Torres Novas, Horta e Vila do Porto.

As coligações com o Livre, porém, não são o problema de acordo com os órgãos máximos do partido, antes, sim, a conjuntura menos favorável. Foi até defendido que a forma de o Bloco procurar eleger em Câmaras Municipais e Assembleias teria de passar por junção de forças no território. Mesmo que tenha apresentado mais candidaturas próprias do que em coligação (foram 22 pelo território, mais 20 do que em 2021), a leitura é de que a associação a parceiros de esquerda pode continuar a merecer confiança e não foram estas a justificar resultados parcos. Recorde-se que, como o DN noticiou, as moções de oposição na próxima Convenção salientam que houve pouca clareza, com junções distintas em vários locais, e alguma perda de protagonismo para o Livre, que, pelas eleições Legislativas, ganhou propensão, com seis deputados eleitos.

Jorge Costa, Isabel Pires, Joana Mortágua, José Gusmão, Pedro Filipe Soares e José Soeiro foram alguns dos que analisaram os pontos em discussão. Também a candidatura de Catarina Martins, que é apresentada sábado no Porto, foi abordada: houve garantias de que o financiamento não será problemático devido a uma campanha que se quer contida. O nome da eurodeputada e ex-líder do BE, de acordo com a coordenação, é uma possibilidade de relançar eleitoralmente o Bloco e agrupar votos que transcendam o partido.

No fim de semana próximo, no dia 26 de outubro, haverá reunião da Mesa Nacional. Ao contrário da Comissão Política, para a qual foram convidadas moções opositoras, não estão previstas inclusões de elementos que não pertençam já à Mesa Nacional do partido.

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