Mariana Mortágua considerou "modesta" a eleição autárquica que fez o Bloco ficar apenas com uma vereadora.
Mariana Mortágua considerou "modesta" a eleição autárquica que fez o Bloco ficar apenas com uma vereadora.Manuel Almeida/Lusa

Bloco defende-se de crítica nas coligações: “Melhorámos a representação que podíamos ter”

Jorge Costa, da Mesa Nacional e Comissão Política do BE, assume ao DN os “maus resultados”. Antes da reunião de quinta-feira, dia 16, com moções opositoras, realça que BE teve muitas listas próprias.
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Jorge Costa, membro da Mesa Nacional e da Comissão Política do BE, conversou com o DN como parte integrante da Moção A, que é representada pelos elementos da coordenação.

Ao lamento das várias moções opostas quanto a coligações pelo território, o ex-deputado assegura que essas “alianças permitiram que os partidos somassem nos respetivos eleitorados” e que foram “favoráveis, melhorando a representação que poderiam obter”, relembrando conquistas de lugares em Assembleia Municipal, apesar de só ter alcançado um vereador, no caso Carolina Serrão, em Lisboa.

“Resultados foram baixos, isso aplica-se a Bloco e Livre. Estivemos perto de ter vereadores em Oeiras e Cascais. As convergências fizeram candidaturas mais fortes, com programas mais completos, mas as dificuldades foram transversais à esquerda”, assume, reconhecendo que “na conjuntura que não foi positiva para a esquerda o Bloco teve o pior resultado, um resultado mau.” Por isso mesmo, garante que na Comissão Política desta noite, onde se apresentarão justificações para os resultados autárquicos, está assumido que ficou aquém da expetativa a eleição.

Em 2021, o Bloco tinha conseguido 159 representações em freguesias, agora ficou-se por 31. Passou de quatro vereadores para uma, em Lisboa, e também sofreu uma queda abrupta nos deputados municipais, de 94 para 17, incluindo neste número coligações com o Livre. Seis deputados municipais em listas próprias foram eleitos em Coimbra, Moita, Porto, Torres Novas, Horta e Vila do Porto.

O antigo deputado desmistifica ainda a ideia de que o partido concorreu, maioritariamente, coligado, vincando que “o Bloco teve mais de 60 listas próprias."

Catarina Martins foi aprovada em setembro como candidata presidencial. As moções que se apresentarão à Convenção de novembro querem garantias de que a campanha possa não ser prejudicial para as finanças do partido, já que só com 5% de votação poderia ficar custeada a ação. "O que nos importa na campanha é a sua mensagem, já vimos campanhas eleitorais, entre elas a última do atual Presidente da República, que foi feita de forma muito contida. Será nesse perfil, já não são precisos grandes outdoors ou comícios enormes. Não será problema o financiamento", comenta Jorge Costa.

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