Rui Rocha é reeleito presidente da IL e anuncia Mariana Leitão como candidata presidencial

Líder partidário anunciou propostas para agravar penas e expulsar do território nacional estrangeiros que cometam crimes graves ou que sejam reincidentes. Acompanhe aqui ao minuto a Convenção da Iniciativa Liberal.
Rui Rocha é reeleito presidente da IL e anuncia Mariana Leitão como candidata presidencial
Leonardo Negrão

Acompanhe aqui a IX Convenção Nacional da Iniciativa Liberal

Bom dia!

A Iniciativa Liberal inicia hoje a IX Convenção Nacional, em Loures, na qual 1545 membros vão eleger o próximo presidente do partido, entre o atual líder, Rui Rocha, e o conselheiro Nacional Rui Malheiro.

O início da convenção IL está marcado para as 13:00, no Pavilhão Paz e Amizade, em Loures, com a ratificação do regimento da convenção, antes de, por volta das 15:00, Rui Rocha discursar para apresentar o relatório de atividade da Comissão Executiva cessante, enquanto atual presidente do partido.

Depois, às 18:00, Rui Rocha voltará a fazer um novo discurso, desta vez como candidato à liderança, para apresentar a sua moção de estratégia global. O seu adversário na disputa pela liderança, Rui Malheiro, discursará depois, igualmente para apresentar a sua moção estratégica.

Rui Rocha é reeleito presidente da IL e anuncia Mariana Leitão como candidata presidencial
Fim de semana liberal só tem garantia de Paz e Amizade na localização escolhida

Neste primeiro dia, está ainda previsto que tomem a palavra os seis cabeças de lista ao Conselho Nacional da IL, entre os quais o deputado Bernardo Blanco, até agora vice-presidente da IL que decidiu sair da direção e apresentar uma lista própria ao órgão máximo entre convenções.

O primeiro dia da convenção terminará com a apresentação e discussão das 24 moções setoriais que foram submetidas e que vão da imigração à segurança ou tecnologia, passando pela coesão territorial ou a necessidade de apresentar propostas inspiradas nas políticas do Presidente da Argentina, Javier Milei.

Este primeiro dia vai ser sobretudo de discussão e debate, estando todas as votações previstas para domingo, o segundo e último dia da IX Convenção da IL.

Além da Comissão Executiva (e respetivo presidente), os 1.545 membros da IL inscritos na convenção irão também votar na composição do próximo Conselho Nacional, Conselho de Jurisdição e Conselho de Fiscalização.

Rui Rocha é reeleito presidente da IL e anuncia Mariana Leitão como candidata presidencial
Candidatos ao Conselho Nacional da IL mais próximos nas receitas do que no diagnóstico do partido

Esta será apenas a segunda vez na história da IL em que haverá uma disputa interna pela liderança do partido, depois de, em 2023, Rui Rocha ter ganho as eleições internas com 51,7% dos votos, derrotando Carla Castro e José Cardoso.

Nas respetivas moções estratégicas, Rui Rocha e Rui Malheiro coincidem na recusa em integrar pré-coligações, mas divergem nos objetivos eleitorais: enquanto Rui Rocha recusa fixar qualquer meta, assumindo apenas o desígnio de crescer, Rui Malheiro pretende eleger 200 autarcas nas eleições deste outono e 20 deputados nas próximas legislativas.

Liberais começam a chegar ao Pavilhão Paz e Amizade

O Pavilhão Paz e Amizade, em Loures, começa a encher-se de participantes na Convenção Nacional que irá eleger os órgãos dirigentes do partido para os próximos dois anos. Dentro de minutos espera-se a chegada dos candidatos à presidência da Comissão Executiva, Rui Rocha e Rui Malheiro.

Rui Malheiro aponta para a vitória e “rumo diferente” para a IL

O primeiro dos candidatos à liderança a chegar ao Pavilhão Paz e Amizade, em Loures, onde vai decorrer a Convenção Nacional da Iniciativa Liberal, foi Rui Malheiro, cuja Lista U quer evitar um segundo mandato de Rui Rocha à frente da Comissão Executiva.

O candidato, que lidera o movimento Unidos pelo Liberalismo, reafirmou que espera a vitória na votação que decorrerá na manhã de domingo, numa meta “a começar” pelos 51%. E repetiu que está disposto a sentar-se na segunda-feira com Rui Rocha, para discutir o que será preciso fazer para aumentar o peso da IL, de que o atual líder é um dos oito deputados.

Prometendo “um rumo diferente” para o partido, Rui Malheiro disse que cabe aos membros da IL decidirem o que pretendem, mas espera “um resultado brilhante”.

Sobre a possibilidade de a Convenção Nacional acabar por ser tão tensa quanto o debate entre os dois candidatos à liderança, feito pela TSF, Malheiro disse esperar que no Pavilhão Paz e Amizade se vá “celebrar o liberalismo”, com “pluralismo, reforço das ideias liberais e união”.

João Cotrim de Figueiredo mantém apoio a Rui Rocha: “Poucos podem dizer que fariam melhor”

O eurodeputado João Cotrim de Figueiredo, anterior presidente da Iniciativa Liberal, reforçou o seu apoio a Rui Rocha, tal como fez quando se discutia a sua sucessão à frente do partido, destacando os resultados que obteve “em circunstâncias particularmente difíceis”, com grande apelo ao voto útil.

“Poucos podem dizer que fariam melhor”, disse Cotrim de Figueiredo, garantindo que não está “arrependido” com a decisão que tomou em 2023, quando apoiou Rui Rocha contra as candidaturas da também deputada Carla Castro e do conselheiro nacional José Cardoso.

Quanto à possibilidade de eleições legislativas antecipadas, o eurodeputado defendeu que os portugueses pretendem encontrar “uma força política lúcida”, que identifique os problemas e “mostre confiança, otimismo e até alegria”.

Rui Rocha e João Cotrim Figueiredo na IX Convenção da IL.
Rui Rocha e João Cotrim Figueiredo na IX Convenção da IL.Leonardo Negrão

Rui Rocha diz que IL "tem ambição de crescer muito"

O candidato à reeleição para a presidência da Comissão Executiva da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, manteve a decisão de não apontar metas eleitorais para o partido, mas garantiu que a IL "tem ambição de crescer muito" nas próximas idas a votos.

Desde logo nas eleições autárquicas, tendo defendido, ao chegar ao Pavilhão Paz e Amizade, em Loures, onde decorre a Convenção Nacional em que procura reeleger-se para um segundo mandato, que a IL já tem "a força necessária para fazer a sua afirmação a nível autárquico".

Sem se pronunciar sobre qualquer município em concreto, Rocha disse que a Convenção deverá funcionar para definir critérios para as candidaturas, tendo repetido que se trata de um assunto que estará sobretudo nas mãos dos núcleos territoriais do partido. E que a ideia geral será avançar em nome próprio, embora possa vir a haver coligações em circunstâncias excecionais.

Quanto à identidade da pessoa que irá defender como candidato apoiado pelos liberais à Presidência da República, cujo nome disse ir anunciar no final da Convenção, caso venha a ser reeleito - cenário que dá como certo, pois afirmou, na entrevista ao DN, que não "perde um minuto de vida" a pensar no que sucederá caso o seu rival, Rui Malheiro, for o mais votado pelos participantes na Convenção -, escusou-se a confirmar se a pessoa em causa estava junto de si naquele instante. "Todos os membros estão perto de mim", disse, esquivando-se ao facto de os jornalistas procurarem uma confirmação de que a escolhida será a atual líder do grupo parlamentar, Mariana Leitão, candidata a vice-presidente na Lista L, que o acompanhou na chegada ao local.

"Cenário de paraíso" de Rui Rocha será tomar pequeno-almoço com a mulher e os filhos na segunda-feira

O atual líder e candidato à reeleição para a presidência da Comissão Executiva da Iniciativa Liberal (IL), respondeu a uma pergunta do DN, sobre como esperava começar a próxima segunda-feira, dizendo que o seu "cenário de paraíso" será tomar um bom pequeno-almoço com a mãe e os filhos.

Minutos antes, o candidato da oposição, Rui Malheiro, dissera esperar reunir-se com Rui Rocha na segunda-feira, caso venha a ser eleito presidente da Comissão Executiva, pois garante que contaria com o rival na Assembleia da República.

Outro tipo de refeição foi abordada por Rui Rocha quando lhe fizeram perguntas sobre a relação da IL com o PSD. Colocado perante a possibilidade de um novo almoço com Luís Montenegro, disse que "não recuso almoços em geral", nomeadamente quando existe "uma relação de respeito".

Convenção Nacional arranca com homenagem a Nuno Roby Amorim

Os trabalhos da Convenção Nacional da Iniciativa Liberal começaram com uma homenagem a Nuno Roby Amorim, consultor de comunicação e assessor do partido, que morreu no domingo passado, aos 62 anos.

Foi lido o voto de pesar que a IL apresentou na Assembleia da República, relativo ao antigo jornalista, fundador da TSF, que foi o primeiro a dar a notícia do incêndio que destruiu a zona lisboeta do Chiado, em 1988. Nuno Roby Amorim também trabalhou para a RTP, SIC e TVI, tendo deixado o jornalismo em 2010, altura em que se tornou consultor de comunicação da Embaixada de Marrocos.

Leonardo Negrão

No final, o antigo assessor da IL teve direito a uma ovação de pé das muitas centenas de membros que se encontram no Pavilhão Paz e Amizade, em Loures, onde decorre durante este fim-de-semana a Convenção Nacional em que serão eleitos os órgãos dirigentes e votada a moção de estratégia global que guiará o partido nos próximos dois anos.

Rui Rocha é reeleito presidente da IL e anuncia Mariana Leitão como candidata presidencial
Antigo jornalista Nuno Roby Amorim morre aos 62 anos

Rui Rocha faz balanço do mandato com crítica implícita a Rui Malheiro: "Precisamos de combater o populismo cá dentro" 

Rui Rocha fez um balanço positivo dos dois anos de mandato.
Rui Rocha fez um balanço positivo dos dois anos de mandato.Foto: Leonardo Negrão

O atual presidente da Comissão Executiva da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, iniciou o balanço dos dois anos de mandato com críticas implícitas ao seu rival na reeleição, Rui Malheiro, dizendo que "também precisamos de combater o populismo cá dentro".

Em causa estava o que disse ser uma "tentativa de devassa" da vida pessoal dos funcionários do partido, os quais Rui Rocha disse serem poucos, levando-o a dizer que "não têm de ser punidos por trabalharem para a IL". Em várias entrevistas, Malheiro acusou o partido de praticar nepotismo e de ter tiques socialistas.

Defendendo o trabalho do grupo parlamentar, do qual é um dois oito deputados, Rui Rocha disse também que os últimos resultados eleitorais do partido foram positivos, dedicando novas críticas a quem atribui o melhor desempenho eleitoral da IL, nas eleições europeias, ao cabeça de lista João Cotrim de Figueiredo.

"O resultado não é dos que não acreditaram, dos que não estiveram", disse Rui Rocha, recebendo em troca aplausos de grande parte dos membros presentes no Pavilhão Paz e Amizade, embora também não tenham sido poucos os que ficaram impávidos e serenos ao ouvir as palavras do atual líder do partido.

Sobre os restantes partidos, recomendou ao PS a continuação de "um cura de oposição", perguntando aos presentes se confiariam o seu dinheiro a Pedro Nuno Santos depois de este ter colocado milhares de milhões na TAP ou na Efacec. Mas também não poupou a "publicidade enganosa" do PSD, dizendo que a Aliança Democrática não está a transformar Portugal, reforçando que a decisão de não integrar o Executivo de Luís Montenegro foi acertada. Quanto ao Chega, sentenciou que se trata de "uma fraude" e destacou o estatismo que conduz esse partido a votar tantas vezes ao lado do PS.

Convenção chumba recurso de lista candidata ao Conselho de Jurisdição

Os participantes na Convenção Nacional da Iniciativa Liberal (IL) chumbaram um recurso apresentada por Ana Caio, cabeça de lista da Lista J ao Conselho de Jurisdição, que questionava a ordem de apresentação das candidaturas, pretendendo que se mantivesse a constante do Regimento, o que faria com que interviesse depois dos candidatos ao Conselho Nacional.

Contados os votos, apenas 53 membros da IL votaram a favor, com 50 abstenções e 510 contra, pelo que o recurso só teve o efeito de atrasar o andamento dos trabalhos.

Paulo Ricardo Lopes, da Lista D ao Conselho Nacional, quer "garantir que não existe Via Verde para coligações"

Paulo Ricardo Lopes na Convenção Nacional da Iniciativa Liberal.
Paulo Ricardo Lopes na Convenção Nacional da Iniciativa Liberal.Leonardo Negrão

O cabeça de lista da Lista D ao Conselho Nacional da Iniciativa Liberal (IL), Paulo Ricardo Lopes, disse que pretende "garantir que não existe uma Via Verde" para coligações nas próximas eleições autárquicas, acrescentando que "quem quiser fazer vai ter de parar na portagem e explicar muito bem".

Paulo Ricardo Lopes manteve a ideia, defendida pela Lista D, de descentralizar o Conselho Nacional, realizando-o pelo menos uma vez por ano no Interior de Portugal. E propôs que a próxima Convenção Nacional se realize em Leiria, por se tratar de um distrito em que a IL não tem conseguido eleger deputados.

Parte do tempo de apresentação foi entregue a Catalin Schitco, um jovem de 23 anos, que aparece em quinto lugar na Lista D, a quem coube interpelar as restantes listas, desafiando a F (de Bernardo Blanco) e a X (de Pedro Ferreira) a dizerem o que as distingue. E defendendo que a Lista M, formada por apoiantes do Presidente da Argentina, Javier Milei, deveria ter apresentado candidatura à Comissão Executiva.

André Serpa Soares diz que restantes listas abraçaram independência e ideias da Lista T

André Serpa Soares, pela lista T.
André Serpa Soares, pela lista T.Leonardo Negrão

O cabeça de lista da Lista T ao Conselho Nacional da Iniciativa Liberal, André Serpa Soares, defendeu que as restantes listas que se apresentam a votos na Convenção Nacional abraçaram a independência e as ideias da sua lista que, em 2023, então liderada pelo primeiro líder do partido, Miguel Ferreira da Silva, foi a segunda mais votada.

"Quando agora todos dizem que são independentes da Comissão Executiva, os conselheiros da Lista T foram verdadeiramente independentes, votando sempre em liberdade", disse André Serpa Soares, que aconselhou os membros do partido a verem o debate entre os representantes das seis listas que se apresentam a votos, que pode ser visto no site do DN.

Apelando a um voto para "uma IL para todos os liberais", que torna "mais próximo um Governo com a IL", André Serpa Soares realçou que os membros da sua lista defendem "políticas liberais para dentro e para fora do partido".

"MIleísta" Jorge Pires, da Lista M, sobe ao palanque de moto-serra nas mãos

Jorge Pires na IX Convenção Nacional da IL
Jorge Pires na IX Convenção Nacional da ILLeonardo Negrão

Foi com uma imitação de moto-serra nas mãos que Jorge Pires, cabeça de lista da Lista M, subiu ao palanque do Pavilhão Paz e Amizade, em Loures, onde decorre a Convenção Nacional da Iniciativa Liberal.

Admirador do Presidente da Argentina, Javier Milei, o candidato ao Conselho Nacional defendeu que a IL deve ser "a casa das ideias de Milei" em Portugal, embora tenha reconhecido que a sua aplicação não será fácil.

"O que devemos fazer com a TAP? Afuera! O que devemos fazer com a CP? Afuera! O que devemos fazer com as rendas congeladas? Afuera! O que deve fazer com as subvenções vitalícias? Afuera!", disse Jorge Pires, recorrendo à expressão habitualmente utilizada pelo Presidente da Argentina.

Também pela Lista M falou Rogério Quintas, que tinha sido o representante dos "mileístas" no debate entre candidatos ao Conselho Nacional realizado pelo DN, fazendo a diferença entre um partido inofensivo e um partido que faça a verdadeira diferença.

Francisco Cudell, da Lista A, foi o mais crítico da liderança: "Não, não estamos a crescer"

Francisco Cudell na IX Convenção Nacional da IL.
Francisco Cudell na IX Convenção Nacional da IL.Leonardo Negrão

O cabeça de lista da Lista A ao Conselho Nacional da Iniciativa Liberal (IL), Francisco Cudell, teve a intervenção mais crítica em relação ao mandato de Rui Rocha, dizendo aos participantes na Convenção Nacional e outros membros do partido que "não esperem resultados diferentes mantendo a mesma estratégia".

"Não, não estamos a crescer", disse Cudell, defendendo que "é preciso muito mais do que boas intenções" para tornar Portugal "mais próspero, mais justo e mais livre".

Para o gestor e especialista em questões de Segurança, "ser liberal não significa pensarmos todos da mesma forma", realçando que a diversidade é tão importante quanto a unidade.

Antes falou, também pela Lista A, Bernardete Santos, que fez a defesa de um "liberalismo de proximidade" e do fim das inerências, com direito a voto, de todos os membros da Comissão Executiva nas reuniões do Conselho Nacional.

Bernardo Blanco, da Lista F, diz que "houve quem se candidatasse para aparecer nas notícias"

Bernardo Blanco na IX Convenção Nacional da IL
Bernardo Blanco na IX Convenção Nacional da ILLeonardo Negrão

O ainda vice-presidente da Comissão Executiva da Iniciativa Liberal (IL), Bernardo Blanco, que encabeça agora a Lista F ao Conselho Nacional, fez uma crítica implícita à oposição interna do partido, dizendo que "houve quem se candidatasse para aparecer nas notícias".

Dizendo que é necessário fazer com que o partido apareça, Blanco prometeu que vai dar a "máxima ajuda" à IL nas eleições autárquicas, mas deixou claro que não será candidato, mantendo-se deputado na Assembleia da República.

Sobre as prioridades que devem ser seguidas no Conselho Nacional, Blanco apontou para a redução do Estado, o crescimento da economia, os desafios da Inteligência Artificial e a "resposta moderada às preocupações dos portugueses com a Segurança e a Defesa".

Muito aplaudido pelos presentes no Pavilhão Paz e Amizade, Blanco começou por destacar o elevado número de mulheres na Lista F, nomeadamente nos lugares considerados elegíveis. E ainda tratar-se de "uma lista de CEO e de estudantes".

Pedro Ferreira, da Lista X, quer ajudar Comissão Executiva, "seja qual for, a mudar Portugal"

Pedro Ferreira na IX Convenção Nacional da IL
Pedro Ferreira na IX Convenção Nacional da ILLeonardo Negrão

Para o atual vice-presidente do Conselho Nacional da Iniciativa Liberal (IL), Pedro Ferreira, que encabeça a Lista X ao mesmo órgão, o grande objetivo é ajudar a próxima Comissão Executiva, "seja qual for, a mudar Portugal".

Com um discurso menos confrontacional com a oposição interna do que o de Bernardo Blanco, apesar de também ser conotado com a liderança de Rui Rocha, Pedro Ferreira disse que a sua lista junta "diferentes correntes do liberalismo" no objetivo de quebrar com a "omnipresença do Estado", que disse estar "sempre pronto a atrapalhar os sonhos" dos portugueses.

Antes, o candidato da Lista X realçara os 40% de renovação em relação à Lista L, a que pertenceu, e que foi a mais votada em 2023, e o facto de contar com representantes de todos os 18 distritos, das duas regiões autónomas e dos núcleos da diáspora. E agradeceu o apoio dos deputados Rodrigo Saraiva e Joana Cordeiro, bem como do deputado madeirense cessante Nuno Morna.

Citando Aristóteles, Agostinho da Silva, Orwell e Saint-Exupéry, Pedro Ferreira acabou por contar com uma das maiores ovações ouvidas até agora na Convenção Nacional, indiciando que a disputa pelos votos dos liberais poderá ser particularmente acesa no que toca ao Conselho Nacional.

Rui Malheiro: "Para sermos mais fortes temos de ser um partido de todos e para todos"

Rui Malheiro, candidado à liderança da IL.
Rui Malheiro, candidado à liderança da IL.Leonardo Negrão

O candidato da Lista U à presidência da Comisão Executiva da Iniciativa Liberal (IL), Rui Malheiro, terminou a apresentação da moção de estratégia global com que se apresenta a votos apelando a uma mudança de orientação no partido.

"Para sermos mais fortes temos de ser um partido de todos e para todos", defendeu Rui Malheiro, também presidente do movimento Unidos pelo Liberalismo, dizendo que a IL "tem de ser capaz de atrair mais pessoas e criar pontes".

Num compromisso com um partido marcado pela "proximidade, acão e escuta ativa", o candidato da oposição interna a Rui Rocha disse que "o pluralismo não é um obstáculo, mas sim uma força", criticando o que tem dito ser falta de capacidade de unir as várias correntes do liberalismo.

Aquilo que a Lista U, cuja apresentação foi dividida por outros membros, defende é "um partido mais ambicioso", reconhecendo que na sua própria candidatura há "espaço para melhorar", fortalecendo a mensagem de um partido que combate "décadas de um sistema bipartidário" e "num país em que as pessoas devem sempre mais ao Estado do que o Estado deve às pessoas".

Rui Rocha recorre a "provérbios liberais" para pôr a Convenção a dizer que é preciso acelerar Portugal

Rui Rocha na IX Convenção Nacional da IL.
Rui Rocha na IX Convenção Nacional da IL.Leonardo Negrão

Acelerar foi o verbo que Rui Rocha mais vezes conjugou, contando com a certo momento com a ajuda da maior parte dos membros da Iniciativa Liberal (IL) presentes no Pavilhão Paz e Amizade, em Loures, durante a apresentação da moção de estratégia global da Lista L, com que se apresenta a votos para um segundo mandato à frente da Comissão Executiva.

Num registo semelhante ao "afuera" do Presidente da Argentina, Javier Milei, que motivou a candidatura de outra lista ao Conselho Nacional, Rui Rocha enumerou problemas que identifica em Portugal, recebendo da plateia um coro de "acelerar" como a solução.

Mas a intervenção do deputado que se candidata a um segundo mandato enquanto líder do partido começou com a necessidade de "combater três mitos" que disse estarem presentes em Portugal, contrapondo-lhes três provérbios liberais.

"A diferença entre o socialismo e a social-democracia é a velocidade com que empobrecemos", começou por dizer, esclarecendo que a segunda opção prima por um empobrecimento mais lento, deixando perceber que é assim que a IL vê a diferença entre a governação do PS e do PSD.

De seguida, Rocha disse que "se não acelerares não são os socialistas e sociais-democratas que vão acelerar por ti", referindo-se ao mito da redistribuição sem criação de riqueza. E contestou o mito do paternalismo do Estado. Em sua opinião, "nós, contribuintes, é que somos o pai do Estado, que se comporta como uma criança birrenta" e que "sistematicamente gasta mal o nosso dinheiro".

Colocando a IL como única alternativa à "enorme coligação partidária", a que chamou "Partido do Estado", acusou todos as outras forças políticas de "quererem mais despesa, mais Estado presente e menos liberdade para os portugueses". Assim sendo, noutro "provérbio liberal", disse que "mais vale acelerar só do que mal acompanhado".

Por fim, disse que não se pode transformar Portugal "com remendos, a passo de caracol", pois o Estado continua grande e um Estado dessa dimensão "só é eficiente a cobrar mais e mais impostos aos portugueses". "Não deixes para amanhã o que podes acelerar hoje", disse.

No "caminho muito exigente" que identifica à IL, Rui Rocha apresentou dez princípios, que foram desde "propriedade é liberdade" até "lucro é bom" ou "salários não sobem por decreto" e "burocracia gera corrupção, corrupção gera injustiça e injustiça gera pobreza", o candidato à reeleição para a liderança da IL apresentou como passos decisivos para o mandato seguinte reformas do Estado, da Fiscalidade, da Educação e Saúde, e da Segurança Social, "para ter um país com mais futuro".

No que toca a eleições, reafirmou que nas autárquicas terá "confiança total nos núcleos", "ambição com tranquilidade" na vontade de mudar políticas locais e a certeza de que, no que toca a coligações, "não trocamos as nossas ideias por mais ou menos cargos".

Sobre a escolha de candidato presidencial, referiu apenas que será "alguém que lute pela liberdade, transparência, credibilidade e reformismo". Por coincidência, ou talvez não, a moção de estratégia global da Lista L continuou a ser defendida por Mariana Leitão, para já apenas candidata a vice-presidente da nova Comissão Executiva.

Mais de uma centena de inscritos para intervir na Convenção

Terminada a apresentação das moções de estratégia global, e das candidaturas a todos os órgãos, abriu-se um período de intervenções de membros da Iniciativa Liberal (IL), para o qual há mais de uma centena de inscrições.

Mesmo com dois minutos para cada intervenção, o primeiro dia da Convenção Nacional deverá ser mais demorado do que estava previsto, prevendo-se uma pausa à hora de jantar.

Como ainda está prevista para este sábado a apresentação de 24 moções setoriais, que abarcam temas como Reforma do Estado, Interior, Futuro das Cidades, Segurança ou Concorrência Europeia na Banca, tudo indica que a luz só se apagará no Pavilhão Paz e Amizade quando já for domingo.

Rodrigo Saraiva autoexclui-se das eleições presidenciais

Conhecido adepto do Belenenses, Rodrigo Saraiva disse que, em Belém, prefere o Estádio ao Palácio.
Conhecido adepto do Belenenses, Rodrigo Saraiva disse que, em Belém, prefere o Estádio ao Palácio.Foto: Leonardo Negrão

O vice-presidente da Assembleia da República Rodrigo Saraiva anunciou, na sua intervenção na Convenção Nacional da Iniciativa Liberal (IL), que não será o candidato presidencial que Rui Rocha anunciará no domingo, caso seja reeleito presidente da Comissão Executiva.

"Gosto muito de Belém,mas gosto mais do Estádio de Belém do que do Palácio", disse o deputado, que é um conhecido adepto do Belenenses, referindo-se ao facto de o seu nome ter sido incluído em sondagens sobre as eleições que definirão a sucessão de Marcelo Rebelo de Sousa, marcadas para janeiro de 2026.

Depois de se ter autoexcluído da corrida a Belém, Rodrigo Saraiva deixou mais um indício de quem poderá vir a ser a escolha. "É tempo de termos um Presidente da República que já nasceu em democracia", disse. É o caso da atual líder parlamentar Mariana Leitão, que nasceu a 28 de setembro de 1982, tendo 43 anos aquando das próximas eleições presidenciais.

Eunice Baeta fala em "saneamentos" e "erros que não pode deixar passar" da atual Comissão Executiva

A deputada municipal da Iniciativa Liberal em Sintra, Eunice Baeta, que na Convenção Nacional de 2023 foi apoiante da candidatura de Carla Castro, aproveitou a sua intervenção no Pavilhão Paz e Amizade para contestar os "saneamentos" que diz terem ocorrido no mandato da atual Comissão Executiva, liderada por Rui Rocha.

Além do afastamento de membros do partido, Eunice Baeta também apontou "erros que não pode deixar passar", por si vividos enquanto autarca em Sintra.

"Apelo a que esta próxima Comissão Executiva dê uma verdadeira relevância aos autarcas", disse, acrescentando outro apelo, dessa vez ao respeito pelo pluralismo, pois "é desse oxigénio que devemos respirar todos os dias".

Mário Amorim Lopes ataca "nova ameaça" do populismo

O deputado Mário Amorim Lopes, que é um dos vogais da Comissão Executiva proposta por Rui Rocha à Convenção Nacional da Iniciativa Liberal (IL) apresentou o populismo como a "nova ameaça" à liberdade, depois de o fascismo e o comunismo serem "estrondosamente derrotados pela ordem liberal" no século XX.

Defendendo que "a liberdade nunca está garantida", Amorim Lopes disse que o populismo "reacende e apropria-se da luta de classe", dirigindo-se a grupos específicos, enumerando entre estes os ciganos, os imigrantes, os criminosos e os subsidiodependentes, todos sempre presentes no discurso política do Chega.

"O populismo espalha-se como um vírus e contamina como uma doença", rematou o deputado eleito pelo círculo de Aveiro, muito aplaudido pela plateia de um Pavilhão Paz e Amizade cada vez mais esvaziada. Apesar de ainda haver dezenas de inscritos para subir ao palanque, e de o programa do primeiro dia da Convenção Nacional prever ainda a apresentação de 24 moções setoriais.

João Cotrim de Figueiredo: "O PSD não é melhor do que o PS"

O eurodeputado João Cotrim de Figueiredo, antecessor de Rui Rocha na liderança da Iniciativa Liberal (IL), animou o Pavilhão Paz e Amizade, em Loures, onde decorre a Convenção Nacional, com uma intervenção política dirigida sobretudo ao PSD, que disse não estar a governar melhor do que o PS. E em que realçou a importância de o partido sair "forte e preparado para desafios grandes e difíceis".

Num discurso dedicado a Nuno Roby Amorim, ex-jornalista e assessor de imprensa da IL que morreu no domingo passado, Cotrim de Figueiredo lançou fortes ataques ao Governo da Aliança Democrática, enumerando falhas na Saúde "à beira do colapso", na Educação, na Justiça, na Segurança e na Habitação, referindo-se à "trapalhada inacreditável" em que se meteu na Lei dos Solos. E chegou a uma conclusão, partilhada com os participantes na Convenção Nacional. "Tem que se dizer: o PSD não é melhor do que o PS."

A única alternativa, para o antecessor de Rui Rocha, que conta com o seu apoio na reeleição para um segundo mandato à frente da Comissão Executiva, é a IL. "Não vejo nenhum outro partido que consiga ser tão lúcido e honesto a identificar os problemas, em Portugal e na Europa, e ao mesmo tempo a acreditar que as ideias liberais serão capazes de encontrar soluções para esses problemas", disse Cotrim de Figueiredo.

Quanto ao restante espetro partidário, aquele que foi o primeiro deputado eleito pela IL, nas legislativas de 2019, distribuiu críticas entre o PSD, que considera estar "num apatia total" e que apresentou um Orçamento do Estado "igual aos Orçamentos do PS", e o PS, "aos papéis e perdido nas suas contradições", sem esquecer a "insuportável superioridade moral da cultura woke" que diagnostica ao Bloco de Esquerda.

Também não foram esquecidas preocupações quanto à Europa, com Hungria e Itália a terem governos populistas, e com partidos desse género a terem participação nos governos de vários outros países, tendo o eurodeputado previsto que França poderá ser o próximo. "Acordámos tarde. A Europa estava a dormir", sentenciou.

Encerramento vai contar com Pedro Duarte e Ricardo Leão

O primeiro dia de trabalhos da Convenção Nacional da Iniciativa Liberal irá prolongar-se pela madrugada de domingo, tendo em conta o número de inscritos para fazerem intervenções e as moções setoriais que ainda falta apresentar, mas já foram reveladas as presenças de convidados na sessão de encerramento, marcada para as 13h30, estando o Governo representado pelo ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte.

Entre os partidos com representação parlamentar não haverá representantes do Bloco de Esquerda, do PCP e do Livre, mas o PS envia a eurodeputada Carla Tavares, recém-eleita presidente da Federação da Área Urbana de Lisboa, tal como o líder concelhio de Loures, Ricardo Lima, e o deputado João Torres. E ainda Ricardo Leão, o presidente da Câmara de Loures, município onde decorre a Convenção.

Pelo PSD irão ao Pavilhão Paz e Amizade os vice-presidentes Alexandre Poço e Carlos Coelho, o CDS envia os dirigentes Maria Luísa Aldim,Tiago Durval Ferreira e João Varandas Fernandes, e o Chega terá em Loures os deputados Bruno Nunes e Marta Silva.

Moções setoriais estão a ser discutidas. Liberais já votam para os órgãos nacionais

Rui Rocha na votação das moções setoriais.
Rui Rocha na votação das moções setoriais.Leonardo Negrão

Bom dia. Os trabalhos da Convenção Nacional da Iniciativa Liberal foram suspensos por volta das duas e meia da manhã e retomados hoje, menos de sete horas depois, com a discussão das moções setoriais, que deveria ter ocorrido no sábado.

Apesar disso, a votação para os órgãos nacionais do partido está a decorrer e a sessão de encerramento continua marcada para as 13h30, altura em que o presidente da Comissão Executiva fará um discurso. Rui Rocha teve clara vantagem no Pavilhão Paz e Amizade, em Loures, no sábado, mas Rui Malheiro mantém a esperança de mudança na liderança do partido, e há dúvidas quanto ao resultado no Conselho Nacional, com Bernardo Blanco (Lista F) e Pedro Ferreira (Lista X) a deverem ter uma disputa renhida.

Se Rui Rocha confirmar o favoritismo, sendo reeleito para um segundo mandato, anunciará no seu discurso o nome da pessoa que será apoiada pela Iniciativa Liberal nas eleições presidenciais de janeiro de 2026. E tudo indica que a sua escolha é a atual líder parlamentar, Mariana Leitão, que incluiu entre os vice-presidentes da Comissão Executiva.

Na sessão de encerramento de uma Convenção marcada pelas críticas ao Governo e ao PSD estará o ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte. E, entre os representantes dos outros partidos (sem a presença do Bloco de Esquerda, PCP e Livre), vai ao Pavilhão Paz e Amizade o socialista Ricardo Leão, presidente da Câmara de Loures.

Rui Rocha é reeleito presidente da IL e anuncia Mariana Leitão como candidata presidencial
Iniciativa Liberal: Rui Rocha escolhe Luís Montenegro como rival em vez de Rui Malheiro

Votação para os órgãos nacionais decorre até às 12h30

Os membros da Iniciativa Liberal estão a receber boletins de voto por via eletrónica para a eleição dos órgãos nacionais para os próximos dois anos. A votação decorre até às 12h30, com a credenciação a ter lugar até às 12h00.

O vice-presidente do Conselho Nacional, Pedro Ferreira, que se apresenta novamente a votos para o mesmo órgão, à frente da Lista X, anunciou que os membros da Mesa da Convenção Nacional, que decorre no Pavilhão Paz e Amizade, em Loures, votaram previamente.

Neste momento decorre a votação das moções setoriais, que estão a ser votadas de braço no ar, tanto entre os presentes no local da Convenção como pelos que estão a participar à distância, via Zoom. São cerca de duas vezes mais do que os membros presentes, o que dificulta o escrutínio, sendo necessário contagem quando a orientação de voto maioritária não for clara.

Moção a favor da imigração aprovada, mas com muitos votos contra e abstenções

Na votação das moções setoriais, que está a decorrer na Convenção Nacional da Iniciativa Liberal, a votação mais renhida até agora foi logo a da Moção 1, com o título "Imigração: Um Movimento de Liberdade", que teve 347 votos a favor, 215 votos contra e 296 abstenções.

O documento, que tem como primeiro subscritor Filipe Mendonça, conta entre os restantes subscritores os deputados Rodrigo Saraiva, Mariana Leitão e Joana Cordeiro. E apresenta como factos que "é mentira que exista uma relação direta entre a criminalidade e aumento da imigração", que "é mentira que os imigrantes venham viver à nossa custa" e que "é mentira que os imigrantes venham roubar emprego".

Assim sendo, segundo o texto aprovado na Convenção, o principal foco das propostas da Iniciativa Liberal deverá ser "a inclusão, em vez de exclusão e segregação", excluindo "quaisquer fatores discriminatórios" e "dando a cada ser humano um tempo razoável para encontrar um meio de sustento que lhe permita reconstruir a sua vida em Portugal".

Muito renhida foi também a votação da Moção 14, "A Semana de 4 Dias (ou menos) é o futuro. Vamos trabalhar para isso!", cujo primeiro subscritor é Bruno Horta Soares, fundador do partido e candidato à Câmara de Lisboa nas autárquicas de 2021. Teve 292 votos a favor, 267 contra e 214 abstenções.

A maioria das moções setoriais têm sido aprovadas por larga ou ampla maioria, bastando a votação de braço no ar, tanto no Pavilhão Paz e Amizade como através de ligações de Zoom.

Mais 15 minutos para eleger o líder da IL e todos os órgãos

Os membros da Iniciativa Liberal que estão a participar na Convenção Nacional terão mais 15 minutos para decidirem o voto que elegerá a próxima Comissão Executiva, o Conselho Nacional, o Conselho de Jurisdição e o Conselho de Fiscalização, com mandato para os próximos dois anos.

O vice-presidente do Conselho Nacional, Pedro Ferreira, que está a conduzir os trabalhos, anunciou que os membros se poderão credenciar até às 12h15, votando até 12h45. Pouco depois será conhecido, entre outras decisões, se Rui Rocha é reeleito para um segundo mandato ou se Rui Malheiro obtém uma vitória extremamente surpreendente.

Moção que recusa "trocar valores da Iniciativa Liberal por Moedas" rejeitada por larga maioria

A maior parte das moções setoriais estão a ser aprovadas por ampla ou larga maioria, de braço no ar, mas o contrário aconteceu com a moção 21, "O Futuro das Nossas Exige Coragem e Liberdade, não Coligações", que acabou por ser reprovada por larga maioria.

A moção, que tem como primeiro subscritor Ricardo Dias Monteiro, contando também com o cabeça de lista da Lista D ao Conselho Nacional, Paulo Ricardo Lopes, recomenda que a Iniciativa Liberal deve candidatar-se com listas próprias nos maiores concelhos de Portugal, apontando Lisboa e Porto como casos em que isso é necessário para "continuar a crescer de forma sólida e coerente".

"Os valores da Iniciativa Liberal não se trocam por Moedas", sentencia o texto, numa alusão à possibilidade de o partido vir a integrar a Coligação Novos Tempos, liderada pelo social-democrata Carlos Moedas, que governa a capital desde 2021.

"O crescimento do partido passa pela capacidade de mantermos a nossa autonomia e de sermos uma verdadeira alternativa ao sistema. Consideramos que anularmo-nos em coligações seria refrear a energia que nos tem caracterizado, travar a onda liberal e contribuir para a perpetuação em diversos cargos de elementos de máquinas partidárias obsoletas", conclui a moção.

Nuno Morna: "Saímos daqui superando o teste da maturidade"

Entrevistado pelo DN, o ainda deputado regional da Iniciativa Liberal na Madeira, Nuno Morna, que não será recandidato nas próximas eleições, antecipadas para 23 de março, elogiou "uma excelente Convenção, muito diferente daquela de há dois anos". E disse, sobre a forma como decorreram os trabalhos, que "saímos daqui superando o teste da maturidade".

Considerando que houve "momentos de grande elevação", tal como "confronto normal e saudável entre as diferentes sensibilidades do partido", Nuno Morna diz que o futuro da IL está assegurado. "O partido está bem e recomenda-se", disse, admitindo que "o discurso tem de ser afinado a cada momento" em todas as áreas de intervenção, "para chegarmos ao maior número de pessoas que seja possível".

Quanto à apresentação de um candidato presidencial apoiado pela IL, tal como sucedeu com Tiago Mayan Gonçalves em 2021, o ainda deputado regional disse que gostaria muito de que fosse Mariana Leitão a avançar. "É tempo de termos uma mulher de armas, liberal de primeira apanha, a ser candidata", disse, admitindo que a atual líder parlamentar "poderá ser aquilo que quiser dentro do partido".

Rui Rocha reeleito presidente da Iniciativa Liberal

A Lista L à Comissão Executiva, liderada por Rui Rocha, foi a mais votada na Convenção Nacional da Iniciativa Liberal. Obteve 73,4% dos votos, muito à frente da Lista U, liderada por Rui Malheiro, que teve 26,6%.

No Conselho Nacional a vitória coube à Lista F, encabeçada por Bernardo Blanco, com 34% e18 mandatos , que superou a Lista X, de Pedro Ferreira (27,3% e 14 conselheiros eleitos). Vieram a seguir a Lista A, de Francisco Cudell (11,2% e cinco eleitos), a Lista T, de André Serpa Soares (10,7%, com cinco eleitos). Também elegeram quatro conselheiros as listas M, de Jorge Pires, apoiante de Javier Milei (8,9%) e D, de Paulo Ricardo Lopes (8%).

No Conselho de Jurisdição foram eleitos seis membros da Lista X, três da Lista J e dois da Lista T, enquanto no Conselho de Fiscalização haverá três da Lista X, um da Lista T e um da Lista D.

Iniciativa Liberal quer agravamento de penas e expulsão de criminosos reincidentes

O discurso de vitória de Rui Rocha, que acaba de ser reeleito presidente da Comissão Executiva da Iniciativa Liberal, serviu para reforçar o foco do partido nas questões de segurança. O líder reeleito disse que a 12 de fevereiro haverá um debate parlamentar, agendado pelo partido, no qual serão apresentadas medidas e propostas "que irão dar mais segurança aos portugueses".

Entre as propostas de quem apresentou Portugal como "um país seguro, mas em que certas zonas têm dados preocupantes" encontra-se a expulsão do território nacional de estrangeiros em caso de reincidência ou de crimes graves.

Também será proposto pelos deputados liberais o "agravamento de penas desajustadas da realidade", nomeadamente nos crimes de associação criminosa, tráfico de seres humanos e violência doméstica.

Tal como já tinha sido anunciado, a Iniciativa Liberal proporá a inclusão de dados sobre nacionalidade de autores e vítimas de crimes nas estatísticas oficiais, porque "os factos não discriminam".

Rui Rocha anuncia Mariana Leitão como candidata presidencial

Tal como se esperava, o presidente reeleito da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, acaba de anunciar a líder parlamentar do partido, Mariana Leitão, como a candidata presidencial que será apoiada pelos liberais.

As primeiras palavras de Mariana Leitão após anúncio de candidatura

Mariana Leitão assume iniciativa por candidatura presidencial "diferente de todas as outras"

Minutos após ser anunciada pelo líder reeleito da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, como a candidata à Presidência da República que o partido apoiará na sucessão de Marcelo Rebelo de Sousa, Mariana Leitão realçou que a sua candidatura, que será "diferente de todas as outras", nasceu da sua defesa de o partido ocupar o espaço das ideias liberais.

Em declarações ao DN, Mariana Leitão disse que protagoniza "uma candidatura da liberdade, contra o medo, do otimismo, da esperança e da ambição". E afirmou querer "um Portugal que não se conforma e que se revê nos princípios da liberdade individual", acrescentando que "não é contra ninguém", a não ser "a ideia que se criou de que o país está estagnado e não pode sair daqui".

"Perante o panorama atual, senti que tinha obrigação de ocupar esse espaço. Quero mostrar aos portugueses que é possível ambicionar, fazer campanha pela positiva, não termos medo de ambicionar mais e lutarmos por isso", disse a deputada, questionada sobre o facto de estar a entrar na corrida a Belém devido ao desafio de Rui Rocha.

Prometendo uma candidatura com "espírito de alegria, vontade, otimistmo e ambição", Mariana Leitão assegurou que levará até ao fim a sua candidatura. "Não sou de desistir", referiu.

A atual líder do grupo parlamentar disse ao DN que "para já" manterá esse cargo. "Havemos de ter muito tempo para falar nisso, mas para já não faço tenções de sair", garantiu quem nesta Convenção Nacional também passou a ser vice-presidente da Comissão Executiva.

Sobre a Convenção Nacional "extraordinária" que decorreu no Pavilhão Paz e Amizade, em Loures, mesmo destacando o "ótimo resultado" da sua lista, disse que todos os que se candidataram estão de parabéns. "Todos somos vencedores, de certa forma", disse.

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