Atividade não urgente em hospitais da região de Lisboa novamente suspensa

Aumento de novos caso de covid-19 na região de Lisboa e Vale do Tejo levou o Governo a adiar mais um tempo consultas, exames e cirurgias programadas nesta zona do país

O governo suspendeu novamente a atividade não urgente nos hospitais de Lisboa, Amadora, Sintra, Loures e Odivelas, devido à concentração de casos de covid-19, disse este sábado à agência Lusa fonte do Ministério da Saúde.

"As orientações foram já enviadas para os hospitais e a decisão será publicada em Diário da República esta semana", acrescentou a mesma fonte, referindo que sempre esteve em cima da mesa uma avaliação da situação de acordo com a evolução do vírus a nível nacional e regional, na retoma dos serviços.

O jornal Observador noticiou que as cirurgias e consultas não urgentes voltam a ser suspensas nos hospitais de Lisboa, Sintra, Loures e Odivelas, devido à concentração de novos casos de covid-19 nesta área.

Em resposta à Lusa, o Ministério da Saúde afirmou que a retoma da atividade presencial "implica que se garanta a segurança de utentes e profissionais de saúde, sem comprometer a capacidade de resposta de internamento e cuidados intensivos (covid-19 e não covid-19)".

Questionado pela Lusa, o ministério afirmou: "Enquanto a situação epidemiológica específica da Região de Lisboa e Vale do Tejo o justificar, mantém-se como prioridade a salvaguarda da prontidão de resposta à infeção por SARS-Cov-2".

A decisão será vertida num despacho conjunto de vários ministérios a publicar nos próximos dias, após ter sido determinada para vigorar "desde 03 de junho e enquanto a situação epidemiológica o justificar", indicou a fonte contactada pela Lusa.

Na sexta-feira, o bastonário da Ordem dos Médicos alertou que a retoma da atividade programada nos hospitais, embora gradual, não deve ser impedida em função da zona do país que regista mais ou menos casos de covid-19. Já antes, na quinta-feira, em entrevista ao DN, Miguel Guimarães tinha revelado preocupação com a reorganização da atividade programada em todo o país, especialmente na região da Grande Lisboa.

"A retoma tem de ser gradual e é o que está a acontecer nos hospitais, nomeadamente aqui no Norte como constatamos, mas acho que é um erro neste momento estar a impedir, nomeadamente nos hospitais de Lisboa, que a retoma se vá exercendo", disse Miguel Guimarães à agência Lusa.

O bastonário da OM comentava assim o facto de neste momento alguns hospitais da zona de Lisboa e Vale do Tejo estarem a sentir uma pressão maior devido ao número de casos do novo coronavírus, que agora se concentra nessa região.

Na conferência de imprensa diária de atualização da informação sobre a pandemia de covid-19, esta sexta-feira, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, disse que foram identificados em Lisboa e Vale do Tejo (LVT) 336 dos 377 novos casos, correspondendo a 89% do total. "Números de incidência relativamente elevados" em relação ao resto do país, apontou a representante da DGS.

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