O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.Facebook / Volodymyr Zelensky

Zelensky anuncia reforma de setor energético após escândalo de corrupção

Estão envolvidas várias empresas públicas de energia, entre as quais a operadora nuclear Energoatom.
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O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou este sábado, 15 de novembro, uma reformulação das empresas estatais de energia, incluindo a operadora nuclear Energoatom, que está no centro de um escândalo de corrupção há vários dias.

"Estamos a iniciar uma reformulação das principais empresas estatais de energia", anunciou o líder ucraniano em comunicado partilhado nas redes sociais.

De acordo com o texto, um novo conselho de supervisão deverá assumir funções dentro de uma semana na Energoatom.

Estão implicadas no escândalo outras empresas estatais de energia, como a operadora hidroelétrica do país e as empresas nacionais de extração e transporte de gás.

Na segunda-feira, o Gabinete Nacional Anticorrupção da Ucrânia (NABU) anunciou a descoberta de um esquema criminoso que terá desviado 100 milhões de dólares (cerca de 86 milhões de euros) no setor, o que levou à demissão dos ministros da Justiça e da Energia.

Segundo Zelensky, será realizada uma auditoria completa às atividades financeiras das empresas visadas, juntamente com a substituição dos seus administradores e dos representantes do Estado nos conselhos de administração.

"Qualquer esquema descoberto nestas empresas deve ser combatido com uma resposta rápida e justa", advertiu.

O Presidente ucraniano afirmou no seu comunicado que instruiu os funcionários do Governo para manterem "uma comunicação constante e construtiva com as autoridades policiais e os organismos anticorrupção".

Este último escândalo teve ondas de choque na presidência, uma vez que o alegado mentor do esquema, Timur Mindich, era considerado um amigo próximo de Zelensky.

No passado verão, o Governo foi amplamente criticado por tentar retirar a independência ao NABU e à Procuradoria Anticorrupção (SAP), criados há 10 anos, mas recuou perante os protestos generalizados da sociedade civil e dos aliados ocidentais de Kiev.

O setor energético da Ucrânia tem sido severamente atingido nos últimos dias por uma campanha em grande escala de bombardeamentos com mísseis e drones russos, mergulhando grande parte do país na escuridão.

O último grande bombardeamento em Kiev, ocorrido na madrugada de sexta-feira, fez pelo menos sete mortos e dezenas de feridos.

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