O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, disse este sábado, 27 de setembro, que Moscovo não tem intenção de atacar países da Aliança Atlântica e da União Europeia (UE), mas prometeu uma "resposta decidida" a qualquer agressão. "A Rússia é acusada de quase planear e atacar os países da NATO e da União Europeia. O presidente Vladimir Putin tem refutado repetidamente estas provocações. A Rússia não tem e nunca teve tais intenções, afirmou Lavrov durante a sua intervenção no debate geral da 80.ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque.O chefe da diplomacia russa fez, no entanto, um aviso. "Qualquer agressão contra o meu país será respondida com uma resposta decidida. Que não haja dúvidas sobre isso na NATO e na UE", afirmou.Lavrov acusou os políticos de países ocidentais de “dizerem aos seus eleitores que a guerra com a Rússia é inevitável e a forçá-los a apertar o cinto”, enquanto “falam abertamente sobre ataques a territórios russos”.As declarações do ministro russo surgem após países europeus e membros da Aliança Atlântica terem denunciado a violação do espaço aéreo pela Rússia. Foi o caso da Polónia que anunciou o abate de drones russos e da Estónia que registou a presença de três caças russos no seu espaço aéreo. Em Nova Iorque, Lavrov disse ainda que a Rússia "continua aberta a negociações para eliminar as causas profundas do conflito" com a Ucrânia, em curso há mais de três anos. "A segurança da Rússia e os seus interesses vitais devem ser acordados de forma fiável. Os direitos dos russos e dos povos russófonos nos territórios que permanecem sob controlo do regime de Kiev devem ser totalmente restaurados", declarou o ministro nas Nações Unidas. "Com base nisso, estamos prontos para discutir as garantias de segurança para a Ucrânia", adiantou, citado pela imprensa internacional. .Responsável militar da NATO compara intrusões russas com violações soviéticas de 1939.Macron diz que NATO deve "subir um nível" em reposta a "novas provocações russas" sem abater aviões