Rússia critica sistema antimíssil Golden Dome anunciado por Trump. Compromete estabilidade estratégica, diz
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia criticou esta terça-feira o novo sistema de defesa antimíssil norte-americano, o Golden Dome (Cúpula Dourada), anunciado na semana passada pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
Maria Zakharova, porta-voz do ministério russo, disse que o Golden Dome compromete a estabilidade estratégica, já que envolve a criação de um sistema global de defesa antimíssil, segundo notícia da Reuters.
As críticas de Moscovo surgem depois de o presidente Donald Trump ter dado a conhecer que o novo sistema de defesa antimíssil norte-americano deverá estar operacional em 2029.
“A Golden Dome vai proteger a nossa pátria”, disse Trump aos jornalistas na Casa Branca, na passada semana, ao partilhar informações sobre este projeto, tendo como pano de fundo imagens do novo sistema de defesa antimíssil.
“O projeto para a Golden Dome vai integrar-se nas nossas capacidades de defesa já existentes e deverá estar totalmente operacional antes do final do meu mandato”, afirmou, na ocasião, Trump. Assegurou que o sistema “será capaz de intercetar mísseis, mesmo que sejam lançados do outro lado do mundo, mesmo que sejam lançados do espaço”.
Coreia do Norte diz que é uma ameaça "muito perigosa"
Esta terça-feira, nas criticas à Golden Dome, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo disse a Washington para abandonar a instalação de armas no espaço, de acordo com a Newsweek.
A mesma publicação recordou que a China mostrou-se “seriamente preocupada” com o sistema de defesa antimíssil anunciado por Trump, e instou os EUA a abandonar o projeto.
A Coreia do Norte também se juntou ao coro de vozes contra o projeto de Donald Trump.
Este sistema de defesa "é uma ação ameaçadora muito perigosa, que visa ameaçar a segurança estratégica dos países com armas nucleares", declarou, em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte, de acordo com a agência de notícias estatal KCNA.
É ainda referido que o projeto dos EUA visa militarizar o espaço e que pode desencadear "uma corrida global ao armamento nuclear e espacial".