Moscovo divulgou um vídeo no qual garante que os seus mísseis Oreshnik com capacidade nuclear entraram em serviço ativo na Bielorrússia, seu aliado e vizinho que também faz fronteira com a Polónia, Lituânia e Letónia - todos países da NATO..Apelidando-os de mísseis "Imparáveis", o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que os Oreshnik são impossíveis de intercetar uma vez que a sua velocidade será mais de 10 vezes superior à velocidade do som.Ao mover os mísseis para a Bielorrússia, onde Putin tem no presidente Aleksandr Lukashenko um dos seus maiores aliados, a Rússia aumenta a possibilidade de atingir alvos europeus mais rapidamente. Estes mísseis têm um alcance de cerca de 5.500 km, o que significa que poderiam atingir qualquer ponto da Europa ou da costa oeste dos EUA a partir da Rússia..O vídeo divulgado pelos ministérios da Defesa da Rússia e da Bielorrússia nesta terça-feira não especificou onde os sistemas de mísseis estão a ser colocados em território bielorrusso, mas mostrou-os a serem transportados para florestas e camuflados com redes. "A divisão de mísseis Oreshnik começou a realizar tarefas de combate em áreas designadas no país", disse o Ministério da Defesa da Bielorrússia.Embora não haja certezas sobre a localização dos mísseis, há dias, dois investigadores americanos explicaram à Reuters ter dados que lhes permitiam concluir que estes estariam a estacionados numa antiga base aérea no leste da Bielorrússia.Após estudarem imagens de satélite da Planet Labs, Jeffrey Lewis e Decker Eveleth afirmaram que as imagens mostravam características consistentes com uma base de mísseis estratégicos russos. Lewis e Eveleth disseram ter 90% de certeza de que os mísseis Oreshnik estariam estacionados na antiga base aérea perto de Krichev, 307 km a leste de Minsk, a capital da Bielorrússia.Se no passado a relação entre Putin e Lukashenko nem sempre foi fácil, desde que Moscovo o ajudou a controlar as enormes manifestações populares que se seguiram às eleições de 2020 na Bielorrússia, que o homem que há três décadas manda naquela antiga república soviética não esconde a devoção a Putin. E desde a invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022, que o líder bielorrusso tem tido um papel determinante no apoio à Rússia. A começar logo no dia da invasão, quando ofereceu o território bielorrusso como plataforma para as tropas russas e, desde então, fornecendo uniformes, equipamento e material ao exército russo – mas não soldados. .Moscovo vai endurecer posição negocial após acusar Kiev de atacar residência de Putin. Ucrânia pede provas