Os Estados Unidos realizaram esta quarta-feira, 5 de novembro, um teste com um míssil balístico intercontinental a partir da Base Espacial Vandenberg, no estado da Califórnia, com o objetivo de testar a prontidão e eficácia do Minuteman III.O míssil, desprovido de carga, percorreu cerca de sete mil quilómetros, até às Ilhas Marshall, onde se situam instalações de testes nucleares.Segundo o Comando Global de Ataque da Força Aérea, este lançamento faz parte de uma série de testes de rotina e não está relacionado com o recente anúncio de Donald Trump, que ordenou na semana passada ao Departamento de Guerra que “comece a testar” as armas nucleares..Trump ordena início de testes de armas nucleares dos Estados Unidos."O Air Force Global Strike Command (AFGSC) realizou um lançamento de teste de um míssil balístico intercontinental Minuteman III não armado, a partir da Base Espacial Vandenberg, na Califórnia, a 5 de Novembro de 2025. Este teste, designado GT 254, avaliou a fiabilidade contínua, a prontidão operacional e a precisão do sistema ICBM, um pilar da defesa nacional dos Estados Unidos", indica um comunicado divulgado pela unidade da Força Aérea dos Estados Unidos responsável pelas forças nucleares estratégicas, o AFGSC.O exercício, designado GT 254, confirmou que o sistema se mantém "operacional e com precisão", numa altura em que os EUA se preparam para substituir o o Minuteman III por um novo míssil, o Sentinel."O GT 254 é mais do que um simples lançamento. É uma verificação de que este sistema continua a cumprir a sua missão com segurança e fiabilidade", afirmou o tenente-coronel da Força Aérea dos EUA, Karrie Wray, citado no comunicado..Presidente dos EUA afirma que Rússia e China estão a fazer testes nucleares e "ninguém fala nisso".Entretanto, o presidente russo deu esta quarta-feira instruções ao Governo para apresentar um relatório sobre a necessidade de retomar os testes nucleares.Os organismos competentes devem encetar "todos os esforços para recolherem informações adicionais sobre esta questão e apresentarem propostas concertadas sobre o possível lançamento de trabalhos preparatórios para testes nucleares", afirmou Vladimir Putin, numa reunião extraordinária do Conselho de Segurança da Rússia, transmitida pela televisão.Putin salientou que o Kremlin "sempre respeitou escrupulosamente as obrigações" no âmbito do Tratado de Proibição Total de Ensaios Nucleares (CTBT, na sigla em inglês), que visa precisamente a interdição de qualquer explosão nuclear, mas lembrou também que, quando se dirigiu à Assembleia Federal em 2023, garantiu que "se os Estados Unidos ou qualquer outro Estado signatário do tratado efetuarem tais testes, a Rússia também terá de tomar as medidas adequadas em resposta".Também na reunião, o ministro da Defesa russo, Andrei Belusov, afirmou "considera apropriado iniciar imediatamente os preparativos para testes nucleares em grande escala", uma vez que os planos dos Estados Unidos "aumentam consideravelmente o nível de ameaça militar à Rússia"."Devemos manter o nosso potencial nuclear para estarmos prontos a infligir danos inaceitáveis ao inimigo em todas as circunstâncias", acrescentou.Belusov também alertou que Washington está a produzir diversos tipos de armamento com capacidade nuclear que constituem uma ameaça direta para Moscovo.O anúncio de Trump de que havia ordenado o início de testes de armas nucleares dos Estados Unidos surgiu antes de um encontro com o homólogo chinês, Xi Jinping, e fez referência referência direta à Rússia e à China, depois de Putin ter ordenado um teste com um drone submarino com capacidade nuclear.“Devido aos programas de testes realizados por outros países, solicitei ao Departamento de Guerra que comece a testar as nossas armas nucleares em pé de igualdade. Este processo terá início imediato”, declarou o Presidente norte-americano, na rede social que detém, a Truth Social.“Os Estados Unidos possuem mais armas nucleares do que qualquer outro país”, escreveu o republicano.“Atendendo ao tremendo poder destrutivo, DETESTO fazer isto, mas não tenho alternativa! A Rússia ocupa o segundo lugar e a China ocupa um terceiro lugar muito distante, mas estará ao mesmo nível em cinco anos”, acrescentou Trump..Enviado de Putin crê na paz dentro de um ano, mas Washington não acredita