Comandante da NATO diz que Patriot vão ser transferidos para a Ucrânia "o mais rapidamente possível"
O norte-americano Alexus G. Grynkewich, comandante militar da NATO, afirmou esta quinta-feira, 17 de julho, que a Aliança Atlântica está a "trabalhar em estreita colaboração com os alemães na transferência dos Patriot” para a Ucrânia.
Grynkewich disse que recebeu a orientação para avançar "o mais rapidamente possível" com este processo da transferência dos sistemas de defesa aérea. As declarações do comandante máximo da NATO, citadas pela Reuters, foram proferidas numa conferência de imprensa na cidade alemã de Wiesbaden.
Esta declarações surgem depois de o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciar, há poucos dias, que os EUA iriam enviar sistemas de defesa antiaérea Patriot para a Ucrânia.
"Vamos enviar-lhes Patriots, que eles precisam desesperadamente", afirmou Trump no passado domingo. Na altura disse não ter decidido sobre a quantidade, mas garantiu que Kiev iria receber estes sistemas de defesa antiaérea porque os ucranianos "precisam de proteção".
A ocupar a mais alta patente militar da organização, com o cargo de comandante supremo aliado da NATO na Europa (SACEUR), Alexus Grynkewich afirmou que o secretário de Estado Marco Rubio referiu-se a "capacidades que estão na Europa (que) podem ser transportadas mais rapidamente do que algo que sai da linha de produção".
De acordo com a agência de notícias, o comandante militar não detalhou quantos sistemas Patriot vão estar disponíveis nesta fase para entregar à Ucrânia. "Haverá muito mais a seguir, vamos agir o mais rapidamente possível", afirmou.
Na próxima semana, segundo a Reuters, deverá decorrer uma reunião dos países da NATO que têm sistemas de defesa Patriot na cidade belga de Mons, onde está localizado o comando operacional das forças da Aliança Atlântica.
A reunião, que será presidida por Grynkewich, terá como objetivo reunir mais sistemas de defesa aérea Patriot para enviar a Kiev.
Após Trump ameaçar a Rússia com tarifas de 100% caso não haja um acordo dentro de 50 dias sobre a guerra na Ucrânia e de anunciar o envio de sistemas Patriot para Kiev, a reação do Kremlin fez referência à Aliança Atlântica, mas também à Europa. "As decisões que estão a ser tomadas em Washington, nos países da NATO, e diretamente em Bruxelas, são vistas pelo lado ucraniano não como um sinal de paz, mas como um sinal para continuar a guerra", considerou Dmitry Peskov, o porta-voz da presidência russa.