"Aguentem firmes". Trump garante que tarifas terão "resultado final histórico"
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu este sábado a 'guerra' comercial que desencadeou esta semana, com a imposição generalizada de tarifas, dizendo às pessoas que "aguentem firmes", em troca de um "resultado final histórico".
"Isto é uma revolução económica e nós vamos ganhar. Aguentem firmes, porque não vai ser fácil, mas o resultado final será histórico", disse hoje Donald Trump na sua rede social, Truth Social.
Convencido da eficácia das suas medidas, Trump assegurou que a sua administração vai conseguir o regresso de "empregos e negócios como nunca antes visto".
Na mesma publicação, o presidente dos Estados Unidos abordou também a relação com a China, a quem impôs uma tarifa de 34% aos seus produtos, e que já foi alvo de uma resposta recíproca de Pequim.
Neste sentido, Donald Trump denunciou que a China "e outros países" trataram os Estados Unidos "insustentavelmente mal".
"Fomos o poste de açoite idiota e indefeso, mas não vamos continuar a ser", garantiu.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou na quarta-feira a imposição de “tarifas recíprocas” sobre importações, incluindo de 25 por cento sobre todos os automóveis estrangeiros.
Este sábado, entrou em vigor a taxa alfandegária adicional de 10% sobre a maioria dos produtos que os Estados Unidos importam do resto do mundo.
A imposição de novas tarifas está a gerar ondas de choque na economia global, enquanto parceiros e adversários comerciais prepararam resposta perante as incertezas da guerra comercial.
Donald Trump alegou que a estratégia é proteger a indústria norte-americana e corrigir desequilíbrios comerciais, cumprindo promessas eleitorais.
Em Lisboa, na manhã deste sábado, algumas centenas de americanos manifestaram-se contra a administração Trump, numa iniciativa organizada por ativistas que vivem em Portugal, com inúmeras referências à revolução dos cravos e à liberdade de expressão.
Os manifestantes empunharam cartazes, alguns com cravos, alusivos ao 25 de Abril e à liberdade de expressão, com recados para os norte-americanos: “Do que a América precisa, Portugal sabe”.