Nas pistas do Moto GP, nos Jogos Olímpicos ou nos relvados há talento a seguir em 2021
O pai sempre foi ligado às motos e passou-lhe a paixão pelas duas rodas. Paulo Oliveira ofereceu ao filho uma moto-4 elétrica Suzuki 50 cc no Natal quando Miguel Oliveira tinha 3 anos. Foi a forma que encontrou para sossegar "um miúdo traquina, que tinha energia para dar e vender e não parava quieto".
A partir daí, Miguel só queria aquele brinquedo, mas o pai teve de lhe tirar depois de uma queda feia. Aos 8 anos deu-lhe outra, mais potente. E assim Miguel cresceu. Rodeado de motos. Sonhava ser piloto e rapidamente concretizou esse objetivo. Aos 23 anos acabou por fazer história e conseguiu entrar no MotoGP, a prova rainha do motociclismo mundial.
Depois de uma estreia histórica e promissora em 2019, Miguel Oliveira superou-se na segunda época em Moto GP, acabando o mundial em nono lugar e com dois triunfos (mais do que o campeão mundial). O piloto de Almada obteve uma vitória histórica e entusiasmante no Grande Prémio da Estíria e fechou com um triunfo no GP Portugal, onde, além da pole position, consegui a volta mais rápida e a liderança em todas as voltas. Com dois triunfos e meia dúzia de quintos lugares, Oliveira superou todas as expectativas e confessou que já pensa lutar pelo título.
A pandemia não evitou o sucesso em 2020. Auriol Dongmo lançou o peso em 17 provas este ano e ganhou 16. Em agosto atingiu os 19,53 metros, batendo o recorde nacional e fechando a época como melhor atleta mundial do ano no peso. No Grande Prémio do Brasil, a última prova do World Continental Tour de 2020, que se realizou em dezembro venceu o lançamento do peso, com a marca de 18,57 metros, que lhe valeu a qualificação olímpica.
Em 2021 já não tem o mundial para se mostrar antes de Tóquio 2021 com as cores nacionais, uma vez que a prova que iria decorrer nos EUA foi adiada para 2022.
Mas quem é Auriol Dongmo? Nasceu nos Camarões e chegou a Portugal em 2017 para representar o Sporting, fruto de uma arrojada iniciativa pessoal. Apesar de não gosta de redes sociais, a atleta criou um perfil no Facebook só para contactar os leões e o treinador Paulo Reis. Foi contratada e ficou a viver em Leiria, bem perto de Nossa Senhora de Fátima de quem é devota e que deu origem a um "amor sem fim a Portugal".
Jogou andebol e basquetebol até ser desafiada a lançar o peso, modalidade que a traria a Portugal.
Um joga no Liverpool (Diogo Jota, 24 anos), o outro no Barcelona (Francisco Trincão, 20 anos) e o outro no At. Madrid (João Félix, 21 anos). Bateram asas bem cedo para procurar a glória for a de portas e já entusiasmam. Juntos formam um triunvirato interessante de seguir no próximo ano. Com o Europeu adiado para o próximo verão devido à pandemia é expectável que os três façam parte das escolhas de Fernando Santos para a defesa do título de campeão da Europa.
Se para o miúdo de Viana do Castelo o desafio ainda é surpreender depois de recém chegado ao Camp Nou onde Messi (muito provavelmente) dirá adeus, para João Félix será o ano da afirmação e de garantir que os 126 milhões de euros investidos no verão de 2019 valorizam a cada jogo. Tem sido um dos destaques da liga espanhola desta época, apesar das embirrações de Simeone e promete explodir em 2021.
Para Diogo Jota o desafio será manter o sucesso pessoal de 2020. Contratado pelo Liverpool o jovem avançado está a deslumbrar os reds e transportou essa magia para a seleção, onde se tem afirmado como alternativa a Ronaldo.
Todos eles estão na luta pelo título nos respetivos países e ambicionam a Liga dos Campeões.