Coronavírus. Carlos Alexandre ordena a libertação de todos detidos de Tancos
Num despacho de hoje, a que o DN teve acesso, Carlos Alexandre ordena que todos os sete arguidos detidos no âmbito da investigação do furto a Tancos, sejam libertados. António Laranginha, Pedro Marques, Hugo Santos, Gabriel Moreira, João Pais, Filipe Sousa e Fernando Santos, todos suspeitos de envolvimento no assalto, vão ser libertados porque o debate instrutório que estava marcado para dia 17 de abril, data em que terminava a prisão preventiva, teve se ser adiado devido ao novo coronavírus.
O juiz de instrução criminal impõe a estes arguidos as medidas de coação apertadas que tinha determinado a João Paulino, suspeito de ser o cabecilha do grupo e que foi libertado no passado dia 27 de janeiro, por ter atingido o prazo máximo da prisão preventiva: proibição de de contactos entre si; proibição de contactos com as testemunhas do processo; proibição de se ausentarem para o estrangeiro; proibição de de saírem do seu concelho de residência; obrigação de se apresentarem duas vezes por dia às autoridades.
Quanto a Filipe Sousa - o ex-sargento dos paióis suspeito deter sido a "toupeira" que informou o grupo de assaltantes sobre as fragilidades e rotinas de segurança - Carlos Alexandre lembra que sendo atualmente um militar da GNR, terá de ser acrescentada a suspensão do exercício de funções naquela força de segurança.
No despacho, Carlos Alexandre justifica esta decisão, que teve o parecer do Ministério Público, com as medidas excecionais e temporárias de resposta à situação epidemiológica provocada pela Covid-19.
O processo de Tancos tem 23 arguidos, entre os quais o antigo ministro da defesa Azeredo Lopes e vários militares