Migrantes marroquinos em fuga. Um está infetado com covid-19
Um dos 17 migrantes que fugiram esta madrugada do Quartel de Tavira, está infetado com Covid-19. De acordo com informações recolhidas pelo DN junto a fontes que estão a acompanhar o caso, este migrante testou positivo esta semana e não estava ainda isolado com os outros dois positivos, detetados logo à chegada deste grupo, proveniente de Marrocos, dia 15 de setembro
O SEF faz saber que dois dos migrantes foram detidos, um dos quais teve de ser hospitalizado. Ao que o DN apurou, terá partido um pé quando saltou da janela do primeiro andar do quartel.
DestaquedestaqueOs migrantes fizeram uma corda com os resguardos dos colchões e saíram por uma janela.
Os migrantes fizeram uma corda com os resguardos dos colchões e saíram por uma janela. Estavam nesta situação quando a PSP detetou a fuga e deu o alarme. Ficaram ainda para trás outros sete, dois dos quais os que estavam isolados com Covid-19.
O grupo chegou ao Algarve em setembro e estava no quartel a "fazer a quarentena profilática", refere o SEF em comunicado enviado às redações.
"As autoridades policiais já localizaram dois cidadãos, tendo um sido transportado para o Hospital de Faro, depois de se ter ferido num pé durante a fuga, e outro encontra-se nas instalações da PSP de Tavira", lê-se na nota.
O SEF indica que foram "acionados no terreno todos os mecanismos necessários para localizar os cidadãos em causa, em articulação com os restantes órgãos de polícia criminal nacionais e espanhóis".
O Quartel do Exército de Tavira recebeu 24 marroquinos, de um grupo de 28 migrantes que desembarcaram clandestinamente a 15 de setembro na costa algarvia.
O grupo de migrantes que chegou a Portugal, composto por 24 adultos do sexo masculino, três do sexo feminino, uma das quais grávida, e um menor, desembarcou numa pequena embarcação a motor na ilha Deserta e não traziam documentos.
Os 24 homens foram instalados no quartel de Tavira a aguardar pela decisão do processo administrativo do SEF, três mulheres foram instaladas na Unidade Habitacional de Santo António no Porto e o menor foi entregue ao Tribunal de Família e Menores de Faro.
Depois de intercetados na ilha Deserta, os migrantes foram depois ouvidos no Tribunal Judicial de Faro por entrada e permanência irregular em território nacional, tendo sido aplicada como medida cautelar o seu afastamento de território nacional.
A embarcação em que os 28 migrantes chegaram à ilha tem cerca de sete metros e é semelhante às usadas nos outros cinco desembarques ilegais registados na região desde dezembro.
Este foi o sexto desembarque ilegal na costa algarvia envolvendo migrantes do Norte de África, tendo desembarcado um total de 97 migrantes.
Conforme o DN noticiou, os Centros de Instalação Temporária do SEF estão esgotados e o governo determinou que fossem instalados em cadeias e quartéis, o que já levou o BE a pedir uma audição "com caráter de urgência" ao ministro da Administração Interna, por entender que este género de medidas são "próprias de regimes totalitários".
O anterior tinha acontecido em julho, quando um grupo de 21 homens, alegadamente marroquinos, desembarcou na ilha do Farol, também no concelho de Faro.
Atualizado às 11:18