Alunos do 11.º dispensados de aulas às disciplinas a que não têm exame este ano
A Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP) enviou, na quarta-feira, um ofício ao governo, no qual pedia que não se realizem aulas presenciais para o 11.º ano às disciplinas para as quais só realizarão exames no ano seguinte. Ou seja, às disciplinas trienais, como Português, Matemática e História. Em resposta ao DN, o Ministério da Educação esclareceu esta quinta-feira que só os alunos do 12.º ano terão aulas presenciais às disciplinas trienais, reduzindo assim o tempo de permanência na escola dos estudantes de 11.º ano.
"Não perdem nada, a saúde pública agradece e compensa-se para o ano". Foi assim que Filinto Lima, dirigente da ANDAEP, justificou o pedido feito à tutela. Dar este passo atrás, disse, iria "diminuir substancialmente a permanência dos alunos nas escolas", bem como "facilitar o trabalho" das mesmas, "que têm de rever e conciliar todos os horários [de acordo com as medidas de segurança indicadas pelo governo] e distribuir turmas pelas salas".
No próximo dia 18 de maio, mais de 800 escolas secundárias voltam a abrir portas para os seus alunos de 11.º e 12.º anos. Só haverá aulas às disciplinas com oferta de exame nacional, que os estudantes devem frequentar quer decidam ou não realizar esse mesmo exame - este ano, o governo abriu uma exceção e os alunos podem escolher só candidatar-se para a prova que necessitarem de acesso ao ensino superior.
Nenhum aluno está obrigado a apresentar-se presencialmente às aulas, embora a assiduidade deva ser registada, de acordo com o Ministério da Educação. E as escolas acreditam mesmo que podem abrir sem a presença de vários alunos, visto que as famílias receiam que se tornem portadores da doença quando expostos ao ambiente escolar.
Caso pertença a um grupo de risco, o estudante deve apresentar um atestado à escola que o comprove. Só desta forma lhe pode continuar a ser garantido o ensino à distância.