Fogo em Castelo de Paiva continua descontrolado e com "várias frentes" ativas, diz autarca

Quase todos os concelhos das regiões norte, centro e do Algarve estão esta terça-feira em perigo máximo ou muito elevado de incêndio rural.
Populares observam o incêndio que lavra desde sábado na freguesia de Lourido, Ponte da Barca
Populares observam o incêndio que lavra desde sábado na freguesia de Lourido, Ponte da BarcaHUGO DELGADO/LUSA

Fogo em Castelo de Paiva continua descontrolado e com "várias frentes" ativas, diz autarca

O incêndio de Castelo de Paiva, no distrito de Aveiro, continua descontrolado e com várias frentes de fogo ativas, disse o presidente da Câmara, adiantando que tem havido alguns reacendimentos que estão a complicar o combate às chamas.

Pelas 17:45, o presidente da Câmara de Castelo de Paiva, José Rocha, disse à Lusa que o fogo estava descontrolado e com diversas frentes de fogo ativas nas freguesias de Fornos, Bairros, Real e São Pedro do Paraíso.

“Temos tido alguns reacendimentos o que vai criando novas frentes e dificulta a ação dos Bombeiros”, explicou o autarca, apelando a um reforço dos meios para reforçar o contingente de Castelo de Paiva.

José Rocha referiu ainda que houve várias casas e uma panificadora em perigo, no lugar de Carreiros, em Bairros, mas os bombeiros conseguiram proteger as pessoas e bens.

“Na zona de Vilar de Eirigo, o fogo de Nespereira, vindo de Cinfães, também atravessou o rio Paiva e abriu mais uma frente. A frente de Real continua muito ativa, não só no centro da freguesia, mas também no Gilde e em Gildinho, e em São Pedro do Paraíso o fogo já está a chegar próximo dos lugares de Paraduça e Gondra”, adiantou.

O presidente da câmara disse ainda que o principal objetivo continua a ser a defesa das pessoas e bens, adiantando que para além de um armazém de uma fábrica de móveis, que ardeu parcialmente, também houve uma sucata, no lugar do Seixo, que foi consumida pelas chamas.

O responsável referiu ainda a aldeia de Vilar de Eirigo continua confinada e o Lugar do Seixo já não se encontra isolado pelas chamas, tendo as pessoas regressado às suas casas.

Os concelhos de Castelo de Paiva e de Arouca, no distrito de Aveiro, ativaram hoje de madrugada os Planos Municipais de Emergência e Proteção Civil.

Pelas 17:45, a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil na Internet indicava que o incêndio de Canelas/Espiunca, em Arouca, que se alastrou a Castelo de Paiva, mobilizava 722 operacionais, 246 viaturas e sete meios aéreos.

Nisa. Aldeia de Pé da Serra evacuada

As aut oridades estão esta tarde a evacuar a aldeia de Pé da Serra, em Nisa, na sequência do incêndio rural que está a lavrar naquele concelho, disse a presidente do município, no distrito de Portalegre, Idalina Trindade.

Em declarações à Lusa, a autarca explicou que em causa estão 60 residentes, entre os quais uma pessoa que se encontra “acamada e será recebida na Misericórdia de Nisa”.

A restante população está a ser encaminhada para o Pavilhão Municipal de Nisa.

“Temos já aqui [pavilhão] o delegado de saúde mais um médico, estamos a receber as pessoas para minimizar impactos negativos, não está ninguém em pânico e, em princípio vai correr bem. Temos água, temos alimentos, estamos a fazer o que é recomendado”, disse.

Ao início da tarde parte da aldeia de Vinagra foi evacuada, tendo essas pessoas, segundo a autarca, sido encaminhadas para casas de amigos.

Na mesma aldeia uma mulher ficou desalojada, disse à Lusa fonte do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Alto Alentejo, desconhecendo se a habitação ardeu total ou parcialmente.

Em relação ao incêndio, Idalina Trindade explicou que estão a aguardar a chegada de mais meios ao local, nomeadamente do litoral alentejano, estando já operacionais de outras zonas do país no terreno, como da zona do Médio Tejo e Évora.

“Estamos a tentar estancar o incêndio. O vento não permite muita margem de manobra, porém, o que é possível fazer do ponto de vista operacional está a ser feito, quer com meios terrestres, quer aéreos. Vamos ver se conseguimos”, disse.

Outra fonte do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Alto Alentejo indicou à Lusa que o fogo, para o qual foi dado o alerta às 12:32 de hoje, consome uma área florestal com pinheiro e eucalipto.

Às 17:00, de acordo com a página de Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, combatiam o incêndio 312 operacionais, apoiados por 99 veículos e quatro meios aéreos.

Marcelo em contacto permanente com autarcas

O Presidente da República afirmou que está a acompanhar a evolução dos incêndios em permanente contacto com os autarcas, considerando correta a estratégia de proteger as povoações das zonas atingidas pelo fogo.

“Tenho acompanhado em contacto permanente com os presidentes de câmara e, em particular, com aquele que é mais duradoiro, o fogo que dura há mais tempo, em Ponte da Barca, que já começou há três dias”, adiantou Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações à RTP 3.

Em causa está, segundo o chefe de Estado, um combate ao fogo em zonas de acesso muito difícil, com reacendimentos constantes e com condições meteorológicas “muito más”.

Depois de salientar o “empenho imenso” dos operacionais, dos autarcas e das populações, o Presidente da República realçou que a estratégia de combate aos incêndios, perante as dificuldades no terreno, “tem seguido aquilo que é correto” e que passa por proteger as povoações.

Veja as vias interditas à circulação pela GNR

Por causa dos incêndios, a Guarda Nacional Republicana (GNR) tem registo de alguns condicionamentos à circulação rodoviária. Eis a lista atualizada esta tarde:

  • Distrito de Aveiro - EN224 (nos dois sentidos), corte entre Arouca e Real.

  • Distrito de Castelo Branco - EN233 (nos dois sentidos), corte entre Pedrogão e Águas;

  • Distrito de Santarém - EN362 (nos dois sentidos), corte entre Alcanede e Aldeia da Ribeira;

  • Distrito de Portalegre - EN18 (nos dois sentidos) corte entre Vila Velha Rodão (Rio Tejo) e Nisa.

Em comunicado, a GNR relembra que "as queimas e queimadas são das principais causas de incêndios em Portugal". Esta força de segurança apela, ainda, "ao contributo de todos na prevenção e combate aos incêndios".

Bombeiros: Fogo em Ponte de Lima sem meios aéreos por “falta de disponibilidade”

O comandante dos Bombeiros Voluntários de Ponte de Lima afirmou que o combate às chamas, esta tarde, não está a contar com meios aéreos “por falta de disponibilidade” o que está a dificultar as operações nas quatro frentes ativas.

“Infelizmente não há disponibilidade de meios aéreos para aqui”, disse Carlos Lima, acrescentando que essa informação lhe foi transmitida pela proteção civil.

Durante a manhã o combate contou com o apoio de dois meios aéreos.

Segundo o comandante responsável pelo teatro de operações, com o apoio de meios aéreos o “combate seria muito mais fácil, seguro e os bombeiros não estariam expostos a tantos perigos”, afirmou. (Lusa)

Ministra diz que é irrelevante número de meios aéreos para combater fogos

A ministra da Administração Interna defendeu que é irrelevante o número de meios aéreos de combate a incêndios, uma vez que o que está a causar "dificuldade aos operacionais" nos fogos em curso são as características do terreno.

À saída de uma reunião na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Oeiras, Maria Lúcia Amaral sublinhou que, olhando aos incêndios que mais afligem as autoridades neste momento, "a existência de 72 ou 76 ou 80 meios aéreos" seria irrelevante, "porque o que causa dificuldade aos operacionais é o caráter extremamente acidental da orografia, a dificuldade de acesso".

"A complexidade das operações e do combate é tal que não ajuda nada estar a saber quantos meios aéreos temos, se faltam muitos, se não faltam muitos. E, de facto, não faltam", acrescentou.

Auto-estrada A1 reabre ao trânsito

Os incêndios em Arouca, Nisa, Penamacor, Ponte da Barca, Tondela e Santarém concentram, às 15h45, mais de dois mil bombeiros no combate às chamas esta terça-feira, segundo a página da proteção civil. Há, ao todo, 50 incêndios ativos em todo o país.

Em Pombal, a autoestrada A1 reabriu depois de um corte de cerca de duas horas, referem fontes da autarquia. Há dezenas de meios aéreos no combate às chamas, em todo o país.

Fogo em Pombal obriga ao corte da A1 no sentido sul-norte

Um incêndio que deflagrou ao início da tarde de hoje obrigou ao corte da autoestrada 1 (A1), no sentido sul-norte, entre Leiria e Pombal, disse à agência Lusa fonte da Guarda Nacional Republicana.

Segundo a mesma fonte, o corte ocorreu cerca das 13:45 e a alternativa à circulação na A1 entre Leiria e Pombal é o itinerário complementar 2 (IC2).

O incêndio em povoamento florestal ocorreu pelas 12:53, na localidade de Pinheirinho, no concelho de Pombal, adiantou à Lusa fonte do Comando Sub-regional de Emergência e Proteção Civil de Leiria.

Às 14:00 estavam no local 64 operacionais, apoiados por 15 veículos e dois meios aéreos.

Fogo em Nisa obriga a evacuação parcial de aldeia

Um incêndio que deflagrou hoje numa área florestal do concelho de Nisa, no distrito de Portalegre, já obrigou à evacuação parcial de uma aldeia, revelou à agência Lusa fonte da Proteção Civil.

A fonte do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Alto Alentejo indicou que o fogo, para o qual foi dado o alerta às 12:32, consome uma área florestal com pinheiro e eucalipto, junto à aldeia de Vinagra.

Segundo a mesma fonte, a aldeia foi parcialmente evacuada, por precaução, há cerca de uma hora, devido à proximidade das chamas.

Às 14:15, de acordo com a página de Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, combatiam o incêndio 165 operacionais, apoiados por 44 veículos e seis meios aéreos.

Maria Lúcia Amaral: "Temos disponíveis agora 72 meios aéreos"

A ministra da Administração Interna adiantou que o dispositivo de combate a incêndios tem 72 meios aéreos disponíveis, num total de "75, até um pouco mais".

Maria Lúcia Amaral salientou a "enorme complexidade das operações", em zonas de perfil acidentado, e que intervir implica estudo, estratégia, planeamento e "muito risco".

Questionada sobre o que falhou, a governante vincou que "ninguém queria esta situação, como ninguém quer no sul da Europa", e destacou o elevado número de ocorrências. "Neste momento falamos de três ou quatro focos de incêndio mas tivemos em todo o território 125 ocorrências. Como país temos de compreender a raiz destes incêndios incontroláveis", afirmou, pedindo para que se evite comportamentos de riscos como práticas ancestrais e o lançamento de fogo-de-artificio.

Montenegro: "Temos todo o nosso dispositivo em prontidão"

Na sede da Proteção Civil para um "ponto da situação sobre as ocorrências que nos afligem", o primeiro-ministro anunciou que todo o dispositivo do país está em "prontidão".

"Temos todo o nosso dispositivo em prontidão para poder responder da forma mais célere e eficiente possível. É um período que é complexo e difícil. Este é um combate de todos, que precisa da colaboração de todos. Temos de ter a paciência para atender os avisos e advertências das autoridades", afirmou Luís Montenegro.

MAI e primeiro-ministro vão para a sede da ANEPC

A ministra da Administração Interna anunciou esta terça-feira que vai com o primeiro-ministro para a sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), onde irá "prestar todas as informações" aos jornalistas.

"Queremos saber o que acontece, o que deve ser esperado. estamos inteirados da situação, mas decidimos ir à sede da ANEPC", adiantou Maria Lúcia Amaral.

Incêndio em Arouca liberta energia de 20 mil kWh e é o que mais preocupa as autoridades

O incêndio em Arouca é o que mais preocupa as autoridades, uma vez que liberta uma energia de 20 mil kWh, cinco vezes mais do que é tido como um fogo combatível.

"Teve origem em três ocorrências. É uma zona de eucaliptal, muito difícil. Estamos a tentar gerir o incêndio pelos flancos, para tentar alguma consolidação", afirmou num briefing às 12:00 desta terça-feira, o Comandante Nacional de Emergência e Proteção Civil, Mário Silvestre.

O responsável deu conta de 175 ocorrências desde segunda-feira (dia em que se registaram 124), das quais "58,8 por cento são ocorrências noturnas".

Além de Arouca, as principais ocorrências são a do Lindoso e a de Penamacor. "A ocorrência do Lindoso começou no sábado, teve 1100 metros/hora de velocidade de propagação. A área total é de 2000 hectares. Está estabilizado e em fase de consolidação. A ocorrência em Penamacor começou ontem e teve 3500 metros/hora de velocidade de propagação. Área total é de 544 hectares. Apenas 30 por centro do incêndio está ativo", afirmou Mário Silvestre.

O balanço do Comandante Nacional de Emergência e Proteção Civil deu conta de sete pessoas assistidas, sendo que seis tiveram que ser transportadas para hospitais, mas algumas já receberam alta.

"A principal recomendação é para que não usem o fogo. Uso do fogo por parte da população criou-nos mais problemas", apelou o responsável.

Autarca de Castelo de Paiva teme por aldeias

O presidente da Câmara de Castelo de Paiva, José Rocha, disse à Lusa que o fogo que se iniciou em Arouca e entrou no concelho de Castelo de Paiva se encontra a "lavrar com grande intensidade", a avançar em direção a aldeias, colocando em risco algumas casas, nomeadamente no lugar do Gilde, onde o mesmo se encontrava.

“Tenho um lugar que está isolado. Os bombeiros não têm acesso ao lugar do Seixo. Neste momento, estou no lugar do Gilde onde o fogo também poderá chegar daqui a poucos momentos. Estamos aqui com a população para tentar minimizar e salvaguardar bens e pessoas”, disse o autarca durante a manhã desta terça-feira.

José Rocha referiu que já foi necessário evacuar algumas aldeias, nomeadamente Vilar de Eirigo e o Seixo, adiantando que, para já, não tem conhecimento de casas atingidas, nem vítimas, tendo ardido parcialmente uma fábrica.

“Houve uma unidade industrial que ardeu parcialmente. Ardeu a parte de armazenagem de vernizes e a casa de pintura. Para já é o que temos registado ao nível de perdas materiais, mas com a intensidade que o fogo tem esperemos que fique por aqui”, referiu.

O autarca adiantou ainda que os meios aéreos não puderam atuar logo ao início da manhã devido à intensidade do fumo.

“Logo ao início da manhã, devido à intensidade do fumo, não havia a visibilidade suficiente para poderem trabalhar, mas neste momento já se nota que existem meios aéreos no concelho”, disse.

A exemplo do que aconteceu em Arouca, a Câmara de Castelo de Paiva também ativou hoje, pelas 03:00, o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil.

“Esta decisão foi tomada devido à evolução da situação, que coloca em risco pessoas, bens e o ambiente, e tem como objetivo garantir a coordenação de todos os meios de socorro e apoio às populações afetadas”, refere uma nota publicada na página da internet do município no Facebook.

Pelas 10:30, a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil na Internet indicava que o incêndio que lavra em Canelas/Espiunca, Arouca, mobilizava 697 operacionais, 193 viaturas e sete meios aéreos.

Fogo em Arouca já se alastrou a Castelo de Paiva. Há duas aldeias em risco de ficar isoladas

O incêndio em Arouca já se alastrou ao concelho vizinho de Castelo de Paiva, onde duas aldeias correm o risco de ficar isoladas.

O presidente da Câmara de Castelo de Paiva, José Rocha, disse à Renascença ser urgente a chegada de mais meios aéreos para ajudar os três que estão no local para combater o fogo.

Neste momento são quatro as frentes ativas e fora de controlo, estando a ser ponderada a possibilidade de se evacuar localidades. A situação mais delicada verifica-se em Vila Viçosa, que está a ficar confinada.

Por precaução, já foi necessário retirar cinco pessoas da freguesia de Canelas/Espiunca.

Mais de 1600 operacionais combatem chamas na região norte e centro

Mais de 1.600 operacionais combatiam esta terça-feira de manhã cinco incêndios nas regiões norte e centro, nos concelhos de Mangualde, Ponte de Lima, Arouca, Penamacor e Ponte da Barca, para os quais foram requisitados meios aéreos, segundo a Proteção Civil.

De acordo com o comandante Elísio Pereira, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), cerca das 09:15, os cinco incêndios que mais meios mobilizavam situavam-se nos distritos de Viseu, Viana do Castelo, Aveiro e Castelo Branco e envolviam 1.612 operacionais e 509 meios terrestres.

“Estão a ser posicionados meios aéreos reforçados, alguns deles poderão demorar mais um pouco a entrar, por questões de segurança e falta de visibilidade por causa do fumo. Todos estes incêndios estão a ser reforçados com meios aéreos nacionais, tendo em conta as características dos terrenos”, disse a mesma fonte à agência Lusa.

Sobre a possibilidade de habitações em risco, o mesmo comandante referiu que “a situação está mais tranquila” na aldeia de Fornos de Carvão, em Arouca, distrito de Aveiro, que foi evacuada de madrugada.

“Assim que haja condições as pessoas irão regressar às suas habitações”, disse.

De acordo com informação na página oficial da (ANEPC), consultada às 09:30, o incêndio em Arouca está a ser combatido por 578 operacionais, 180 meios terrestres e dois meios aéreos.

Aquela fonte da Proteção Civil não conseguiu confirmar se o incêndio de Arouca, distrito de Aveiro, se estendeu já ao concelho de Castelo de Paiva.

Em Penamacor, Castelo Branco, o combate às chamas está a ser feito no terreno por 384 pessoas, apoiadas por 134 meios, dos quais seis são aéreos.

No distrito de Viana do Castelo, em Ponte da Barca o incêndio lavra desde sábado e o combate está a ser feito por 388 operacionais e 126 meios, enquanto em Ponte de Lima estão 92 bombeiros e 26 viaturas.

Em Mangualde, Viseu, estão 173 operacionais, com 45 meios terrestres e dois aéreos.

Combate a frente ativa em Ponte da Barca a evoluir favoravelmente

O combate à única frente ativa no incêndio que deflagrou no sábado em Ponte da Barca “está a evoluir favoravelmente” e poderá estar “controlada até final da manhã”, disse hoje a proteção civil.

“Se os trabalhos continuarem a evoluir favoravelmente queremos ter o incêndio controlado até final da manhã. Não podemos afirmar categoricamente, mas estamos a fazer tudo para que isso aconteça”, afirmou o comandante sub-regional do Vale do Ave da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPT), Rui Costa.

Em declarações à agência Lusa, pelas 09:00, Rui Costa disse que “as equipas estão no terreno a trabalhar na frente ativa, em Ermida, no Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG)”.

Rui Costa adiantou ter sido pedido um helicóptero pesado para ajudar no combate às chamas, que se encontram a 12 quilómetros do Lindoso.

“Durante a noite não tivemos casas em perigo. A freguesia de Ermida esteve confinada, mas os habitantes puderam regressar às suas residências. Não há feridos a registar. Tivemos quatro operacionais assistidos, mas nenhum foi conduzido à unidade hospitalar”, referiu.

Hoje, as condições climatéricas “serão muito semelhantes às registadas ontem [segunda-feira]”.

“Até às 17:00 teremos sempre vento com alguma intensidade”, frisou.

Às 09:30, segundo o sítio na Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), estavam empenhados neste fogo que deflagrou no sábado à noite naquele concelho do distrito de Viana do Castelo 388 operacionais, apoiados por 126 viaturas.

As recomendações da DGS relativas à exposição ao fumo de incêndios

A Direção-Geral da Saúde (DGS) alerta que a inalação de fumos ou de substâncias irritantes químicas, e o calor podem provocar danos nas vias respiratórias, nomeadamente queimaduras e irritação/toxicidade pelos componentes químicos do fumo.

Nesse sentido, a DGS alerta para se evitar "exposição ao fumo, mantendo-se dentro de casa, com janelas e portas fechadas, em ambiente fresco", e "ligar o ar condicionado, se possível, no modo de recirculação de ar"; "utilização de fontes de combustão dentro de casa (aparelhos a gás ou lenha, tabaco, velas, incenso, entre outros); e "atividades no exterior".

A DGS recomenda a utilização de máscara/respirador (N95) sempre que a exposição for inevitável e a manutenção da "medicação habitual (se tiver doenças associadas, como asma e doença pulmonar obstrutiva crónica - DPOC) e seguir as indicações do médico perante o eventual agravamento das queixas", pedindo ainda aos cidadãos para se manterem informados, hidratados e frescos.

Em situação de inalação de fumos, a DGS recomenda que se retire "a pessoa do local e evitar que respire o fumo ou esteja exposta ao calor".

Mais de 1100 operacionais combatem fogos de Arouca, Ponte da Barca e Penamacor

Bom dia!

Acompanhe aqui todas as incidências relacionadas com os incêndios que assolam Portugal.

Pelas 08:00, um total de 1100 operacionais combatiam os três fogos que mais preocupam as autoridades, em Arouca (565, apoiados por 177 viaturas), Ponte da Barca (390, com 128 viaturas) e Mangualde (164, com 46 viaturas).

Quase todos os concelhos das regiões norte, centro e do Algarve estão esta terça-feira, 29 de julho, em perigo máximo ou muito elevado de incêndio rural, segundo dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

No litoral norte, apenas os concelhos de Esposende (Braga), Póvoa de Varzim (Porto) e os de Murtosa, Aveiro e Ílhavo (todos no distrito e Aveiro) estão em perigo moderado de incêndio rural.

No Algarve, os concelhos de Olhão, Faro, Albufeira e Lagoa são os únicos em perigo moderado. Nos restantes, a previsão do IPMA é de perigo elevado a máximo.

De acordo com os cálculos do IPMA, o perigo de incêndio rural vai manter-se elevado nos próximos dias nestas mesmas regiões do interior norte e centro e no Algarve.

Este perigo, determinado pelo IPMA, tem cinco níveis, que vão de reduzido a máximo. Os cálculos são obtidos a partir da temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.

Para hoje, o IPMA prevê tempo quente com céu geralmente limpo, vento por vezes forte na faixa costeira a norte do Cabo Raso e nas terras altas.

Com exceção do Algarve, Portugal continental está sob aviso amarelo. Nos arquipélagos, também está sob aviso amarelo a maioria do território da ilha da Madeira.

Setúbal deverá ser a cidade mais quente do continente, com uma previsão de 40 graus de temperatura máxima, seguida de Lisboa e Santarém com 39 graus.

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