Governo prolonga situação de alerta até domingo. Sexta-feira deverá trazer aumento da velocidade do vento
PEDRO SARMENTO COSTA/LUSA

Governo prolonga situação de alerta até domingo. Sexta-feira deverá trazer aumento da velocidade do vento

Siga aqui a evolução dos fogos que continuam a lavrar em Portugal. País está em situação de alerta até esta sexta-feira, 15 de agosto, devido à persistência do tempo quente e ao risco de incêndio.
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Três frentes ativas no fogo que lavra em Portalegre e Castelo de Vide

O incêndio que lavra hoje nos concelhos de Portalegre e de Castelo de Vide tem “três frentes ativas”, com os esforços dos operacionais a centrarem-se na defesa de habitações, pessoas e animais, revelou fonte da Proteção Civil.

Contactado pela agência Lusa, o comandante Paulo Santos, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), explicou que, por volta das 21:30, o incêndio tinha “três frentes ativas”.

“Uma delas está a progredir junto à variante de Castelo de Vide, uma outra vai na direção de Póvoa e Meadas e aconteceu também uma forte reativação na retaguarda do incêndio”, ou seja, na área em que o foco eclodiu, na Tapada do Loureiro, no concelho de Portalegre, precisou.

Este último fator, continuou o comandante, “fez com que todo o perímetro [do sinistro] ficasse ativo e o trabalho dos bombeiros tem sido defender as habitações naquilo que é possível”.

A fonte da ANEPC explicou que, no âmbito do perímetro desta ocorrência, “há sempre terreno com animais e é sempre preciso acudir a algumas situações mais complicadas com animais e salvaguardar outras”.

Questionado pela Lusa sobre se há casas ou pessoas em risco, o comandante Paulo Santos esclareceu que, “nos sinistros deste tipo, há sempre infraestruturas no caminho do incêndio”.

“E o trabalho dos bombeiros tem sido, precisamente a defesa das habitações e desses lugares. As habitações têm sido salvaguardadas”, afiançou.

Instado também acerca de feridos nas operações de combate, a fonte referiu que, às 17:20, “um sapador florestal foi transportado ao hospital de Portalegre, como ferido ligeiro”, mas não soube especificar, por enquanto, do que se tratou.

O alerta para o incêndio foi dado às autoridades às 14:01, tendo eclodido numa zona de mato na Tapada do Loureiro, freguesia de Ribeira de Nisa e Carreiras, no concelho de Portalegre, segundo o Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Alto Alentejo.

Às 19:00, em declarações à Lusa, o presidente da Câmara de Castelo de Vide, António Pita, indicou que o foco de incêndio tinha chegado “perto do perímetro urbano” daquela vila, mas naquele momento não existiam “casas em perigo”.

“O fogo veio de Portalegre, apanhou a serra de São Paulo e a Estrada Nacional 521 (EN521) e dirigiu-se ao espaço médio urbano da vila”, relatou.

O fogo “não chegou a entrar em Castelo de Vide”, mas “ficou aqui na serra, numa zona muito sensível do Parque Natural da Serra de São Mamede e junto ao espaço urbano”, destacou.

Os bombeiros, afiançou o presidente da câmara, “têm os meios posicionados” e o fogo “não entrou na vila, foi controlado”, notou também António Pita, explicando que houve uma situação mais complicada com chamas junto a um posto de abastecimento de combustíveis, mas foi resolvida.

Fonte do Comando Territorial de Portalegre da GNR indicou à Lusa que, devido ao fogo, estão cortadas a Estrada Nacional 246 (EN246), entre Castelo de Vide e Carreiras (no concelho de Portalegre), a EN 246-1, entre Alpalhão (Nisa) e Castelo de Vide, a Estrada Municipal 523 (EM523), entre Carreiras e Castelo de Vide, e a EM525, entre Castelo de Vide e Póvoa e Meadas.

No local, às 22:00, de acordo com a página de Internet da ANEPC, consultada pela Lusa, encontravam-se a combater este fogo 260 operacionais, apoiados por 82 viaturas.

Presidente de Sernancelhe diz que chamas chegam de dois incêndios

O presidente da Câmara Municipal de Sernancelhe disse hoje à Lusa que o concelho está “a ser atacado” por dois incêndios distintos, tendo decretado emergência municipal e adaptado um pavilhão para apoiar população.

“Apesar dos quatro dias de esforços que fizemos, não foi possível segurar os incêndios e eles entraram e colocaram em risco muitas freguesias e populações e dividiu o concelho em duas partes, o que dificultou o combate”, disse Carlos Santos, pelas 20:00.

Assim, pelo lado de Sátão, também no distrito de Viseu, “o incêndio entrou em Sernancelhe e, neste momento, já chegou a Moimenta da Beira”, concelho vizinho, também do distrito, esclareceu.

“E o outro, que veio de Trancoso [distrito da Guarda] passou por Sernancelhe, onde continua a lavrar e andou até ao concelho de Penedono”, no distrito de Viseu, adiantou o autarca.

Carlos Santos admitiu que pediu ao comando nacional um “reforço de meios, quer terrestres, quer aéreos, mesmo compreendendo que não é só Sernancelhe que está a arder, mas que fosse articulado para minimizar os enormes prejuízos”.

“Já são de grande monta, de milhões de euros. Para além da agricultura e da indústria, há também habitação, embora não tenha indicação que sejam de primeira, as que arderam serão de segunda habitação. Falta-me confirmar”, reconheceu.

Três bombeiros ficaram hoje feridos, no concelho de Sernancelhe, mas foram assistidos e “tudo tem corrido bem”.

Esta tarde, pelas 16:00, foi ativado o plano municipal de emergência e proteção civil, acrescentou o autarca, que criou no Expo Salão, no centro da vila, “um espaço de acolhimento para emergências”.

“Temos aqui médicos, enfermeiros, psicólogos e temos o centro de saúde aberto. Estamos ainda a distribuir refeições às pessoas que queiram, como sopas e águas, e onde já estiveram pessoas refugiadas e que já regressaram a casa”, contou.

O concelho, neste momento, “está com muitas dificuldades nas comunicações, nomeadamente numa das redes móveis, tudo o resto que vai acontecendo pontualmente, tem sido resolvido de imediato”.

Carlos Santos destacou o comportamento “incansável da população na ajuda e em toda a colaboração possível, quer na alimentação, quer na distribuição de águas, como na recolha de alimentos para distribuir”.

O alerta para este incêndio foi dado pela 01:03 de quarta-feira, em Vila Boa, Ferreira de Aves, no concelho de Sátão, distrito de Viseu, e, no mesmo dia, chegou aos municípios de Sernancelhe, também no distrito de Viseu, e ao de Aguiar da Beira, distrito da Guarda.

Pelas, 21:15, combatiam este incêndio 647 operacionais apoiados por 210 veículos, segundo a página oficial da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

Exército já mobilizou mais de 3200 militares para combater fogos

O Exército português já mobilizou mais de 3.200 militares para o combate aos incêndios no país, mantendo 35 patrulhas diárias em ações de vigilância e deteção de fogos, anunciou hoje este ramo das Forças Armadas.

“Desde o início da época de fogos, o Exército mobilizou 3.269 militares, 1.413 viaturas, tendo percorrido 254.150 quilómetros, num total de 8.605 horas de missão, em 16 distritos”, pode ler-se num comunicado.

Estes meios de combate aos incêndios vão ser reforçados com três pelotões de rescaldo e vigilância, aumentando o dispositivo diário, em 60 militares, destacou o Exército.

Diariamente, este ramo das Forças Armadas tem 35 patrulhas permanentes e cerca de 300 militares no terreno, detalhou.

O Exército tem no terreno 10 patrulhas de vigilância e deteção (PVD), no âmbito do protocolo com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), 16 patrulhas no âmbito do Plano Revelles em apoio à GNR e nove patrulhas na sequência de protocolos com municípios.

Além dos três novos pelotões, o Exército dispõe de outros três pelotões de rescaldo e vigilância pós incêndio (PelRVPI), dois destes em Siralelhos, no concelho de Vila Real, fogo que lavrou durante duas semanas na Serra do Alvão e que está novamente em resolução desde quarta-feira, e um pelotão em Chavães, concelho de Tabuaço (Viseu), no fogo que entrou hoje em resolução.

O Exército tem ainda dois destacamentos de Engenharia, com máquinas de rasto, no fogo que começou no sábado em Freches, concelho de Trancoso (Guarda), que está ativo e mantinha no terreno, pelas 21:00 de hoje, quase 500 operacionais, apoiados por 151 viaturas.

Em 18 de julho, o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA) anunciou que cerca de seis mil militares vão estar este ano envolvidos em operações de vigilância, dissuasão de incêndios rurais e sensibilização das populações.

Duas frentes em vertentes da Serra da Lousã com evolução “complicada”

O incêndio na serra da Lousã, distrito de Coimbra, evoluía hoje à tarde “com duas frentes” e obrigou à retirada preventiva de 53 pessoas de várias aldeias, numa situação descrita como “complicada” pelo presidente do município.

“Temos duas frentes, uma mais no sentido ascendente e outra mais descendente”, disse Luís Antunes, presidente da Câmara Municipal da Lousã, acrescentando que as chamas lavram numa vertente junto à aldeia de Cerdeira e “depois numa vertente virada mais a sul”.

Embora as duas vertentes possam ter uma orientação para o vizinho concelho de Castanheira de Pera, no distrito de Leiria, o presidente da autarquia da Lousã disse que até agora isso não aconteceu, pois o incêndio, “felizmente, atendendo ao comportamento do vento”, estava “numa situação mais contida.

“Fizemos evacuações preventivas na aldeia do Candal, Cerdeira, Silveira, e agora em aldeias na vertente mais a sul”, explicou Luís Antunes, antes da comunicação por telemóvel voltar a cair.

Segundo informação da Câmara Municipal da Lousã divulgada na rede social Facebook, “preventivamente e em articulação com as autoridades, foram evacuadas as aldeias do Talasnal, Casal Novo, Chiqueiro, Catarredor e Vaqueirinho”.

“A EN236 e a Estrada de Cacilhas / Hortas (acesso às aldeias) encontram-se encerradas à circulação automóvel”, lê-se ainda na nota.

De acordo com a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), o incêndio em curso em povoamento florestal em Candal, na União de Freguesias de Lousã e Vilarinho, pelas 19:30, mobilizava 305 operacionais, 86 meios terrestres e cinco meios aéreos.

Fonte do comando sub-regional de Emergência e Proteção Civil da região de Coimbra disse que o incêndio na serra da Lousã “está ativo, com meios a combate”, adiantando que as chamas estão a evoluir em direção à zona mais alta da serra, no Trevim, que fica a 1.205 metros de altitude.

Já o presidente da Câmara Municipal da Lousã referiu que o incêndio teve origem na vertente oeste da encosta, acima da povoação do Candal, tendo o alerta sido dado às 13:46.

“Chegou a estar quase circunscrito, mas descontrolou-se”, estando em progressão em direção ao ponto mais alto da serra, que fica na fronteira entre os distritos de Coimbra e de Leiria, acrescentou.

Ainda segundo o autarca, devido ao incêndio e à necessidade de facilitar a deslocação dos meios de socorro, a Estrada Nacional (EN) 236, que liga a Lousã a Castanheira de Pêra (Leiria), tem circulação condicionada.

“Temos a necessidade de salvaguardar pessoas e bens e evitar situações desnecessárias e facilitar a deslocação dos meios de combate”, indicou.

Também de modo preventivo, foi inviabilizado o acesso ao Castelo da Lousã e à zona do santuário da Senhora da Piedade, que fica no sentido oposto àquele que o fogo estava a fazer a meio da tarde de hoje, “atendendo à proximidade e à possível progressão que o incêndio poderia ter”.

Autarca de Oliveira do Hospital alude a "caos" e falta de meios

Uma das frentes do incêndio de Arganil que avançou, na quarta-feira, para Oliveira do Hospital, está a levar ao desespero o presidente do município, que disse que “está o caos” instalado, faltando bombeiros nas aldeias e meios aéreos.

Numa declaração emotiva e bastante irritada à agência Lusa, pelas 18:30 de hoje, Francisco Rolo disse que “está o caos” instalado na freguesia de Alvoco das Várzeas e que o incêndio “está na iminência de atravessar o rio Alvoco”, o que, a suceder, faz entrar as chamas na zona urbana da sede de freguesia.

“[O incêndio] pode sair da zona de montanha e entrar noutra fase do concelho, está a repetir-se 2017. E não há um avião, não há meio aéreo, não há nada, estamos aqui no meio do caos, com casas em perigo, com animais em perigo, com pessoas em pânico, com crianças fechadas dentro de casa e ninguém faz nada”, avisou o autarca.

Francisco Rolo disse que, há cerca de duas horas, havia meios junto às localidades de Quinta das Tapadas e Parente, na margem esquerda do rio Alvoco, e que a situação estaria estabilizada, e “de repente, desapareceram os meios”.

“Estamos fartos de pedir meios aéreos e não vêm, está aqui o caos”, reafirmou.

“O fogo está à beira do rio Alvoco e, se atravessa para o outro lado, atravessa para o núcleo urbano”, insistiu o presidente do município, acrescentando que “não aqui meios. Depois de dias de planeamento e trabalho, isto é inaceitável. Andamos aqui a apagar com os pés e com ramos. Estou farto de pedir ajuda, estamos aqui sozinhos, não há um carro de fogo na aldeia do Parente, na Quinta das Tapadas não há ninguém, estão as chamas a lavrar livremente”.

O incêndio, que eclodiu pelas 05:00 de quarta-feira na freguesia do Piódão, em Arganil, possui várias frentes ativas, estando a lavrar naquele município do interior do distrito de Coimbra e nos concelhos vizinhos de Oliveira do Hospital e Pampilhosa da Serra.

Pelas 18:50, segundo de acordo com a página de internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, o incêndio de Arganil estava a ser combatido por 817 operacionais, apoiados por 276 viaturas e três meios aéreos.

Governo prolonga situação de alerta até domingo

O Governo prorrogou a situação de alerta até domingo, anunciou esta quinta-feira a ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, numa conferência de imprensa realizada na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEP), em Carnaxide.

Mantêm-se assim todas as proibições fixadas na declaração inicial, de 3 de agosto.

A governante expressou "profunda solidariedade para com todas as pessoas afetadas por este flagelo" e "profunda gratidão por todos os que na primeira linha de combate impedem que estes incêndios tenham danos irreversíveis na vida das pessoas", apelando a todos para aderir ao "esforço conjunto" e à "luta nacional" que é o combate aos incêndios.

Maria Lúcia Amaral explicou que não se sentiu necessidade de transformar a situação de alerta em situação de contingência, uma mera questão "jurídica", e garantiu que não vai violar o juramento de lealdade que fez durante a tomada de posse com um pedido de demissão.

A ministra diz que os "Canadair já estão disponíveis e operacionais", "no ar", aos quais se juntam os que foram cedidos por Marrocos pelo menos até ao final de sexta-feira.

"Continuamos a garantir o dispositivo que for necessário para salvar vidas e bens. Por tudo o que está a acontecer, os meios são sempre limitados. Temos neste momento no terreno o maior dispositivo", prosseguiu, explicando que só pedirá ajuda internacional se houver um parecer técnico nesse sentido.

Maria Lúcia Amaral frisou ainda que se prevê que as condições meteorológicas sejam particularmente "adversas" nesta sexta-feira.

Renfe suspendeu comboios de alta velocidade entre Madrid e Galiza

A Renfe suspendeu hoje o tráfego na linha de alta velocidade Madrid-Galiza devido à evolução negativa dos incêndios em Espanha próximos à infraestrutura ferroviária.

A empresa, única operadora dessa linha, anunciou nas suas redes sociais que “todos os serviços” entre Madrid, Zamora e Ourense estão hoje suspensos, de acordo com a agência Efe.

O incêndio entre os municípios de A Mezquita e A Gudiña, em Ourense, já obrigou, na quarta-feira, a interromper o serviço entre Madrid e Galiza a partir das 15:15, sem possibilidade de retomá-lo durante a tarde.

Hoje, o incêndio florestal passou de A Mezquita (Ourense) para a localidade de Castromil e obrigou a interromper a circulação a partir das 11:45.

Perante esta situação, a Renfe pôs em marcha um plano de transporte alternativo com autocarros para os passageiros dos cinco comboios afetados pela suspensão do serviço entre Madrid e a Galiza, concretamente no troço entre Puebla de Sanabria (Zamora) e Ourense.

A Renfe também indicou que os últimos comboios previstos para circular nesta quinta-feira em direção a Zamora foram o comboio especial que partiu de Madrid às 10:45 e um comboio Alvia que partiu da capital às 15:00.

Além disso, os últimos comboios com destino à capital foram um de alta velocidade de Sanabria às 15:00 e um Alvia Zamora-Madrid, que partiu às 17:00.

Perante esta situação, a Renfe permite o cancelamento e a troca de bilhetes sem custos, enquanto continua “a trabalhar para garantir a chegada ao destino dos passageiros que se encontram em trânsito”.

Mais de 240 bombeiros combatem chamas na serra da Lousã

Um incêndio em povoamento florestal na serra da Lousã, distrito de Coimbra, acima da localidade de Candal, está a ser combatido por mais de 240 bombeiros, disseram fontes autárquica e da Proteção Civil.

Fonte do comando sub-regional de Emergência e Proteção Civil da Região de Coimbra disse apenas que o incêndio na serra da Lousã “está ativo, com meios a combate”, adiantando que as chamas estão a evoluir em direção à zona mais alta da serra, no Trevim, que fica a 1.205 metros de altitude.

Já Luís Antunes, presidente da Câmara Municipal da Lousã, explicou que o incêndio - que teve origem na vertente oeste da encosta, acima da povoação do Candal, e cujo alerta foi dado pelas 13:46 de hoje - “chegou a estar quase circunscrito, mas descontrolou-se”, estando em progressão em direção ao ponto mais alto da serra, que fica na fronteira entre os distritos de Coimbra e de Leiria.

Segundo o autarca, devido ao incêndio e à necessidade de facilitar a deslocação dos meios de socorro, a Estrada Nacional (EN) 236, que liga a Lousã a Castanheira de Pêra (Leiria), tem circulação condicionada.

“Temos a necessidade de salvaguardar pessoas e bens e evitar situações desnecessárias e facilitar a deslocação dos meios de combate”, indicou Luís Antunes.

Também de modo preventivo, foi inviabilizado o acesso ao Castelo da Lousã e à zona do santuário da Senhora da Piedade, que fica no sentido oposto àquele que o fogo estava a fazer a meio da tarde de hoje, “atendendo à proximidade e à possível progressão que o incêndio poderia ter”, dirigindo-se, ao invés, em direção à sede do município.

De acordo com a página de internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, pelas 17:00 o incêndio da serra da Lousã estava a ser combatido por 241 operacionais, apoiados por 60 viaturas e cinco meios aéreos.

"É particularmente grave". Sexta-feira deverá trazer aumento da velocidade do vento, alerta especialista

Depois de, na quarta-feira, o Presidente da República ter considerado o dia de amanhã como "particularmente preocupante", o especialista no estudo de incêndios florestais Domingos Xavier Viegas confirma os receios do chefe de Estado.

Segundo disse o investigador ao DN, "alguma informação do IPMA" indica que o dia de sexta-feira tem alguns parâmetros que podem piorar a situação, "sobretudo de aumento da temperatura e eventualmente da velocidade do vento". Isto, "como se sabe", é "particularmente grave", uma vez que ajuda "as condições de propagação" das chamas.

E ainda que, até agora, não tenha havido vento forte, o especialista regista alguma "variabilidade muito grande do comportamento do fogo". "Às vezes, os populares ou os próprios jornalistas atribuem mudanças do vento, mas essas mudanças são devidas ao próprio incêndio, que cria vento e modifica o seu comportamento, levando-o para direções diferentes, de acordo com a orografia ou com o que acontece na envolvente do fogo", remata Domingos Xavier Viegas.

Ministra da Administração Interna faz ponto de situação às 18h45

Maria Lúcia Amaral, ministra da Administração Interna, fará pela 18h45 um ponto de situação sobre os incêndios no país.

De acordo com a nota de agenda divulgada ao início da tarde, a declaração será feita na sede nacional da Autoridade de Emergência e Proteção Civil (ANEPC). Depois da intervenção da governante, deverá realizar-se o briefing com a ANEPC.

Quase dois mil operacionais mobilizados às 14h30 para os quatro maiores incêndios

Quase dois mil operacionais combatiam às 14:30 os quatro maiores incêndios que lavram esta quinta-feira, 14 de agosto, em Portugal continental, em Arganil, Sátão, Trancoso e Cinfães, apoiados por de 641 viaturas e 18 meios aéreos, segundo a Proteção Civil.

De acordo com os dados disponíveis no site da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), quase 900 operacionais combatiam o fogo que deflagrou na quarta-feira na freguesia de Piódão, no concelho de Arganil, distrito de Coimbra, e se estendeu depois aos municípios de Oliveira do Hospital e Pampilhosa da Serra (Coimbra), e de Seia, já no distrito da Guarda.

Para o incêndio que começou em Sátão, distrito de Viseu, na madrugada de quarta-feira estavam mobilizados 488 operacionais, enquanto no fogo que começou no sábado em Trancoso, distrito da Guarda, estavam empenhados 458 e a combater as chamas no incêndio de Cinfães, distrito de Viseu, estavam 164.

Lusa

Mais de 110 bombeiros feridos nas últimas três semanas, diz Liga

Cerca de 213 bombeiros ficaram feridos este ano em serviço, 112 dos quais nos incêndios rurais das últimas três semanas, segundo um balanço feito hoje pela Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP).

A LBP avança que até 13 de agosto 231 bombeiros ficaram feridos em serviço. Neste período, a Liga registou a morte de um bombeiro dos voluntários de Odemira que foi vítima de um acidente com um autotanque em janeiro quando regressava de um incêndio.

O presidente da LBP, António Nunes, disse à Lusa que cerca de metade dos bombeiros, 112, ficaram feridos desde 27 de julho, quando começou a registar-se maior número de fogos.

De acordo com António Nunes, a maioria dos bombeiros feridos das últimas três semanas está diretamente relacionado com o combate às chamas, existindo ainda casos de ferimentos devido a acidentes com carros de bombeiros.

Entre os ferimentos, quase todos ligeiros, estão escaldões, entorses, inalação de fumo e situações de exaustão.

“O balanço dos casos, acompanhados pelo Fundo de Proteção Social do Bombeiro (FPSB), suscita a natural preocupação por parte da Liga dos Bombeiros Portugueses”, refere ainda a LBP.

Lusa

Incêndio de Arganil é "muito complexo", admite Proteção Civil 

Num ponto de situação ao início desta tarde de quinta-feira, em Oliveira do Hospital, o sub-comandante da Proteção Civil Elísio Oliveira caracterizou o incêndio de Arganil como sendo "muito complexo", estando a afetar "quatro municípios". A "instabilidade atmosférica" que gera "ventos erráticos" faz com que as chamas progridam em "diferentes direções", afirmou.

"Por vezes temos os meios aéreos disponíveis, mas não temos condições para eles poderem operar, quer seja pela temperatura criada nas diferentes bacias onde se encontra o incêndio, quer pelo próprio fumo", afirmou o responsável da Proteção Civil, que agradeceu a ajuda da população no combate a este "incêndio de montanha".

"O incêndio continua ativo. Desenvolve-se em diferentes bacias, em direção à Pampilhosa, em direção a Arganil, em direção a Oliveira do Hospital. São situações difíceis em que os mais de 800 operacionais que estão no terreno, maioritariamente bombeiros, equipas de sapadores florestais, militares da GNR, têm feito aqui um trabalho notável para controlar este incêndio", destacou Elísio Oliveira.

O sub-comandante afirmou que as condições meteorológicas "são muito adversas" e têm dificultado o combate às chamas.

Não há ainda uma previsão de conclusão deste incêndio, que já afetou mais de cinco mil hectares, acrescentou.

Elisío Oliveira referiu ainda que o incêndio tem uma "extensão muito grande".

PJ anuncia detenção de suspeito de ter ateado dois fogos em Vila Real. Estiveram em perigo várias habitações

A Polícia Judiciária (PJ) deteve um homem de 60 anos pela suspeita de ter ateado "dois incêndios em área florestal, localizada no concelho de Vila Real", na quarta-feira, 13 de agosto.

De acordo com a polícia de investigação criminal, "os incêndios ocorreram cerca das 18h30 e 19h00, consumindo área de mancha florestal, constituída, maioritariamente, por mato".

"Estiveram em perigo uma vasta mancha florestal, assim como diversas habitações, de valor consideravelmente elevado, que apenas não foram consumidos devido à rápida deteção e subsequente intervenção dos meios de combate, nomeadamente de populares e dos bombeiros", refere a nota da PJ, divulgada esta quinta-feira (14).

Fogo de Arganil entrou na Pampilhosa da Serra em duas frentes

O incêndio florestal que lavra em Arganil estendeu-se, na manhã de hoje, ao concelho vizinho da Pampilhosa da Serra, no sul do distrito de Coimbra, com duas frentes ativas, disse o presidente deste último município.

Em declarações à agência Lusa pelas 12:00, Jorge Custódio explicou que uma das situações mais preocupantes ocorre na zona nordeste do concelho, tendo as chamas evoluído de Malhada Chã (Arganil) em direção à aldeia de Covanca (Pampilhosa da Serra), mas ainda sem colocar diretamente esta povoação em perigo.

“Há aqui uma frente de fogo, que está mais ativa, que é a que vem da Malhada Chã para a Covanca, a Covanca está a ver o fogo de frente. E depois temos outra frente que está a descer do parque eólico, em direção ao Porto da Balsa, Camba e Castanheira da Serra”, disse o autarca.

Jorge Custódio notou que as frentes provenientes do município de Arganil têm uma extensão muito grande e que as quatro citadas aldeias da Pampilhosa da Serra, embora não estando diretamente em perigo, estão na linha do fogo “e a oferecer alguma preocupação”.

Ilustrou, ainda em relação a Covanca, que se trata de uma povoação com 60 a 70 moradores durante o ano, mas cuja população, no verão, atinge as cerca de 400 pessoas, cerca de seis vezes mais.

Embora nesta fase não estejam a ser retiradas pessoas das quatro aldeias referidas, “porque não há essa necessidade”, Jorge Custódio lembrou que, no verão, são povoações que estão “apinhadas de gente”, nomeadamente antigos residentes deslocados no país e estrangeiro e pessoas com casas de férias.

“Temos aqui públicos diferentes. Os residentes que estão mais habituados a estas lides [dos incêndios] e outros públicos, mais veraneantes, mais da cidade, que não estão tão habituados e estão a sofrer com alguma ansiedade”, constatou.

Ainda segundo o autarca, a única localidade totalmente evacuada, localizada mais a sul, foi a aldeia de Ceiroco: “não porque estivesse a oferecer perigo, até porque está ainda mais distante do fogo, mas porque tem um único acesso rodoviário. O comando [do incêndio] e bem, teve a intenção de prevenir, porque a velocidade do vento pode mudar rapidamente”, referiu Jorge Custódio.

Lusa

Três bombeiros feridos no incêndio em Sátão 

Três bombeiros ficaram feridos com queimaduras no incêndio em Sátão, no distrito de Viseu, segundo avança a RTP.

O comandante dos bombeiros de Sernancelhe chamou a ambulância, que já se encontra no local, para socorrer os operacionais, indica ainda a estação pública.

Homem de 88 anos detido pela suspeita da prática de dois crimes de incêndio em Oliveira de Azeméis

A Diretoria do Norte da PJ, em colaboração com o posto territorial da GNR de Cesar e Núcleo de Proteção Ambiental de Oliveira de Azeméis, deteve na quarta-feira (13 de agosto) um homem de 88 anos, "indiciado pela autoria de dois crimes de incêndio florestal, ocorridos respetivamente nos passados dias 5 e 12 de junho, na localidade de Ossela, Oliveira de Azeméis".

"O suspeito terá provocado o incêndio com recurso a chama direta e papéis para potenciar o desenvolvimento das chamas, criando perigo para a mancha florestal, bem como para vários edificados, essencialmente residências instaladas na orla desta", refere a PJ em comunicado divulgado esta quinta-feira (14).

O detido, "sem antecedentes pela prática desta tipologia criminal", é residente na região e vai ser presente a autoridade judiciária para aplicação das medidas de coação, informa ainda a força policial.

Concelho de Trancoso sem frentes ativas, mas com pontos quentes sob vigilância

O incêndio rural que começou no sábado em Freches, no concelho de Trancoso, não tem qualquer frente ativa no concelho, existindo apenas “pontos quentes com possibilidade de reativação”, disse o presidente da Câmara.

“Segundo o comando operacional, pelas 10:00, 80% do fogo estava dado como extinto e havia 20% de área em fase de resolução e consolidação, com pontos quentes que motivavam alguma cautela e preocupação por haver possibilidade de reativação”, adiantou Amílcar Salvador à agência Lusa, referindo-se ao território do município a que preside, no distrito da Guarda.

Segundo o autarca, “já não há frentes ativas” no concelho, apenas operacionais em operações de vigilância e rescaldo.

No terreno permanecem 466 operacionais, apoiados por 146 viaturas e quatro meios aéreos, sendo que a principal preocupação reside agora no concelho vizinho de Aguiar da Beira, também no distrito da Guarda, até onde as chamas se estenderam.

Em Trancoso viveram-se “cinco dias muito difíceis” devido ao fogo, que atingiu 11 das 21 freguesias e tinha consumido cerca de 14.000 hectares até quarta-feira, segundo estimativas divulgadas pelo Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS).

Trancoso vai pedir ajuda formal ao Governo. Solicitada reunião com o secretário de Estado das Florestas

A autarquia já está no terreno a contactar criadores de gado, pastores e apicultores, bem como produtores florestais e empresários, para apurar os prejuízos deixados pelas chamas.

“A nossa prioridade, de momento, são os criadores de gado, que vão começar a receber farinhas, rações e feno para alimentar os seus animais. Aos apicultores afetados vamos distribuir um alimento específico para as abelhas que sobreviveram”, declarou Amílcar Salvador.

O presidente da Câmara de Trancoso realçou que será feito um pedido de ajuda formal ao Governo e que já foi solicitada uma reunião com o secretário de Estado das Florestas para o efeito.

“É inevitável que o Estado apoie os nossos agricultores, nomeadamente os produtores de castanha, que é um setor muito importante para o concelho em termos económicos”, lembrou.

O fogo também teve um impacto negativo na 752.ª edição da Feira de São Bartolomeu, que está a decorrer em Trancoso desde o dia 8 de agosto e foi suspensa no domingo e na segunda-feira, tendo sido retomada na terça-feira.

“Tivemos menos 30% de entradas do que seria normal, o que é compreensível face às circunstâncias que vivemos por estes dias. Não havia espírito para festa, mas a feira continua”, assegurou Amílcar Salvador.

A organização, a cargo do município e da Associação Empresarial do Nordeste da Beira (AENEBEIRA), está a ponderar organizar um concerto solidário “a favor dos agricultores e dos bombeiros” e prolongar o certame até à próxima segunda-feira.

“O rapper Dillaz, que devia ter atuado na segunda-feira [11 de agosto], manifestou disponibilidade para regressar a Trancoso no próximo dia 18. É uma possibilidade que está em cima da mesa, mas temos que auscultar os expositores”, revelou o autarca.

O EFFIS, que se baseia em imagens de satélite do programa europeu Copernicus, precisa que a área ardida do incêndio que começou em Trancoso e alastrou para os concelhos de Fornos de Algodres, Aguiar da Beira e Celorico da Beira totalizava na quarta-feira 13.741 hectares.

Lusa

PJ detém suspeito de atear incêndio em Vila Nova de Gaia. Fogo consumiu "uma área de cerca de 15 mil m2"

A Polícia Judiciária (PJ) deteve na quarta-feira, 13 de agosto, um homem de 29 anos, "fortemente indiciado" de ser o "autor de um crime de incêndio florestal, ocorrido no passado dia 31 de julho na localidade de Grijó, Vila Nova de Gaia".

Em comunicado divulgado esta quinta-feira (14), a PJ refere que "o suspeito terá provocado o incêndio com recurso a chama direta, sem que fosse possível determinar uma qualquer motivação clara para o ato".

"O incêndio veio a consumir uma área de cerca de 15 mil m2, apenas não atingindo maiores proporções dada a precoce deteção e o rápido e musculado combate desenvolvido pelos Bombeiros dos Carvalhos e do Batalhão de Sapadores Bombeiros de Vila Nova de Gaia", lê-se na nota.

A PJ realça que o "incêndio em causa, criou perigo para uma mancha florestal significativa, bem como para muito edificado, nomeadamente associado a comércio, indústria, serviços e habitação".

GNR deteve "em flagrante" homem por incêndio florestal em Vale de Cambra. Estava a queimar ninho de vespas

Um homem de 72 anos foi detido, "em flagrante", na quarta-feira, 13 de agosto, pela suspeita da prática de crime de incêndio florestal no concelho de Vale de Cambra.

"Na sequência de um alerta para a ocorrência de um foco de incêndio florestal, os militares da Guarda deslocaram-se de imediato ao local, onde verificaram que os Bombeiros Voluntários de Vale de Cambra se encontravam a proceder à extinção das chamas. No decurso das diligências policiais, foi possível identificar e intercetar o suspeito enquanto este procedia à queima de um ninho de vespas situado nas imediações, tendo sido imediatamente detido", refere esta força policial, em comunicado divulgado esta quinta-feira (14).

Anteriormente, a GNR já tinha informado que tinha detido, também na quarta-feira, dois homens suspeitos de atearem fogos no concelho de Vinhais.  

Já foram substituídos os dois aviões Canadair avariados

A empresa que opera em Portugal os Canadair de combate a incêndios florestais já substituiu os dois aviões pesados que estavam avariados com a chegada hoje da segunda aeronave, avançou à Lusa aquela entidade.

Fonte oficial da Avincis, empresa responsável por estas aeronaves pesadas a operar em Portugal no combate aos incêndios, indicou que o segundo avião Canadair de substituição aterra ao final da manhã de hoje em Castelo Branco.

“Desta forma, fica reposto o dispositivo de aviões pesados de combate a incêndios em Portugal”, sublinha a empresa. O primeiro Canadair de substituição chegou a Portugal na terça-feira.

França envia dois aviões Canadair para Espanha

A França vai enviar esta quinta-feira, 14 de agosto, para Espanha dois Canadair e um avião de coordenação de combate a incêndios em resposta a um pedido de ajuda espanhol à União Europeia (UE), anunciou o Governo francês.

O ministro do Interior francês, Bruno Retailleau, disse nas redes sociais que os aviões vão descolar da base da Segurança Civil de Nimes, no sul da França, para uma missão prevista para “durar dois dias”.

O ministro do Interior espanhol, Fernando Grande-Marlaska, solicitou na quarta-feira à noite a ajuda da UE e o envio de dois Canadair para ajudar a combater os incêndios que já causaram três mortos desde terça-feira.

As autoridades espanholas disseram hoje que o país enfrentava 11 incêndios de nível 2, numa escala de quatro.

O alerta de nível 2 significa um risco elevado de incêndio e implica o envio de pessoal adicional, nomeadamente militar, e de equipamento de combate a incêndios.

Numa entrevista hoje à televisão pública TVE, Grande-Marlaska confirmou que os aviões enviados pela França, com capacidade para 5.500 litros de água, vão chegar durante a manhã a Santiago de Compostela.

Os aparelhos vão ficar à disposição da Direção Geral de Proteção Civil e Emergências do Ministério Interior para serem enviados para “onde for mais urgente e necessário”, referiu.

O ministro apelou aos voluntários que combatem os incêndios florestais que afetam várias comunidades autónomas para que “obedeçam imediatamente” às instruções das autoridades.

Pediu também à população que “obedeça e cumpra imediatamente as instruções” das autoridades e da Guarda Civil e abandone as zonas afetadas quando houver uma situação de risco.

“Estamos em situações de risco máximo e quem melhor dá as instruções são as autoridades”, afirmou Fernando Grande-Marlaska, citado pela agência de notícias espanhola EFE.

Lusa

Fogos consumiram este ano cerca de 75.000 hectares

 Os incêndios florestais consumiram até esta quinta-feira, 14 de agosto, cerca de 75.000 hectares, mais de metade ardeu nas últimas três semanas, segundo dados provisórios do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

As estimativas divulgadas pelo Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS), que se baseia em imagens de satélite do programa Europeu Copernicus, dão também conta que Portugal é o terceiro país da União Europeia com mais área ardida este ano, depois de Espanha (148.205) e da Roménia (123.816).

A aérea ardida este ano é nove vezes mais do que em igual período do ano passado e a segunda maior desde 2017.

Lusa

GNR detém "em flagrante" dois homens suspeitos de atearem fogos no concelho de Vinhais 

Dois homens, de 42 e 61 anos, foram detidos, "em flagrante", na quarta-feira, 13 de agosto, pela GNR pela suspeita da prática do crime de incêndio florestal, na localidade de Quirás, no concelho de Vinhais.

"No decurso de um incêndio florestal, os militares da Guarda surpreenderam em flagrante os dois suspeitos a atear um fogo (chama direta), recorrendo a um isqueiro, numa zona onde se encontrava uma equipa da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPS), colocando assim em risco a integridade física dos militares presentes", refere a GNR em comunicado.

Os dois detidos vão ser esta quinta-feira, 14 de agosto, presentes a primeiro interrogatório no Tribunal Judicial de Bragança.

Terceira morte em Espanha no combate aos fogos

Um dos feridos no combate a um incêndio na região espanhola de Castela e Leão morreu esta quinta-feira, 14 de agosto, elevando para três o número de vítimas mortais dos fogos florestais no país, anunciaram as autoridades.

“Hoje, lamentamos a morte de mais uma pessoa que fazia parte do dispositivo de combate a incêndios na província de Leão”, escreveu o delegado provincial do Governo, Nicanor Sen, nas redes sociais.

O ministro do Interior, Fernando Grande-Marlaska, confirmou a morte na televisão pública nacional, apresentando as condolências “à família, aos colegas e a toda a sociedade”.

O homem, de 37 anos, estava internado num hospital de Valladolid devido a queimaduras em 85% do corpo que sofreu enquanto combatia um incêndio em Zamora, segundo a agência de notícias espanhola EFE.

A vítima acompanhava outro homem, de 35 anos, que morreu queimado na terça-feira e era o ferido mais grave de seis que resultaram do combate ao incêndio.

O governo regional disse nas últimas horas que três dos feridos internados no hospital de Valladolid permaneciam em estado crítico na Unidade de Queimados e dois na Unidade de Cuidados Intensivos, um deles em estado crítico e outro com prognóstico grave.

A primeira morte nos incêndios, anunciada na terça-feira de manhã, ocorreu num incêndio florestal em Tres Cantos, localidade 25 quilómetros a norte de Madrid.

O ministro do Interior, que solicitou a ajuda da União Europeia na quarta-feira à noite e o envio de dois Canadair, disse que havia hoje 11 incêndios de nível 2 (numa escala de quatro) que preocupam as autoridades.

Destacou o incêndio em Zamora, onde “uma área significativa foi queimada”, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).

O alerta de nível 2 significa um risco elevado de incêndio e implica o envio de pessoal adicional, nomeadamente o exército e equipamento de combate a incêndios.

A série de incêndios em Espanha coincide com a onda de calor que entrou hoje no 12.º dia, com todas as regiões em alerta, incluindo as do norte.

As temperaturas máximas previstas são de 40 graus Celsius e as temperaturas noturnas não descem abaixo dos 25 °C.

As temperaturas elevadas e os incêndios também têm afetado nas últimas semanas outros países europeus, incluindo Portugal, Grécia e França.

Lusa

Fogo de Arganil (Coimbra) tem uma situação “ainda muito desfavorável”

Os quatro incêndios que mais preocupações levantam às autoridades estão a mobilizar dois terços dos meios no terreno a nível nacional, com o de Arganil a ser o que tem mais operacionais e viaturas, segundo a Proteção Civil.

De acordo com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), o fogo de Arganil (Coimbra) tem uma situação “ainda muito desfavorável”, com várias frentes ativas, “pelo menos seis setores de trabalho” e ainda não existem muitas áreas consolidadas. Este fogo está “ainda muito longe de ser dominado”.

Este incêndio, pelas 09:40, mobilizava mais de 900 bombeiros, apoiados por 301 viaturas e cinco meios aéreos.

Além do fogo de Arganil, os outros três que levantam maiores preocupações são os de Sátão e Cinfães (Viseu) e o de Trancoso (Guarda), sendo que este último é o que tem uma situação “menos desfavorável”, segundo a proteção civil.

A ANEPC explicou que o incêndio de Trancoso tem já “grandes áreas em resolução”, “com trabalhos de rescaldo e consolidação e outros de vigilância”.

Este fogo estava pelas 09:40 a ser combatido por 460 operacionais, apoiados por 146 viaturas e dois meios aéreos.

Também numa situação ainda desfavorável está o incêndio no concelho de Sátão, em Viseu, que apesar de também ter algumas áreas já em rescaldo, tem setores que “ainda estão em trabalhos e outros onde o incêndio se desenvolve ainda com intensidade”.

No local, pelas 09:40, estavam 447 bombeiros, apoiados por 142 viaturas e quatro meios aéreos.

Já o incêndio de Cinfães, tem ainda duas frentes ativas “a arder com média intensidade” e com “algumas aldeias a serem afetadas”.

Segundo a proteção civil, trata-se de uma área com difíceis acessos aos meios terrestres.

No local estão 111 operacionais, apoiados por 29 viaturas e três meios aéreos.

Questionada sobre se havia aldeias em risco de serem evacuadas, a mesma fonte sublinhou que estes incêndios “são extremamente dinâmicos” e que a situação pode alterar-se a qualquer momento, acrescentando não tem informação detalhada e rigorosa no momento e remetendo para os postos de comando locais.

“Nas áreas onde existem aldeias envolventes a estes incêndios, há sempre a possibilidade [de evacuação] e, no posto de comando, é sempre avaliada a possibilidade de, preventivamente, fazerem evacuações ou deslocamento destas pessoas”, afirmou.

No total, estão no terreno a combater os incêndios em Portugal continental 2.940 operacionais, apoiados por 940 viaturas e 17 meios aéreos.

Lusa

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Reforçados meios de combate ao fogo em Cinfães

A intensidade do incêndio em Cinfães levaram a que fossem reforçados esta manhã os meios, onde estão mais de 100 bombeiros, 27 meios terrestres e três meios aéreos.

Fogo em Tabuaço dado como dominado

O fogo que deflagrou no domingo em Tabuaço, distrito de Viseu, entrou esta quinta-feira, 14 de agosto, em fase de resolução, indicou a Proteção Civil.

O fogo foi dado como dominado às 06:00, declarou à Lusa fonte do Comando Sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Douro, notando que se "mantêm trabalhos de consolidação e rescaldo em ambos os setores".

Quatro incêndios ativos combatidos por mais de 1800 operacionais

No terreno, encontravam-se por volta das 07:30 de hoje 234 operacionais, auxiliados por 78 meios terrestres, de acordo com a página da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

Os quatro principais incêndios a lavrar em Portugal continental estavam por volta dessa hora a ser combatidos por mais de 1.800 operacionais.

De acordo com o portal da ANEPC, no fogo de Arganil (Coimbra), estão empenhados 845 operacionais auxiliados por 287 meios terrestres e dois meios aéreos, no de Trancoso (Guarda) encontram-se 452 bombeiros e 148 veículos, no de Sátão (Viseu) são 419 operacionais e 137 viaturas e no de Cinfães (Viseu), 95 operacionais têm o apoio de 26 meios terrestres.

Estes são os maiores fogos incluídos pela Proteção Civil na lista de incêndios rurais em curso (ainda não dados como dominados/em resolução) de entre as denominadas “ocorrências significativas”, assim descritas pela duração ou pelo número de meios envolvidos.

Lusa

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Mais de 120 concelhos do interior Norte e Centro e Algarve em risco máximo

Mais de 120 concelhos do interior Norte e Centro do país e do Algarve estão esta quinta-feira, 14 de agosto, em risco máximo de incêndio, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

De acordo com o IPMA, estão sob risco máximo de incêndio todos os concelhos do distrito de Bragança e a maioria dos de Vila Real, Guarda, Viseu e Castelo Branco.

Também em risco máximo estão dezenas de outros municípios dos distritos Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Santarém, Portalegre, Beja e Faro.

Em risco muito elevado está grande parte da região do Alentejo e dezenas de outros municípios nos distritos de Faro, Lisboa, Leiria, Coimbra, Castelo Branco, Guarda, Viseu, Aveiro, Vila Real, Porto, Braga e Viana do Castelo.

O IPMA colocou em risco elevado cerca de 60 concelhos nos distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Leiria, Santarém, Lisboa, Setúbal, Portalegre e Faro.

Sob risco moderado estão cerca de 20 municípios, quase todos no litoral do país, nos distritos de Faro, Lisboa, Leiria, Coimbra, Aveiro e Porto.

O risco de incêndio determinado pelo IPMA tem cinco níveis, que vão de reduzido a máximo, sendo este último emitido quando as condições meteorológicas, como calor extremo e baixa humidade, aumentam significativamente o perigo de ignição e propagação de incêndios.

São esperados 40º C em Castelo Branco e Évora

O IPMA prevê para hoje uma pequena descida da temperatura na região Sul e uma pequena subida da temperatura máxima nas regiões Norte e Centro. Está igualmente previsto vento, por vezes moderado nas terras altas, em especial da região Sul.

As temperaturas mínimas vão variar entre os 15º (graus Celsius), em Viana do Castelo, e os 26º (Portalegre) e as máximas entre os 26º (Aveiro e Viana do Castelo) e os 40º (Castelo Branco e Évora).

Lusa

Aviso laranja devido ao calor estendido até domingo em Castelo Branco, Guarda e Bragança

Bom dia,

Siga aqui a evolução dos fogos que continuam a lavrar em Portugal que está em situação de alerta até esta sexta-feira, 15 de agosto, devido à persistência do tempo quente e ao risco de incêndio.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera estendeu até domingo o aviso laranja, o segundo mais grave, nos distritos de Castelo Branco, Guarda e Bragança por causa do calor.

Segundo o IPMA, o aviso laranja vai estar ativo nestes três distritos até às 00:00 de domingo, enquanto em Viseu e Vila Real vai vigorar até às 18:00 de sexta-feira, devido à “persistência de valores muito elevados da temperatura máxima”, baixando depois para amarelo, o menos grave de uma escala de três.

Além disso, o aviso laranja está igualmente ativo até às 18:00 de hoje nos distritos de Évora, Setúbal, Santarém, Beja e Portalegre, baixando depois para amarelo pelo menos até domingo.

Também sob aviso amarelo por causa do calor estão até às 18:00 de hoje os distritos do Porto, Viana do Castelo, Lisboa, Aveiro, Coimbra e Braga, enquanto em Coimbra e Leiria se prolonga até às 18:00 de sexta-feira e em Faro até às 18:00 de domingo.

Os avisos do IPMA – vermelho, laranja e amarelo – são emitidos quando existe uma situação meteorológica de risco, que pode ser avaliada como de risco elevado, moderado ou reduzido.

As temperaturas no interior do país vão manter-se bastante elevadas hoje e na sexta-feira, acompanhadas por vento do quadrante Sul, por vezes com muita intensidade, o que aumenta o risco de incêndio naquelas regiões.

Portugal está em situação de alerta devido ao risco de incêndio rural desde dia 2 de agosto e este ano já arderam em Portugal 63.247 hectares de espaços florestais, metade dos quais nas últimas três semanas, e deflagraram 5.963 incêndios, sendo a maioria nas regiões do Norte e Centro.

DN/Lusa

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