Eurico Brilhante Dias durante as jornadas parlamentares do PS, que decorrem em Penafiel.
Eurico Brilhante Dias durante as jornadas parlamentares do PS, que decorrem em Penafiel.JOSÉ COELHO/LUSA

“Área desprotegida”. PS sai à rua no Tâmega e Sousa e Carneiro defende contratos de coesão territorial

Dos 11 concelhos visitados, em 7 o PS foi o mais votado nas Autárquicas. Bancada parlamentar percorre municípios na aproximação à população e secretário-geral manda bicada a Pinto Luz e ao governo.
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Os deputados do Partido Socialista aproveitaram o dia de ausência de trabalhos no Parlamento para uma ação na região do Tâmega e Sousa, que engloba 11 municípios situados em quatro distritos diferentes (Aveiro, Viseu, Porto e Braga).

Em divisões em cinco grupos de trabalhos, dirigiram-se a empresas e entidades de formação, passando por Castelo de Paiva, Felgueiras, Cinfães, Marco de Canaveses, Penafiel, Lousada, Resende, Baião, Paços de Ferreira, Amarante e Celorico de Basto. A estratégia de aproximação dos tribunos às realidades diferenciadas do país segue o apelo à mobilização que o próprio secretário-geral fizera em agosto, percorrendo a Estrada Nacional 2, de modo a inteirar-se das principais dificuldades territoriais. O plano é criar uma unidade de missão para contratos de desenvolvimento na Região do Tâmega e Sousa e responde ao contrato celebrado pela CCDR-Norte e as Comunidades Intermunicipais (CIM) da Região e a Área Metropolitana do Porto (AMP) em 2024, deixando, segundo Carneiro, o Tâmega e Sousa como “área desprotegida.”

Na intervenção aos jornalistas, Carneiro prosseguiu o que o PS já desenvolve desde António Costa: em relação à coesão territorial pretende maior defesa dos investimentos próprios e o combate ao centralismo e do peso decisório da Administração Central. Em Viana do Castelo, há um mês, o presidente socialista Luís Nobre, celebrou com um contrato de coesão com 29 freguesias. “Os contratos territoriais servem para identificar os obstáculos e potenciar as oportunidades de desenvolvimento económico, social, cultural e institucional. Queremos seguir o mesmo modelo de governação a vários níveis e, ao mesmo tempo, envolvendo os atores públicos os parceiros privados, desde as empresas aos centros de formação tecnológica e centros de investigação”, descreveu José Luís Carneiro à chegada à Escola Superior de Tecnologia e Gestão do pólo de Felgueiras do Politécnico do Porto.

Acompanhado pelo líder da Federação do Porto, Nuno Araújo, que foi líder da campanha de Pedro Nuno Santos, Carneiro ouviu as queixas da falta de empregabilidade de quem sai com uma formação técnica, mas, posteriormente, mal remunerada. Dos 11 concelhos, o PS foi o mais votado em sete nas últimas Autárquicas e há a estratégia de que o reencontro com as bases, fora das cidades, tem se ser via contacto direto. Como o DN noticiou, um dos territórios onde Seguro pode perder ímpeto para as Presidenciais é mesmo nas áreas metropolitanas e zonas envolventes.

Depois de a habitação ter estado no centro da campanha autárquica, Miguel Pinto Luz, ministro das Infraestruturas, averiguará, nos concelhos da EN2 a realidade do país. Carneiro comentou com farpas ao governo: “Fiquei satisfeito ao ver o ministro das Infraestruturas a imitar aquilo que fez o secretário-geral do PS. Agora gostava de ver o Governo, que até pode dar outro nome, a imitar uma proposta política que procure adaptar as políticas públicas às necessidades dos territórios.”

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