José Luís Carneiro prefere estabilidade governativa
José Luís Carneiro prefere estabilidade governativaReinaldo Rodrigues

Bancada socialista sem sinais de divisão após indicação de Carneiro para abstenção no Orçamento de Estado

Pedro Nuno Santos suspendeu mandato, o que poderia ditar um voto contrário ao atual secretário-geral. No balanço feito das Autárquicas, Carneiro enviou uma indireta.
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José Luís Carneiro teve na terça-feira, dia 14 de outubro, um dia preenchido. A reunião com o grupo parlamentar, primeiro, teve como foco a sugestão da orientação de voto para o Orçamento de Estado de 2026 e, tal como o DN noticiara, a indicação é de abstenção. Essa mesma diretriz foi acolhida com naturalidade pela bancada socialista, sabe o DN. Não haverá, portanto, expetativa que algum deputado vote contrariamente no final de novembro à proposta de Governo, o que encaminha a passagem do documento.

Evitando a "instabilidade política", Carneiro disse, ao final da noite, que "houve uma manifestação geral de apoio" à proposta que fez de abstenção, que qualificou como "abstenção exigente" a um orçamento "que não é do PS" e ao qual deixou várias críticas.

A Comissão Política reuniu-se e para ela muitos autarcas e presidentes das federações foram chamados. Além do anúncio de António José Seguro como escolha do secretário-geral e presidente do PS para candidato presidencial, foram feitos balanços autárquicos. O "cenário de recuperação" que Carneiro traçou vincou que o PS se manteve como "a única alternativa política, sólida e robusta à AD", elegendo como pontos altos as vitórias de cinco capitais de distrito: Bragança, Viseu, Coimbra, Évora e Faro, que permite agora que o partido tenha metade das capitais de distrito.

O PS voltou a perder Lisboa e Porto e ficou sem as autarquias de Sintra e a de Vila Nova de Gaia, das câmaras mais populosas, embora tenha preferido valorizar as vitórias de câmaras nas Áreas Metropolitanas.

Naquilo que pareceu ser uma resposta a Pedro Nuno Santos, Carneiro afirmou que lhe "compete puxar pelas coisas boas que aconteceram nestas eleições." "É sempre possível termos leituras diferentes; aliás, alguém me dizia que há 30 maneiras de olhar para o resultado de umas eleições autárquicas", respondeu Carneiro aos jornalistas, considerando-se um "otimista" e recordando os 49 autarcas em fim de mandato para o teste autárquico de exigência.

Pedro Nuno Santos, recorde-se, tinha valorizado o esforço dos candidatos, por ele escolhidos ou encaminhados durante 2024 e 2025, mas deixou críticas à leitura otimista. "Não houve retração do Chega, não enfiemos a cabeça debaixo da areia. Pode acalmar-nos o espírito acreditarmos que o Chega teve um revés eleitoral e que foi o grande derrotado da noite, mas não é verdade", considerou nas suas redes sociais após as Autárquicas.

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