Marcelo Rebelode Sousa votou este domingo em Vila Real de Santo António
Há enorme concorrência pelo lugar de Marcelo Rebelo de Sousa.LUIS FORRA/LUSA

Presidenciais: 17 pré-candidatos e um espaço mais vazio à esquerda

Só António Filipe, Marques Mendes, Joana Amaral Dias e Manuel Cardoso têm apoio partidário explícito. Cotrim e Seguro, por IL e PS, serão os próximos. Rui Moreira e Catarina Martins em ponderação.
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As eleições presidenciais de 2025 poderão ser as mais participadas de sempre. Os candidatos ainda estão em fase de recolha de assinaturas e apoios financeiros, o que condiciona a leitura dos que serão efetivamente sufragados em janeiro, ainda assim o número impressiona. São 17 nomes apresentados e ainda existem muitas incógnitas a surgir.

Quatro com apoios declarados

Ao contrário do habitual da política nacional, o estatuto de independente tem vindo a ganhar força e a maioria dos partidos ainda não reconheceram apoios imediatos.

Entre os que estão devidamente ladeados pelo partido, destacam-se os nomes de António Filipe, Marques Mendes, Joana Amaral Dias e José Cardoso.

Aos 62 anos, António Filipe, ex-deputado comunista que foi eleito pela primeira vez para a Assembleia da República em 1989, é apoiado pela CDU e promete "cumprir a constituição".

Marques Mendes é o candidato escolhido pelo PSD para substituir Marcelo Rebelo de Sousa e manter os sociais-democratas com liderança em Belém.

Joana Amaral Dias, socióloga de 50 anos, é apoiada pelo ADN. Foi militante do Bloco e candidata da coligação AGIR (entre o PTP e o MAS) e pelo Nós, Cidadãos.

Manuel Cardoso, dissidente da Iniciativa Liberal, fundou o partido Liberal Social, diz já ter mais de metade das assinaturas para a candidatura.

Posição política sem apoios partidários

O ex-secretário-geral do Partido Socialista, António José Seguro, assumiu-se candidato e continua sem ter o apoio declarado do PS, o que se prevê que venha a acontecer. Moderado, com apoios de direita, do PSD e CDS-PP, Seguro não agradou à esquerda do Parlamento e não reuniu consenso para uma candidatura partidária plural.

Gouveia e Melo, almirante mediático pelas responsabilidades na resposta à covid-19, avança e discute o eleitorado de Marques Mendes.

Manuela Magno volta a apresentar-se a votos para Presidenciais, é membro do Volt, mas candidata e partido decidiram ser melhor manterem a equidistância política para as eleições.

João Cotrim de Figueiredo levantou a hipótese na Convenção Liberal e assumiu na SIC a candidatura a presidente que diz querer ser "mais ampla". O partido liderado por Mariana Leitão dará brevemente o apoio público ao ex-presidente da Iniciativa Liberal.

Vitorino Silva, conhecido por Tino de Rans, é o ex-líder e fundador do RIR está em situação semelhante. Avança para a terceira candidatura à Presidência.

Sociedade civil e empresários avançam

O primeiro a anunciar a intenção foi Tim Vieira, em abril de 2024, vincando o objetivo de "apoiar a força empreendedora" do país. André Pestana, professor e coordenador do sindicato Stop, de 48 anos, teve percurso no Bloco e no MAS.

Raul Perestrello, empresário madeirense de 65 anos, anunciou em julho a candidatura para "honrar as tradições" de Portugal.

Angela Maryah, autointitulada "coach" internacional, disse em junho querer ser uma Presidente "pioneira". Está inscrita no Portal da Candidatura do Ministério da Administração Interna, tal como Bruno Morgado, membro da Associação dos Libertários Portugueses, também ele vincando a ideia de unir os liberais.

Orlando Cruz, de 73 anos, promete candidatar-se pela quinta vez. Já esteve ligado a CDS ou PTP.

Aristides Teixeira, presidente da Associação de Utentes da Ponte 25 de Abril e funcionário da RTP, de 65 anos, já foi pré-candidato duas vezes. Diz ocupar um lugar à esquerda, mesmo tendo sido candidato pelo CDS-PP.

O tenente-coronel Pedro Tinoco de Faria também repete candidatura. Diz lutar pela soberania, sem identificar posicionamento político.

Esquerda à procura de representação e Chega a estudar opções

A legitimação nas urnas nas Legislativas deverá fazer com que André Ventura não volte a assumir a ideia de se candidatar às Presidenciais. O partido pode ter uma opção própria ou escolher algum dos hipotéticos candidatos. O major-general Isidro Morais Pereira era um dos nomes apontados e estuda se vai ou não avançar. À direita, também existe ainda a incógnita Rui Moreira, que agora sai do município do Porto, sendo um candidato independente que aglomera muitas vontades em vários quadrantes.

Sampaio da Nóvoa desfez as dúvidas, não se volta a recandidatar. Bloco, PAN e Livre terão, portanto, uma decisão a tomar a breve prazo, se avançam com candidatos ou não. Catarina Martins deixou a entender que poderá correr para Belém e, a acontecer, será apoiada pelo Bloco de Esquerda. Se Livre e PAN se decidirem por candidaturas próprias, o boletim de voto em janeiro pode ter mais de 20 nomes a concurso.

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