Presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira.
Presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira.Pedro Granadeiro / Global Imagens

Rui Moreira admite estar a ponderar candidatura presidencial, mas só anunciará decisão em setembro

Presidente da Câmara Municipal do Porto revelou que já recebeu manifestações de apoio "desde o Minho até ao Algarve, e também das regiões autónomas". Mas ainda não tem a decisão tomada.
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O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, confirmou esta terça-feira, 22 de julho, que está a considerar uma candidatura às eleições presidenciais de 2026. Contudo, garantiu no programa Crossfire, da CNN Portugal, que qualquer decisão só será anunciada em setembro.

“Essa decisão é uma decisão que irei tomar nos próximos tempos e que, em qualquer caso, nunca anunciarei antes de setembro”, afirmou o autarca, sublinhando que, até lá, continua totalmente focado nas suas funções como presidente da Câmara.

Apesar de, há poucos meses, ter declarado publicamente que não se considerava “talhado” para o cargo de Presidente da República, Rui Moreira admite agora que “mudaram várias coisas”.

"Durante mais de 40 anos, sempre desempenhei cargos executivos; fosse em empresas, fosse na Associação Comercial do Porto, onde fui presidente durante 12 anos, fosse na Câmara Municipal do Porto. Não me via nessa altura a executar um cargo não executivo, como é o cargo do Presidente da República. Sucederam também coisas no espetro político, houve candidaturas que avançaram, houve outras que não avançaram, e houve um conjunto de pessoas que já vinham falando comigo há muito tempo e que me vieram dizer que achavam que era uma boa altura para pensar numa candidatura presidencial. Portanto, foi em função disso que passei a admitir essa possibilidade", justificou, acrescentando que tem recebido apoios “de pessoas que conhece bem” e que o têm encorajado a refletir sobre o passo - manifestações de apoio "desde o Minho até ao Algarve, e também das regiões autónomas", frisou.

Moreira justificou o calendário (setembro) para uma eventual decisão com a necessidade de auscultar a família, avaliar o apoio político e garantir viabilidade financeira para a campanha. “Não é só dizerem que apoiam, é preciso que se encontre financiamento para uma campanha destas”, observou.

Além disso, setembro será também o momento "em que as candidaturas à Câmara Municipal do Porto terão de ser depositadas". "Quando estou num cargo, estou com os dois pés e as duas mãos e a minha cabeça nesse cargo. E é isso que pretendo continuar a fazer até setembro”, referiu.

Questionado sobre o impacto de outras candidaturas, como a de Luís Marques Mendes, que tem o apoio do PSD, Moreira desvalorizou o fator partidário nas presidenciais: “As pessoas votam em função do candidato, do que conhecem dele e do que esperam dele — não tanto dos partidos.” Recordou, a título de exemplo, a sua própria candidatura independente à Câmara do Porto em 2013, onde enfrentou candidatos com forte apoio partidário e mesmo assim saiu vencedor, reunindo apoios de várias sensibilidades políticas.

"Em 2013, quando apresentei a minha candidatura, o doutor Luís Filipe Menezes, que era um fortíssimo candidato, já estava a caminho de ser eleito; há mais de seis meses que andava a fazer campanha eleitoral. O doutor Manuel Pizarro, também ele um grande candidato do PS, já tinha apresentado a sua candidatura. Os partidos estavam todos eles - a não ser o CDS que, na altura, me apoiou - comprometidos com candidaturas. Ao fim e ao cabo, acabei por ir buscar, através de uma candidatura independente, pessoas da Direita, do centro-direita, do centro-esquerda".

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