Pedro Nuno diz que ministra da Saúde culpa "tudo e todos pelos seus problemas"
ANTÓNIO COTRIM/LUSA

Pedro Nuno diz que ministra da Saúde culpa "tudo e todos pelos seus problemas"

Líder do PS diz que Ana Paula Martins responsabiliza sempre governo anterior, serviços do ministério, lideranças fracas e profissionais de saúde, mas "quem nunca tem responsabilidade é a própria".
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O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, afirmou esta quinta-feira que a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, é "imbatível" a "culpar tudo e todos pelos seus problemas", acusando-a de incompetência na gestão do Ministério.

"Apesar da incompetência que tem mostrado à frente do Ministério da Saúde, numa coisa Ana Paula Martins parece ser imbatível, que é culpar tudo e todos pelos seus problemas", escreveu o líder do PS na rede social X.

Pedro Nuno Santos defende que a ministra da Saúde aponta sempre responsabilidades ao "governo anterior, os serviços do ministério, as 'lideranças fracas', os profissionais de saúde", mas "quem nunca tem responsabilidade é a própria".

O líder dos socialistas já tinha pedido hoje, numa conferência de imprensa na sede nacional do PS, "consequências políticas" ao primeiro-ministro e à ministra da Saúde pela "incompetência e negligência graves" no caso da greve dos técnicos de emergência, considerando incompreensível se o Presidente da República ficar em silêncio.

"As consequências desta incompetência e desta negligência foram graves, são conhecidas, são 11 mortes e o que se impõe agora é saber o que é que o senhor primeiro-ministro vai fazer, o que é que a senhora ministra vai fazer, que consequências retira deste relatório", questionou Pedro Nuno Santos.

A conferência de imprensa focava-se no relatório preliminar da Inspeção Geral das Atividades em Saúde (IGAS) que concluiu que o Ministério da Saúde não informou INEM que haveria uma greve dos técnicos de emergência.

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A inspeção que analisou o impacto da greve dos técnicos de emergência no ano passado concluiu que o INEM ficou impedido de definir os serviços mínimos por não ter recebido atempadamente do Ministério da Saúde os pré-avisos dos sindicatos.

Segundo o relatório preliminar da Inspeção Geral das Atividades em Saúde (IGAS), divulgado na véspera, o INEM "não recebeu atempadamente a comunicação de pré-avisos das greves gerais convocadas para os dias 31 de outubro e 4 de novembro".

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