Marques Mendes "encorajado" apesar de descer nas sondagens
Luís Marques Mendes viu com agrado a mais recente sondagem referente às eleições presidenciais de 2026. O barómetro da Intercampus para CM, CMTV e Negócios aponta à queda de Gouveia e Melo em 6,7 pontos percentuais, situando-se nos 20,6% das intenções de voto.
Apesar de uma aparente desmobilização do eleitorado em torno do almirante, Marques Mendes não conseguiu capitalizar, acumulando 17,2%, menos 1,3% do que em junho.
Ainda assim, o social-democrata gostou da aproximação. “Havia muita gente que até dizia que a minha candidatura seria uma loucura, que a eleição estava ganha, decidida. Agora, por esta sondagem, estamos num empate. É uma diferença de três pontos e, na segunda volta, a diferença entre eu e Gouveia e Melo seria de 0,8%”, considerou esta terça-feira, 22 de julho, à margem de uma visita ao Complexo Social da Misericórdia de Aveiro.
O antigo líder do PSD, apoiado na corrida à Belém pelo partido no 42.º Congresso Nacional, disse mesmo sentir-se “encorajado”. “Sondagens são sondagens. Há umas boas, umas más, outras melhores, outras piores. Para mim, esta sondagem é muito encorajadora”, comentou quanto à sondagem que assume uma possibilidade de erro de 4%, acumulando uma elevada taxa de não resposta, de 41,1%.
Rui Moreira, como o DN confirmou, está a ponderar avançar com uma candidatura à Presidência da República, mas uma posição pública não foi tomada até agora. O ex-autarca da Câmara Municipal do Porto está a reunir apoios na sociedade civil e a questão do investimento é importante, dado não ter, à partida, apoio de qualquer força política. João Cotrim de Figueiredo, na X Convenção Nacional da Iniciativa Liberal, no sábado, disse que a decisão “ainda não estava tomada”, mas há acordo com a líder do partido, Mariana Leitão.
Marques Mendes não demonstrou preocupação com o facto de estes nomes se poderem juntar a António José Seguro, socialista, mas sem apoios do partido ainda divulgados, a António Filipe, apoiado pelo PCP, e a André Pestana, do Stop, Tim Vieira, empresário, e José Cardoso, apoiado pelo Partido Liberal Social.
“Em democracia, todos são bem-vindos. E, portanto, para mim não tem nenhuma objeção. Alguém tem vontade de ser, considera que pode ser útil ao país, que tem um pensamento, um projeto, sejam todos bem-vindos, é o jogo democrático, não me oferece nenhuma contestação”, afirmou.