O candidato presidencial Luis Marques Mendes afirmou esta terça-feira, 11 de novembro, que recorrer aos tribunais por causa dos cartazes é fazer um favor ao Chega, que deve ser combatido politicamente e não na justiça.“Se o Ministério Público decidiu, é porque considera importante”, afirmou Luis Marques Mendes na sequência do anúncio da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a abertura de um inquérito aos cartazes do Chega sobre o Bangladesh e a comunidade cigana.Mas para o candidato à presidência da República, esta é uma questão “muito mais política que jurídica”, que se resolve “com o voto dos eleitores” e não “com processos nos tribunais”.Admitindo considerar os cartazes “lamentáveis, provocadores, desumanos, racistas, até xenófobos”, Luis Marques Mendes defendeu que “o combate a este tipo de ações deve ser feito pela via da política” e que “não se deve cortar a liberdade de expressão”."A democracia é o regime em que há tolerância, mesmo em relação aos comportamentos que normalmente são censuráveis”, afirmou, quando questionado sobre se o partido Chega deveria ser obrigado a retirar os cartazes.“Penso que o Chega se combate politicamente e que quem recorrer aos tribunais só está a fazer um favor ao Chega porque ele ainda se arma em vítima” disse, acrescentando que “enquanto as pessoas não perceberem isto, vai ser tudo mais difícil”.Luis Marques Mendes deixou Claro que, apesar de ter “comportamentos inqualificáveis” o Chega não deve ser proibido, até porque “há uma diferença entre a sua liderança e os seus eleitores”, estes últimos “portugueses desencantados” cujos problemas devem ser resolvidos.Já a investigação aos cartazes é, para Marques Mendes, “fazer um favor ao Chega”, em relação ao qual André Ventura “esfrega as mãos de contente” face à “enorme publicidade e visibilidade”..Um conselho ao Governo: dar mais atenção à UGT. Durante uma visita realizada ao Agrupamento de Escolas Joaquim Inácio da Cruz Sobral, em Sobral de Monte Agraço, no distrito de Lisboa, Luis Marques Mendes voltou a apelar ao diálogo em torno da concertação social e criticou o Governo por dar “pouca atenção à UGT”.O candidato, que na segunda feira reuniu com a UGT, adiantou que “as entidades patronais reconhecem que é melhor fazer uma alteração à lei com acordo do que sem acordo”, já que “com acordo corre o risco de ser uma lei precária e sem acordo, a lei pode ser mudada em qualquer circunstância”.O Governo “devia dar mais atenção à UGT, negociar mais com a UGT e ser mais sensível às questões vindas da UGT” que “não é uma central sindical qualquer”, disse, lembrando que esta central sindical “já fez vários acordos sociais no passado”, enquanto “a CGTP não fez nenhum”.Atribuindo à UGT “grande sentido de responsabilidade”, Marques Mendes defende que esta “merece ser tratada com outra atenção, com outro respeito, com outra abertura e com outro equilíbrio da parte do Governo”, atitude que aconselhou o executivo de Luis Montenegro a “corrigir com rapidez”..Montenegro diz que greve geral “é incompreensível” e apenas serve interesses políticos de PCP e PS. Nas declarações aos jornalistas Marques Mendes aludiu ainda aos 50 anos da independência de Angola, “um marco importante” para o território que “vive com dificuldades, no plano económico, no plano social, mas é um grande país, é um grande povo”, com o qual Portugal deve “intensificar a relação, seja no plano económico, social, cultural”.Em matéria de imigração defendeu que “se dê uma atenção muito maior a imigrantes vindo dos países africanos de língua portuguesa, como Angola, porque falam o português e a integração é muito mais fácil”, concluiu o candidato..Angola. João Lourenço alerta para impotência da ONU e diz que país olha o mundo “com apreensão”.Seguro diz que será um PR "exigente" e critica setor da saúde que está numa "situação horrível" e inaceitável.Gouveia e Melo quer um rumo para o SNS mas "nunca através da fragilização"