O secretariado do Bloco de Esquerda reuniu-se na segunda-feira dia 6 de outubro e discutiu as próximas ações de campanha. Mariana Mortágua, regressada do Médio Oriente, tinha previsto entrar na comitiva pelo país amanhã, quarta-feira, em Almada, mas antecipou a decisão e encontrou-se com populações em Leiria esta terça-feira."Estou na campanha, estou de volta. É bom ter os pés em Portugal, voltar ao meu país. Estou muito ansiosa pelo contacto com a população", disse aos jornalistas em ação em Leiria, onde o Bloco se candidata coligado com o Livre. Foi a segunda declaração pública depois do regresso a Portugal.Depois de um mês de ausência na Flotilha Humanitária para Gaza e da detenção no final da semana passada, a coordenadora agradeceu o apoio diplomático, mas criticou o Governo. "Quero agradecer o acompanhamento consular que nos foi dado, que tudo fizeram. Não estendo este agradecimento ao Governo nem ao apoio político. Só tenho a lamentar declarações em relação à Palestina, posições em relação à Flotilha", comentou, considerando que o Bloco "ficou a ganhar com a presença da Andreia Galvão e de Marisa Matias como representantes", vincando a meta de "mudar o país com autarcas que privilegiem os transportes, o ambiente, a habitação."Não gostou de ouvir Carlos Moedas a dizer que o PS estava a "esconder" Mortágua. Sem ter aparecido no comício de segunda-feira à noite com o secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, o porta-voz do Livre, Rui Tavares, e a porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, Mortágua respondeu com ironia. "Espero que me possam ser concedidas 24 horas de descanso. Vou presentear Carlos Moedas com a minha presença na campanha por Lisboa muito em breve. Assim que pude voei para a campanha", ripostou..Após detenção em Israel, Mariana Mortágua é recebida por centenas em Lisboa com euforia e mensagens de apoio .Bloco de Esquerda convicto que viagem e detenção de Mortágua não terá impacto eleitoral