Mariana Vieira da Silva foi a cabeça de lista do PS por Lisboa nas legislativas
Mariana Vieira da Silva foi a cabeça de lista do PS por Lisboa nas legislativasJOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

Mariana Vieira da Silva disponível para ajudar PS em “caminho de união” e sem pressa

O Presidente da República recebeu esta terça-feira os três partidos mais votados nas eleições de domingo. Fernando Medina defende que PS deve viabilizar Governo se for para travar o Chega.
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Mariana Vieira da Silva disponível para ajudar PS em “caminho de união” e sem pressa

A socialista Mariana Vieira da Silva disse hoje estar disponível para ajudar o PS a encontrar um “caminho de união” e que nunca excluiu uma candidatura, mas rejeitou pressa no processo para a nova liderança que deve ouvir as sensibilidades.

“Nunca excluí, mas isso não significa que a notícia seja Mariana Vieira da Silva não exclui. Estou disponível a ajudar o PS das mais diversas formas a encontrar um caminho que seja de união”, disse, esta noite, em entrevista à SIC Notícias a cabeça de lista do PS por Lisboa nas últimas eleições.

Referindo que tem dito sempre que está “disponível a ajudar o PS a voltar a merecer a confiança dos portugueses”, Mariana Vieira da Silva referiu que se têm “ouvido vários dirigentes do PS a apontar para a profunda reflexão” depois da pesada derrota de domingo.

“Para essa profunda reflexão, o PS precisa de tempo e para isso estes primeiros dias serem marcados pela pressa não é útil”, afirmou, considerando que é preciso um “processo alargado de discussão interna dentro do partido e de identificação de quem é que se considera ser a pessoa mais capaz de fazer o duro trabalho que o PS tem pela frente”.

Na opinião da ex-ministra dos governos de António Costa, não se pode “considerar que só porque alguém já estava a pensar candidatar-se ao próximo congresso do PS tem um direito reforçado ou prioritário de ser líder do PS”.

Questionada sobre se estava a falar sobre José Luís Carneiro, a deputada do PS considerou que o ex-ministro “tem o direito de se candidatar” e que respeita e até agradece essa mesma disponibilidade, mas enfatizou que o “PS precisa de refletir e saber que mais pessoas estão disponíveis”.

“Nós temos que ter consciência da dimensão da derrota e da reflexão que nós temos que fazer sobre ela e esta ideia de que isso é compatível com que agora cada um se apresentar autonomamente e esperar que dai decorra um processo de união do PS, a mim não me parece que seja assim”, disse, referindo que passaram 48 horas da demissão de Pedro Nuno Santos.

Para Mariana Vieira da Silva, “isto não é uma critica a quem já avançou”, mas sim é a defesa da ideia de que quem “quiser estar disponível para liderar o PS deve fazer um trabalho junto de todas as sensibilidades do partido para procurar um caminho”.

“Percebo a urgência, mas não havendo eleições em breve devemos ponderar, ouvir-nos uns aos outros, dialogar e é para esse trabalho que eu estou disponível”, sublinhou.

"Vamos ter estabilidade", afirma o Presidente da República

O Presidente da República manifestou-se hoje confiante que vai haver estabilidade política em Portugal, considerou que as três audiências até agora correram bem e confirmou que voltará a ouvir PSD, PS e Chega na próxima semana.

"Vamos ter estabilidade", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, em resposta aos jornalistas, à saída de uma sessão comemorativa dos 40 anos da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), no Museu dos Coches, em Lisboa.

O chefe de Estado fez sinal de que não tencionava falar aos jornalistas, à entrada e à saída desta iniciativa, mas acabou por dizer algumas palavras enquanto andava, em passo rápido, em direção ao Palácio de Belém, acompanhado por alguns elementos da comunicação social.

Interrogado se vai haver estabilidade, o Presidente da República respondeu que sim, mas realçou que o processo de audiências continua: "Vamos ter as reuniões, ainda faltam muitos partidos".

"Eu acho que correu bem, correu bem, qualquer das três [audiências]. Vamos ver, isto continua. Os três [PSD, PS e Chega] continuam para a semana", acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa.

PCP avisa que dar “suporte a política antipopular” da direita seria inaceitável

O secretário-geral do PCP avisou hoje que “dar suporte à política antipopular” da AD seria inaceitável e previu que os eleitores que deram uma maioria parlamentar à direita irão derrubá-la, porque vão ser “as principais vítimas” das suas medidas.

Em conferência de imprensa na sede nacional do PCP, em Lisboa, após uma reunião do Comité Central do partido, Paulo Raimundo considerou que o crescimento da AD, Chega e IL nas legislativas é uma “evolução negativa” e “comporta o perigo real da concretização da agenda retrógrada, neoliberal e antipopular”.

“Perante esta realidade, não são aceitáveis entendimentos com a direita e as suas conceções reacionárias, retrógradas e antidemocráticas e dar suporte à sua política antipopular”, avisou Paulo Raimundo, numa aparente alusão a possíveis entendimentos entre a AD e o PS.

Antes de anunciar que o PCP vai apresentar uma moção de rejeição do programa do Governo, Paulo Raimundo defendeu que “o que se impõe neste momento é resistir e dar combate de forma determinada à agenda em curso e que vão procurar intensificar”.

“Não há estabilidade com a instabilidade da vida. Os resultados eleitorais e a sua expressão institucional não legitimam opções erradas e contrárias às respostas que se impõem em prol da vida da maioria”, defendeu.

Para Paulo Raimundo, “este é o tempo de dar combate à política de baixos salários e pensões, de ataque aos direitos dos trabalhadores e aos serviços públicos, de negação do direito à habitação, de mais e mais injustiças e favores ao capital, de submissão nacional e corrida aos armamentos”.

“Este não é o momento de esperar para ver, de encolhimentos ou ilusões. Este é o tempo de os democratas e patriotas assumirem o caminho da resistência e da luta contra o retrocesso e abrir o caminho de que Portugal precisa”, defendeu.

Apelando a que se tome a iniciativa, Paulo Raimundo considerou que é necessário afirmar uma “política de rutura ao serviço da maioria”, pedindo “clarificação e convergência” nesse sentido, mas avisando que o caminho não deve ser o da “diluição” – expressão que tem utilizado para descartar coligações pré-eleitorais à esquerda.

“O caminho não é a diluição, mas sim a afirmação da alternativa que se impõe. Uma afirmação clara, de coragem, que dê perspetivas aos trabalhadores, às massas populares e à juventude, a todos os que justamente têm razões para estar descontentes e sem esperança”, referiu.

O secretário-geral do PCP sustentou que as eleições “criaram ainda mais condições para acentuar a instabilidade da vida” e defendeu que “parte significativa dos que deram o seu voto à direita” vão ser as suas “principais vítimas”, prevendo que “aqueles que hoje lhes deram a vitória serão os primeiros, amanhã, a mandá-los abaixo”.

Questionado sobre o que é que explica o desaire eleitoral da esquerda nestas legislativas, Paulo Raimundo disse que o resultado da CDU é explicado pela “profunda ligação à vida, à realidade” e por ter abordado o que “importa na vida das pessoas”.

“Se todos nos tivéssemos empenhado em falar da vida das pessoas e das soluções que se impõem para a vida das pessoas, talvez os resultados tivessem sido outros na globalidade”, referiu.

Sobre se teme que a direita reveja a Constituição da República, uma vez que terá os dois terços de deputados necessários, Paulo Raimundo deixou um apelo a que “os democratas e patriotas” defendam a lei fundamental e “façam tudo o que estiver ao seu alcance para que ela tenha efeitos práticos na vida de cada um”.

Interrogado se considera que, com as eleições, Luís Montenegro fica ilibado das suspeitas sobre a Spinumviva, Paulo Raimundo disse que as legislativas “não limpam nada” e “não o livram dessa profunda incompatibilidade entre a sua agenda legítima profissional, mas completamente incompatível com as responsabilidade que tem enquanto primeiro-ministro”.

Presidente da República ouve IL e Livre na quarta-feira

O Presidente da República vai ouvir na quarta-feira a IL e o Livre, prosseguindo as audiências aos partidos que obtiveram representação parlamentar nas legislativas antecipadas de domingo sobre a formação do novo Governo.

Segundo uma nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa vai ouvir a Iniciativa Liberal (IL) às 11:30 e o Livre às 17:00 de quarta-feira, depois de ter ouvido hoje o PSD, o PS e o Chega.

Ficam a faltar audiências aos restantes cinco partidos que obtiveram representação parlamentar: PCP, CDS-PP, BE, PAN e JPP.

PCP vai apresentar moção de rejeição do programa do Governo

O PCP vai apresentar uma moção de rejeição do programa do Governo, anunciou hoje o secretário-geral do partido, considerando que não é preciso esperar pelo documento para saber que vai conter ataques aos serviços públicos e direitos dos trabalhadores.

“Não podemos ficar à espera e temos de fazer tudo o que está ao nosso alcance para travar o desmantelamento do SNS, o assalto à Segurança Social, às alterações laborais, o processo de privatizações que está em curso. E a primeira iniciativa para travar isso é a apresentação de uma moção de rejeição ao programa do Governo”, anunciou Paulo Raimundo em conferência de imprensa na sede nacional do PCP, em Lisboa, após uma reunião do Comité Central do partido.

Parlamento aponta como provável 05 de junho para primeira sessão da nova legislatura

A Assembleia da República está a apontar 05 de junho como data provável para a primeira reunião, partindo da hipótese de o mapa oficial dos resultados ser publicado em 02 de junho em Diário da República.

O processo de instalação do parlamento na nova legislatura, que resulta das eleições legislativas de domingo, será um dos principais assuntos em análise na reunião da conferência de líderes parlamentares, na terça-feira, pelas 16:30.

Fontes partidárias contactadas pela agência Lusa consideram que será “impossível” que da conferência de líderes desta terça-feira resulte um calendário definitivo para a instalação dos deputados e eleição do presidente da Assembleia da República, uma vez que ainda faltam apurar os resultados dos círculos da emigração, que elegem quatro dos 230 deputados.

Essa indefinição em relação aos quatro deputados ainda por eleger, por sua vez, impede também qualquer certeza sobre o dia em que se concluirá o apuramento geral dos resultados eleitorais.

Porém, caso o apuramento dos resultados eleitorais se conclua sem quaisquer recursos, a data mais provável para a publicação em Diário da República do mapa oficial dos resultados, bem como da relação dos deputados eleitos, é 02 de junho.

Se assim acontecer, a Assembleia da República terá de reunir no terceiro dia subsequente à publicação dos resultados em Diário da República, ou seja, 05 de junho. E caso este calendário seja efetivamente seguido para a primeira reunião do parlamento, então o Presidente da República poderá empossar o novo Governo nessa mesma sexta-feira, dia 06 de junho.

Desta forma, a entrega do Programa do Governo à Assembleia da República poderá ocorrer a partir de 16 de junho.

A conferência de líderes desta terça-feira, cuja composição ainda é resultado da legislatura cessante - e que, de acordo com a circular da sua convocatória, tem como ordem de trabalhos “agendamentos e outros assuntos” -, destina-se sobretudo a preparar a primeira sessão da nova legislatura.

Uma das questões em análise será a de saber se na primeira reunião da nova legislatura serão também eleitos, além do presidente da Assembleia da República, os vice-presidentes, os secretários da mesa e o novo Conselho de Administração do parlamento.

Na conferência de líderes far-se-á também uma primeira discussão sobre os espaços que cada grupo parlamentar e cada deputado único ocupará no hemiciclo na nova legislatura. Uma questão considerada sempre complexa, já que, por exemplo, no ano passado, os deputados da Iniciativa Liberal não queriam ficar sentados entre os deputados do CDS e os do PSD, mas entre os do PSD e do PS, exigência que foi recusada.

Agora, em relação à nova legislatura, cabe definir onde o deputado único do Juntos Pelo Povo, Filipe Sousa, se vai sentar, além da questão do Bloco de Esquerda, que deixou de ser grupo parlamentar e passou a ter Mariana Mortágua como sua deputada única.

A conferência de líderes, além da composição dos 19 membros que farão parte da Comissão de Verificação de Poderes, poderá ainda preparar quem vai presidir à primeira sessão da nova legislatura - uma indicação que é proposta pelo partido mais votado, o PSD.

Desta vez, porém, estando o atual presidente da Assembleia da República entre os novos deputados eleitos, será muito provável que a primeira sessão seja presidida por José Pedro Aguiar-Branco.

Rangel rejeita coligação com Chega e diz que Governo terá abertura para falar com todos

O dirigente social-democrata Paulo Rangel rejeitou hoje a criação de uma coligação pós-eleitoral com o Chega, mas reconheceu a possibilidade de negociações diploma a diploma com todos os partidos representados no parlamento.

“Os resultados eleitorais são o que são e temos de respeitar a vontade dos eleitores”, disse Paulo Rangel, à margem de uma reunião ministerial em Bruxelas, na Bélgica, em que participou enquanto ministro dos Negócios Estrangeiros.

O vice-presidente social-democrata disse que é conhecida “a posição que a Aliança Democrática tomou há muito tempo sobre a feitura ou não de coligações com outros partidos”.

“Isto não significa que, dossier a dossier, como aconteceu no último ano […], pode haver muitas situações em que há convergência sobre medidas concretas”, comentou.

Na legislatura anterior “houve abertura para falar com todos”, insistiu Paulo Rangel.

Ventura diz que Chega "será partido líder da oposição" e "farol da estabilidade"

Uma no cravo, outra na ferradura. André Ventura afirmou esta terça-feira, à saída da reunião com Marcelo Rebelo de Sousa, que, a confirmar-se, o segundo lugar do Chega nas eleições legislativas significa que os portugueses lhe atribuíram o papel de líder da oposição, de alternativa ao Governo. Por outro lado, salientou que o partido será um "farol de estabilidade" e que não deixará que o "país caia numa nova crise".

"Tivemos a oportunidade de dizer ao Presidente da República que aguardamos os resultados finais das eleições, porque está ainda pendente quem será o líder da oposição e a segundo força politica. Tudo leva a crer que seja o Chega, mas a confirmação só surgirá a 28 de maio. Isso mudará o xadrez politico", começou por dizer Ventura aos jornalistas.

"Disse ao Presidente da República que, caso se verifique, o Chega assumirá o seu papel como líder da oposição e alternativa ao Governo. A luta contra a corrupção é para nós um combate fundamental, a luta contra politica de portas abertas e imigração descontrolada e a subsidiodependência são pilares fundamentais e linhas que nos separam dos outros dois grandes partidos. O Chega é como sempre foi um partido responsável, o país não precisa de mais eleições. O país precisa de ter rumo, ordem e caminho de combate à corrupção e dar condições a quem trabalha. Apesar deste mar que nos separa, o Chega procurará ser um farol de mudança e de estabilidade, aberto como sempre esteve ao diálogo e às medidas boas para o povo português", prosseguiu.

"Não posso dar grandes detalhes sobre quadro governativo porque foi dado ao Chega um papel de liderança da oposição e deve ser alternativa ao Governo e escrutinar o Governo. O Chega deve ser líder da oposição e com um governo preparado caso venha a ser escolhido pelos portugueses em eleições futuras. A AD optou por governar com PS em matérias como a segurança. Não deixaremos que o país caia em nova crise, o Chega nunca será força de bloqueio", concluiu o líder do Chega, que esteve pouco mais de meia hora reunido com Marcelo Rebelo de Sousa, a quem agradeceu a preocupação que teve durante a crise de saúde que Ventura viveu na semana passada.

Alexandra Leitão focada nas autárquicas em Lisboa não será candidata a líder do PS

A líder parlamentar socialista, Alexandra Leitão, disse hoje à Lusa que decidiu não se candidatar à liderança do PS porque está focada na corrida autárquica à Câmara de Lisboa, assumindo que os resultados eleitorais foram difíceis e merecem reflexão.

“Neste momento a única coisa que posso adiantar é que eu própria não me candidatarei ao lugar de secretária-geral porque tenho o foco na cidade de Lisboa e nas eleições autárquicas”, adiantou Alexandra Leitão, em declarações à Lusa.

Na opinião da candidata do PS à Câmara de Lisboa, as eleições autárquicas são “fundamentais para o PS”, e o partido “tem que ganhar e vai ganhar”.

“E o meu foco agora é a minha candidatura à Câmara de Lisboa”, insistiu.

Quanto a calendários e outros cenários internos do PS, Alexandra Leitão remeteu para a Comissão Nacional de sábado a sua posição.

“Para já vou reservar essa posição tendo em conta que alguns aspetos ainda não estão definidos, mas espero que até à Comissão Nacional ou fiquem definidos ou sejam definidos na Comissão Nacional”, disse apenas.

A líder parlamentar do PS assumiu que os resultados do partido nas eleições legislativas de domingo “não foram bons, foram difíceis”.

“Acho que em conjunto, enquanto partido, teremos que fazer essa reflexão. Acho que há órgãos próprios para o fazer e neste momento tenho as minhas opiniões e faço as minhas reflexões, mas neste momento também não queria antecipar mais”, acrescentou.

André Ventura chega atrasado a reunião com Marcelo

André Ventura chegou, com cerca de 20 minutos de atraso, ao Palácio de Belém, onde já está reunido com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

O líder do Chega irritou-se após ter ouvido os jornalistas registarem o atraso. "Não sejam assim. Façam jornalismo", atirou.

André Ventura à chegada ao Palácio de Belém.
André Ventura à chegada ao Palácio de Belém.FOTO: TIAGO PETINGA/LUSA

António Campos acusa António Costa de ser o criador do Chega e Pedro Nuno de promovê-lo a líder da oposição 

O antigo deputado e secretário de Estado socialista António Campos acusou, em entrevista à TSF, o ex-primeiro-ministro António Costa de ter "criado o Chega" e Pedro Nuno Santos de "por o Chega como líder da oposição em Portugal".

O histórico militante do PS considera que o secretário-geral demissionário fez a campanha eleitoral do Chega "ligada aos pequenos casos", lamentando que não se tenha discutido o país.

António Campos garante que, se fosse vivo, Mário Soares "ficaria fulo" com o estado atual do PS e "atirava-se a isto tudo porque o partido deu uma volta de 180 graus” tendo em conta aquilo que era a sua estratégia.

“A estratégia de Mário Soares foi sempre localizar o PS ao centro, ter a noção de que o perigo era a extrema-direita e, por isso, logo no segundo governo chegou ao pé de mim e disse: 'Vou fazer uma aliança com o CDS'”, revela.

Marcelo fica agora à espera do Chega

O Presidente da República vai fechar as audiências previstas para esta terça-feira com o Chega, que prevista a chegada ao Palácio de Belém para as 17h00.

Delegação do PS já deixou o Palácio de Belém. Pedro Nuno fala numa "foi uma boa reunião" e na despedida

Cerca de 20 minutos demorou a audição de Marcelo Rebelo de Sousa à delegação do Partido Socialista.

À saída, Pedro Nuno Santos disse que "foi uma boa reunião". "Prezamos muito as relações institucionais com a Presidência", acrescentou.

“Foi uma reunião também de despedida da minha parte, mas muito importante para nós. Tivemos uma boa convivência ao longo deste ano e meio que estive na liderança do Partido Socialista. E mesmo antes, enquanto membro do Governo, quando era secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares. Tive sempre muito boas relações com o senhor Presidente da República, que vou guardar como uma boa memória", disse o ainda secretário-geral socialista.

Sobre a situação política nacional, Pedro Nuno Santos desejou apenas que "estabilize rapidamente e que o país possa fazer o seu caminho, "superando os problemas".

FOTO: TIAGO PETINGA/LUSA

Pedro Nuno Santos e Carlos César reunidos com Marcelo em Belém

Carlos César e Pedro Nuno Santos, presidente e secretário-geral demissionário do Partido Socialista, já estão reunidos com Marcelo Rebelo de Sousa no Palácio de Belém para analisar os resultados eleitorais e a formação de um novo Governo.

Na comitiva socialista estava ainda Sofia Pereira, líder da Juventude Socialista.

Montenegro deixa Belém. "Foi normal", limitou-se a dizer

Luís Montenegro, líder da AD, já abandonou o Palácio de Belém depois de se ter reunido com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

À saída, preferiu remeter-se ao silêncio, tendo sido telegráfico quando questionado sobre se a conversa tinha corrido bem: "Foi normal."

Marcelo vai ouvir ainda hoje o Partido Socialista, às 15h00, e o Chega, duas horas depois.

Luís Montenegro reunido com Marcelo Rebelo de Sousa em Belém.
Luís Montenegro reunido com Marcelo Rebelo de Sousa em Belém. FOTO: TIAGO PETINGA/LUSA

Novo Governo sem “muitas” mudanças, mas com “reacertos”. Revisão constitucional “não é prioridade”

A “teia” de Montenegro pressiona “oposições”. Marcelo quer “certezas” de todos os partidos e está convicto que “todos” vão dar condições de governabilidade à AD.

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Montenegro já está reunido com o Presidente da República

Luís Montenegro acaba de entrar para a audiência com Marcelo Rebelo de Sousa. O líder da AD vai analisar com o Presidente da República os resultados das eleições e abordar as alternativas de governo que se colocam tendo em conta esses resultados.

Marcelo recebe hoje PSD, PS e Chega

O Presidente da República começa hoje a ouvir os partidos políticos que obtiveram representação parlamentar nas legislativas antecipadas de domingo.

O PSD é o primeiro e será ouvido às 11h00. O PS é recebido às 15h00 e o Chega às 17h00.

As audições dos restantes sete partidos que obtiveram representação parlamentar – IL, Livre, PCP, CDS-PP, BE, PAN e JPP – não foram ainda divulgadas.

Medina defende que PS deve viabilizar Governo se Montenegro quiser "combater a progressão da extrema-direita"

Fernando Medina, antigo ministro das Finanças, defende que o PS deve viabilizar a entrada em funções do novo Governo da AD, mas mediante determinadas condições, entre as quais "um compromisso de diálogo permanente" com os socialistas, mas não só. "Para dançar o tango são precisos dois", lembra.

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PS deve viabilizar Governo se Montenegro quiser "combater a progressão da extrema-direita", diz Medina

PCP reúne-se para analisar resultados das eleições

O Comité Central do PCP reúne-se hoje para analisar os resultados das eleições de domingo, a situação política e social e a “ação e iniciativa política do partido”.

Esta vai ser a primeira reunião da direção do PCP desde as eleições legislativas deste domingo, que ditaram o pior resultado de sempre do partido, com 3,03% dos votos e a eleição de três deputados: Paulo Raimundo, Paula Santos e Alfredo Maia.

No final da reunião, pelas 18h00, o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, vai apresentar as conclusões numa conferência de imprensa na sede nacional do partido, em Lisboa.

Entre as decisões que poderão ser discutidas hoje pela direção comunista está a eventual apresentação de uma moção de rejeição ao programa do Governo, tendo em conta que, no ano passado, foi precisamente na primeira reunião do Comité Central após as legislativas de 10 março que Paulo Raimundo anunciou que o partido iria avançar com essa iniciativa.

“O facto de nós avançarmos para esta iniciativa é um sinal político que queremos dar, que é para ficar logo claro ao que é que se vai. Da nossa parte, nós não temos nenhuma ilusão sobre qual é o projeto do PSD e do CDS, da direita. Não temos nenhuma ilusão qual é o caminho e as consequências na vida das pessoas, dos trabalhadores e do país”, tinha afirmado o secretário-geral do PCP nessa ocasião.

Essa moção de rejeição viria a ser chumbada na Assembleia da República com os votos contra do PSD, Chega, CDS e PAN, abstenção do PS e votos a favor do BE, PCP e Livre.

Agora, ainda que não tenha dado qualquer indicação quanto à eventual apresentação de uma moção de rejeição ao programa do Governo, Paulo Raimundo disse, na declaração que fez após serem conhecidos os resultados eleitorais, que, perante o resultado da AD, Chega e IL, é necessária “uma ação comum de democratas e patriotas” para enfrentar “a política de direita”.

“Este não é o tempo para dar a mão à direita e dar suporte à sua política antipopular. Este é o tempo do combate”, vincou.

Lusa

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