João Ferreira recorda que no Alojamento Local e na Renda Acessível conversou com o PS em 2018.
João Ferreira recorda que no Alojamento Local e na Renda Acessível conversou com o PS em 2018.Reinaldo Rodrigues

Habitação em Lisboa: João Ferreira critica propostas do PS

Candidato da CDU vinca que ideias reativadas “não produziram uma casa” e rejeita conversas pós-eleitorais para já.
Publicado a
Atualizado a

Alexandra Leitão, ao Diário de Notícias, garantiu que escolheria a CDU como “parceiro primordial” para conversações de propostas. João Ferreira foi a Belém e lembrou que a CDU sugeriu o Programa de Arrendamento de Custos Acessíveis em 2018, na altura com Fernando Medina como presidente.

“A alteração de 2021 é coassinada pelos vereadores da CDU e do PS e previa mais de 400 casas com custos acessíveis”, disse aos jornalistas presentes esta quinta-feira, 9 de outubro, na ação de campanha da freguesia de Belém, reivindicando a construção de “400 casas prontas a avançar”. A “decisão política” de Moedas é criticada, mas, a meio do discurso, João Ferreira deixa claro que a CDU “está para construir”, mostrando ser possível acordos com o PS. “Esta proposta foi subscrita pela CDU e PS, mostra que temos postura construtiva, seja de governo da cidade ou de posição de oposição. Também no Alojamento Local foi feito em coautoria entre PS e CDU”, refere.

Ainda assim, afirma que o quadro eleitoral “só se pode discutir depois dos resultados”, vincando, porém, que “o PS recupera soluções que avançou nos 14 anos de governação da cidade que não produziram uma única casa”. “As parcerias com privados, por exemplo, nos moldes em que o PS as defende, já as defendeu durante os 14 anos de governação. Nenhuma funcionou. Estou a alertar para que se pense criticamente sobre essas soluções”, afirma, com críticas às medidas do PS/Livre/BE e PAN para a habitação, concretizando que “a CDU não defende que tenha de ser tudo produção única e exclusivamente municipal, até porque a Câmara Municipal não tem capacidade para isso.”

Entretanto, Pedro Nuno Santos, ex-líder do PS, manifestou-se em apoio a Alexandra Leitão e considerou que o PCP se poderia “arrepender” se prejudicasse a eleição do PS. João Ferreira repetiu que os últimos quatro anos socialistas na Câmara deveriam levar a “arrependimentos que ainda não foram vistos.” “É bom que ninguém se esqueça que a ação de Carlos Moedas ao longo dos últimos quatro anos foi suportada em decisões fundamentais pelos vereadores do PS”, atirou, mencionando “os hotéis aprovados sem restrições”, “a descapitalização da Carris, com a transferência de recursos para eventos como a Web Summit” e a “devolução do IRS que privou a Câmara de 270 milhões de euros de receita que podia ser usada a favor de toda a cidade.”

Lamentou ainda o valor que Carlos Moedas investiu em assessoria de Imprensa após o acidente do Elevador da Glória: “Foi uma coisa de todo o mandato. Gastaram-se recursos excessivos em propaganda. O melhor exemplo disso são os inúmeros placares que, em violação da lei, mesmo em período eleitoral, continuam a ser exibidos pela cidade.”

João Ferreira recorda que no Alojamento Local e na Renda Acessível conversou com o PS em 2018.
Leitão ofereceu cargo de vice-presidente a João Ferreira e vereador fala em "desespero" por trazê-lo a público
João Ferreira recorda que no Alojamento Local e na Renda Acessível conversou com o PS em 2018.
João Ferreira: "Não trocamos princípios por lugares"

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt