O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, disse nesta terça-feira que "continuar a governar a cidade é a sua responsabilidade política", numa intervenção na Assembleia Municipal de Lisboa, minutos após a reprovação da moção de censura apresentada pelo Chega, com a abstenção das bancadas da oposição de esquerda.Numa sessão dominada pelo acidente no Elevador da Glória, Moedas apontou para a sua reeleição a 12 de outubro, apresentando-se como um autarca que "toma as decisões difíceis nos momentos certos". E realçou que "a liderança não é só nos bons momentos" e "não é ir a correr para os estúdios de televisão", enumerando o que fez desde o momento em que tomou conhecimento da tragédia que tinha acontecido ao final da tarde da passada quarta-feira..Moção de censura a Moedas chumbada, com troca de insultos entre Chega e PSD.A socialista Carla Madeira, presidente da Junta de Freguesia da Misericórdia, foi a primeira a intervir à informação escrita enviada pelo executivo camarário à Assembleia Municipal de Lisboa, caracterizando-a como um exercício de propaganda e vitimização, "duas palavras que o presidente conjuga muito bem"."Desde o primeiro dia do seu mandato, habituou-se a apropriar-se das medidas que o PS deixou", acusou a deputada municipal socialista, defendendo que Moedas "assumiu o seu falhanço" na resolução dos problemas de habitação na capital, ao "recrutar uma vereadora de outra autarquia". Uma referência f à escolha de Joana Baptista, atual vereadora da Habitação da Câmara de Oeiras, para as listas da coligação Por Ti, Lisboa, que substituirá Filipa Roseta se o centro-direita continuar à frente do executivo após as próximas eleições.