Rui Tavares, co-porta-voz do Livre.
Rui Tavares, co-porta-voz do Livre.Manuel Fernando Araújo/Lusa

Assembleia do Livre propõe agendamento de debate sobre Presidenciais até final de outubro

Proponentes da ação, a que o DN teve acesso, pedem uma definição até dezembro quanto ao candidato a apoiar e vincam que pela força política das últimas Legislativas o partido tem de se pronunciar.
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O Livre prepara-se para iniciar o debate interno sobre Presidenciais e irá apoiar um candidato, tal como o DN noticiara. A Assembleia do Livre propõe o agendamento de uma reunião até final de outubro.

Os proponentes da moção a que o DN teve acesso salientam que “poderá não ficar delineada a posição do partido sobre o assunto, mas que, desejavelmente, a definição da forma de chegar a essa posição”. No mesmo documento, coloca-se a possibilidade de fazer “consulta a membros e apoiantes, cujos termos poderão ficar definidos nesse debate, ou outra solução consensual”.

Como o DN havia noticiado, o partido, sem ter uma solução convergente de esquerda, pode levar o debate a referendo. Neste caso, sabe o DN, os nomes de António Filipe, Catarina Martins e António José Seguro seriam votados, mas isso não implica que o partido não apresente uma candidatura própria, um cenário perfeitamente plausível como o próprio Rui Tavares admitiu ao nosso jornal.

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Seguro não é tido como um socialista agregador e no campo progressista, Catarina Martins é ex-coordenadora do Bloco de Esquerda e, tendo o BE ficado atrás do Livre nas Legislativas, há dúvidas sobre se a estratégia de associação faria sentido. A candidatura de António Filipe é vista como sendo de partido e, apesar do respeito pelo antigo deputado, há diferenças ideológicas, nomeadamente na política externa.

A moção salienta ainda ser “fundamental que o partido tome uma decisão final até ao início de dezembro” para realizar uma eventual candidatura presidencial e os proponentes anotam que como “maior partido da esquerda em representação parlamentar (…) é fundamental que o Livre se pronuncie.”

Na nota a que o DN teve acesso, relembram-se ainda os apoios a Sampaio da Nóvoa em 2016 e Ana Gomes em 2021, referindo que ambas foram as mais votadas no seu “campo ideológico”, apesar de batidas por Marcelo Rebelo de Sousa.

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