Alexandra Leitão mostrou-se desagradada com os ataques de Carlos Moedas, na quarta-feira, 23 de julho, na assinatura do acordo de coligação entre PSD, CDS-PP e Iniciativa Liberal à Câmara Municipal de Lisboa. Ao DN, a candidata socialista e apoiada por Livre, Bloco de Esquerda e PAN recorda que o líder da capital errou na "cronologia dos factos". "Temos assistido, nos últimos dias, na última semana, ao que eu considero um ataque ao meu carácter, utilizando expressões como radical, chefe do bloco da esquerda, quando é Carlos Moedas o chefe do bloco da direita. Ontem, fez uma alusão, aliás, completamente confusa à minha presença na manifestação relativamente ao que aconteceu no Benformoso", considerou Alexandra Leitão, à margem de uma visita ao bairro de Arroios, recuando à manifestação de janeiro último e dispersando qualquer possível dissonância com José Luís Carneiro, agora secretário-geral do PS. Carlos Moedas realçou que, enquanto chegava a acordo com o atual secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, mas então ministro da Administração Interna, para haver mais polícias em Lisboa, “a atual candidata deste bloco da esquerda liderava manifestações contra os polícias”. A participação da então líder parlamentar socialista no protesto contra a intervenção policial sucedeu em janeiro de 2025, já quando a Aliança Democrática estava no poder, um erro "cronológico" de Moedas, como repete Leitão ao DN."Na altura disse isto: não era uma manifestação contra as Forças de Segurança, era sim contra a manipulação que foi feita das Forças de Segurança. E na semana passada tivemos a Provedoria de Justiça, de facto, a dizer que aquela operação teve problemas [apontou erros graves na planificação]. Curiosamente é, hoje, Ministra da Administração Interna [Maria Lúcia Amaral]", detalhou ao nosso jornal..Operação Martim Moniz. Provedoria de Justiça questiona legalidade e risco de discriminação nas revistas da PSP. A ex-líder parlamentar socialista quer, sim, que Moedas dê respostas. "Quero discutir Lisboa. E era interessante que não tivesse de passar a campanha toda a responder a ataques de carácter. Não farei ataques desse género. Quero é discutir propostas para Lisboa. Portanto, deixe-me aproveitar para nesta conversa perguntar a Carlos Moedas: vão ou não ser montadas as câmaras de videovigilância que tanta diferença fazem para a segurança, as mais de 200 que ficaram licenciadas por Fernando Medina? Vai ou não haver uma posição pública da Câmara de Lisboa e do Presidente da Câmara de Lisboa sobre o aumento de movimentos no aeroporto?", questionou, referindo-se à moção de 2024 do município que aborda a possibilidade de um encerramento gradual do Aeroporto Humberto Delgado, contrariando o governo, liderado pela AD, que avançou ter planos para aumentar a capacidade aeroportuária, incluindo um aumento do número de movimentos de passageiros por hora..Carlos Moedas diz que Lisboa vai escolher entre a “moderação assertiva que faz e o radicalismo do contra”